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MUDANÇAS CLIMÁTICAS, ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SANTOSSP

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Universidade Católica de Santos
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUDANÇAS CLIMÁTICAS, ESTRATÉGIAS DE MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SANTOS/SP
	SANTOS - SP
2024
Sumário
1	INTRODUÇÃO	2
2	O PLANEJAMENTO E INVESTIMENTO PÚBLICO E INICIATIVAS PARA OS DANOS ECONÔMICOS E SEUS IMPACTOS	4
3	INICIATIVAS PARA LIDAR COM A MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL - ODS 13	....................................................................................................................7
4	PLANO DE AÇÃO CLIMÁTICA DA CIDADE DE SANTOS – SP	10
5	CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	16
1 INTRODUÇÃO
Pode-se considerar que a mudança do clima tem sido o assunto mais discutido nas últimas décadas (MENDES, 2020), sendo cada vez mais urgente e atual, pois está relacionada com o aquecimento global e eventos climáticos extremos. Ocorrem mudanças nas precipitações globais e regionais como resultado das alterações das temperaturas. Isso altera os padrões de chuva e as estações agrícolas, dificultando a produção de alimentos, as migrações em massa e o surgimento de novas doenças. Como resultado, teve um impacto significativo na segurança, saúde e bem-estar das pessoas (VENTURA; FERNÁNDEZ GARCÍA; ANDRADE, 2019). 
Devido à atual crise climática, as cidades e centros urbanos devem tomar medidas para se adaptar e mitigar os impactos ambientais que sofrem em seu território (JURADO, 2020). O Brasil tem participado em duas frentes de campanhas ambientais nos últimos anos. 
Por um lado, ele tem feito progressos significativos em favor do clima por meio de propostas, projetos e outras iniciativas, como seu compromisso com os tratados climáticos, como o Acordo de Paris, por outro lado, ele foi afetado por catástrofes ambientais graves, como o desastre de Mariana, em Minas Gerais, e as queimadas no Cerrado e Pantanal. Em 2020, as cidades de São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Salvador foram divulgadas como pioneiras no desenvolvimento de planos de ação para o clima (ICS, 2020). Ao mesmo tempo, as principais cidades intensificam as suas aspirações de assumir um papel na luta global.
Entre as 16 regiões metropolitanas no litoral brasileiro está a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS). O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas afirma que o litoral está em risco devido às mudanças climáticas (PBMC, 2016). A elevação do nível do mar tem vários efeitos na população, desde a pesca até ao turismo, refletindo na economia local. Esses efeitos incluem intrusão de salinidade, erosão costeira, ressacas e redução das faixas de areia. 
12 enchentes na América Latina e Caribe causaram um prejuízo de 1 bilhão de dólares entre 2000 e 2019. Isso demonstra a natureza financeira e as longas repercussões econômicas desfavoráveis ​​que os desastres socioambientais trazem consigo. O passado de Santos está marcado por inundações, deslizamentos de terra, raios e ondas com grande tempestade. Isso deve às suas características geográficas, que dividem uma área habitável em duas partes: insular e continental, separadas por um complexo estuarino dinâmico. Como tal, Santos foi a primeira cidade do Brasil a participar da campanha global da ONU “Construindo Cidades Resilientes”, que existe desde 2013 (SANTOS, 2016). 
Como o principal município da região metropolitana da Baixada Santista e sede do maior porto da América do Sul, e terceiro mais alto IDH do país (0,840), Santos é extremamente importante para a economia do Brasil. Apesar do alto IDH do município, 24 “Aglomerados Subnormais” representam 9,13% da população. Além disso, a topografia da faz região com que é particularmente suscetível à elevação do nível do mar, pois há morros e parte das residências no nível do mar, tornando-a mais vulnerável a inundações (SANTOS, 2016).
2 O PLANEJAMENTO E INVESTIMENTO PÚBLICO E INICIATIVAS PARA OS DANOS ECONÔMICOS E SEUS IMPACTOS
Uma das maiores preocupações do século XXI é a mudança climática, que requer uma abordagem integrada de planejamento e investimento público para minimizar os efeitos negativos que ela causa à economia e à sociedade. Eventos climáticos extremos estão se tornando mais comuns e graves com o aquecimento global, causando danos à infraestrutura, à agricultura, à saúde pública e à economia em geral. Os governos precisam adotar políticas eficazes que não apenas reduzam as emissões de gases de efeito estufa, mas também fortaleçam as comunidades e as economias para resistir a essas mudanças (MEIRELES, 2023).
Para enfrentar uma crise climática, o planejamento e o investimento público são essenciais porque permitem a execução de projetos de infraestrutura verde, como redes de transporte sustentáveis, sistemas de energia renováveis ​​e melhorias na eficiência energética de edifícios. Estes investimentos reduzem as emissões de carbono à dependência de combustíveis fósseis. Além disso, a criação de empregos em setores seguros tem o potencial de estimular a economia e promover a equidade social e ambiental (MEIRELES, 2023).
Para combater a mudança climática de forma eficaz, novas tecnologias como captura e armazenamento de carbono, energias renováveis ​​avançadas e sistemas de agricultura inteligente são essenciais. O financiamento público tem o potencial de catalisar essas inovações, tornando-as viáveis ​​e baratas. Além disso, o trabalho em conjunto com o setor privado tem o potencial de acelerar a adoção de novas tecnologias e práticas sustentáveis. As cidades e regiões devem criar planos de adaptação para lidar com inundações, secas e ondas de calor. Os danos e os custos associados a desastres naturais podem ser reduzidos, investindo em infraestrutura resiliente, como sistemas de recuperação aprimorados, barreiras contra inundações e redes elétricas robustas (MORAIS; MARTINS; DOS SANTOS, 2020).
A mudança climática afeta especialmente a agricultura. Os métodos agrícolas que são duradouros e robustos são essenciais para a segurança alimentar. A produtividade agrícola e a subsistência dos agricultores dependentes de investimentos públicos em tecnologias de agricultura eficientes, cultivares resistentes ao clima e gestão integrada de recursos hídricos. Isso é especialmente verdadeiro em áreas onde os efeitos da mudança climática são mais severos. As doenças transmitidas por vetores, o estresse térmico e a insegurança alimentar são alguns dos problemas que estão surgindo. Para preservar a saúde da população e reduzir os custos médicos associados, é necessário investir em sistemas de saúde sólidos, vigilância epidemiológica e programas de educação pública (MORAIS; MARTINS; DOS SANTOS, 2020).
Para uma resposta eficaz, as políticas climáticas devem ser integradas em todos os níveis de governo. Os governos locais, regionais e nacionais devem colaborar para criar e implementar planos que atendam às necessidades específicas de suas comunidades. Para garantir uma resposta rápida e eficaz aos desafios climáticos, é importante descentralizar os recursos e capacitar as autoridades locais. O financiamento internacional também é importante. Os países desenvolvidos têm a responsabilidade de ajudar financeiramente os países em desenvolvimento na transição para economias de baixo carbono e na adaptação às mudanças climáticas, pois foram os países que desenvolveram mais com as emissões de carbono no passado. Isso pode ser fornecido por meio de subsídios, empréstimos baratos e transferência de tecnologia (MORAIS; MARTINS; DOS SANTOS, 2020).
Investir em soluções básicas na natureza, como restauração de ecossistemas, reflorestamento e conservação de áreas úmidas, oferece duas vantagens: reduzir os efeitos das mudanças climáticas e preservar a biodiversidade. A regulação do ciclo da água, a proteção contra desastres naturais e a manutenção da qualidade do ar e do solo são serviços ecossistêmicos importantes que esses projetos podem fornecer. Uma maneira eficaz de reduzir as emissões é estabelecer mercados de carbono. Ao estabelecer um preço para o carbono, as pessoas e as empresas são incentivadas a reduzir suas emissões e a investir em tecnologias mais verdes. Para queesses mercados funcionem bem e sejam justos, eles precisam de uma regulamentação adequada (KUWAJIMA, 2020).
A gestão dos investimentos públicos em ações climáticas exige transparência e prestação de contas. Os governos devem monitorar e relatar regularmente o progresso em suas políticas climáticas para garantir que os recursos sejam usados ​​de forma eficaz e para atingir os objetivos. A participação da sociedade civil no processo de supervisão tem o potencial de aumentar a responsabilidade e esclarecer. A diplomacia climática e a colaboração internacional são essenciais para enfrentar uma crise climática globalmente. Embora os acordos como o Acordo de Paris sejam marcos fundamentais, a sua execução depende do compromisso contínuo dos países em atingir os seus objetivos de redução de emissões e apoiar iniciativas globais de mitigação e adaptação (KUWAJIMA, 2020).
3 INICIATIVAS PARA LIDAR COM A MUDANÇA CLIMÁTICA GLOBAL - ODS 13
O evento histórico da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecido como Rio 92 ou Eco 92, ocorreu no Rio de Janeiro em 1992. O tema principal da conferência foi o desenvolvimento sustentável e as maneiras de combater a manipulação ambiental global. Ao longo desta conferência, 100 Representantes de Estado discutiram alguns dos acordos ambientais mais significativos da história da humanidade, incluindo a Agenda 21 (MARTINS, 2015).
No ano de 2015, o Grupo de Trabalho Aberto foi responsável por organizar e apresentar os 17 Objetivos à Assembleia Geral da ONU com base nos relatórios anteriores. Assim, esses 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) se transformarão na Agenda 2030, que será o plano de ação para os próximos 15 anos, com prazo final para 2030, e conterá 169 metas agrupadas entre os 17 ODS (MARTINS, 2015).
Três áreas principais são o foco dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): (i) social, que trata das necessidades das pessoas e seus direitos básicos, como educação de qualidade, saúde acessível e melhoria da qualidade de vida; (ii) ambiental, que se refere à conservação e preservação do meio ambiente, realizando ações como proteger as florestas e a biodiversidade existente, tanto terrestre quanto aquática, utilizar os recursos naturais de maneira sustentável e tomar medidas para combater as mudanças climáticas; e, por último, mas não menos importante; e (iii) econômica refere-se a ações que promovem o crescimento econômico, a criação de comunidades sustentáveis, empregos dignos para todos e consumo e produção consciente.
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 estão listados abaixo, bem como na Figura abaixo.
Figura 1: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
Fonte: Agenda, 2030.
O progresso tecnológico na economia e na sociedade trouxe vários benefícios, como a expansão da pesquisa científica e o aumento do acesso a produtos e serviços. No entanto, as aparências globais também trouxeram alguns problemas. A intervenção antrópica prejudicou a economia e o meio ambiente, utilizando reservas naturais não renováveis ​​e acumulando resíduos não aproveitados (BECKERS et al., 2018).
Emissão de gases poluentes, danos à flora e à fauna terrestre, aquecimento global e uso excessivo de produtos perigosos, como fertilizantes e agrotóxicos, são algumas das principais consequências desses processos. A formação de uma camada de energia que funciona como um isolamento térmico retendo a temperatura, intensificando o efeito estufa e provocando o aquecimento global no planeta ocorre quando as ações humanas incontroláveis ​​aumentam as emissões de gases de efeito estufa (GEE), principalmente por causa do desmatamento florestal e da queima de combustíveis fósseis (OLIVEIRA e VECCHIA, 2013).
Devido principalmente às ações agropecuárias e ao desmatamento em larga escala que ocorre no país, o Brasil é atualmente o sexto maior emissor de gases de efeito estufa no mundo e é um dos maiores responsáveis ​​pelo desenvolvimento do aquecimento global. A Política Nacional de Mudança do Clima prevê uma redução de 80% no índice de desmatamento na Amazônia em 2020. No entanto, o INPE declarou que esse objetivo não foi alcançado, e, em vez disso, ocorreu uma taxa de desmatamento quase 3 vezes maior.
O resultado desses e outros fatores é um desequilíbrio desfavorável e desproporcional entre o clima e o meio ambiente. É bastante evidente como esse desequilíbrio tem impactado os processos naturais, a biodiversidade, a existência da fauna e da flora, bem como a economia, além do meio ambiente. Por fim, Oliveira e Vecchia (2013) falam sobre os efeitos das mudanças climáticas e dizem que as mudanças climáticas são causadas por esse processo e são marcadas por desastres climáticos como derretimento das camadas polares, aumento do nível do mar, secas, enchentes, tempestades, tornados, tufões e maremotos. Isso pode afetar os ecossistemas, causar a extinção de animais e plantas e, eventualmente, prejudicar a produção de gado. As mudanças climáticas não respeitam as fronteiras nacionais.
O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13, de acordo com a Agenda 2030, visa medidas imediatas para combater a mudança do clima e seus impactos, com várias submetas específicas, incluindo ações contra catástrofes naturais, educação ambiental para a sociedade, incentivo de políticas de investimento financeiro do governo e planejamento para gestão eficaz de ações contra mudanças climáticas. Com o passar dos anos, os efeitos dessas mudanças climáticas no meio ambiente se tornaram cada vez mais importantes, levantando discussões sobre o que deve ser feito para salvar o meio ambiente.
Como resultado, esses impactos são tão avassaladores, que nenhum dos demais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) poderá ser realizado se o ODS 13 não o for (JACOBI et al., 2019), o ODS 13 é extremamente importante no contexto atual. No entanto, é fundamental ressaltar que a luta contra as mudanças climáticas só pode ter sucesso se houver uma metodologia estruturada e baseada em dados, pesquisas e bases cientificamente comprovadas. Isso ocorre porque os esforços para combatê-los dependem de políticas públicas, que normalmente passam por um processo burocrático deliberativo a nível do governo.
4 PLANO DE AÇÃO CLIMÁTICA DA CIDADE DE SANTOS – SP
O plano inclui a identificação de fontes de GEE e sua redução, bem como a realização de estudos e mapeamento dos efeitos do aumento do nível do mar e da vulnerabilidade. A versão final do PMMCS deve incluir estudos e mapeamentos dos efeitos do aumento do nível do mar e vulnerabilidade, caracterização das fontes de gases de efeito estufa (GEE), redução, cenários de mitigação e adaptação (SANTOS, 2016).
Foi então a hora de avaliar a estratégia de adaptação usando os indicadores da Matriz CRF. No total, foram derrotadas 102 ações no PMMCS, das quais 25 atendem a mais de um objetivo de resiliência, das quais 12 estão na Matriz. A maioria dessas ações foi especificada no plano no eixo temático de Desenvolvimento Urbano, nos Objetivos Específicos do Plano ou no setor de Mudanças Climáticas. Uma das ações propostas no plano é a criação do setor. Dentre as ações que atenderam mais a um objetivo, as oito que mais se destacaram atenderam a três objetivos distintos. Além disso, dois objetivos distintos são oferecidos por meio de 17 ações adicionais.
· O Sistema de Monitoramento da Saúde Ambiental é expandido.
· Avaliar os efeitos da mudança climática sobre a saúde humana, outros ecossistemas e a saúde e promover ações para mitigar ou evitar esses efeitos.
· Criar um setor de mudanças climáticas que permita a implementação de instrumentos financeiros, econômicos e fiscais para promover os objetivos, diretrizes, metas, ações e programas previstos nos PNA/PNMC/PMMCS.
· Garantir recursos financeiros e administrativos para a execução das leis de proteção dos recursos hídricos.
· Implementação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica com o objetivo de restaurar a biodiversidade e a vegetação nativada Mata Atlântica.
· Executar o Plano Municipal de Redução de Risco para resolver problemas como drenagem, estabilidade das encostas e recuperação da cobertura vegetal em áreas que foram degradadas ou escondidas à ocupação humana.
· Monitoramento de fatores de risco à saúde decorrentes das mudanças climáticas.
· Promover a redução gradual ou, no máximo, a eliminação de incentivos fiscais, isenções tributárias e tarifárias e subsídios para todos os setores que produzem emissões de gases de efeito estufa que violam ou não os regulamentos em vigor.
De acordo com a UNDRR (2012), para que uma cidade seja resiliente a desastres, as autoridades locais e sua população devem investigar os riscos que enfrentam. Além disso, os cidadãos devem ser incentivados a participar, tomar decisões e planejar sua cidade em conjunto com as autoridades locais. Além disso, é considerado essencial investir em infraestrutura e tecnologias de monitoramento, bem como enviar alertas e alertas para proteger a infraestrutura, bem como os bens pessoais e comunitários. A construção da resiliência às mudanças ambientais, incluindo a mudança climática, também se concentra nesses elementos. 
No objetivo "Capacitar uma ampla gama de partes interessadas", foram definidas várias estratégias para compartilhar conhecimento, comunicar com o público e o governo e monitorar e monitorar os riscos. No objetivo "Incentivo ao planejamento integrado de longo prazo", as principais estratégias são relacionadas à elaboração de planos, enquanto o objetivo "Proporciona e potencializa ativos de proteção.
A ONU-Habitat (2015) afirma que o planejamento da ação climática precisa ser feito com a participação de várias partes interessadas, incluindo agências, empresas e a comunidade. Isso garante que o plano seja relevante e atenda a vários objetivos comunitários com amplo suporte para sua implementação. A participação de várias partes da sociedade é mencionada no PMMCS. Mas os detalhes da participação e quais grupos sociais foram representados e não são revelados. Não é possível demonstrar o Plano se as comunicações específicas foram enviadas a públicos vulneráveis ​​e a setores específicos da economia.​ Acredita-se que as convocações foram publicadas no Diário Oficial de Santos, mas não é possível determinar a extensão.
De acordo com o trecho "Em Santos um contingente da população sofre mais diretamente o impacto, tanto das mudanças gradativas do clima, como das ocorrências climáticas extremas que decorrem das primeiras", o Plano detecta claramente o risco climático e a maior vulnerabilidade das pessoas mais pobres que vivem em áreas urbanas de vulnerabilidade socioambiental. Os princípios orientadores do PMMCS incluem a priorização das comunidades menos favorecidas e vulneráveis ​​na aplicação de recursos e na implementação de medidas e programas para adaptar as comunidades afetadas pelas mudanças climáticas.
Além disso, a vulnerabilidade social e as consequências das mudanças climáticas para esse grupo de pessoas são constantemente abordadas no Plano. Nesse contexto, é importante ressaltar que as mudanças climáticas não afetam com a mesma intensidade todas as áreas e populações porque afetam desproporcionalmente os mais pobres e grupos étnicos, que não têm a capacidade de enfrentar os riscos ambientais socialmente induzidos, seja pelo processo de extração de produtos naturais, seja pela disposição de recursos no ambiente (BECKHAUSER, 2020). "População Vulnerável" é um dos temas centrais do plano. Conceitos sobre justiça social são apresentados neste item do plano. Há que se destacar, no entanto, que não foram sugeridas ações ou metas específicas para este eixo.
A promoção de ações climáticas está sob o controle de um grupo de trabalho interdepartamental no município. A Comissão Municipal de Adaptação à Mudança do Clima (CMMC), estabelecida pelo Decreto Municipal n° 7.293/2015, é o núcleo do grupo. Os primeiros membros dessa comissão eram dez representantes de dez órgãos ou entidades diferentes, e seu objetivo era desenvolver um plano municipal de adaptação à mudança climática. A comissão se reúne mensalmente e cabe ressaltar que um dos objetivos da comissão é definido de forma conveniente para atingir seus objetivos.
No que diz respeito à abrangência do Plano em relação às ações de mitigação e adaptação, é importante destacar que, embora o PMMCS inclua algumas ações destinadas à mitigação, a maioria das ações é projetada para adaptação da cidade. Portanto, as ações de mitigação não são feitas por setores. Setores como infraestrutura, transporte, saúde e educação são responsáveis ​​pelas ações de adaptação.
No que diz respeito à colaboração com o governo do estado, o PMMCS enfatiza a existência de uma Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC) no estado de São Paulo desde 2009. A PEMC é regulamentada por decreto e opera em conformidade com a Convenção do Clima da ONU e a Política Nacional de Mudanças Climáticas. Em relação à integração nacional, é importante destacar que há política federal estabelecida e regulamentada desde 2009, mas não há órgão ou colegiado deliberativo específico para regulamentar e executar a política nacional com a participação dos entes federados.
5 CONCLUSÃO
As mudanças climáticas são um desafio complicado e multifacetado que requer uma variedade de estratégias para mitigação e adaptação. As ações tomadas no município de Santos, em São Paulo, para lidar com esses problemas têm sido diversas e variadas, com base em uma compreensão profunda das vulnerabilidades locais e das oportunidades de promover a sustentabilidade. Com base nos objetivos globais de redução de carbono, a cidade está tomando medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, aumentar a eficiência energética e promover o uso de fontes de energia renováveis.
O desenvolvimento de um sistema de transporte mais sustentável, como ciclovias e melhorias no sistema de transporte público, é um dos esforços de mitigação em Santos. Para reduzir a poluição e melhorar a qualidade do ar, a transição para veículos elétricos e híbridos é fundamental. Além disso, programas de reciclagem e compostagem, que reduzem a quantidade de resíduos para aterros e promovem uma economia circular, complementam as iniciativas de gestão de resíduos sólidos.
Santos também tem que se adaptar às mudanças climáticas. Para reduzir os efeitos das inundações e inundações, a cidade está investindo em infraestrutura resiliente, como sistemas de melhoria melhorados e barreiras costeiras. Para preservar a biodiversidade e fornecer serviços ecossistêmicos essenciais, como a regulação do ciclo da água e a proteção contra a erosão costeira, a preservação e a recuperação de áreas verdes e manguezais são estratégias eficazes.
O plano de ação climática de Santos enfatiza a participação cidadã e a educação ambiental. Os programas educativos e campanhas de conscientização visam envolver a população e promover uma cultura de sustentabilidade. O incentivo à agricultura urbana e a criação de hortas comunitárias são duas maneiras pelas quais a comunidade pode ser mobilizada para participar de iniciativas de adaptação e mitigação.
A governança climática e a colaboração entre diferentes setores são fundamentais para o sucesso das estratégias inovadoras. O comitê municipal de mudanças climáticas, composto por membros do governo, do setor privado, da academia e da sociedade civil, garante uma abordagem integrada. A capacidade de Santos de enfrentar os desafios climáticos é reforçada por sua busca por parcerias internacionais e sua participação em redes globais de cidades resilientes.
As abordagens inovadoras em Santos/SP para mitigação e adaptação às mudanças climáticas mostram como as cidades podem se preparar para um futuro mais resiliente e sustentável. Santos está construindo o caminho para enfrentar com sucesso os efeitos das mudanças climáticas usando uma abordagem abrangente que inclui investimentos em infraestrutura verde, promoção de energias renováveis, educação ambiental e governança colaborativa.Para garantir o sucesso e a sustentabilidade dessas iniciativas no longo prazo, é necessário o comprometimento contínuo de todos os setores da sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECKERS, Amanda Carolina Buttendorff Rodrigues; PINHEIRO, Daniela Maria; WINTER, Luís Alexandre Carta. Globalização, Mudança climática, a implementação do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável N.13 e o atual impasse do Estado Brasileiro. Por uma Agenda 2030. INTER: Revista de Direito Internacional e Direitos Humanos da UFRJ, v.2, n.2. 2019. 
BULKELEY, H. Cities and the Governing of Climate Change. In. Annu. Rev. Environ. Resour. 2010. 35:229–53. Disponível em: https://doi.org/10.1146/annurev-environ-072809101747.
ICS. Relatório Anual do Instituto Clima e Sociedade, 2020. Disponível em: https://www.climaesociedade.org/post/relatorio-anual-ics
JACOBI, Pedro Roberto et al. Planejando o futuro hoje: ODS 13, adaptação e mudanças climáticas em São Paulo. 2019. 
JURADO, Jorge; GONÇALVES, Alcindo. O PAPEL DAS CIDADES COMO ATORES DA GOVERNANÇA AMBIENTAL GLOBAL. Revista de Direito Ambiental e Socioambientalismo, v. 6, n. 1, p. 1-23, 2020. 
KUWAJIMA, Julio Issao et al. Saneamento no Brasil: proposta de priorização do investimento público. Texto para Discussão, 2020.
MARTINS, C.H.B, et al. Da Rio-92 à Rio+20: avanços e retrocessos da Agenda 21 no Brasil. Revista Indic. Econ. FEE, Porto Alegre, v. 42, n. 3, p. 97-108, 2015. 
MEIRELES, Jaqueline Fernanda. O Planejamento Urbano na Gestão de Resíduos Sólidos e Mudanças Climáticas. Revista Pleiade, v. 17, n. 38, p. 05-12, 2023.
MENDES, Marcos Vinícius Isaias. Mudança global do clima as cidades no Antropoceno: escalas, redes e tecnologias. Dossiê: a metrópole e a questão ambiental. Cad. Metropole 22 (48). 2020. 
MORAIS, Greiciele Macedo; MARTINS, Henrique Cordeiro; DOS SANTOS, Valdeci Ferreira. Relatórios de sustentabilidade de empresas mineradoras no Brasil: Uma análise do seu alinhamento com a agenda de sustentabilidade global e especificidades locais. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 6, p. 39032-39059, 2020.
OLIVEIRA, Marcos José de; VECCHIA, Francisco Arthur Silva. Mudanças climáticas. Engenharia Ambiental: Conceitos, Tecnologia e Gestão. 1ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, v. 1, p. 367-400, 2013.
PBMC, Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Impacto, vulnerabilidade e adaptação das Cidades costeiras Brasileiras às mudanças climáticas: Relatório Especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Relatório Técnico. Rio de Janeiro, Brasil: PBMC, COPPE - UFRJ, 2016.
SANTOS. Prefeitura de. Plano Municipal de Mudanças do Clima (PMMCS). 2016. Disponível em: https://www.santos.sp.gov.br/static/files_www/pmmcs_plano_municipal_de_mudanca_do_cli ma_de_santos_15-12-_2016_ii.pdf
UN-HABITAT. Guiding Principles for City Climate Action Planning. 2015. Disponível em: https://unhabitat.org/sites/default/files/download-manager-files/English%20Publication.pdf
UNISDR. Como Construir Cidades Mais Resilientes: Um Guia para Gestores Públicos Locais. Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos e Desastres. Tradução: Sarah Marcela Chinchilla Cartagena e Audrey. Genebra, 2012.
VENTURA, Andréa Cardoso; GARCIA, Luz Fernández; ANDRADE, José Célio Silveira. O potencial das tecnologias sociais de convivência com o semiárido para a geração de sinergia entre mitigação e adaptação às mudanças climáticas: um caso ilustrativo. Revista Econômica do Nordeste, v. 50, n. 1, p. 65-83, 2019.
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