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8 AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS LETAIS DO CLORO NO CULTIVO DO PEIXE ORNAMENTAL KINGUIO (Carassius auratus) (LINNAEUS, 1758)

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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS LETAIS DO CLORO NO CULTIVO DO PEIXE 
ORNAMENTAL KINGUIO (Carassius auratus) (LINNAEUS, 1758) 
 
1Tamiris da Cruz da Silva, ²Lavigna Soares Moreira, 3Ana Maria Sousa Santos, 4Francisco 
Messias Alves Filho 
 
1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crato-CE 
(tamiriscruz38@gmail.com), 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crato-
CE, 3Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crato-CE,4Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crato-CE 
 
RESUMO 
 
O cloro é um elemento químico muito utilizado na desinfecção de água para o consumo humano, porém, 
seu uso para o abastecimento de tanques para o cultivo de peixes pode vir a ocasionar sérios problemas 
na produção que vão desde a redução do consumo de alimento, promove o estresse nos animais e 
consequentemente a morte. De acordo com o Ministério da Saúde é obrigatória a manutenção de no 
mínimo, 0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado em toda a extensão do 
sistema de distribuição (reservatório e rede) de abastecimento humano. O objetivo do trabalho foi 
avaliar os níveis letais do cloro no cultivo do kinguio (Carassius auratus). O experimento foi 
conduzido no Laboratório de Aquicultura do IFCE campus Crato, durante 96 horas. Foram utilizados 
120 juvenis do kinguio (Carassius auratus) distribuídos em um delineamento inteiramente 
casualizado (DIC) com 8 tratamentos (0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 2,5; 3,0 e 3,5 mg/L-1 de cloro) e 3 
repetições, sendo considerado como unidade experimental um aquário com volume útil de 30 L, 
preenchidos até os 20L, contendo 05 alevinos. O produto utilizado foi o hipoclorito de cálcio hidratado 
com teor de cloro ativo de 65 % destinado ao tratamento de água para consumo humano, onde foi 
pesado, individualmente, em balança analítica. No intervalo de uma hora ocorreu as observações e a 
contagem dos animais mortos. Os resultados de cada tratamento e repetições, foram expressos em 
porcentagens de mortalidade. Os parâmetros de qualidade da água, oxigênio dissolvido (O.D), pH 
(Potencial Hidrogeniônico), temperatura (°c) e condutividade elétrica (mS/cm), mantiveram-se dentro 
da faixa recomendada para a espécie. A adição a partir de 1,5 mg/L do cloro na água dos aquários, 
provocou uma mortalidade de 100% dos animais nas três primeiras horas. Dessa forma, e assim como 
anteriormente já constatado em outros casos que esse elemento interfere no desenvolvimento 
ósseo, da tireoide e gônadas, pode-se observar o potencial de toxidade dessa substância nos peixes. 
A utilização de água oriundas do sistema de abastecimento humano, não deve ser utilizada diretamente 
para no abastecimento dos aquários e tanques de produção por conter níveis letais do cloro, devido a 
isso, recomenda-se que seja feita a eliminação do cloro da água antes da utilização nos sistemas de 
cultivo. O cloro acima de 1,0 mg/L pode ser considerado como substância letal para o kinguio. 
 
Palavra-chave: Hipoclorito de Cálcio; Mortalidade; Toxicidade

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