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Memorial Descritivo do Projeto - CGE São Vicente_rev02 vSEMACE

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CGE São Vicente (22,5MW) Memorial Descritivo 
VENTOS TECNOLOGIA ELÉTRICA LTDA. 
Av. Santos Dumont, 2088 salas 307 a 310 
Fortaleza – CE 
Fone: (85)3224-5128 
Email: ventos@ventostecnologia.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Memorial Descritivo 
 
 
Central de Geração Eólica – CGE São Vicente 
(22,5MW) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, 25 de fevereiro de 2011 
 
 
 
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CGE São Vicente (22,5MW) Memorial Descritivo 
VENTOS TECNOLOGIA ELÉTRICA LTDA. 
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Índice 
 
1.0 Introdução ........................................................................ 3 
2.0 Objetivo ............................................................................ 4 
3.0 Localização ........................................................................ 5 
4.0 Características Gerais ......................................................... 6 
4.1 Rugosidade ...................................................................... 6 
4.2 Topografia ....................................................................... 7 
4.3 Cobertura Vegetal ............................................................ 7 
4.4 Construções ..................................................................... 7 
5.0 Medições, Certificações de dados de vento e Estudo de 
micrositing................................................................................. 8 
5.1 Características Gerais ....................................................... 8 
5.2 Dados de Vento ................................................................ 8 
5.3 Turbinas Fuhrländer FL2500-100/141 – 2,5MW .................. 12 
6.0 Detalhamento da Central de Geração Eólica ......................... 14 
6.1 Características Gerais da CGE utilizando a máquina Fuhrländer 
FL2500-100/141 .................................................................... 14 
7.0 Escolha da Máquina .......................................................... 16 
7.1 Características do Gerador ............................................... 17 
7.2 Características do Transformador Elevador ........................ 17 
8.0 Projetos de Engenharia ..................................................... 18 
8.1 Descrição do Sistema Elétrico da Central Eólica .................. 18 
8.2 Sistema de Distribuição Primário (36,2kV) ......................... 18 
8.3 Subestação FAMOSA 36,2/242kV – 90/120/150MVA 
(ONAN/ONAF/ONAF) .............................................................. 19 
8.4 Linha de Transmissão de 242kV SE FAMOSA / SE MOSSORÓ - 
CHESF .................................................................................. 19 
8.5 Bay de Conexão ............................................................. 20 
 
 
 
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VENTOS TECNOLOGIA ELÉTRICA LTDA. 
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1.0 Introdução 
 
O projeto de uma central eólica visa estabelecer condições e critérios para se 
determinar de forma otimizada a sua potência. 
 Para se determinar essa potência, tem-se que avaliar três aspectos importantes: 
1) Característica aleatória do recurso eólico – vento; 
2) Características do terreno de implantação da Central de Geração Eólica - topografia; 
3) Desempenho das turbinas eólicas. 
 Pode-se dizer que a característica do recurso eólico é o fator mais importante, uma 
vez que define o potencial eólico do local de implantação da central eólica, sendo o vento 
considerado o “combustível” da central eólica. Assim, locais que apresentem elevadas 
velocidades de vento com baixos índices de turbulência propiciam resultados mais 
satisfatórios. 
Para tanto se faz necessário uma campanha de medição de vento de pelo menos 12 
(doze) meses para se avaliar as características do vento local, tais como: velocidade média, 
velocidades máximas, desvio padrão de velocidade, direção e índice de turbulência. 
O sítio para a implantação da central também é um aspecto relevante a ser 
considerado, uma vez que implicará diretamente no número de aerogeradores possíveis de 
alocação. Aspectos como a área real disponível, orientação do eixo do terreno em relação à 
direção principal do vento são aspectos relevantes e considerados neste projeto. Além desses 
aspectos dimensionais, outros aspectos referentes ao sítio também são importantes de serem 
observados. Eles se referem à topografia do terreno, rugosidade interna e externa do sítio, 
uso e ocupação do solo, respaldados nos aspectos ambientais para preservação do meio 
ambiente e conforto para dos moradores locais. 
Finalmente, define-se o aerogerador que resulte em um ótimo desempenho associado 
às condições locais de topografia e velocidades de vento. Aspectos como velocidade média, 
índice de turbulência, fator de capacidade e disponibilidade são relevantes e levados em 
consideração para a avaliação do aerogerador escolhido. 
Diante dessas premissas, este projeto levou à conclusão que a potência otimizada da 
central eólica do complexo será conforme mostra a Tabela 1.1. 
 
Tabela 1.1 
CGE São Vicente 
Número de 
Aerogeradores 
Potência Nominal 
do Aerogerador 
Altura 
da Torre 
Potência da 
CGE 
09 2,5MW 141m 22,5MW 
 
 
 
 
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2.0 Objetivo 
 
O presente Memorial Descritivo tem como objetivo apresentar o projeto da Central 
Eólica São Vicente Ltda. (CGE São Vicente) com potência nominal de 22,5MW, localizado na 
localidade de Pau Branco, município de Tibau – RN. Na CGE em questão serão instaladas 09 
(nove) turbinas eólicas de 2,5MW, a uma altura de 141 metros em uma área de 80,70 
hectares. A central geradora terá uma expectativa de vida útil de 20 (vinte) anos. 
O empreendimento permitirá ampliar a oferta de energia, principalmente ao Estado do 
Rio Grande do Norte, basicamente importador da eletricidade consumida, utilizando-se o 
vento como fonte alternativa, tendo em vista que o mesmo constitui-se em uma imensa fonte 
de energia natural, renovável e sem agressão ao meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.0 Localização 
 
O empreendimento está situado no município de Tibau/RN na localidade de Pau 
Branco, numa região de baixa densidade demográfica e com boas condições de acesso. O 
acesso à CGE São Vicente, partindo-se da Cidade de Mossoró/RN, se dá pela BR-304, no 
sentido sul/norte, até o entroncamento com a RN-13, seguindo na RN-13 no sentido 
sul/norte que vai ao município de Tibau, até o km 30, e então entrando à esquerda, em via 
asfaltada ainda sem denominação oficial, percorrendo 4 km, chega-se à sede da Fazenda 
Famosa. Percorrendo-se alguns metros em via existente (interna), chega-se a CGE São 
Vicente. 
 
 
 
Figura 3.1 – Mapa Tibau 
 
As coordenadas referenciais do empreendimento foram obtidas em Coordenadas UTM, 
Datum SIRGAS 2000, MC – 39º, zona 24M: 9.462.600m N e 685.300m E. 
 
 
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4.0 Características Gerais 
 
4.1 Rugosidade 
 
A rugosidade do local foi obtida através de um reconhecimento de campo e uma 
análise geral obtida por imagens do software Google Earth. Com esta análise, identificou-se a 
característica do terreno e comparou-a com os valores apresentadospelo European Wind 
Atlas. 
 
 
 
Fig. 4.1 – Rugosidade da região estudada. 
 
 
 
 
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4.2 Topografia 
 
A imagem da Figura 4.2 apresenta a topografia geral da área onde será instalada a 
CGE São Vicente, que se trata de uma área de 80,70 ha, de forma irregular, com topografia 
relativamente plana, com declividades suaves com níveis variando de 35 a 47 metros acima 
do nível do mar. 
 
 
Fig. 4.2 – Topografia da região estudada. 
 
 
4.3 Cobertura Vegetal 
 
A cobertura vegetal na área do terreno da CGE consiste em Tabuleiro litorâneo. 
 
4.4 Construções 
 
Inexiste na área a ser instalada a CGE qualquer tipo de construção. 
 
 
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5.0 Medições, Certificações de dados de vento e Estudo de 
micrositing 
 
5.1 Características Gerais 
 
A sazonalidade dos ventos no estado do Ceará é complementar ao regime hídrico 
predominante na geração de energia do Brasil. Aproximadamente 85% da produção de 
energia elétrica é proveniente de fontes hidrelétricas e o potencial eólico do Ceará é máximo 
justamente nos níveis mínimos dos reservatórios. Uma participação de usinas eólicas no 
sistema elétrico poderá contribuir para a estabilização sazonal da oferta de energia. 
Por sua proximidade à linha do Equador as médias climatológicas das temperaturas no 
Ceará, especialmente na faixa litorânea, têm uma amplitude relativamente pequena e 
temperaturas médias de 28ºC. 
As velocidades médias do vento variam ao longo do ano. Em março e abril, ápice do 
período chuvoso, a média do vento cai. De maio até agosto, período de transição entre o ciclo 
térmico diurno terra-oceano, passam a alternar brisas marinhas e terrestres. Neste período 
há uma variação de 5 a 7,5 m/s na velocidade do vento. Gradativamente nos meses 
seguintes o vento se torna mais intenso, especialmente durante o dia. O período de 
setembro a dezembro traz um cenário mais interessante para os investidores em geração 
eólio-elétrica: tanto os ventos alísios quantos as brisas marinhas se intensificam e ao longo 
dos dias e das noites sopram ventos quase constantes, predominando velocidades de vento 
superiores a 8 m/s a partir de 40 metros de altura. 
Para o levantamento do potencial eólico de um sítio é necessário se proceder à 
instalação de uma estação de medições de vento, com medições de sua intensidade e de sua 
direção. Estas medições devem contemplar pelo menos o período de um ano. 
Para a instalação do sensor de direção deve-se conhecer a declinação magnética do 
local para que se possa posicioná-lo corretamente na direção do norte geográfico terrestre. 
 
5.2 Dados de Vento 
 
Os dados de vento utilizados na estimativa da produção de energia da CGE São 
Vicente são oriundos da estação anemométrica Fazenda Famosa RN. Esta estação está 
situada nas proximidades da área da futura Central Eólica. 
Na tabela 5.1 seguem informações técnicas da estação. 
 
 
 
 
 
 
 
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Tabela 5.1 
Sistema de coordenadas 
(Datum SIRGAS2000) 
UTM 
L: 684300,026 
N: 9462536,017 
Equipamentos de medição 
Anemômetro 1 
Altura de instalação [m] 66,8 
Fabricante Adolf Thies GmbH&Co.KG – Alemanha 
Modelo Anemômetro First Class, 
4.3350.00.000 
Número de série Copo 1008024 
Corpo 1008024 
Intervalo de medição 0.3 a 75.0 m/s 
Resolução 0.05 m/s 
Constante de distância < 3 m 
 
 
Calibração 
Calibrador Deutsche WindGuard Tunnel Services 
GmbH 
Registro 08_3993 
Data 15/10/2008 
Slope (m) 0,04801 
Offset (m/s) 0,252 
 
Anemômetro 2 
Altura de instalação [m] 86 
Fabricante Adolf Thies GmbH&Co.KG – Alemanha 
Modelo Anemômetro First Class, 
4.3350.00.000 
Número de série Copo 1008025 
Corpo 1008025 
Intervalo de medição 0.3 a 75.0 m/s 
Resolução 0.05 m/s 
Constante de distância < 3 m 
 
 
Calibração 
Calibrador Deutsche WindGuard Tunnel Services 
GmbH 
Registro 08_4012 
Data 17/10/2008 
Slope (m) 0,04805 
Offset (m/s) 0,240 
 
Wind Vane 1 
Altura de instalação [m] 84,3 
Fabricante Adolf Thies GmbH&Co.KG – Alemanha 
Tipo Windvane Compact 
Intervalo de Medição 0 a 360 
Resolução 1 
Temperatura de Operação -30 a +70 C 
Coeficiente de Amortecimento > 0.3 
Velocidade Máxima 60.0 m/s 
Número de série 0808378 
 
 
 
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Datalogger 
Altura de instalação [m] 6 
Tipo WICON-32 
Versão do firmware V 1.6 
Número série C080364 
Intervalo de medição 1 segundo 
Intervalo de armazenamento 600 medidas 
Intervalo de integração 10 minutos 
 
 
A figura 5.1 mostra os detalhes de instalação da estação anemométrica. 
 
Fig. 5.1 – Detalhes da instalação 
 
 
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Os dados de vento foram analisados com o programa WindPro 2.6. Foram obtidas as 
seguintes informações referentes, mostradas na figura 5.2, à freqüência de ocorrência das 
velocidades médias de vento nos doze setores de direção para a altura do anemômetro 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 5.2 – Distribuição das velocidades médias do vento nos doze setores. 
 
 
Em que: 
A (m/s): Fator de escala 
k (adimensional): Fator de forma 
Vm (m/s): Velocidade Média 
 
 
 
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5.3 Turbinas Fuhrländer FL2500-100/141 – 2,5MW 
 
Para a simulação foi utilizado o aerogerador FL2500-100/141, 60Hz, do fabricante 
Fuhrländer. Os parâmetros necessários para simulação são: curva de potência e a curva do 
coeficiente de tração. 
Tabela 5.2 
Características Gerais 
Modelo FL2500-100/141 
Fabricante Fuhrländer AG 
Potência Nominal 2,5MW 
Diâmetro do Rotor 100m 
Altura da Torre 141m 
Controle de Potência Pitch 
Velocidade de Cut-In 3,5m/s 
Velocidade de Cut-Out 25,0m/s 
Curva de Potência Curva teórica para a densidade do ar de 
1,225 kg/m³ 
 
Tabela 5.3 – Curva de potência para a densidade do ar de 1,225 kg/m³. 
Velocidade do Vento 
(m/s) 
Potência de Saída 
(kW) 
3,5 0 
4 81,5 
5 244,5 
6 442,7 
7 720,9 
8 1126,6 
9 1557,9 
10 2055,2 
11 2371,6 
12 2494,1 
13 2500 
14 2500 
15 2500 
16 2500 
17 2500 
18 2500 
19 2500 
20 2500 
21 2500 
22 2500 
23 2500 
24 2500 
25 2500 
 
 
 
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Tabela 5.4 – Curva de Potência para a densidade do ar de 1,16 kg/m³. 
Velocidade do Vento 
(m/s) 
Potência de Saída 
(kW) 
3,5 0 
4 77,2 
5 231,5 
6 419,2 
7 682,6 
8 1066,8 
9 1475,2 
10 1977,7 
11 2326,9 
12 2494,1 
13 2500 
14 2500 
15 2500 
16 2500 
17 2500 
18 2500 
19 2500 
20 2500 
21 2500 
22 2500 
23 2500 
24 2500 
25 2500 
 
 
 
 
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6.0 Detalhamento da Central de GeraçãoEólica 
 
6.1 Características Gerais da CGE utilizando a máquina Fuhrländer 
FL2500-100/141 
 
De acordo com a simulação no software WindPro 2.6 definiu-se a otimização, cujas 
características estão apresentadas na Tabela 6.1: 
 
 
Tabela 6.1 – Características Gerais da CGE 
 Localização em coordenas 
UTM (L,N). Datum WGS 84. 
Turbina Altura da 
Torre (m) 
SV – 01 685267.45,9461380.29 FL2500-100/141 141 
SV – 02 685267.55,9461653.90 FL2500-100/141 141 
SV – 03 685262.86,9461940.88 FL2500-100/141 141 
SV – 04 685258.18,9462211.09 FL2500-100/141 141 
SV – 05 685249.41,9462472.58 FL2500-100/141 141 
SV – 06 685245.53,9462751.61 FL2500-100/141 141 
SV – 07 685244.03,9463019.67 FL2500-100/141 141 
SV – 08 685237.77,9463297.13 FL2500-100/141 141 
SV – 09 685246.45,9463547.39 FL2500-100/141 141 
 
A disposição ótima das turbinas está apresentada na Figura 6.1. 
 
Fig. 6.1 – Disposição dos aerogeradores na CGE. 
 
 
 
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Na Tabela 6.2 é mostrada a energia líquida produzida e a eficiência de cada turbina. 
 
Tabela 6.2 – Energia e Eficiência da CGE 
Turbina 
Energia 
Líquida 
(MWh/ano) 
Eficiência 
(%) 
SV - 01 10.307,80 91,1 
SV - 02 10.244,50 90,5 
SV - 03 10.283,30 90,9 
SV - 04 10.310,00 91,1 
SV - 05 10.322,50 91,2 
SV - 06 10.359,30 91,5 
SV - 07 10.371,10 91,6 
SV - 08 10.357,90 91,5 
SV - 09 10.373,60 91,7 
Total 92.930,00 91,1 
 
 
 
 
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7.0 Escolha da Máquina 
 
A VENTOS TECNOLOGIA selecionou a turbina FL2500 de fabricação Furhlander por ser 
robusta e de alta qualidade. Essa máquina foi desenvolvida e testada por 5 (cinco) anos, 
apresentando um dos melhores fatores custo beneficio do mercado. Outro aspecto que 
influencia na definição da máquina é a altura da torre. Porém, essa definição é somente em 
função das características dos ventos da região. A seguir são apresentadas algumas das 
características da máquina FL2500, com diâmetro de rotor de 100 metros. A figura abaixo 
apresenta uma nacelle da FL2500. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7.1 – Desenho interno da Nacelle 
 
 
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7.1 Características do Gerador 
 
O gerador, localização 8 na figura 7.1, possui as seguintes características: 
 
Tabela 7.1 
Características Gerais 
Tensão Nominal 690V 
Ligação Estrela Isolada 
Potência Nominal 2,695MW 
Fator de Potência Ajustável de: 0,95 (CAP) - 1 - 0,90 (IND) 
Freqüência 60Hz 
Classe de Proteção IP 55 
Tipo Assíncrono, com conexão direta e controle de torque – 
rotores bobinados – double fed geradores 
 
7.2 Características do Transformador Elevador 
 
O transformador, localização 5 na figura 7.1, possui as seguintes características: 
 
Tabela 7.2 
Características Gerais 
Potência 2,7MVA 
Ligação do 
Primário (BT) Estrela Aterrada 
Ligação do 
Secundário (MT) 
Delta 
Deslocamento 
Angular 
30° (YnD-1) 
Classe de Tensão 
Primária 1,2kV 
Classe de Tensão 
Secundária 36,2kV 
Tensão Superior 
com Derivações 
33.810 / 34.500 / 35.190V 
Tensão Inferior 
Fixa 690V 
Comutação Sem carga e sem tensão 
Impedância de 
Seqüência Positiva 
à 75° C 
5% (2,7MVA – 34,5kV) 
 
 
 
 
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8.0 Projetos de Engenharia 
 
8.1 Descrição do Sistema Elétrico da Central Eólica 
 
Como explicitado no item 8.0 deste documento, os aerogeradores utilizados na Central 
Eólica em questão, terão uma potência individual de 2,5MW. 
A tensão de geração será de 0,69kV, elevada para 34,5kV, através de um 
transformador elevador de 2,7MVA, YnD-1, 0,69/34,5kV, localizado na própria nacelle da 
máquina. 
A CGE São Vicente terá 02 (dois) alimentadores da classe 36,2kV, operando com 
tensão nominal de 34,5kV, interligando 09 (nove) aerogeradores, totalizando uma potência 
de 22,5MW. 
Os referidos alimentadores serão interligados a uma Subestação Elevadora, 
denominada SE FAMOSA, da classe 36,2/242kV, com potência instalada de 150MVA, 
constituída de 01 (hum) transformador de 60/80/100MVA (ONAN/ONAF/ONAF) e 01 (hum) 
de 30/40/50MVA (ONAN/ONAF/ONAF), operando em paralelo. 
Esta Subestação será compartilhada com as CGE’s São Benedito (30,0MW), Rosada 
(30,0MW), São Vicente (22,5MW), Famosa I (22,5MW), São Paulo (17,5MW), Pau Brasil 
(15,0MW) e Santa Teresinha (17,5MW). 
A energia gerada pelos parques acima referidos será transmitida para a Subestação 
MOSSORÓ – CHESF, pertencente à rede básica, através de uma linha de transmissão de 
circuito simples, classe 242kV, de aproximadamente 35,0km. 
A interligação com a Subestação MOSSORÓ - CHESF será feita através de um bay de 
conexão de 242kV. 
A seguir é apresentado com detalhes cada um dos tópicos apresentados. 
 
8.2 Sistema de Distribuição Primário (36,2kV) 
 
O sistema de distribuição da CGE será composto por 09 (nove) aerogeradores de 
2,5MW, interligados a 02 (dois) alimentadores primários de distribuição. 
Estes alimentadores terão as seguintes características: 
Tensão Nominal de Operação: 34,5kV; 
Sistema de Distribuição: Aéreo em estrutura de concreto, classe de isolamento 
36,2kV; 
Tipo de Condutor: 
- Rede Interna da CGE: Condutor de liga de alumínio 6201 (Butte), formação 19 fios, 
seção nominal 158,5mm²; 
- Ampacidade do Cabo Butte: 460A para um aumento de temperatura do condutor de 
75ºC sobre a temperatura ambiente, considerada igual a 40ºC, com vento transversal 
de 0,61m/s e uma emissividade de 0,5 sem sol. 
 
 
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CGE São Vicente (22,5MW) Memorial Descritivo 
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8.3 Subestação FAMOSA 36,2/242kV – 90/120/150MVA 
(ONAN/ONAF/ONAF) 
 
A Subestação Elevadora FAMOSA 36,2/242kV, a ser construída na fazenda Famosa, no 
município de Tibau, terá uma potência instalada de 90/120/150MVA (ONAN/ONAF/ONAF). 
Esta Subestação terá a função de elevar a tensão dos circuitos de 36,2kV, oriundos das 
Centrais Geradoras Eólicas São Benedito, Rosada, São Vicente, Famosa I, São Paulo, Pau 
Brasil e Santa Teresinha, para que seja possível a conexão na barra de 242kV da SE 
MOSSORÓ - CHESF. 
Os equipamentos utilizados nesta subestação deverão ser adequados para operar em 
uma altitude de 0 a 1000m acima do nível do mar, em clima tropical, à temperatura 
ambiente de até 40ºC, com média diária de 30ºC e umidade relativa do ar superior a 90%. 
Os equipamentos serão instalados ao tempo, em atmosfera salina, expostos aos raios diretos 
do sol e a chuvas fortes. Esta subestação terá as seguintes características: 
Potência Nominal: 30/40/50 + 60/80/100MVA (ONAN/ONAF/ONAF); 
Classe de Isolamento Tensão Superior: 242kV; 
Classe de Isolamento Tensão Inferior: 36,2kV; 
Tensão Nominal de Operação Primária: 34,5kV; 
Tensão Nominal de Operação Secundária: 230kV; 
Número de BAYS de entrada em 36,2kV: 11 (onze); 
Número de BAYS de Transformação: 02 (dois); 
Número de BAYS de Saída em 242kV: 01 (hum); 
Barramento de Tensão Superior (242kV): Tipo barra dupla, empregando disjuntor 
simples e 04 (quatro) chaves seccionadoras por célula, a exceção do bay de 
interligação de barras, que emprega disjuntor simples e 02 (duas) chaves 
seccionadoras. Na faseinicial, porém, será operada como Subestação a barra principal 
e auxiliar. Os bays dos transformadores serão equipados cada um, apenas com uma 
chave seccionadora, mas disporão de espaço para futura instalação de disjuntores e 
demais seccionadoras quando da transformação da Subestação para operação com 
barra dupla; 
Barramento de Tensão Inferior (36,2kV): Tipo simples, em cubículo blindado tipo 
METAL-CLAD SWITCHGEAR, instalado dentro da casa de comando da Subestação. 
 
8.4 Linha de Transmissão de 242kV SE FAMOSA / SE MOSSORÓ - 
CHESF 
 
Será construída em cabo de alumínio liga 6201 Flint 740,8MCM (375,4mm²), com 
uma extensão aproximada de 35,0km. Esta linha terá as seguintes características: 
Padrão de Construção: Rural; 
Extensão: 35,0km; 
 
 
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Ampacidade: 790A; 
Tensão Nominal de Operação: 230kV; 
Classe de Tensão: 242kV; 
Condutor Utilizado: Cabo de alumínio liga 6201 Flint 740,8 MCM (375,4mm²); 
Tipo de Estrutura: Poste em concreto armado duplo T ou aço treliçado; 
Tipo de Isolador: Cadeia de isolador, classe 242kV, em porcelana ou vidro, padrão 
CHESF. 
8.5 Bay de Conexão 
 
O bay de conexão projetado e construído de acordo com os padrões CHESF, na SE 
MOSSORÓ - CHESF, completo de pára-raios, disjuntor, chaves seccionadoras, 
transformadores de corrente e de potencial, sistema de proteção, sistema de medição de 
faturamento, sistema de comunicação, bem como a interligação ao sistema de automação da 
subestação deverá ser de responsabilidade do investidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Central Eólica São Vicente Ltda. 
José George de Melo Lima

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