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CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM Jaíra de Matos Alves ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO Macapá / Ap 2023 CURSO BACHARELADO EM ENFERMAGEM Jaíra de Matos Alves ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto. Macapá / Ap 2023 1. INTRODUÇÃO Com a intenção de organizar a saúde do adulto, houve uma estruturação em diferentes áreas da saúde básica do Brasil, tudo isso voltado para a saúde da mulher, do homem e adulto idoso, principal público que demanda cuidados para a saúde, entretanto, vale ressaltar que essa organização teve uma construção, produto de muita luta social, intelectual e político, com a finalidade de trazer profissionais adequados e preparados para o cuidado e manejo da saúde do ser humano, e dentro da saúde primária, o primeiro profissional que esta a frente junto aos pacientes, são os enfermeiros, que junto a enfermagem, trazem uma carga de muito trabalho para o cuidado e manejo da saúde do adulto. Dentro da atenção primária, é de grande importância um profissional enfermeiro que saiba dos cuidados necessários sobre ações de prevenção de doenças e de promoção à saúde, assisti-la de forma contínua e resolutiva encaminhando os indivíduos com patologias, agravos ou outras necessidades, quando necessário, aos serviços de referência, com agilidade e precisão. Pois dentro da atenção primária, a população tem total direito as informações dos serviços prestados, tais como uma enfermagem mais humanizada, encaminhando os indivíduos com patologias, agravos ou outras necessidades, quando necessário, aos serviços de referência, com agilidade e precisão. O enfermeiro da equipe de atenção primária, desenvolve seu trabalho tanto no âmbito da unidade de saúde quanto na comunidade. Entre as suas atribuições estão a realização de assistência integral as pessoas e famílias na unidade de saúde desde o acolhimento com classificação do risco para os cuidados primários a consulta de enfermagem, bem como, e quando necessário, ações no domicílio através da visita domiciliar e/ou em outros espaços comunitários para promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. Logo, a necessidade de conhecer o trabalho da enfermagem se faz presente, tendo em vista das grandes possibilidades de atenção e cuidado das ações do enfermeiro em seu ambiente de trabalho. Através deste estudo foi possível identificar as ações de cuidado realizadas pela enfermagem na saúde da pessoa adulta, e também, detectar as dificuldades enfrentadas. Assim como a importância das ações do enfermeiro, o profissional da enfermagem está ciente de que deve ter capacitação para realizar um cuidado que atenda as especificidades e demandas de cada usuário. 2. DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO: APROXIMAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA A enfermagem é uma prática profissional socialmente relevante, historicamente determinada e faz parte de um processo coletivo de trabalho com a finalidade de produzir ações de saúde por meio de um saber específico, articulado com os demais membros da equipe no contexto político social do setor saúde. (FERREIRA; PÉRICO; DIAS, 2017). A enfermagem é responsável por realizar a assistência integral, promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde dos indivíduos e famílias na unidade de saúde e, quando indicado ou necessário, no domicílio. (BRASIL, 2006). Os enfermeiros vêm conquistando seu espaço social e importância junto a equipe de saúde e dos usuários que vivenciam com ele o atendimento clínico e identificam nele a referência para o seu cuidado, o que traz muita satisfação e dá sentido ao trabalho. (MATSUMOTO, et al., 2011). Os enfermeiros reconhecem suas potencialidades, como: “exercer a prática clínica por meio da consulta de enfermagem, criar vínculos com a população e estabelecer com a equipe relações interpessoais” que propiciem um ambiente de trabalho produtivo, saudável e satisfatório. (CAÇADOR, et al., 2015). O trabalho do enfermeiro é considerado de suma importância social, em especial no que se refere ao processo saúde-doença da população. Suas ações são muito importantes para reestruturar o modelo assistencial, as ações de atenção à saúde, envolvendo mudanças tecnológicas e assistenciais. Quanto à forma de organização, é necessário que haja uma articulação entre os diversos recursos físicos, tecnológicos e humanos disponíveis para enfrentar e resolver os problemas de saúde de uma coletividade. (LEITÃO, 2011, p. 3). O trabalho de enfermagem tem uma dupla dimensão, assistencial e gerencial, voltado para pessoas (produção do cuidado de enfermagem e gestão de projetos terapêuticos) e para o coletivo (monitoramento da situação de saúde da população, gerenciamento da equipe de enfermagem e do serviço de saúde para a produção do cuidado), e sua função primordial, é de prestar ajuda às pessoas, famílias e comunidades, desenvolvendo atividades para promoção, manutenção e recuperação da saúde, podendo assim, contribuir com a implementação e consolidação do SUS. (BONFIM, et al., 2012; NAUDERER; LIMA, 2008). O enfermeiro tem como enfoque central o cuidado ao indivíduo adulto, considerando-o em sua relação com o meio ambiente, observando, avaliando e intervindo para a promoção, prevenção e recuperação da saúde, respeitando as diretrizes do modelo de saúde vigente. 2.1 PROCEDICMENTOS REALIZADO O cotidiano do enfermeiro é marcado pelo conflito de responsabilizar-se pelo conjunto de atividades que compõem a dinâmica de funcionamento do serviço de saúde e o trabalho específico preconizado pelo novo modelo de atenção, dentro de um contexto onde predominam as estratégias de gestão e aspectos ideológicos que reforçam o modelo tradicional de funcionamento do sistema de saúde. (GALAVOTE, et al., 2016). Nesse contexto, o enfermeiro tem suas atividades cada vez mais direcionadas para procedimentos vinculados à organização do serviço, à supervisão das suas atividades e aos cuidados desenvolvidos pelos membros da equipe de enfermagem. Uma das características marcantes do cotidiano, destacadas em alguns estudos, é a sobrecarga de trabalho pelo acúmulo de diversas funções e o afastamento do enfermeiro da assistência direta (especialmente a consulta de enfermagem), as quais decorrem da necessidade de oferecer respostas às demandas relacionadas ao funcionamento dos serviços de saúde e à população e, ainda, às metas estabelecidas, pactuações e indicadores do serviço de saúde. A priorização de demandas que requerem respostas mais urgentes no cotidiano ligadas a questões gerenciais deixa o enfermeiro distante da assistência direta, da realidade e das necessidades em saúde da população. (CAÇADOR, et al., 2015, p. 5). O enfermeiro é responsável por planejar, organizar e avaliar todo serviço de assistência para que o cuidado com o paciente seja bem sucedido, cada profissional da saúde tem um papel singular no cuidado do paciente. Médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, além da equipe de farmacêuticos, nutricionistas, psicólogos, entre outros, exercem funções distintas, porém complementares entre si com um único objetivo: cuidar de pessoas. O enfermeiro está presente em diversas circunstâncias que envolvem o cuidado assistencial. Mas, afinal, o que realmente faz esse profissional? A lei nº 7.498 de 1986, que regulamenta o exercício da enfermagem e de suas atividades auxiliares no Brasil, estabelece que só pessoas portadoras do diploma de curso superior podem exercer a profissão. O enfermeiro é responsável principalmente por planejar, organizar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem.É ele também quem realiza a consulta de enfermagem e prescreve os passos que devem ser seguidos pela equipe. (HOSPITAL MOINHOS DE VENTO, 2019). Um dos papéis do enfermeiro atuante na atenção primária é capacitar e aperfeiçoar os agentes comunitários de saúde para trabalhar com a população. (TEIXEIRA, et al., 2014). Quanto à saúde do ser humano, os enfermeiros desempenham ações importantes que contribuem para a desmistificação dos preconceitos, busca ativa de pacientes e, de modo geral, fornecem orientações e estimulam as pessoas a procurarem a unidade de saúde para todo e qualquer cuidado com a saúde. As ações assistenciais desenvolvidas pelo enfermeiro envolvem coleta de citopatológico para prevenção do câncer de colo uterino, puericultura, imunizações, notificações no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), SINAN. Além disso, o enfermeiro realiza consulta de enfermagem, verificação de sinais vitais, administração de medicamentos, realização de curativo, visitas domiciliares, coordenação dos grupos na Unidade e junto à comunidade, atividades e orientações nas escolas (LEITÃO, 2011, p. 7). Os enfermeiros, juntamente com as equipes multiprofissionais, ao realizarem o trabalho educativo enfrentam diversas dificuldades para sua concretização. Ao desenvolver educação em saúde, tanto no contexto individual quanto no coletivo, os enfermeiros se deparam com barreiras, dentre as quais a principal é a resistência às mudanças e aceitação ao novo modelo assistencial. (ROECKER; BUDÓ; MARCON 2012). As principais dificuldades encontradas referem-se à estrutura física, à falta de um veículo disponível para a Unidade e de mais profissionais de saúde (médico, enfermeiro, técnico em enfermagem e odontólogo), número insuficiente de fichas distribuídas na Unidade, falta de medicamento e de segurança no posto e inviabilidade do horário de atendimento clínico, pois há dias em que se atende por somente um turno. (RANGEL et al., 2011). 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando se fala na saúde do adulto, foca-se na atuação deste cuidado, além de ser um público específico em geral, entende-se a importância do cuidado com este público, principalmente por conta das possíveis enfermidades que este grupo pode enfrentar, como por exemplo, hipertensão, tuberculose, ISTs, entre outros, e dentro deste cenário, temos a figura primordial para a ponte entre o adulto e os profissionais indicados para determinada doença, esta figura é o enfermeiro. O enfermeiro é o agente que faz da promoção da saúde valer dentro das clínicas médicas, sendo ele, a pessoa que conduz o paciente dentro das mais variadas situações que ocorrem dentro de uma internação, por exemplo, sempre se atualizando para um atendimento eficaz e acolhedor, sabendo e atuando dentro de todas as realidades possíveis dentro de uma clínica, entendendo e fazendo dessa estadia, a melhor possível, mesmo sabendo o quão difícil pode ser uma internação. REFERÊNCIAS BONFIM D, GAIDZINSKI RR, SANTOS FM, GONÇALES CS, FUGULIN FMT. The identification of nursing interventions in primary health care: a parameter for personnel staffing. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2012. Acesso em Outubro de 2023: http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342012000600025 BRASIL. Família: uma estratégia de organização dos serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2006. CAÇADOR BS, BRITO MJM, MOREIRA DA, REZENDE LC, VILELA GS. Being a nurse in the family health strategy programme: challenges and possibilities. Rev Min Enferm [Internet]. 2015. Acesso em Outubro de 2023: http://www.reme.org.br/ artigo/detalhes/1027 LEITÃO, G.C.M. Reflexões sobre gerenciamento. Texto e contexto enfermagem, UFSC, v. 10, n. 53, p. 104-115, 2011. MATSUMOTO S, FORTUNA CM, KAWATA LS, MISHIMA SM, PEREIRA MJB. Nurses’ clinical practice in primary care: a process under construction. Rev Latino- Am Enfermagem [Internet]. 2011[cited 2017 Jun 01];19(1):123-30. Acesso em Outubro de 2023: http://dx.doi. org/10.1590/S0104-11692011000100017 NAUDERER TM, LIMA MADS. Nurses’ practices at health basic units in a city in the south of Brazil. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2008. Acesso em Outubro de 2023: http://dx.doi.org/10.1590/S0104-11692008000500015 RANGEL, R. F.; FUGALI, M. M.; BACKES, D. S.; GEHLEN, M. H. G.; SOUZA, M. H. T. Avanços e perspectivas da atuação do enfermeiro em estratégia saúde da família. Cogitare Enferm, v. 16, n. 3, p. 498-504, 2011. ROECKER, S.; MARCON, S. Educação em saúde. Relatos das vivências de enfermeiros com a Estratégia da Saúde Familiar. Invest. Educ. Enfermagem, Medellín, v. 29, n. 3, p. 381-390, ago 2011. TEIXEIRA DC, BRAMBILLA DK, ADAMY EK,KRAUZER IM. Concepções de enfermeiros sobre a política nacional de atenção integral à saúde do homem. Trab Educ Saúde 2014; 12(3):563-76.