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apostila primeiros socorros em montanha

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Curso de Iniciação à Escalada CCME - 2023 
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Uma abordagem sobre conceitos básicos a serem assimilados para segurança e adequado aproveitamento da 
atividade outdoor 
 
Introdução: 
O tema dos primeiros socorros é extremamente abrangente e o texto aqui exposto não pretende esgotar as 
possibilidades de abordagem do assunto, nem mesmo serve como a única ou última fonte de consulta. O 
propósito aqui é de, apenas, apresentar conceitos a serem assimilados por quem pretende realizar atividades 
outdoor e estar minimamente preparado para entender: a dinâmica de segurança e prevenção de acidentes, 
ações e atitudes proativas para prestação dos primeiros socorros. 
 
A atividade outdoor 
Segundo a Federação de Esportes de Montanha do Estado do Rio de Janeiro (FEEMERJ), a definição de 
montanhismo é a seguinte: 
“O montanhismo é uma prática esportiva e de lazer que se caracteriza pela ascensão de montanhas e 
elevações rochosas, por meio de caminhadas ou escaladas, com diferentes graus de dificuldade e tempo 
de duração.” 
Assim, pode-se imaginar que a realização de uma atividade de montanha envolve uma grande 
diversidade de práticas, desde a caminhada, escaladas em blocos de rochas, em paredes, em níveis 
diversos de complexidade, além de compor altitudes também diferentes e que impactam na realização 
das mesmas. O uso de equipamentos diversos também faz parte do universo multifacetário que 
compõe a prática do montanhismo. Todas essas variações, podem fazer com que o leitor, facilmente, 
compreenda que as atividades de aventura envolvem sempre algum tipo de risco, perigo que 
necessitam ser minimizados durante suas práticas. 
Atividades de aventura são sempre praticadas em meio à natureza e envolvem a vivência do espirito 
de aventura e de respeito aos limites que esse tipo de atividade envolve. Escoteiros, montanhistas e 
excursionistas têm em mente a responsabilidade que envolve essa prática e, por isso, buscam sempre 
atualização, leitura de artigos sobre o tema e estão em constante aprimoramento técnico para que 
possam estar em condições de aproveitar tudo o que a atividade proporciona e com nível adequado 
de segurança. 
 
 
 
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➢ EQUIPAMENTOS 
O equipamento utilizado deve ser sempre apropriado e certificado por institutos de medidas que 
assegurem a qualidade e segurança de uso do mesmo. Esses equipamentos precisam estar certificados 
por siglas mundialmente reconhecidas, como: a UIAA e a CE. 
 
 
 
 
 
Obs: A sigla CE atesta padrão de qualidade da produção europeia, mas essa certificação não é específica 
para testes de materiais de escalada. Já a UIAA é um padrão de certificação dos materiais e 
equipamentos através de testes específicos para esse fim. Assim, um item pode ter a certificação da CE 
e não da UIAA, já uma certificação da UIAA obrigatoriamente terá o selo de qualidade da CE. 
Os certificados Comissão Europeia (CE) e Union Internationale des Associations d’Alpinisme (UIAA) são 
fundamentais para garantir que os equipamentos de escalada foram testados e estão de acordo com 
as regras de segurança que existem. 
➢ PLANEJAMENTO 
Em função do contato com a natureza envolver variantes previsíveis e outras imprevisíveis, não é 
nenhum exagero tomarmos algumas medidas no tocante ao estudo do local, riscos de deslizamentos, 
chuvas, trovoadas, rotas de fuga e de acesso para resgate, incidência de alagamentos, presença de 
desfiladeiros, rochas instáveis, instituições hospitalares e de resgate próximos ao local etc. 
Aspectos Ambientais e Humanos configuram possibilidades de 
acidentes e variáveis que colocam os praticantes de 
montanhismo em risco. Os fatores ambientais tem como 
exemplos os diferentes tipos de rochas e acessos, a dificuldade 
de acesso e presença de substâncias urticantes e espinhosas da 
flora local, previsibilidade meteorológicas com chuvas e raios 
para o local, presença de animais peçonhentos. Os fatores 
humanos que oferecem riscos estão relacionados à falta de 
capacidade técnica para o desempenho da atividade, ausência 
de equipamentos homologados, doenças pré-existentes de seus 
participantes, pânico e desequilíbrio emocional durante a prática desse tipo de atividades etc. 
 
 
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O chamado “primeiros socorros”, segundo a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do 
Crescente Vermelho, é definido como “a prestação e assistência médica imediata a uma pessoa ou uma ferida 
até à chegada de ajuda profissional”. Logo, esse atendimento ocorre nas mais variadas ocasiões e seus 
protocolos são praticamente os mesmos, seja a ocorrência em uma região de mata, em terrenos alagados ou 
mesmo como o caso do curso de iniciação à escalada, onde os acidentes e intercorrências ocorrerão em regiões 
montanhosas, próximas às rochas, em altitude etc. Por isso, vamos nos ater aos temas mais comuns de 
acontecerem durante a prática da escalada. 
 
“PREVENIR é melhor que 
REMEDIAR!” 
 
Podemos prevenir os acidentes, a exposição a riscos 
desnecessários, nos preparamos para enfrentarmos situações imprevistas e, é claro, temos o dever de cuidarmos de 
nossa segurança e dos que nos acompanham em uma atividade. Pensando nisso, podemos: 
- Utilizar filtro solar durante uma atividade exposição direta ao sol, assim como, uso chapéus e bonés; 
- uso de roupas e calçados apropriados para a atividade que participará; 
- Realizar hidratação adequada do seu corpo (uso de cantil, squeeze) durante a atividade e alimentar-se antes e 
durante a mesma; 
- Preparar-se fisicamente e emocionalmente para a realização de atividades que exigirão algum nível de esforço físico 
e controle emocional fora do seu cotidiano; 
 
 
 
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- Portar sua identificação pessoal, telefones de contato em casos de emergência, medicamentos de uso regular, 
informações médicas especiais como alergias e doenças previas, informar aos participantes da atividade quaisquer 
necessidades médicas suas ou de locomoção que possam exigir maior atenção e cuidado (diabetes, hipertensão, 
dificuldades de locomoção etc). 
- Nunca deixe de avisar o seu destino, data e hora prevista de regresso, com que grupo/instituição está participando, 
contato de alguém que esteja na atividade ou responsável por ela. Certifique-se da qualidade do 
material/equipamento e da capacidade técnica de quem está realizando uma atividade de aventura em que você 
esteja. 
 
 
CENA – SEGURANÇA – SITUAÇÃO 
Avaliação do Local do Acidente - Essa é a primeira etapa básica na prestação de primeiros socorros. 
Ao chegar no local de um acidente ou onde se encontra um acidentado deve-se assumir o controle 
da situação e proceder a uma rápida e segura avaliação da ocorrência, visualizando riscos potenciais 
para o local, para pessoas, para a vítima, para socorristas e então, só depois, realizar a abordagem da situação. 
 
CENA (LOCAL SEGURO) – PESSOAS SEGURAS – ABORDAGEM DA SITUAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
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Primeiros Socorros: 
- Lavar bem as mãos com água e sabão antes de tratar a ferida; 
- Limpar cuidadosamente a região da ferida com água corrente (use água do cantil ou outra reserva 
levada pelos participantes) e sabão neutro; 
- Secar a lesão com um pano limpo (ou gaze, do kit de primeiros socorros); 
- Se por acaso a lesão não esteja sangrando, pode deixar descoberta; 
- No caso de sangramento, proteja o local com gaze ou curativo, deixando sempre espaço para 
ventilação; 
No casode escoriações mais graves e profundas a vítima deve ser encaminhada para o atendimento 
médico especializado; e 
- É importante ressaltar também que, se no decorrer dos dias a ferida apresentar vermelhidão local, 
dor e calor, ou ainda, secreção purulenta ou odor fétido, é preciso que um profissional de saúde avalie. 
 
 
 
 
 
 
 
OCORRÊNCIAS DE PRIMEIROS SOCORROS A SEREM PRESTADOS EM ATIVIDADES DE 
ESCALADA 
 
ESCORIAÇÕES: 
As escoriações são lesões leves e superficiais, popularmente chamado de 
“arranhões”, muito comuns em escorregões nas pedras da montanha ou na trilha 
de acesso. Locais do corpo mais comuns de serem afetados: cotovelos, joelhos, 
canelas, tornozelos e nas extremidades superiores. 
 
 
Sinais/Sintomas: 
- Feridas resultantes de atritos, como quedas; 
- Lesões normalmente simples e superficiais, como os arranhões; 
- Desconforto e dor local; 
- Sangramento discreto; e 
- Risco de infecção, pois a superfície causadora não é limpa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HEMORRAGIAS: 
Hemorragia é a perda de sangue através de ferimentos, por cavidades naturais (nariz, boca, ouvidos...) ou 
pode ocorrer internamente, resultante de traumatismos. 
 
 
 
 
 
 
Primeiros Socorros: 
Conter uma hemorragia com pressão direta usando um curativo simples, é o método mais indicado. 
Se não for possível, deve-se usar curativo compressivo; se com a pressão direta e elevação da parte atingida 
de modo que fique num nível superior ao do coração, ainda se não for possível conter a hemorragia, pode-se 
optar pelo método do ponto de pressão. 
Atenção: Não elevar o segmento ferido se isto produzir dor ou se houver suspeita de lesão interna 
tal como fratura. 
 Pressão Local Curativo oclusivo (bandagem) 
 
 
 
 
 
 Pontos de Pressão 
. 
 
 
 
 
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Um estudo feito pelo exército americano no Iraque e Afeganistão, comparou resultados de aplicação do 
torniquete em momentos diferentes: antes do paciente descompensar por choque; depois de 
descompensado. Os resultados foram de 96% de sobrevida na aplicação precoce e bem indicada, ante 
4% de sobrevida na aplicação tardia 
 
 
USO DO TORNIQUETE NAS HEMORRAGIAS 
Torniquetes devem ser usados se o controle do sangramento por pressão direta ou curativo compressivo não 
conseguirem o estancamento e hemostasia. 
“O torniquete é um dispositivo de compressão usado para controlar o fluxo sanguíneo 
arterial e venoso de uma extremidade por um período de tempo, a fim de conter 
hemorragias graves nos membros inferiores e superiores”. (Eilertsen et al., 2020). 
 
 
 
 
A segurança de uso em salas cirúrgicas tem sido comprovada por até duas horas, sem danos isquêmicos 
significativos aos nervos e músculos. Normalmente, o uso de torniquete está associado à necessidade de 
manejo cirúrgico para tratamento definitivo, portanto a aplicação no pré-hospitalar deve ser mantida até a 
chegada ao hospital apropriado mais próximo, observando a celeridade nesse transporte para que não 
exceda em 2 horas. 
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1. Use um material apropriado. Se tiver um torniquete médico à disposição, excelente, mas na 
maioria das situações de emergência, você terá que improvisar. Nesse caso, escolha um material que 
seja forte, maleável (mas não muito elástico) e longo o suficiente para amarrar o membro lesionado.[7] 
• Boas opções improvisadas são uma gravata, uma bandana, um cinto de couro, alças de mochila 
ou bolsa, uma camisa de algodão ou uma meia longa. 
• Para minimizar o corte na pele, é importante que o torniquete improvisado tenha pelo menos 
2,5 cm de largura e cerca de 5 cm de comprimento. Se ele for para um dedo, use um tecido um 
pouco menor, mas evite cordas, barbantes, fio dental, arame, dentre outros semelhantes que 
podem cortar a pele. 
• Em uma situação de emergência com muito sangue, você precisa aceitar o fato de que também 
estará sujando sua roupa com sangue, então não hesite em usar uma peça de roupa sua para 
fazer um torniquete. 
 
2. Aplique o torniquete entre o coração e a lesão. 
Coloque o torniquete ao redor do membro lesionado, entre a ferida aberta e o coração para evitar o fluxo 
sanguíneo forte demais dentro das artérias que saem do coração. Mais especificamente, coloque o torniquete 
a cerca de 5 a 10 cm de distância da borda da ferida, não diretamente sobre ela, pois as artérias que percorrem 
o ferimento ainda serão drenadas pela abertura da lesão. 
• Para feridas logo abaixo de uma articulação (como o cotovelo ou o joelho), coloque o 
torniquete logo acima e o mais próximo possível da articulação. 
• O torniquete deve ter algum preenchimento sob ele para evitar danos à pele, então use a 
roupa da vítima (perna da calça ou manga da camisa) para essa função se puder. 
• Se o torniquete for comprido o suficiente, enrole-o ao redor do membro lesionado várias 
vezes, mantendo-o o mais plano possível para estancar o fluxo sanguíneo nas artérias, mas 
sem cortar e danificar os tecidos moles ao fazê-lo. 
 
 
https://pt.wikihow.com/Aplicar-um-Torniquete#_note-7
 
 
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3. Use um bastão ou pedaço de madeira para apertar a lesão. 
Amarrar um nó normal depois de apertar bem o torniquete pode não ser o suficiente para controlar o fluxo 
sanguíneo no local, principalmente se o material usado para amarrar o ferimento afrouxar um pouco quando 
estiver molhado. Sendo assim, use algum tipo de vara ou bastão longo de madeira ou de plástico (com pelo 
menos 10 cm de comprimento) como um dispositivo de torção. 
• Primeiro, amarre um meio nó com o torniquete, depois coloque o objeto rígido em cima antes de 
amarrar um nó completo sobre ele. 
• Em seguida, torça o objeto alongado até que o torniquete esteja bem apertado em torno do membro 
lesionado e o sangramento tenha parado. 
• Pequenos galhos de árvores, uma chave de fenda ou chave inglesa, lanternas finas ou canetas 
marcadoras grossas geralmente funcionam bem como dispositivos de torção para torniquetes 
 
 
 
 
 
 
DESMAIO 
O desmaio (síncope) é uma perda repentina e rápida de consciência em que a pessoa, causada por diminuição 
do fluxo de sangue para o cérebro. A pessoa fica sem movimentos e 
enfraquecida, podendo apresentar perna s e braços frios, pulso fraco e 
respiração superficial. 
Embora não seja tão comum, é possível que durante uma atividade de 
escalada, possa ocorrer o desmaio de um de seus participantes. Seja por conta 
da altitude, do esforço físico, alimentação inadequada ou exposição direta ao sol ou ao calor. 
 
 
 
 
 
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Primeiros Socorros: 
- Deite a pessoa em região plana, de barriga para cima, e eleve as pernas dela em relação ao corpo e a cabeça, 
cerca de 30cm acima do nível do coração; 
- Coloque a cabeça da vítima de lado, para assim, facilitar a respiração e evitar asfixia devido ao risco de vômito; 
- Afrouxe as roupas e abra os botões/zíperes para facilitar a respiração da pessoa; 
- Para reduzir a chance de desmaiar novamente, não levante a pessoa muito rapidamente; 
- Faça cessar condições extremas que possam ter causado o desmaio: calor, esforço físico, desidratação, 
exposição que cause desequilíbrio emocional (medo, insegurança, ansiedade) etc. 
 
 
 
 
 
INSOLAÇÃO E INTERMAÇÃO 
A insolação é uma condição séria provocada pelo excesso de exposição 
ao sol. Ela acontece quando a temperatura corporal ultrapassa os 40°C, 
fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não 
consiga se resfriar. 
A intermação ocorre pela 
exposição às fontes de calor, 
ambiente quente, mal 
ventilado e também 
acontece por esforço físico em ambientes quentes, pois provoca uma 
súbita carga térmicasem que o corpo consiga se adaptar, a chamada 
exaustão do calor. 
 
Sinais e sintomas: 
- Cansaço, dificuldade respiratória, confusão mental, mal estar, náuseas, dor de cabeça; 
- Na insolação é mais comum ocorrer temperaturas elevadas do corpo (40°C), já na intermação, pode manifestar 
os mesmos sintomas, porém também apresentar a pele fria e com suor, o que é muito comum na exaustão do 
calor, por atividade física extenuante e exposta ao ambiente quente. 
Primeiros Socorros: 
- Remover a pessoa para um local fresco, à sombra e ventilado; 
- Afrouxar e, se possível, remover o máximo de peças de roupa; 
- Se estiver consciente, a pessoa deverá ser mantida em repouso e recostada (cabeça elevada); 
pode-se oferecer água fria (com cuidado para não estimular vômito); 
- Se possível, deve-se borrifar água fria em todo o corpo da pessoa, delicadamente; 
- Podem ser aplicadas compressas de água fria na testa, pescoço, axilas e virilhas. 
 
 
 
 
 
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CÂIMBRAS 
Sabe-se que as câimbras estão relacionadas com a diminuição do nível de alguns 
minerais como cálcio, potássio e magnésio em nosso organismo. Não são raras as 
vezes em que ocorre durante uma atividade física, inclusive durante uma escalada. 
Ocorre com uma dor súbita, tipo aperto, normalmente na região da panturrilha, e 
que provoca uma contração involuntária do músculo. 
 
Primeiros Socorros: 
 - Se o local em que a pessoa estiver permitir, mantenha o repouso imediato e absoluto da região afetada, pois 
o relaxamento ocorre espontaneamente em alguns minutos; 
- Um procedimento muito utilizado é a extensão dos músculos da área afetada, na tentativa de relaxar o músculo 
contraído. Podem ser feitas massagens circulares na área, embora a dor local faça com que a vítima não permita 
o manuseio adequado. 
- Após a crise de câimbra, pode ser oferecido isotônico como medida de tentativa de reposição eletrolítica de 
elementos perdidos durante o esforço, no suor. 
 
 
 
Bananas funcionam ou não para tratar a câimbra? 
Mais ou menos. A banana é rica em água, potássio e carboidratos (que fornecem glicose). Dessa 
forma, em teoria ela poderia ajudar a combater as câimbras por ajudar a manter a hidratação do 
corpo, fornecer energia aos músculos e repor os níveis de potássio – mas isso nem sempre se 
confirma. 
Embora o potássio seja o mineral mais lembrado quando falamos em câimbras, sua insuficiência está mais relacionada à 
fraqueza e à paralisia muscular do que às contrações involuntárias. Enquanto isso, os elementos que mais parecem estar 
envolvidos nas câimbras são o sódio, o cálcio e o magnésio. 
Dessa forma, comer uma banana antes ou durante os exercícios pode ajudar a prevenir ou cessar a câimbra principalmente 
se a causa for a falta de energia. Se a origem do espasmo for o desequilíbrio eletrolítico, a fruta ajuda a repor apenas o 
potássio – de modo que o sódio, o cálcio e o magnésio ainda vão ficar faltando. 
E, é claro, se a câimbra for causada por outras condições, a banana não oferece nenhuma vantagem especial em relação a 
outros alimentos. 
 
 
Referências Bibliográficas: 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192 - Serviço 
de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. Disponível em: < 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf >. Acesso em: 20, dez. 2023. 
ENNES, Moacyr. Os fatores de risco real nas atividades de montanhismo. Real Risk Factors in Mountaineering 
Activities. ISSN 1809-9475 Cadernos UniFOA Edição nº 21 -Abril/2013. Disponível em: 
<https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/download/12/34/455>. Acesso em: 21, dez. 2023. 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_suporte_basico_vida.pdf
https://revistas.unifoa.edu.br/cadernos/article/download/12/34/455
 
 
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INBRAEP - INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO PROFISSIONALIZANTE (Brasil). Técnicas de Salvamento de Vítimas 
com Traumas. Santa Catarina: Equipe INBRAEP, 23 de novembro de 2023. Disponível em: < 
https://inbraep.com.br/publicacoes/tecnicas-de-salvamento-de-vitimas-com-traumas/ >. Acesso em: 18, dez. 
2023. 
 
OLIVEIRA, Antonio Alves de. ARAUJO, Andrey Hudson Mendes de. A efetividade dos torniquetes no atendimento 
pré-hospitalar. Universidade Paulista, Brasil. Research, Society and Development, v. 11, n. 11, e582111124619, 
2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i11.24619. Disponível em: 
<https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/24619/28774/381417#:~:text=O%20torniquete%20%
C3%A9%20um%20dispositivo,et%20al.%2C%202020>. Acesso em: 27, dez. 2023. 
 
 
https://inbraep.com.br/publicacoes/tecnicas-de-salvamento-de-vitimas-com-traumas/
http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i11.24619
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/24619/28774/381417#:~:text=O%20torniquete%20%C3%A9%20um%20dispositivo,et%20al.%2C%202020
https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/download/24619/28774/381417#:~:text=O%20torniquete%20%C3%A9%20um%20dispositivo,et%20al.%2C%202020

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