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0 0 8 UNIPLAN VANESSA PEREIRA SANTOS PORTIFÓLIO DE ENFERMAGEM INTEGRADA SALGUEIRO-PE 2024 VANESSA PEREIRA SANTOS PORTIFÓLIO DE ENFERMAGEM INTEGRADA Portifólio de graduação de enfermagem realizado como requisito de avaliação da disciplina nome da disciplina do curso graduação de enfermagem/técnico de enfermagem. Orientadora: Prof. Espª Erika Raiane Pereira de Souza. SALGUEIRO-PE 2024 SUMÁRIO HIPERTENSÃO ARTERIAL; DIABETES MELLITOS; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ATENÇÃO SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA; ONCOLOGIA; POLIÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO HOSPITALAR; HEMOCOMPONENTES E HEMODERIVADOS; PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS. HIPERTENSÃO ARTERIAL: A pressão arterial é a força que o sangue exerce contra as paredes das artérias enquanto o coração bombeia o sangue para o corpo. Ela é medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e registrada em duas leituras: · Pressão Sistólica: A pressão durante a contração do coração (o número mais alto). · Pressão Diastólica: A pressão entre os batimentos cardíacos, quando o coração está em repouso (o número mais baixo). Valores de Referência · Normal: Menos de 120/80 mmHg · Pré-hipertensão: 120-139/80-89 mmHg · Hipertensão Estágio 1: 140-159/90-99 mmHg · Hipertensão Estágio 2: 160/100 mmHg ou mais Causas e Fatores de Risco A hipertensão pode ser classificada em dois tipos: · Hipertensão Primária: Não tem uma causa identificável e se desenvolve ao longo de muitos anos. · Hipertensão Secundária: Resulta de uma condição subjacente, como doenças renais, apneia do sono, uso de certos medicamentos, ou problemas endócrinos. Fatores de Risco · Idade: O risco aumenta com a idade. · Histórico Familiar: A hipertensão tende a ser hereditária. · Obesidade: O excesso de peso aumenta a pressão sobre as paredes arteriais. · Sedentarismo: A falta de atividade física regular pode levar ao aumento da pressão arterial. · Dieta: O consumo elevado de sal (sódio) e o baixo consumo de potássio. · Álcool e Tabaco: O consumo excessivo pode aumentar a pressão arterial. · Estresse: Níveis elevados de estresse podem contribuir para a hipertensão. Sintomas A hipertensão é frequentemente chamada de "assassina silenciosa" porque muitas pessoas não apresentam sintomas até que a condição esteja grave. Quando os sintomas aparecem, podem incluir: · Dor de cabeça · Tontura · Falta de ar · Visão embaçada · Dor no peito Diagnóstico O diagnóstico da hipertensão é feito através da medição regular da pressão arterial, geralmente em consultas médicas. Para confirmar o diagnóstico, várias medições em diferentes momentos são necessárias. Tratamento O tratamento da hipertensão geralmente envolve mudanças no estilo de vida e o uso de medicamentos. Mudanças no Estilo de Vida · Dieta Saudável: Reduzir a ingestão de sal, consumir mais frutas, verduras e alimentos integrais. · Atividade Física: Praticar exercícios regularmente, como caminhada, corrida ou natação. · Controle do Peso: Manter um peso saudável. · Redução do Álcool e Cessação do Tabaco: Limitar o consumo de álcool e parar de fumar. · Gestão do Estresse: Práticas de relaxamento, como meditação e ioga. Medicamentos · Diuréticos: Ajudam a eliminar o excesso de sal e água do corpo. · Betabloqueadores: Reduzem a carga de trabalho do coração. · Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (ECA): Ajudam a relaxar os vasos sanguíneos. · Bloqueadores dos Canais de Cálcio: Ajudam a relaxar os músculos das artérias. Prevenção Medidas preventivas incluem manter um estilo de vida saudável, controlar o peso, fazer exercícios regularmente, reduzir a ingestão de sal, evitar o consumo excessivo de álcool, não fumar e monitorar a pressão arterial regularmente. A hipertensão é uma condição séria, mas com manejo adequado e mudanças no estilo de vida, é possível controlá-la e reduzir significativamente os riscos de complicações. DIABETES MELLITOS: O diabetes mellitus é uma doença crônica caracterizada pela elevação dos níveis de glicose (açúcar) no sangue devido a problemas na produção ou ação da insulina. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que regula a entrada de glicose nas células, onde é usada como fonte de energia. Tipos de Diabetes Diabetes Tipo 1 · Descrição: É uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. · Incidência: Geralmente diagnosticado em crianças, adolescentes e adultos jovens. · Tratamento: Necessita de administração diária de insulina, monitoramento constante dos níveis de glicose no sangue, dieta equilibrada e prática de exercícios físicos. Diabetes Tipo 2 · Descrição: Caracteriza-se pela resistência à insulina e/ou produção insuficiente de insulina pelo pâncreas. · Incidência: Mais comum em adultos, mas cada vez mais diagnosticado em crianças e adolescentes devido ao aumento da obesidade. · Tratamento: Inclui mudanças no estilo de vida (dieta e exercícios físicos), medicamentos orais e, em alguns casos, insulina. Diabetes Gestacional · Descrição: Desenvolve-se durante a gravidez e geralmente desaparece após o parto, mas aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro. · Incidência: Afeta cerca de 2-10% das gestantes. · Tratamento: Monitoramento da glicose, dieta, exercícios físicos e, em alguns casos, insulina. Sintomas Os sintomas do diabetes podem variar dependendo do tipo e da gravidade da doença, mas frequentemente incluem: · Sede excessiva (polidipsia) · Fome exagerada (polifagia) · Urinação frequente (poliúria) · Perda de peso inexplicável · Fadiga · Visão turva · Feridas que demoram a cicatrizar · Infecções frequentes Diagnóstico O diagnóstico do diabetes é feito através de exames de sangue que medem os níveis de glicose. Os principais testes incluem: · Glicemia de jejum: Mede a glicose após um jejum de pelo menos 8 horas. · Teste de tolerância à glicose oral (TTGO): Mede a glicose antes e 2 horas após a ingestão de uma solução açucarada. · Hemoglobina glicada (HbA1c): Reflete os níveis médios de glicose nos últimos 2-3 meses. Tratamento e Manejo Diabetes Tipo 1 · Insulina: Injeções diárias ou uso de bomba de insulina. · Monitoramento: Medições frequentes dos níveis de glicose no sangue. · Dieta: Alimentação equilibrada e planejada para controlar a glicose. · Exercícios: Atividades físicas regulares. Diabetes Tipo 2 · Dieta e Exercícios: Primeira linha de tratamento para controlar os níveis de glicose. · Medicamentos Orais: Incluem metformina, sulfonilureias, inibidores da DPP-4, entre outros. · Insulina: Pode ser necessária em alguns casos. Diabetes Gestacional · Dieta e Exercícios: Controle rigoroso da alimentação e atividades físicas. · Monitoramento: Medições frequentes dos níveis de glicose. · Insulina: Em casos onde a dieta e exercícios não são suficientes para controlar a glicose. Complicações O diabetes pode levar a várias complicações de saúde se não for bem controlado: · Cardiovasculares: Infarto, AVC, doença arterial periférica. · Renais: Nefropatia diabética, insuficiência renal. · Oculares: Retinopatia diabética, glaucoma, catarata. · Neuropáticas: Neuropatia diabética, perda de sensibilidade, dor. · Pé diabético: Feridas que podem levar à amputação. Prevenção Embora o diabetes tipo 1 não possa ser prevenido, algumas medidas podem reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e diabetes gestacional: · Dieta Saudável: Rica em fibras, frutas, vegetais e grãos integrais. · Exercício Regular: Pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana. · Manter um Peso Saudável: Evitar a obesidade. · Evitar Tabaco: Fumar aumenta o risco de diabetes e complicações. O manejo eficaz do diabetes envolve uma abordagem multifacetada que inclui monitoramento, tratamento médico, mudanças no estilo de vida e educação contínua.