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Na minha perspectiva, no que diz respeito à Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da Mulher, os pontos mais importantes a serem considerados e destacados seriam os problemas de saúde pública encontrados no âmbito da saúde da mulher em sua integralidade, problemas estes que nortearam a proposição elaboração das diretrizes para a construção de um modelo de promoção e atenção humanizada e de qualidade à saúde, capaz de responder às necessidades das mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS).
Dentre os problemas mencionados, podemos listar:
· Mortalidade materna
· Mortalidade neonatal
· Afecções ginecológicas
· DSTs
· DNT e câncer
· Violência doméstica, sexual e outras
· Distúrbios mentais
· Gravidez na adolescência
· Dentre outros
Considerando a análise da situação da saúde da mulher, foram definidos os princípios, diretrizes e objetivos da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da Mulher.
Desta forma ficaram estabelecidos como princípios e diretrizes: I. Universalidade, Integralidade e Equidade; II. Garantia dos direitos das mulheres; III. Garantia do Acesso; IV. Respeito às diferenças; V. Humanização; VI. Melhores práticas; VII. Participação social.
E também os objetivos gerais: 1. Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres baianas, mediante a ampliação do acesso, qualificação e humanização da atenção integral à saúde das mulheres, em todos os níveis do Sistema Único de Saúde no estado da Bahia; 2. Contribuir para a redução da morbidade e da mortalidade de mulheres na Bahia, especialmente por causas evitáveis, em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação; 3. Promover a garantia dos direitos sexuais e reprodutivos, legalmente constituídos, e a perspectiva de gênero, no Sistema Único de Saúde.
E os objetivos específicos: .1. Expandir, qualificar e humanizar a atenção clínico-ginecológica, incluindo atenção às mulheres no climatério, ações relacionadas à alimentação e nutrição, prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, e a atenção às mulheres com transtornos mentais ou com deficiências; .2. Ampliar o acesso e a qualidade das ações e serviços de Planejamento Reprodutivo para homens e mulheres, adultos e adolescentes, no âmbito da atenção integral à saúde; .3. Promover a atenção, qualificada e humanizada às mulheres no ciclo grávido puerperal; incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras; .4. Promover a prevenção e o controle das infecções sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV/AIDS na população feminina; .5. Expandir e qualificar ações de prevenção e controle do câncer em mulheres, com ênfase no câncer de colo uterino e da mama; .6. Promover a prevenção e a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência doméstica e sexual e de tráfico de pessoas; .7. Apoiar o desenvolvimento de ações de saúde bucal no estado, tendo a integralidade como eixo orientador do cuidado; 8. Apoiar a implementação das diretrizes nacionais referentes à atenção integral à saúde de adolescentes e jovens no estado da Bahia, com ênfase na garantia dos direitos sexuais e reprodutivos; .9. Ampliar as ações de cuidado integral às mulheres idosas no SUS, com vistas a promover o envelhecimento ativo e saudável; 10. Promover a saúde integral da mulher negra/quilombola, desenvolvendo ações que permitam a ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e à discriminação nas instituições e serviços do SUS; .11. Garantir o acesso integral, humanizado e de qualidade às ações e serviços de saúde para as mulheres indígenas na Bahia, de forma participativa e intersetorial e em consonância com a política nacional; .12. Prestar assistência integral, resolutiva, contínua e de boa qualidade às necessidades de saúde da mulher privada de liberdade; 13. Promover a atenção à saúde das mulheres trabalhadoras do campo e da cidade.
No caso de atenção à saúde da mulher, em caso de gestação, um dos problemas da rede de atenção à saúde da mulher, na minha realidade, seria a barreira da demora de acesso aos exames de rotina de pré-natal e ultassonografias, tendo muitas vezes e quando dispõe de recursos financeiros, que realizar na rede privada tais exames.
Para ampliar o acesso e a qualidade da oferta deste serviço de laboratório e imagem, podemos propor medidas de intervenção como aumentar o número de serviços do SUS para a realização destes exames, apoiar os gestores municipais na elaboração de estratégias que garantam o acesso dessas gestantes à rede de laboratórios conveniados, buscar firmar convênios e parcerias com laboratórios já instalados na cidade.
Como estratégia para redução da mortalidade materna e neonatal, organização da rede de assistência e mudança do modelo de atenção obstétrica, o Ministério da Saúde lançou em 2011 a iniciativa da Rede Cegonha, que consiste na organização de uma rede de cuidados com o objetivo de assegurar à mulher o direito ao planejamento reprodutivo e à atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério; bem como à criança o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudável. Suas diretrizes incluem a garantia do acolhimento com avaliação e classificação de risco e vulnerabilidade, ampliação do acesso e melhoria da qualidade do pré-natal; garantia de vinculação da gestante à unidade de referência e ao transporte seguro; garantia das boas práticas e segurança na atenção ao parto e nascimento; garantia da atenção à saúde das crianças de zero a vinte e quatro meses com qualidade e resolutividade; e garantia de acesso às ações do planejamento reprodutivo (MS, portaria 1459/2011). 
Para um melhor acesso e agilidade neste processo de agendamento e realização de exames laboratoriais e de imagem, um fluxo constante de distribuição de fichas por ordem de data de requisição médica seria uma opção viável para melhorar o atendimento dessas gestantes e proporcionar uma melhoria no acompanhamento pré-natal, visto que para um satisfatório assistência pré-natal se faz necessário uma regularidade na realização de exames para averiguar a situação de saúde de mãe e feto.

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