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UERJ - FACULDADE DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETRICA INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 2º Trabalho Oficina Mecânica Professor:Paulo Rocha Alunos: Nathã de Souza Lopes João Pedro dos Santos Thiago Lopes Caroline Gomes Turma: 01 2º semestre de 2014 Rio de Janeiro, 16 de Janeiro de 2015 I. INTRODUÇÃO Para elaborar um projeto elétrico industrial, devemos ter conhecimento de dados relativos à: i. Condições de suprimento de energia elétrica: A concessionária local deve prestar ao interessado as informações que lhe são peculiares (a) Garantia de suprimento de carga, dentro de condições satisfatórias; (b) Variações de tensão de suprimento; (c) Tipo de sistema de suprimento: ii. Planta baixa de arquitetura do prédio: Contém toda a área de construção indicando com detalhes divisionais os ambientes de produção industrial, escritório, dependências em geral e outros que compõem o conjunto arquitetônico. iii. Planta baixa com disposição física das máquinas: Contém a projeção aproximada de todas as máquinas, devidamente posicionada com indicações dos motores e dos locais dos painéis de controle. iv. Planta de detalhes: Devem conter todas as particularidades do projeto de arquitetura que venham a contribuir na definição do projeto elétrico v. Planos de expansão: É importante na fase de projeto conhecer os planos expansionistas dos dirigentes da empresa e, se possível, obter detalhes do aumento efetivo da carga a ser adicionada, bem como o local de sua instalação. II. OBJETIVO Elaborar um projeto de instalação elétrica de uma oficina mecânica de modo eficiente e inteligente, otimizando assim recursos financeiros e energéticos de acordo com as prescrições da norma. III. LEVANTAMENTO DE CARGA i. Determinação do índice do local Onde: C- comprimento do local L- Largura do local hm : altura de montagem da luminária ( distância da fonte de luz ao plano de trabalho) Sendo assim, arbitramos um hm de 3 m e calculamos: ii. Determinação do Coeficiente de Utilização Por ser tratar de um de oficina de trabalho, arbitramos as seguintes condições: - Teto de superfície média - Parede de superfície média - Piso de superfícies escura De acordo com a tabela acima, concluímos que a refletância será 331. iii. Determinação do Fator de Depreciação Por se tratar de um ambiente industrial, arbitraremos um tipo de ambiente sujo e um período de manutenção de 2500 h, sendo assim o fator de depreciação será de 0,80. iv. Fluxo Total Onde: Φ – Fluxo luminoso total, em lumens S – área do recinto, em m² E – nível de iluminamento, em luxes u – fator de utilização ou coeficiente de utilização d – fator de depreciação ou de manutenção (já calculado anteriormente) a) Primeiramente iremos arbitrar o nível de iluminamento: Para o nosso projeto iremos adotar como características da tarefa e do observador: uma idade inferior a 40 anos, uma velocidade e precisão crítica e uma refletância do fundo da tarefa de 30 a 70 %. Sendo assim, iremos utilizar uma iluminância de valor médio. De acordo com as tabelas anteriores iremos utilizar uma iluminância equivalente a 750. b) Em seguida com o auxílio da tabela abaixo e com os cálculos feitos anteriormente calcularemos o fator de utilização: Sendo assim o fator de utilização será equivalente a 0,69. Agora iremos calcular: v. Número de luminárias Onde : Φ – Fluxo luminoso total, em lumens n – número de luminárias φ – fluxo por luminárias, em lumens Ao arbitrar uma lâmpada de 32W, de acordo com a tabela abaixo seu fluxo luminoso será equivalente a 2950. Entretanto a luminária escolhida irá contar com 4 lâmpadas, portanto seu fluxo por luminária será: Sendo assim, calculamos: Iremos adotar 20 luminárias, lembrando q 17,271 é a exigência mínima. IV. DIMENSIONAMENTO CIRCUITOS Após o levantamento de carga, podemos começar a dimensionar os circuitos: i. Dimensionamento de Iluminação: Foi divido em quatro circuitos, contendo cinco luminárias em cada um deles. Optamos por distribuir os circuitos alternadamente, pois assim se um circuito falhar nem todo o espaço serão prejudicados. Pode-se verificar também a escolha de acionar o circuito de iluminação direto nos disjuntores. Essa medida foi adotada por se tratar de uma oficina mecânica e não ser tão necessário o uso de interruptores como em um projeto residencial. ii. Dimensionamento de Tomadas: Para áreas industriais calcula-se 8 tomadas para cada 37 m² e o acréscimo de 3 tomadas para cada m² ultrapassado. Sendo assim, calcularemos: 3 tomadas x 3 = 9 tomadas Por fim iremos utilizar 18 tomadas, lembrando que 17 tomadas é a exigência mínima. Utilizaremos 5 tomadas de 1000 W e 13 tomadas de 2000VA, para que se possa ligar cafeteiras, aparelhos de limpeza, entre outros aparelhos que o cliente possa querer. Circuitos 1000 W 200 VA Total de tomadas 16 - Tomada 1 3 4 17 - Tomada 1 3 4 18 - Tomada 1 3 4 19 - Tomada 1 2 3 20 - Tomada 1 2 3 iii. Dimensionamento do Maquinário: Foram dimensionadas as seguintes potências para cada maquinário: ESPECIFICAÇÃO POTÊNCIA (W) Torno 1 5840 Torno 2 5840 Torno 3 5840 Torno 4 5840 Torno 5 5840 Fresa 1 3200 Fresa 2 3200 Plaina 1 710 Plaina 2 710 Furadeira 250 Esmeril 368 iv. Dimensionamento Total: Para finalizar calculou-se a corrente nominal da tabela abaixo com as seguintes fórmulas: Monofásico: Trifásico: Adotamos: Fator de potência ( cosφ) = 0,8 Rendimento: 0,9 CIRCUIITO ESPECIFICAÇÃO POTÊNCIA CORRENTE NOMINAL 1 Iluminação 640 5,03 2 Iluminação 640 5,03 3 Iluminação 640 5,03 4 Iluminação 640 5,03 5 Torno 1 5840 27,44 6 Torno 2 5840 27,44 7 Torno 3 5840 27,44 8 Torno 4 5840 27,44 9 Torno 5 5840 27,44 10 Fresa 1 3200 11,69 11 Fresa 2 3200 11,69 12 Plaina 1 710 5,59 13 Plaina 2 710 5,59 14 Furadeira 250 1,96 15 Esmeril 368 2,89 16 Tomada 1600 12,6 17 Tomada 1600 12,6 18 Tomada 1600 12,6 19 Tomada 1400 11,02 20 Tomada 1400 11,02 V. DIMENSIONAMENTO SEÇÃO CIRCUITOS: i. Seção Mínima Onde circuitos de iluminação devem ter no mínimo uma seção de 1,5 mm², e os circuitos de força no mínimo 2,5 mm². ii. Capacidade de condução de corrente In é a corrente nominal da carga Ip é a corrente nominal ajustada; K1 é o fator de correção para temperatura ambiente; K2 é o fator de correção para resistividade térmica do solo; K3 é o fator de correção para agrupamentos; Após determinar o método de instalação com o auxilio da tabela do fator de correção de agrupamento e fator de correção para temperatura pôde calcular a corrente projetada Ip. Lembrando que por ser um método de instalação que passa pelo teto ou parede, não haverá fator de correção para a resistividade térmica do solo. a. Iluminação · Método de Instalação C ( tabela 3.6 Helio Creder) K1= 0,87 K2= 0,68 b. Maquinários · Método de Instalação F (eletrocalha) K1= 0,87 K2= 0,82 c. Tomadas · Método de Instalação B1 ( tabela 3.6 Helio Creder) K1= 0,87 K2= 0,85 DISTRIBUIÇÃO DAS FASES CIRCUITO POTÊNCIA R S T CORRENTE NOMINAL CORRENTE PROJETADA 1 640 640 5,03 8,5 2 640 640 5,03 8,5 3 640 640 5,03 8,5 4 640 640 5,03 8,5 5 5840 2920 2920 27,44 38,36 6 5840 2920 2920 27,44 38,36 7 5840 2920 2920 27,44 38,36 8 5840 2920 2920 27,44 38,36 9 5840 2920 2920 27,44 38,36 10 3200 1600 1600 11,69 16,38 11 3200 1600 1600 11,69 16,38 12 710 710 5,59 7,83 13 710 710 5,59 7,83 14 250 250 1,96 2,74 15 368 368 2,89 4,05 16 1600 1600 12,6 17,04 17 1600 1600 12,6 17,04 18 1600 1600 12,6 17,04 19 1400 1400 11,02 14,9 20 1400 1400 11,02 14,9 TOTAL 47798 15718 15850 16230 256,57 361,93 iii. Método de Queda de Tensão Onde é levado em consideração a potência de cada carga e efetivamente a distânciaaté o quadro geral de distribuição. Calcula-se o valor de unidade w.m e a partir deste, consulta-se a tabela, e estipula-se o a seção adequada. a. Iluminação Portanto de acordo com a tabela 3.18 do Livro Hélio Creder e utilizando uma queda de tensão de 2% a seção será de 1,5mm² b. Tomadas Portanto de acordo com a tabela 3.18 do Livro Hélio Creder e utilizando uma queda de tensão de 2% a seção será de 2,5mm² c. Maquinário (Torno) Portanto de acordo com a tabela 3.18 (bifásico) do Livro Hélio Creder e utilizando uma queda de tensão de 2% a seção será de 10 mm² Sendo assim: CIRCUITO Critério Utilizado Seção Escolhida ( mm²) Seção Mínima (mm²) Capacidade de Corrente (mm²) Queda de Tensão (2 %) (mm²) 1 1,50 0,75 1,50 1,50 2 1,50 0,75 1,50 1,50 3 1,50 0,75 1,50 1,50 4 1,50 0,75 1,50 1,50 5 2,50 6,00 10,00 10,00 6 2,50 6,00 10,00 10,00 7 2,50 6,00 10,00 10,00 8 2,50 6,00 10,00 10,00 9 2,50 6,00 10,00 10,00 10 2,50 1,50 4,00 4,00 11 2,50 1,50 4,00 4,00 12 2,50 0,50 2,50 2,50 13 2,50 0,50 2,50 2,50 14 2,50 0,50 1,50 2,50 15 2,50 0,50 1,50 2,50 16 2,50 1,50 2,50 2,50 17 2,50 1,50 2,50 2,50 18 2,50 1,50 2,50 2,50 19 2,50 2,50 2,50 2,50 20 2,50 2,50 2,50 2,50 VI. PROTEÇÃO (SOBRECARGA E CURTO CIRCUITO) Ainda que a instalação seja bem projetada, o sistema sempre está sujeito a uma eventual falta ou curto-circuito, em função do manuseio inadequado de um equipamento ou de um fenômeno natural, com um raio ou relâmpago. E por isso, e proteção torna-se indispensável em um projeto de instalações elétricas. A escolha da proteção é feita a partir dos valores de corrente nominal e de projeto ( que é calculada através do método de condução de corrente ). Adota-se um valor comercial entre estes. É preciso analisara fase de maior potência. É a partir dos valores nominais e de projeto desta fase, que dimensiona-se a proteção para toda a instalação. i. Sobrecarga Como Ip utilizaremos o valor da tabela 3.7 do Livro Hélio Creder, em referência as seções encontradas na capacidade de corrente. Também iremos arbitrar um Fator de Serviço de 1,15 para o calculo de maquinários. a. Iluminação Com esta seção não será possível arbitrar um disjuntor, então aumentaremos a seção para 0,75mm² Sendo assim o disjuntor do circuito de iluminação será de 6A. b. Tomada Sendo assim o disjuntor será de 16A. c. Maquinário (Torno) Com esta seção não será possível arbitrar um disjuntor, então aumentaremos a seção para 6 mm² Sendo assim o disjunto será de 32A. Sendo assim o disjuntor será de 32A. ii. Curto Circuito Ip é a corrente de partida Pcv é a potência em cavalo a vapor é a letra código Arbitramos a letra código B (3,15) para todos os casos a. Torno Sendo assim o fusível será de 80A. b. Esmeril Sendo assim o fusível será de 16A. c. Fresa Sendo assim o fusível será de 40A. d. Plaina Sendo assim o fusível será de 25A. e. Furadeira Sendo assim o fusível será de 10A. PROTEÇÃO CIRCUITOS Nominal Projeto Condutor Fusível DISJUNTOR ESPECIFICAÇÃO 1 5,03 8,5 1,50 - 6 Monopolar 2 5,03 8,5 1,50 - 6 Monopolar 3 5,03 8,5 1,50 - 6 Monopolar 4 5,03 8,5 1,50 - 6 Monopolar 5 27,44 38,36 10,00 80,00 2x 32 Bipolar 6 27,44 38,36 10,00 80,00 2x 32 Bipolar 7 27,44 38,36 10,00 80,00 2x 32 Bipolar 8 27,44 38,36 10,00 80,00 2x 32 Bipolar 9 27,44 38,36 10,00 80,00 2x 32 Bipolar 10 11,69 16,38 4,00 40,00 2x 13 Bipolar 11 11,69 16,38 4,00 40,00 2x 13 Bipolar 12 5,59 7,83 2,50 25,00 6 Monopolar 13 5,59 7,83 2,50 25,00 6 Monopolar 14 1,96 2,74 2,50 10,00 6 Monopolar 15 2,89 4,05 2,50 16,00 6 Monopolar 16 12,6 17,04 2,50 - 16 Monopolar 17 12,6 17,04 2,50 - 16 Monopolar 18 12,6 17,04 2,50 - 16 Monopolar 19 11,02 14,9 2,50 - 16 Monopolar 20 11,02 14,9 2,50 - 16 Monopolar VII. ELETRODUTOS i. Eletroduto d PVC da Tigre Rígido, tipo rosqueável – Classe B (Iluminação e Tomada do Esmeril) S = 1,5 mm² 8 x 1,5 mm² ATFIO = 8 x π x ( + 0,7 )2 = 48,63 mm² A Conduto Útil = 48,63/0,40 = 121,6 mm² Conduto de 1/2" ii. Eletroduto Flexível embutio em alvenaria (para tomadas embutidas) 4 x 2,5 mm² +2 x 2,5mm² ATFIO = 6 x π x ( + 0,8 )2 = 53,97 mm² A Conduto Útil = 83,97/0,40 = 134,92 mm² Por Tabela seria o conduto 1/2", mas foi adotado 3/4" Conduto de 3/4" iii. Eletrocalha (Maquinários) F1 e F2 S = 4mm² D = 2 x ( + 2x0,8 ) = 3,87 mm² PL21 e PL22 S= 2,5mm² D = 2 x ( + 2x0,8 ) = 3,38 mm² FU1 S= 2,5mm² Para os circuitos -12-, -13-, -14- : 9 x 2,5mm² (Comprimento dos cabos em camada única) C=9 x 3,38 = 30,46mm Para os circuitos -10-, -11-: Idem item anterior 4 x 4mm² + 2 x 4mm² 6 x 3,87 = 23,22 mm Dimensão das eletrocalhas para os circuitos acima: Largura: 50 mm Altura: 40 mm Comprimento: 1000 mm Para os circuitos -7-, -8-, -9- : Tornos S=10mm² D = 2 x ( + 2x1,0 ) = 5,57 mm Terra S= 4mm² D = 3,87 mm Comprimento camada única C= 6 x 5,57 + 3 x 3,87 = 45,03 mm Dimensão das eletrocalhas para os circuitos -7-, -8-, -9-, -5- e -6-: Largura: 50 mm Altura: 40 mm Comprimento: 1000 mm VIII. ALIMENTADOR i. Fusível Quadro 3: FG≥ 80 + (4 x 32) = 208 Sendo assim o fusível será de 250A. Quadro 2: FG≥ 40 + (13 + 4 x 6) = 77 Sendo assim o fusível será de 80A. Quadro 1: FG≥ 80 + (4 x 32 + 2x 13 + 4 x 6) = 258 Sendo assim o fusível será de 315A. ii. ( Cabos espaçados Horizontal - G Cabos em bandeja perfurada – F Escolhido G como pior caso e maior potência 3 condutores carregados 40º K 3 =0,87 )Seção Alimentador INR =136,17A INS = 136,31A INT = 144,67A Sendo assim, terá uma seção de 35mm². Queda de Tensão: Sendo assim, terá uma seção de 8,81mm². Portanto a seção que será admitida da ligação entre quadros é 35mm². IX. MATERIAL Material Quantidade Iluminação Cabo vermelho (fase) 123 m Cabo azul ( neutro) 123 m Lâmpadas Fluorescentes 80 Luminárias 20 Caixas de Passagem 20 Luvas 4 Curvas 2 Eletroduto 60,25 m TUG'S e TUE'S de 100W Eletroduto 60,5 m Caixas de Passagem 30 Cabo vermelho (fase) 62,7 m Cabo azul ( neutro) 62,7 m Cabo verde (terra) 62,7 m tomadas bloco único completas 11 tomadas bloco duplo completas 1 tomadas bloco duplo 5 tampas cegas 2 Alimentador Cabo vermelho (fase) 141 m Cabo azul ( neutro) 34 m image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image1.png image2.png