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7 INCIDÊNCIA DE FUNGOS E AFLOTOXINAS EM GRÃOS DE AMEDOIM DA cv HAVANA

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INCIDÊNCIA DE FUNGOS E AFLATOXINAS EM GRÃOS DE AMENDOIM cv. HAVANA 
 
1Dyalla Ribeiro de Araujo, 2Maria Guardiana Maia Alencar, 3Francisco Caio da Silva de Aguiar, 
4Edson Oliveira Nunes 
1Instituto Federal do Ceará - IFCE Campus Crato (dyalla@ifce.edu.br), 2 IFCE Campus Crato 
(guardianamaia@hotmail.com), 3IFCE Campus Crato, 4 IFCE Campus Crato. 
 
 
O BRS Havana é um cultivar de amendoim com alta produtividade, grande tolerância à seca, 
podendo ser cultivado em clima semiárido. Tem valores significativos de proteína e energia e 
apresenta alta digestibilidade, constituindo um alimento completo na alimentação animal. Contudo, o 
amendoim é uma planta comumente acometida por fungos produtores de micotoxinas, entre elas, as 
aflatoxinas, que é produzida principalmente pelo fungo Aspergillus flavus. Objetivou-se com este 
trabalho avaliar o teor de umidade, a microflora e o conteúdo de aflatoxinas em grãos de amendoim 
cv. BRS Havana produzidos por um produtor do Distrito de Missão Nova, Município Missão Velha, 
CE. O teor de umidade foi determinado pelo método padrão da estufa. Na determinação da micoflora 
utilizou-se o método do papel de filtro ou “blotter-test”. Na análise de aflatoxinas as amostras dos 
grãos de amendoim se compuseram de 100g, que foram trituradas em moinho de hélice, e logo 
peneiradas em peneira de 14 “mesh”, para obtenção da textura adequada requerida para realização 
do ensaio, utilizando-se 50g de amostra para extração e purificação das aflatoxinas. A triagem das 
aflatoxinas nas amostras realizou-se através da cromatografia em camada delgada (CCD), com uso 
de cromatofolhas de alumínio com 20 x 20 cm, espessura de 0,2 mm, tendo a mistura de tolueno, 
acetato de etila e ácido fórmico, nas proporções de 60:30:10, respectivamente, como sistema móvel. 
A quantificação das aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 foi realizada através da comparação visual da 
intensidade de fluorescência da mancha da amostra, com a fluorescência das manchas dos padrões 
aplicados na placa em concentrações crescentes, em alíquotas de 0,4, 0,6, 0,8, 1 e 2 μL. O teor de 
umidade nos grãos analisados foi de 7,05% ± 0,24, o percentual de incidência de fungos foi de 
15,00% ± 5,91 de A. flavus; 5,05% ± 4,61 de A. niger; 5,05% ± 6,99 de Rhizopus e não houve a 
detecção de fungos do gênero Penicillium. Não foi detectada positividade para os tipos de aflatoxinas 
(B1, B2, G1 e G2) nas amostras. O fato dos grãos de amendoim não apresentarem aflatoxinas, deveu-
se, provavelmente, às condições desfavoráveis que os fungos encontraram, especialmente o baixo 
teor de umidade dos grãos, uma vez que, o fungo A. flavus necessita de ambiente e tempo adequado 
para se desenvolver e produzir micotoxinas, e normalmente no teor de umidade abaixo 11%, não há 
condição suficiente para o fungo toxigênico se desenvolver. Desta forma, a presença do fungo no 
alimento não implica, obrigatoriamente, em produção de micotoxinas, assim como a toxina pode estar 
presente no alimento mesmo na ausência do fungo. Os fungos detectados nas amostras dos grãos 
de amendoim foram: A. flavus, A. niger e Rhizopus, com predominância do A. flavus. Não houve 
contaminação com aflatoxinas, fato esse, pode ser justificado pelo teor de umidade dos grãos em média 
de 7,05% ± 0,24. 
 
Palavra-chave: Micoflora; Micotoxinas; Armazenamento.

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