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PESQUISA DE ADULTERAÇÕES EM MÉIS NÃO INSPECIONADOS 
COMERCIALIZADOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 B.X. Abreu*; A.M. Ristow; E.G. Cavallo; V.P. Romano. 
Universidade Estácio de Sá e Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman/RJ. 
*bximenes@ig.com.br
 
O presente trabalho teve como objetivo pesquisar adulterações em méis não inspecionados 
comercializados no Estado do RJ, através de métodos físico-químicos, uma vez que o mel como 
mercadoria, tem disponibilidade limitada e um preço relativamente alto, incentivando sua adulteração; 
além disso, suas características organolépticas o tornam um produto de origem animal facilmente 
imitado. Entre os meses de janeiro a maio de 2003, foram analisadas no Laboratório de Análise Fiscal 
de Alimentos do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman/RJ, 51 amostras de méis 
não inspecionados, coletadas em diversos estabelecimentos varejistas do Estado do Rio de Janeiro. As 
análises realizadas e sua respectiva metodologia utilizada foram: Reação de Lund – a metodologia 
utilizada foi a descrita pelas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz, item 9.6.4.3 (SÃO PAULO, 
1985). Está análise é citada pela Portaria SIPA n°006/85 (BRASIL,1985); Reação de Fiehe – utilizou-
se a técnica preconizada pelo Método Analítico Oficial para Controle de Produtos de Origem Animal e 
seus Ingredientes, Capítulo XXV, item 12.1 – LANARA – MAPA (BRASIL, 1981). Esta análise é 
citada pela Portaria SIPA n°006/85 (BRASIL,1985); Pesquisa de Fermentos Diastásicos – utilizou-se a 
metodologia descrita nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz, item 9.6.42 (SÃO PAULO, 
1985). Esta análise qualitativa não é citada pela Instrução Normativa n°11/00, nem anteriores, mas de 
extrema utilidade por avaliar se o mel sofreu aquecimento indevido ou se foi adulterado; Reação de 
Lugol – a técnica utilizada corresponde ao item 9.6.4.4, das Normas Analíticas do Instituto Adolfo 
Lutz. Esta análise não é estabelecida pela legislação específica, no entanto, é mencionada na 
referenciada norma, com a finalidade de pesquisa de adulterantes no mel. Das 51 amostras (100%) 
analisadas 23 amostras (45,2%) apresentaram-se fora do padrão para Reação de Lund que determina 
que se forme um depósito de 0,6 a 3ml; 6 amostras (11,7%) se mostraram positivas para Reação de 
Fiehe e todas as amostras (100%) apresentaram resultado positivo para pesquisa de fermentos 
diastásicos e negativo para Reação de Lugol. Diante desses resultados concluímos que os méis não 
inspecionados não fornecem garantia de procedência e qualidade para o consumidor e possivelmente 
estão factíveis a fraudes, uma vez que apicultores desonestos podem se valer dessa prática ilícita, já que 
não cumprem as exigências dos regulamentos válidos para todo Mercosul. 
 
 
 
mailto:bximenes@ig.com.br

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