O que o resto do mundo pode aprender com a resposta da COVID-19 da Coreia do Sul

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O que o resto do mundo pode aprender com a resposta da
COVID-19 da Coreia do Sul
O pesquisador da CU Denver investiga como a política sul-coreana permitiu que o país achatasse a
curva sem desastre econômico.
Como o mundo continua a monitorar de perto o mais novo surto de coronavírus, o governo da Coréia do
Sul tem sido capaz de manter a doença sob controle sem paralisar os sistemas nacionais de saúde e
economia. Em um novo artigo de pesquisa publicado na The American Review of Public Administration,
o pesquisador da Universidade do Colorado Denver, Jongeun, revisou a política de saúde pública da
Coreia do Sul para saber como o país gerenciou o coronavírus de janeiro a abril de 2020.
Linha do tempo de teste
Em janeiro, os Centros Coreanos de Controle e Prevenção de Doenças, em parceria com a Sociedade
Coreana de Medicina Laboratorial e a Associação Coreana de Avaliação da Qualidade Externa,
desenvolveram e avaliaram o método de diagnóstico de reação em cadeia da polimerase de transcrição
reversa em tempo real (rRT-PCR) para coronavírus.
Em fevereiro, o kit de diagnóstico foi autorizado e, a partir de 9 de março, foram produzidos 15.971 kits,
capazes de testar 522.700 pessoas.
Em 15 de abril, a Coreia do Sul testou 534.552 pessoas para o coronavírus, que é de 10,4 pessoas por
mil habitantes. A Coreia do Sul também operava 600 centros de triagem (incluindo 71 centros de drive-
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through), e mais de 90 instituições médicas avaliaram espécimes com um teste rRT-PCR.
De acordo com a pesquisa de You, os fatores críticos na administração e gestão de saúde pública da
Coréia do Sul que levaram ao sucesso incluem planos nacionais de doenças infecciosas, colaboração
com o setor privado, rastreamento rigoroso de contatos, um sistema de saúde adaptativo e comunicação
orientada pelo governo. O governo sul-coreano encontrou proativamente pacientes que contraíram
coronavírus, revelaram achados epidemiológicos de pacientes confirmados ao público e forneceram
tratamentos diferenciados com base na gravidade dos sintomas. Ao contrário de outras grandes nações,
a Coreia do Sul tem uma estrutura cultural e institucional homogênea, o que permitiu que as políticas
implementadas pelo governo entrassem em vigor.
As três chaves para o sucesso da Coreia do Sul
A Coreia do Sul realizou investigações de campo epidemiológica rigorosas e extensas para casos de
coronavírus. Este processo incluiu entrevistas com pacientes e triangulação de múltiplas fontes de
informação (por exemplo, registros médicos, dados de cartão de crédito e GPS). A pesquisa do Institute
for Future Government em 2020 descobriu que 84% dos sul-coreanos aceitam a perda de privacidade
como uma troca necessária para a segurança da saúde pública.
A Coreia do Sul é um sistema político democrático unitário. Os governos locais têm autonomia limitada e
sua governança de saúde pública é centralizada, permitindo que as agências sul-coreanas atuem
rapidamente para implementar decisões políticas em nível local. Após o surto de MERS em 2015, o
governo sul-coreano expandiu os limites legais e administrativos em relação às respostas pandêmicas,
permitindo que a administração pública reconhecesse os diferentes procedimentos. Por exemplo, a Lei
de Controle e Prevenção de Doenças Infecciosas foi alterada significativamente para prevenir doenças
infecciosas e garantir o direito do público de saber através de técnicas de vigilância e rastreamento.
Por fim, o orçamento de saúde pública e os sistemas de gestão fiscal flexíveis permitiram ao governo
sul-coreano fornecer recursos adequados. O governo sul-coreano e o programa nacional de seguro de
saúde arcaram com o custo total dos testes de coronavírus, quarentena e tratamento para cidadãos
coreanos e não-cidadãos. Além disso, em 17 de março de 2020, o Legislativo Sul-Coreal aprovou o
orçamento suplementar de 11,7 trilhões de KRW (US $ 10,1 bilhões) em 12 dias. O orçamento
suplementar do Ministério da Saúde e Bem-Estar da Coreia (KMHW) aprovado em março de 2020 é de
3,7 trilhões de KRW (US $ 3,2 bilhões), o que permitiu que a KMHW aumentasse as instalações de
prevenção e tratamento da COVID-19 e apoiasse instituições e trabalhadores médicos.
Viabilidade dos Estados Unidos
"Há muitas variáveis a considerar ao emular políticas de outros países", disse Jongeun. “A extensa
vigilância e rastreamento de contatos da Coréia do Sul usando TIC (tecnologia de informação e
comunicação) pode não ser aplicável em nível federal nos EUA devido a diferentes normas culturais.”
De acordo com You, o que os Estados Unidos poderiam ter adotado da Coréia do Sul era sua
capacidade de aumentar rapidamente sua capacidade de testes. Como mencionado acima, a Coréia do
Sul tinha capacidades de teste até o final de janeiro, após uma revisão rápida da FDA coreana. Nos
Estados Unidos, em 12 de fevereiro de 2020, quando laboratórios públicos e privados ainda não haviam
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recebido a aprovação da FDA para seus próprios testes, o CDC revelou que um kit de teste projetado
pelo CDC continha um reagente defeituoso.
Você sugere que os administradores públicos precisam documentar meticulosamente tudo – e em tempo
hábil. Usando essas informações, os administradores devem dar um passo adiante e atualizar a política
sobre as principais lições aprendidas.
“Embora muitas soluções estejam surgindo, acredito que uma solução essencial para os administradores
públicos é coletar documentação sobre seus sucessos e lutas, e o que eles ouvem de cidadãos e
residentes sobre implementação de políticas e comunicação.”
Comunicado de imprensa fornecido pela Universidade do Colorado Denver
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