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Lição 1 - Visão Geral da Contabilidade
Frequentemente se tomam decisões na vida: a que horas levantar, que rou-
pas vestir, entre outros aspectos do cotidiano. Algumas vezes, são decisões 
importantes e outras nem tanto, porém, em cada decisão, a informação é 
fundamental.
Evidentemente, decisões mais importantes requerem cuidado maior, análi-
se mais profunda sobre os elementos disponíveis, pois a tomada de decisão 
errada pode comprometer toda uma vida. 
Dentro das empresas a situação não é diferente. Frequentemente, os gesto-
res tomam importantes decisões para o futuro do negócio. Por isso, há a ne-
cessidade de dados, de informações corretas que contribuam para uma boa 
toma da de decisão. É aí que entra a Contabilidade, como um instrumento 
útil que coleta dados para auxiliar aos gestores, fornecendo subsídios para 
tomada de decisões, tais como comprar ou alugar uma máquina, contrair 
uma dívida a curto ou longo prazo, entre outros aspectos. Ou seja, o papel 
da Contabilidade é o de Registrar e Controlar o Patrimônio das empresas.
1. Evolução Histórica da Contabilidade
Os primórdios da Contabilidade resumem-se, praticamente, no homem pri-
mitivo contando (inventariando) seu rebanho.
O homem, cuja natureza é ambiciosa, não se preocupa apenas com a conta-
gem de seu rebanho, mas – o que é mais importante – com o crescimento, 
com a evolução do rebanho e, consequentemente, com a evolução de sua ri-
queza. Assim, ele faz inventários (contagem) em momentos diferentes e ana-
lisa a variação de sua riqueza.
Observa-se uma primeira forma, bastante rudimentar, de relatório contábil 
(o inventário do rebanho), bem como uma análise de variação da riqueza, que 
compreende um período entre dois inventários. Com o passar do tempo, em 
épocas recentes, foram pensadas e estudadas as várias formas de registrar os 
fatos contábeis que davam origem a esses relatórios.
Veja esta tabela sobre a evolução da Contabilidade, desde os primórdios até 
os dias atuais.
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1. Pululavam 
Germinar com rapidez; brotar, nascer
2. Calcado 
Reproduzido a partir de um modelo, imitado, copiado.
Época
Acontecimento 
Marcante
Contexto e a 
Contabilidade
6.000 a.C. Escrita
O modo de produção era, obviamente, 
agrícola de subsistência, no qual a 
forma mais avançada de utilização 
da Contabilidade eram os inventários 
periódicos dos rebanhos.
Idade Média
Primeira obra de 
Contabilidade – 
Frá Luca Pacioli
Com a ascensão da Europa como centro 
poderoso do mundo, com destaque para a 
Itália e o movimento do Renascimento, as 
ideias pululavam1 neste canto do mundo. 
É nesta época que um frei franciscano 
escreveu a primeira obra de contabilidade, 
na qual é dada publicidade ao método das 
partidas dobradas, usado até os dias atuais.
Também o modo de produção está calcado2 
na realidade agrícola, e a contabilidade, 
então, servia a um único usuário: o dono 
dos fatores de produção – capital, terra e 
trabalho.
Séc. XVII
Revolução 
Industrial
Com a ascensão da Inglaterra como 
primeira grande potência mundial, 
dominando praticamente todos os portos 
mundiais, aquele país pode investir capital 
numa revolução capaz de mudar o modo 
de produção de agrícola para industrial. 
Houve, nessa época, como destaque a 
máquina a vapor e o tear mecânico.
É nesta época que começam a surgir as 
grandes corporações e com elas novas 
necessidades, inclusive na área contábil, 
pois mais pessoas queriam saber das 
contas das empresas, além do fato de o 
dono não ter mais domínio absoluto sobre 
seu patrimônio. Surgiu, então, o papel do 
auditor.
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Época
Acontecimento 
Marcante
Contexto e a 
Contabilidade
Séc. XX
Queda da Bolsa de 
Nova York (1929)
Em meados do século XX, os Estados 
Unidos surgiam como a grande potência 
mundial, sobretudo pelas guerras ocorridas 
na Europa. Desenvolve-se, nesta época, 
o maior mercado conhecido até hoje: o 
mercado de capitais americano, a Bolsa de 
Nova York.
Porém, tão logo ela começa a fazer 
sucesso, tem-se uma crise estrondosa, com 
efeitos mundiais. Além de vários fatores, a 
Contabilidade (ou a falta de) também foi 
um dos fatores que contribuíram para esta 
crise.
A falta de padrões rígidos para prestação 
de contas pelas empresas, fazia com que 
cada uma fizesse sua contabilidade de 
uma maneira que prejudicava o trabalho 
dos auditores. É nesta época que surge a 
necessidade de padrões de Contabilidade, 
conhecidos hoje como princípios.
Séc. XXI
Fraudes Contábeis 
(caso ENRON)
Numa crise muito grave, também empresas 
americanas e de outras nacionalidades 
foram pegas cometendo fraudes contábeis, 
o que abalou todos os mercados mundiais. 
Empresas altamente renomadas tiveram 
sua reputação e, pior, seu próprio 
patrimônio jogados no lixo – como Enron e 
Arthur Andersen.
A partir destes acontecimentos, o 
Senado Americano promulgou uma lei, 
denominada Sarbanes-Oxley, que não 
altera as normas contábeis, mas prevê 
sérias penas para quem desobedecer a lei.
Apesar de ser uma lei americana, ela tem 
reflexos em todo mundo, já que qualquer 
empresa que queira negociar suas ações 
em Nova York ou qualquer empresa 
subsidiária de uma empresa que tenha 
ações negociadas na Bolsa de Nova York 
deve submeter-se à lei.
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No quadro apresentado, pode-se ter uma ideia da evolução e de aconte-
cimentos que mudaram o mundo dos negócios, e a Contabilidade, é claro, 
acompanha toda essa evolução.
No contexto moderno da Contabilidade, a principal função desta ciência, ou 
conjunto de ciências, é atender os diversos usuários, com informações que 
sejam relevantes para suas tomadas de decisão. 
Nos primórdios, a Contabilidade atendia a um único usuário: o dono dos fato-
res de produção. Porém, com as mudanças ocorridas no mundo, novos usuá-
rios passaram a se interessar pelas informações prestadas pela Contabilidade.
2. Conceitos e Objetivos
Contabilidade 
Metodologia usada para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar 
os fenômenos que afetam a situação patrimonial financeira e econômica de 
uma entidade e que possam ser expressos em termos monetários.
É um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários 
com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de 
produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização.
O desenvolvimento inicial do método contábil esteve intimamente associa-
do ao surgimento do Capitalismo, como forma quantitativa de mensurar os 
acréscimos ou decréscimos dos investimentos iniciais alocados a alguma ex-
ploração comercial ou industrial.
Se pudesse ser definido em poucas palavras o conceito de Contabilidade, tal-
vez a melhor opção fosse chamá-la de Instrumento de Prestação de Contas 
e, neste sentido, destaca-se qualquer tipo de entidade. Um instrumento de 
prestação de contas deve servir para atender a qualquer tipo de usuário. 
3. Entidade
Quando falamos de entidades, não determinamos características para ela, ou 
seja, a Contabilidade é feita para qualquer tipo de pessoa, seja física ou jurídica.
A pessoa física é todo ser humano, sem qualquer restrição. A existência da 
pessoa física termina com a morte. A pessoa jurídica é a união de duas ou 
mais pessoas físicas, para um determinado fim, constituindo uma nova pes-
soa, com características predefinidas.
As pessoas jurídicas podem ser classificadas de duas maneiras:
• com fins lucrativos (bancos, indústrias, comércio entre outros.); ou
• sem fins lucrativos (igrejas, entidades filantrópicas, sindicatos entre 
outros.).
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As pessoas jurídicas com fins lucrativos são geralmente chamadas de empre-
sas.
Assim, a Contabilidade pode ser feita para qualquer tipo indivíduo, pessoas 
físicas ou jurídicas (com ou sem fins lucrativos).
3.1 Tipos de Sociedades
Sociedade é o acordo consensual em que duas ou mais pessoas se obrigam a 
conjugar esforços ou recursos para a consecução de um fim comum.
Pessoa, no seu conceito jurídico, é todo ente capaz de direitos e obrigações. As 
pessoas podem ser físicas ou jurídicas, como já foidito. 
 ► 3.1.1 As Sociedades e o Novo Código Civil
O Código Civil, de 10/01/2002, entrou em vigor a partir de 11/01/2003 e, pror-
rogada a aplicação a partir de 11/01/2006, em substituição ao antigo Código 
Comercial de 1850 e do Decreto 3.708 de 1919.
 ► 3.1.2 Conceito de Empresa
A antiga Sociedade Comercial hoje é chamada de Sociedade Empresária e 
tem seus instrumentos de constituição e alterações registrados na Junta Co-
mercial, enquanto as antigas Sociedades Civis são atualmente tratadas como 
Sociedades Simples, registradas em Cartório.
Para a classificação das sociedades pelo no Código Civil, vamos entender as 
diferenças entre EMPRESÁRIO e NÃO EMPRESÁRIO.
Empresário: quem exerce profissionalmente atividade econômica organiza-
da para a produção ou circulação de bens e serviços. Para exercício da ativi-
dade econômica, o empresário deverá efetuar inscrição na Junta Comercial. 
Indústria, Comércio, Prestações de Serviços caracterizam atividades empre-
sariais.
Não empresário: é considerado quem exerce atividade intelectual, de natu-
reza científica, literária ou artística, ainda que seja com o concurso de auxi-
liares e colaboradores – salvo se o exercício da profissão constituir elemento 
de empresa.
Antes do novo Código Civil, a divisão de sociedade era comercial (atividades 
mercantis) ou civil (vinculada à prestação de serviços). Atualmente, as socie-
dades dividem-se em Empresária e Simples.
Sociedade Empresária: é a sociedade que tem por objetivo o exercício de ati-
vidade própria de empresário. 
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Sociedade Simples: de maneira geral, é, sobretudo, aquela que explora ativi-
dade de prestação de serviços decorrentes de atividade intelectual e de coo-
perativa.
 ► 3.1.3 Objetivo Social no Nome Empresarial
Pelo novo Código Civil, o nome ou denominação social da empresa deverá 
conter a designação do objetivo da sociedade, ou seja, deverá conter, especifi-
camente, qual a atividade exercida pela sociedade.
Exemplo:
Uma sociedade empresária limitada, cujo objeto social é a construção de imó-
veis, deverá ter nome empresarial semelhante: XYZ Construção de Imóveis 
Ltda.
 ► 3.1.4 Classificação das Sociedades
Num primeiro momento, as sociedades se classificam em:
Não Personificada: embora constituída oral ou documentalmente, não for-
malizou o arquivamento ou registro. Há dois tipos: 
• Sociedade Comum: explora atividade econômica, mas sem registro, sendo 
conhecida como sociedade de fato ou irregular; e
• Sociedade em Conta de Participação: em que um dos sócios é o 
Ostensivo, o empreendedor que dirige os negócios, e os demais, que são os 
investidores.
Personificada: legalmente constituída e registrada em órgão competente, ad-
quirindo personalidade formal, podendo ser chamada de pessoa jurídica. Os 
tipos de Sociedades Personificadas são:
• Empresária: atividade própria de empresário com registro na Junta 
Comercial, que são:
 • Sociedade em Nome Coletivo (ilimitada).
 • Sociedade em Comandita Simples (comanditados e comanditários).
 • Sociedade Limitada (90% – quotas).
 • Sociedade por Ações (Lei das S.A. – ações).
 • Sociedade em Comandita por Ações (Lei das S.A. – ações – acionista 
 administra).
• Simples – atividade de não empresário com registro no Cartório Civil, que 
são:
 • Sociedade Simples ou Sociedade em Nome Coletivo
 • Sociedade em Comandita Simples
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 • Sociedade Limitada
 • Cooperativa
• Cooperativa – legislação especial e CC.
De responsabilidade dos sócios limitada ou ilimitada (Lei específica).
• Sociedade Anônima ou Sociedade por Ações – As Sociedades Anônimas 
são regidas pelas Leis 6.404/76, 11.638/07 e 11.941/09. Também são 
denominadas Companhias. Tem o capital social dividido em ações, e a 
responsabilidade dos acionistas é limitada ao preço de emissão das ações 
subscritas ou adquiridas. Principais características:
- Será sempre uma sociedade empresária;
- A sociedade é designada por denominações, acompanhada da expressão 
companhia ou sociedade anônima;
- A companhia tem o objetivo de participar de outras sociedades, mesmo 
não estando previsto no Estatuto.
Constituição da S. A. 
• Subscrição do capital, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações em 
que se divide o capital social fixado no estatuto;
• Realização de, pelo menos, 10% em dinheiro como entrada das ações 
subscritas;
• Depósito em Banco autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários – 
CVM;
• Por Subscrição Particular e por Subscrição Pública.
Tipos de S. A.
• Companhia Fechada: suas ações não são cotadas em Bolsa de Valores, 
tradicional, restrita a pequeno público;
• Companhia Aberta: suas ações são cotadas em Bolsa de Valores. Os valores 
mobiliários (ações ou debêntures) são admitidos na negociação em Bolsa 
de Valores ou no Mercado de Balcão.
• Sociedade de Capital Autorizado: contém em estatuto a autorização para 
aumento de capital, até determinado teto, sem necessidade de anuência da 
Assembleia Geral.
• Sociedade de Economia Mista: as ações com direito a voto pertençam à 
União ou entidades da Administração Pública.
Algumas obrigatoriedades das S. A.
• Assembleia Geral: realizada anualmente, nos quatro primeiros meses após 
o encerramento do exercício social;
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• Ata e Convocação: a convocação para as Assembleias é feita mediante 
anúncio publicado em jornais. Ata é a transcrição de tudo o que foi 
deliberado na Assembleia e lavrado em livro próprio. 
• Publicação das Demonstrações Contábeis: todas as S. A. devem publicar 
suas Demonstrações Contábeis no Diário Oficial e em outro jornal 
de grande circulação. As instituições financeiras devem publicar as 
demonstrações semestralmente.
Ações
• São títulos de propriedade representando cotas-partes em que se divide o 
Capital Social das Sociedades por Ações.
• Uma ação representa a menor fração em que é dividido seu capital.
• O proprietário de uma ação torna-se acionista da companhia, isto é, um de 
seus donos.
• As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens, dividem-se em 
ordinárias e preferenciais.
Ações Ordinárias
São ações comuns, desprovidas de quaisquer restrições, porém não dotadas 
de nenhum privilégio, salvo o direito de voto.
Ações Preferenciais
São as ações que conferem preferências previamente declaradas nos estatu-
tos, tais como:
- Prioridade na distribuição de dividendos;
- Prioridade no reembolso do capital, com ou sem prêmio.
Ações Nominativas
A propriedade dessas ações presume-se pela inscrição do nome do acionista 
no livro de Registro de Ações Nominativas e, quando transferidas, opera-se 
lavrando-se o livro de Transferência de Ações Nominativas.
Ações Endossáveis
A propriedade de Ações Endossáveis presume-se pela posse das mesmas, 
mas o exercício do direito perante a companhia requer averbação do nome 
do acionista no livro de Registro de Ações Endossáveis.
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4. Patrimônio
O objeto de estudo da Contabilidade é o Patrimônio das Entidades. O Patri-
mônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a qualquer 
entidade.
PATRIMÔNIO
Bens
Direitos
Obrigações
Ela é uma ciência social, pois é a ação humana que gera e modifica o fenôme-
no patrimonial. Porém, o objetivo principal da Contabilidade é o Patrimônio, 
seja ele de pessoas físicas ou jurídicas, visando seu controle.
A Contabilidade, ao longo da história, sempre foi influenciada pela realidade 
social e histórica do homem. Fatos como a evolução da escrita, o surgimento 
da moeda e a Revolução Industrial, impulsionada pela invenção da máquina 
a vapor, são alguns dos marcos históricos que fizeram com que essa ciência 
contábil evoluísse de forma positiva, em virtude das mudanças no seu objeto 
de estudo – o Patrimônio.
Além da necessidade de um controle maior, que surgiu juntamente com as 
primeiras administrações particulares – essas que tinham por objetivo me-
lhor controlar seu Patrimônio –, a medida em que as operações econômicas 
se tornavam complexas, o seu controle necessitava de mais consistência.
A função do profissional da Contabilidade está emcaptar, registrar, resumir e 
interpretar as operações que afetam o Patrimônio, sob o ponto de vista eco-
nômico-financeiro, acompanhando sua evolução e variações, sendo um im-
portante auxílio para a tomada de decisões.
5. Profissional Contábil
O profissional da contabilidade pode ter duas denominações: o técnico de 
contabilidade e o contador.
A diferença entre os dois profissionais está primeiramente em sua formação. 
O técnico se habilita ao título ao concluir o curso Técnico em Contabilidade 
(Nível Médio), porém, em virtude da Lei Federal nº 12.249/10, o profissional 
formado em nível técnico não poderá mais obter o Registro Profissional, a 
partir de 02.06.2015. E o Bacharel em Ciências Contábeis recebe este título 
ao concluir o curso superior e ser aprovado no Exame de Suficiência do CFC.
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6. Usuários da Contabilidade
Veja a seguir um quadro com relação de alguns usuários das informações 
contábeis:
Usuário Necessidade
Sócios e acionistas
Donos dos fatores de produção (ou agora chamados 
de acionistas), sócios e empreendedores necessitam 
da Contabilidade para poder verificar o andamento 
de seu capital investido. Numa realidade de sócios 
minoritários, que não fazem parte da administração 
da empresa, esta necessidade passa a ser ainda mais 
real.
Administradores e 
executivos em geral
Delegados pelos sócios e acionistas, os 
administradores e executivos devem preservar a 
continuidade do empreendimento e almejar seu 
crescimento. Utilizam-se da informação contábil 
para verificar as informações econômicas e 
financeiras passadas para poderem projetar dados 
futuros.
Bancos, capitalistas e 
investidores
Também numa realidade de mercado de capitais, há 
pessoas físicas e jurídicas interessadas em investir 
seu capital em empresas, que tenham condições 
financeiras de pagar o investimento e condições 
econômicas de valorizar este investimento. Utilizam-
se da informação contábil para assegurar ou ter 
uma certa confiança na aplicação de seus recursos.
Governo
O Governo, em suas várias instâncias, utiliza-se da 
informação contábil para fiscalizar as empresas, 
selecionar possíveis fornecedores de serviços, por 
meio de licitações, entre outras necessidades.
Fornecedores e clientes
Quando nós, pessoas físicas, vamos a um 
banco solicitar um empréstimo, nos pedem um 
comprovante de renda O comprovante de renda 
das empresas é o conjunto das Demonstrações 
Contábeis e como tal é utilizado por empresas 
(fornecedores ou clientes) para se assegurar da 
situação econômico-financeira destas.
Auditores
Os auditores, sobretudo aqueles independentes 
das demonstrações contábeis, utilizam-se das 
informações contábeis para realizar seus trabalhos 
de verificação do cumprimento das normas de 
contabilidade e assegurar aos diversos usuários 
a compatibilidade (ou não) da utilização destas 
normas.
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Ao conjunto de usuários da Contabilidade ou de maneira mais abrangente, 
dos usuários interessados nas informações das empresas, dá-se o nome de 
Stakeholders.
7. Funções da Contabilidade
As principais funções da Contabilidade são:
• Registrar todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor 
monetário;
• Organizar um sistema de controle adequado à empresa;
• Demonstrar com base nos registros realizados, expor periodicamente por 
meio de demonstrativos a situação econômica, patrimonial e financeira da 
empresa;
• Analisar os demonstrativos com a finalidade de apuração dos resultados 
obtidos; 
• Acompanhar a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo 
os pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de 
terceiros, e alertando para eventuais problemas.
Eventos que causam modificações do Patrimônio, em virtude das atividades 
econômicas e sociais e que as entidades exercem no contexto econômico.
A contabilidade é indispensável para que todas as categorias de empresários 
possam saber com precisão a sua lucratividade por segmento de operação e, 
até por produto fabricado ou revendido, além de ter a rentabilidade do capital 
que ele investiu e a produtividade da mão de obra e dos equipamentos que 
utiliza.
A Contabilidade possibilita, ainda, o perfeito conhecimento do Patrimônio 
das entidades, na composição dos Bens, Direitos e Obrigações que o compõe.