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1/2 Sessologia: uma ferramenta promissora para monitorar o permafrost O aquecimento e o descongelamento do permafrost em resposta ao aumento das temperaturas estão cada vez mais desestabilizando as encostas rochosas, causando mais ocorrências de queda de rochas nos últimos anos. Espera-se que essa tendência continue, levantando preocupações de que esses riscos possam prejudicar as infraestruturas caras e interromper os assentamentos nas regiões do permafrost, incluindo os Alpes europeus. A obtenção dos dados necessários para monitorar a degradação do permafrost, no entanto, tem sido limitada pelos custos substanciais e pela logística exigente das ferramentas padrão, como monitoramento de furos e imagens geofísicas ativas. Em um novo estudo, Lindner et al. investigam o potencial de usar técnicas sísmicas passivas menos caras para monitoramento de permafrost a longo prazo. Os pesquisadores analisaram dados contínuos de vibração do solo de uma única estação sísmica originalmente instalada para monitoramento de terremotos em cima de Zugspitze, de 2.962 metros de altura, o pico mais alto da Alemanha. Eles analisaram ondas sísmicas geradas por teleféricos que ascendem ao pico para revelar variações sazonais na velocidade sísmica, bem como uma diminuição geral na velocidade durante o período de observação, que se estendeu por 2006-2021. Os cientistas então compararam essas mudanças observadas com dados meteorológicos, dados de monitoramento de furo e estudos de tomografia de resistibilidade elétrica. Os resultados indicam que as https://eos.org/articles/mapping-the-people-places-and-problems-of-permafrost-thaw https://doi.org/10.1029/2021GL094659 2/2 flutuações sazonais foram causadas por ciclos de congelamento-descongelamento, enquanto a diminuição da velocidade sísmica a longo prazo foi resultado da degradação gradual do permafrost. Os achados sugerem que a sismologia passiva constitui uma nova abordagem promissora para o monitoramento contínuo do permafrost. De acordo com os autores, estudos futuros devem investigar se a instrumentação mais densa pode fornecer informações mais detalhadas sobre o decaimento do permafrost, bem como explorar aplicações adicionais de monitoramento sísmico passivo a questões ambientais de ampla relevância. (Geophysical Research Letters, https://doi.org/10.1029/2021GL094659, 2021) —Terri Cook, Escritor de Ciência Citação: - Cozinhe, T. (2021), Sismologia: Um instrumento promissor para a monitorização do permafrost, Eos, 102, https://doi.org/10.1029/2021EO210588. Publicado em 4 de novembro de 2021. Texto em 2021. AGU. CC BY-NC-ND 3.0 (em versão 3.0) Exceto quando indicado de outra forma, as imagens estão sujeitas a direitos autorais. Qualquer reutilização sem permissão expressa do proprietário dos direitos autorais é proibida. https://doi.org/10.1029/2021GL094659 https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/