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Professor. MSc. Jonas Ferreira jonasalmeida1@fiponline.edu.br BIOQUÍMICA Glicogênese e Glicogenólise Glicogênio 2 Glicogênese: Síntese do glicogênio O glicogênio foi descoberto em meados do século XIX. Glicogenólise : Catabolismo do glicogênio Claude Bernard Descobriu que um fermento (Enzima) hepático liberava resíduos de um açúcar redutor a partir do tecido hepático. matière glycogène 3 • Estrutura e função do glicogênio Quando a dieta fornece temporariamente mais carboidratos que o necessário para uso imediato como combustível o excesso de glicose é polimerizado como glicogênio. Todas as células do corpo possuem pequenas quantidades de glicogênio mas, o fígado e músculos detém a maior parte deste polímero. 5 -10% 1 - 2% Glicogênio 4 Exemplo: Uma pessoa com 70kg armazena cerca de 100g de glicogênio no fígado e aproximadamente 400g em seu musculo esquelético . Essa energia armazenada em forma de glicogênio é bem menor cerca de 1% quando comparada com a energia armazenada como gorduras (Triglicerídeos). Glicogênio 5 Se armazenar gorduras é mais eficiente energeticamente, porque o glicogênio é necessário ? Gorduras não podem ser convertidas em glicose nos vertebrados, e não podem ser catabolizadas anaerobicamente na glicólise. Glicogênio 6 • Quando há uma alta demanda energética a degradação rápida do glicogênio fornece glicose para a glicólise em segundos. • O encéfalo que é um grande consumidor de energia metabólica diferentemente dos músculos não consegue utilizar ácidos graxos para produção de energia. Os ácidos graxos de cadeia longa não conseguem cruzar a barreira hematencefálica. Glicogênio Esgotam-se após 24hr de jejum. 7 O glicogênio é armazenado no citosol na forma de grânulos, chamados de grânulos β, que variam em tamanho, estrutura e localização subcelular, dependendo do tecido ou tipo celular. • O tamanho dos grânulos β varia com o estado de atividade e de alimentação. • No musculo os grânulos β apresentam diâmetro de 20-30nm e possuem até 55.000 resíduos de glicose e 2000 extremidades não redutoras. • No fígado 20-40 grânulos β se agrupam formando grânulos α ricos em proteínas que chegam a 300nm. Glicogênio 8 Os grânulos β no musculo liberam glicose mais rapidamente que os grânulos α do fígado. Isso está relacionada com as diferentes necessidades metabólicas destes tecidos. Glicogênio 9 Todos os grânulos de glicogênio apresentam em seu centro um dímero da proteína glicogenina, que funciona como um indicador para síntese de polímeros de D-Glicose. No modelo em camadas do granulo β, o dímero de glicogenina central está marcado por camadas sobrepostas de cadeias de cerca de 13 resíduos de glicose em ligação (α1-4), com ramificações unidas por ligações (α1-6). Glicogênio 10 Associadas a cada granulo β, estão regiões eletrodensas ricas em proteínas chamadas partículas ƴ. Entre as proteínas associadas estão as que sintetizam e degradam o glicogênio. Glicogênio Cadeia A Cadeia B 11 Glicogênio 12 O mecanismo geral de armazenamento e mobilização da glicose são os mesmos no musculo e no fígado. Porem as enzimas diferem em aspectos sutis, mas importantes, que refletem o papel importante do glicogênio nesses tecidos. Glicogênio Glicogenólise 13 Glicogenólise Glicogenólise 14 No musculo esquelético e no fígado as unidades de glicose das ramificações externas do glicogênio entram na via glicolítica pela ação de três enzimas: Glicogênio-fosforilase Enzima de degradação do glicogênio Fosfoglicomutase Glicogenólise 15 A glicogênio-fosforilase catalisa a reação na qual uma ligação glicosídica (α1-4) entre dois resíduos de glicose é atacada por um Pi. Isso remove o resíduo terminal na forma de α-D-Glicose-1-fosfato. Essa reação de fosforólise é diferente da hidrólise provocada pela amilase. Na fosforólise uma parte da energia de ligação é conservada na formação do éster de fosfato Glicose-1-fosfato. Piridoxal-fosfato Cofator Glicogenólise 16 Ação da Glicogênio-fosforilase O piridoxal-fosfato liga-se covalentemente próximo ao sitio ativo da enzima, onde seu grupo fosfato atua como catalisador ácido geral promovendo o ataque pelo Pi a ligação glicosídica. Este papel é incomum, seu papel mais característico é o de cofator no metabolismo proteico. Piridoxal-fosfato Glicogenólise 17 A glicogênio-fosforilase continua sua atividade sobre as extremidades não redutoras das ramificações do glicogênio até chegar em um ponto a quatro resíduos de glicose de distância de uma ramificação (A1-6), onde sua ação é interrompida. A degradação continua após a enzima de desramificação (oligo-(α1- 6)-(α1-4)-glicanotrasferase, catalisa duas reações sucessivas que removem as ramificações. Glicogenólise 18 O resíduo de glicose resultante da ramificação sofre hidrolise e é liberado. A atividade da glicogênio- fosforilase pode continuar. Glicogenólise 19 A glicose-1-fosfato liberada é convertida a glicose- 6-fosfato pela Fosfoglicomutase. 1º No musculo esquelético pode entrar na via glicolítica gerando energia para contração muscular. 2º No fígado o propósito é liberar glicose no sangue quando os níveis estiverem baixos. Glicogenólise 20 Ação da Fosfoglicomutase Glicogenólise 21 No fígado o propósito é liberar glicose no sangue quando os níveis estiverem baixos. Isso requer a ação da glicose-6-fosfatase, presente somente no fígado e rins. Ela é uma proteína integral do Reticulo endoplasmático, com sitio ativo no lado luminal. Glicogenólise 22 Glicogênese 23 Glicogênese Glicogênese 24 A síntese do glicogênio ocorre em quase todos os tecidos animais, mas é especialmente proeminetete no fígado e no musculo esquelético. O ponto de partida é a glicose-6-fosfato, ela pode ser derivada da glicose livre em uma reação catalisada pelas Hexocinase I e II no musculo e Hexocinase IV no fígado. • Parte da glicose ingerida toma uma caminho diferente, ela é captada pelos eritrócitos e transformada em lactado, que é captado pelo fígado e convertido a glicose-6-fosfato pela gliconeogênese. Ciclo de Cori Glicogênese 25 1º Fosforilação da glicose no carbono 6. Hexocinase Glicogênese 26 2ºIsomerização da Glicose-6-fosfato. Fosfoglicomutase Glicogênese 27 3º UDP-glicose. UDP-glicose-pirofosforilase Glicogênese 28 A UDP-glicose é o doador imediato de resíduos de glicose para a glicogênio-sintase. Transfere o resíduo de glicose para a extremidade não redutora de uma molecula ramificada de glicogênio formando ligação (α1-4). Glicogênese 29 Glicogênese 30 A glicogênio-sintase não consegue formar ligações (α1-6) encontradas nos pontos de ramificação, estas são formadas pela enzima de ramificação de glicogênio chamada de Amilo-(1-4)-(1-6)- transglicosilase ou Glicosil-4-6-trasferase. Glicogênese 31 A glicogênio sintase não consegue iniciar uma cadeia de glicogênio de novo. Ela requer um fragmento iniciador, geralmente uma cadeia de poliglicose (α1-4) pré formada. A glicogenina é a chave para o início da síntese, atuando como iniciador e enzima do processo. Glicogênese 32 Professor. MSc. Jonas Ferreira jonasalmeida1@fiponline.edu.br BIOQUÍMICA Glicogênese e Glicogenólise