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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA LUANA ALVES DA COSTA FERREIRA DESAFIOS E ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA GOIÂNIA 2024 LUANA ALVES DA COSTA FERREIRA DESAFIOS E ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA Trabalho acadêmico apresentado à Universidade Federal de Goiás (UFG) em cumprimento das exigências para aprovação na disciplina Iniciação à pesquisa em educação matemática do curso de Licenciatura em Matemática. Docente: Dra. Elisabeth Cristina de Faria GOIÂNIA 2024 SUMÁRIO 1. JUSTIFICATIVA................................................................................................................... 4 2. PROBLEMA (PERGUNTA) DA PESQUISA........................................................................4 3. REVISÃO DA LITERATURA............................................................................................... 5 4. OBJETIVO GERAL............................................................................................................. 6 5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................................... 6 6. METODOLOGIA.................................................................................................................. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................................... 7 1. JUSTIFICATIVA A presente pesquisa tem como objetivo aprofundar a compreensão sobre os estereótipos de gênero que permeiam a educação matemática no ensino superior. A escolha de concentrar a investigação nesse nível educacional é motivada pela relevância crítica desse período na formação acadêmica e profissional, bem como pela necessidade de entender como as percepções de estereótipos de gênero impactam a experiência das mulheres nesse contexto específico. A análise do impacto dos estereótipos de gênero na educação matemática para mulheres é de suma importância, dado que esta problemática transcende diversas esferas sociais e educacionais. Observa-se a presença de pré concepções arraigadas na sociedade que atribuem habilidades e interesses específicos a cada gênero, manifestando-se de maneira determinante no acesso e interesse das mulheres na área da matemática. Primordialmente, é crucial abordar o acesso das mulheres à educação matemática, uma vez que estereótipos de gênero podem influenciar as expectativas e oportunidades oferecidas desde as fases iniciais da escolarização. A exposição de meninas a estereótipos que sugerem uma menor aptidão ou interesse pela matemática em comparação aos meninos pode resultar em direcionamentos diferenciados no processo educacional, limitando suas escolhas e perspectivas futuras. Adicionalmente, os estereótipos de gênero podem afetar o interesse das mulheres na matemática. Mensagens sociais que associam a disciplina a características consideradas "masculinas" podem levar as meninas a internalizar a percepção de que não são bem-vindas ou competentes nesse campo específico do conhecimento. Tal internalização pode conduzir a uma diminuição do interesse intrínseco e da autoconfiança em relação à matemática, acarretando prejuízos no engajamento e persistência das mulheres nessa área. Portanto, a pesquisa sobre como os estereótipos de gênero impactam o interesse e acesso das mulheres à educação matemática é fundamental para promover a igualdade de gênero no campo educacional. Ao identificar e desconstruir esses estereótipos, será possível criar ambientes educacionais mais justos e estimulantes, fomentando a participação integral das mulheres na matemática. 2. PROBLEMA (PERGUNTA) DA PESQUISA Quais implicações os estereótipos de gêneros acarreta na experiência das mulheres no âmbito acadêmico do curso de matemática? 3. REVISÃO DA LITERATURA Este trabalho contará com um sólido arcabouço teórico que abrange diversas perspectivas relacionadas à questão de gênero, proporcionando uma compreensão abrangente das dinâmicas sociais e estruturais que moldam as experiências de mulheres em diferentes contextos. Destacando-se entre os autores influentes nesta área, as autoras Souza e Fonseca (2010) oferecem contribuições substanciais, elucidando as complexas relações de gênero que permeiam não apenas as esferas sociais, mas também os ambientes acadêmicos e profissionais. Seu trabalho examina de forma abrangente como os estereótipos de gênero podem influenciar variados aspectos da vida cotidiana, incluindo a tomada de decisões, as oportunidades educacionais e as trajetórias profissionais. As análises críticas de Gomes (1995) no campo de gênero e educação são fundamentais para compreender as disparidades presentes no ambiente educacional. Seu trabalho destaca questões estruturais e culturais que afetam o acesso das mulheres em diferentes níveis de ensino, proporcionando uma análise aprofundada das barreiras enfrentadas e propondo reflexões importantes para a promoção de uma educação mais igualitária. Ricardo Henriques (2002), por sua vez, concentra suas reflexões nas desigualdades sociais, incluindo aquelas relacionadas ao gênero. Suas análises profundas abordam questões de justiça social, fornecendo uma compreensão crítica de como os fatores de gênero podem influenciar o acesso a oportunidades educacionais e o desenvolvimento profissional, contribuindo para a formulação de estratégias que busquem mitigar tais desigualdades. Heleieth Saffioti (2004), aborda o conceito de androcentrismo, um termo que descreve a tendência de centrar as perspectivas, normas e valores na experiência masculina, relegando a experiência feminina a uma posição marginal ou subalterna. Ao explorar o androcentrismo, Saffioti analisa como as estruturas sociais, incluindo o sistema legal, refletem e perpetuam visões de mundo centradas no masculino. Ela examina como essa abordagem influencia a construção das normas sociais, as relações de poder e, consequentemente, as experiências das mulheres na sociedade. A obra de Saffioti contribui para a compreensão crítica das bases ideológicas e estruturais que sustentam a desigualdade de gênero e reforçam a posição dominante do masculino na sociedade. Léa Velho e Elena León (1998) oferecem uma perspectiva rica sobre as relações de gênero na sociedade, explorando temas como a construção social da feminilidade e masculinidade, e suas implicações na vida cotidiana e nas estruturas sociais. Sua abordagem crítica enriquece a compreensão das dinâmicas de gênero em um contexto mais amplo. Gizelle de Souza Mageste (2018), destaca-se por suas análises críticas sobre o papel das mulheres na sociedade contemporânea. Seus estudos exploram as transformações nas relações de gênero ao longo do tempo, abordando as mudanças sociais e culturais que impactam a posição das mulheres em diferentes esferas da vida. Sua pesquisa proporciona insights valiosos sobre as complexidades das experiências femininas em contextos diversos. 4. OBJETIVO GERAL A presente pesquisa tem como objetivo realizar uma análise aprofundada dos estereótipos de gênero, com foco especial na vivência das mulheres no contexto da educação matemática. A atenção será direcionada para compreender de que maneira esses estereótipos impactam o interesse das mulheres pela matemática, bem como o acesso delas às oportunidades educacionais disponíveis. 5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Avaliar as implicações concretas dos estereótipos de gênero na formação de atitudes, percepções e aspirações das mulheres em relação à matemática. Analisar como esses estereótipos impactam o interesse das mulheres pela disciplina matemática e as possíveis barreiras ou desafios associados ao acesso a oportunidades educacionais. 6. METODOLOGIA A metodologia empregada neste estudo será de natureza mista, abrangendo tanto a pesquisa bibliográfica quanto a pesquisa de campo. A pesquisa bibliográfica constituirá a base teóricado trabalho, sendo fundamentada em pesquisas e obras já realizadas que abordam a temática em questão. Esta abordagem permitirá uma análise aprofundada das principais contribuições acadêmicas e perspectivas existentes sobre as implicações enfrentadas por mulheres na área da matemática. Paralelamente, a pesquisa de campo será conduzida por meio da aplicação de um questionário. Este instrumento de coleta de dados será utilizado para materializar a investigação, sendo direcionado exclusivamente a mulheres, em particular às discentes da grade noturna admitidas no ano de 2021 e às docentes vinculadas ao curso de matemática. A escolha de enfocar especificamente mulheres nesta pesquisa de campo visa obter uma compreensão mais específica das experiências e desafios enfrentados por esse grupo específico no contexto da matemática. O questionário será elaborado de maneira a abordar aspectos relevantes relacionados ao interesse, percepções e obstáculos enfrentados por essas mulheres na disciplina, proporcionando insights valiosos para a compreensão das dinâmicas de gênero na área da matemática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, Maria Celeste Reis Fernandes de; FONSECA, Maria da Conceição F. R. Relações de Gênero, Educação Matemática e Discurso: Enunciados sobre mulheres, homens e matemática. Editora Autêntica, 2010. FERREIRA, G.; DE SOUZA, A. A.; SILVEIRA, C. A Representação Feminina nas Ciências Exatas de uma Universidade Federal. Revista Feminismos, [S. l.], v. 7, n. 3, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/32371. Acesso em: 24 jan. 2024. SABOYA, Maria Clara Lopes. Relações de Gênero, Ciência e Tecnologia: Uma Revisão da Bibliografia Nacional e Internacional. *Educação, Gestão e Sociedade*, v. 3, n. 12, p. 1-26, novembro de 2013. Acesso em: 24 jan. 2024. FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis; CALDEIRA, Maria Carolina da Silva; SOUZA, Maria Celeste Reis Fernandes de. Título do Artigo. *Bolema: Boletim de Educação Matemática*São Paulo, v.36, n. 72, p. 19-46, abril,2022. Acesso em: 24 jan. 2024. ARAÚJO, Carolina. A matemática brasileira sob a perspectiva de gênero. *Ciência e Cultura*, v. 70, n. 1, p. 32-33, janeiro de 2018. Acesso em 24 jan. 2024.