Buscar

Prévia do material em texto

@resumosdatha_ 
 
 
@resumosdatha_ 
Processo Penal 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS PENAIS 
 
-IMPARCIALIDADE DO JUIZ: não pode haver 
vínculos/relações com os sujeitos processuais; 
-JUIZ NATURAL: juiz prévio ao início da ação 
penal; 
-CELERIDADE PROCESSUAL: duração razoável 
do processo; 
-DEVIDO PROCESSO LEGAL: nenhuma pessoa 
poderá ter restringido seus bens e o direito de 
ir e vir sem o devido processo legal; 
-PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA: não 
culpabilidade; 
-CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA: 
* Autodefesa: oportuniza o réu 
*Defesa técnica: indisponível/obrigatória 
-IGUALDADE PROCESSUAL OU PARIDADE DAS 
ARMAS: todos são iguais perante a lei; 
-MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES: o juiz é livre para 
decidir, desde que o faça de forma motivada; 
-NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO (nemo tenetur se 
detegere): ninguém pode ser obrigado a 
compelir provas contra si mesmo; 
-VEDAÇÃO DAS PROVAS ILÍCITAS: a doutrina 
admite a prova ilícita se for a única prova para 
absolvição do réu; 
-BIS IN IDEM: a pessoa não pode ser punida 
duplamente pelo mesmo crime. 
 
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
- O Código de Processo Penal adotou, como 
regra, o princípio da territorialidade, o qual 
determina que a lei produzirá seus efeitos 
dentro do território nacional. 
- A lei processual penal admitirá: 
* interpretação extensiva; 
* aplicação analógica; 
* suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
Exceções da aplicação do CPP: 
- tratados, convenções e regras de direito 
internacional; 
- jurisdição política; 
- legislação especial. 
- O CPP somente é aplicável aos atos 
processuais praticados em território nacional. 
 
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
- O CPP adotou a teoria do “tempus regit 
actum” também conhecido como princípio do 
efeito imediato ou aplicação imediata da lei 
processual penal. 
- A lei processual não pode retroagir para 
alcançar atos processuais já praticados, ainda 
que seja mais benéfica. 
- TEORIA DO ISOLAMENTO DOS ATOS 
PROCESSUAIS: a lei processual nova é aplicada 
imediatamente aos processos em curso, mas 
não irá interferir nos atos que já foram 
validados sob a vigência da lei antiga. 
 
SISTEMAS PROCESSUAIS PENAIS 
 
ACUSATÓRIO: (adotado) 
- público; 
@resumosdatha_ 
- Juiz: julga / MP: acusa; 
- confissão relativa. 
 
INQUISITIVO: 
-sigiloso; 
- juiz acusa, julga e defende; 
- confissão absoluta. 
 
SÚMULA VINCULANTE 45: a competência do 
TRIBUNAL DO JÚRI prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido 
exclusivamente pela Constituição Estadual. 
SÚMULA VINCULANTE 11: só é lícito o uso de 
algemas em caso de resistência e de fundado 
receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de 
terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade 
disciplinar civil e penal do agente ou da 
autoridade e de nulidade da prisão ou do ato 
processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do estado. 
SÚMULA 444 DO STJ: é vedada a utilização de 
inquéritos policiais e ações penais em curso 
para agravar a pena-base. 
SÚMULA 522 DO STJ: a conduta de atribuir-se 
falsa identidade perante autoridade policial é 
TÍPICA, ainda que em situação de alegada 
defesa. 
 
INQUÉRITO POLICIAL 
- É um procedimento administrativo, presidido 
pela autoridade policial (delegado de polícia de 
carreira), escrito, sem contraditório e ampla 
defesa. 
- tem como finalidade colher elementos de 
informações acerca da materialidade e autoria. 
CARACTERÍSTICAS: 
ATIVIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA: 
- Polícia Federal – União 
- Polícia Civil – Estados 
ESCRITO: todos os seus atos devem ser 
escritos. 
INQUISITIVO: não há contraditório e ampla 
defesa. 
INDISPONÍVEL: uma vez iniciado deve ir até o 
fim. 
DISPENSÁVEL: não é necessário para dar início 
à ação penal. 
SIGILOSO: os atos são pautados no sigilo, 
porém, o sigilo não atinge o Ministério 
Público, Juiz e Advogados. 
OFICIOSIDADE E OFICIALIDADE; 
 
Diligências e tramitação do inquérito policial: 
- Para verificar a possibilidade de haver a 
infração sigo praticada de determinado modo, 
a autoridade policial poderá proceder à 
reprodução simulada dos fatos, desde que não 
contrarie a moralidade ou ordem pública. 
- A incomunicabilidade do réu preso é 
INCONSTITUCIONAL. 
 
- Logo que tiver conhecimento da prática da 
infração penal, a autoridade policial deverá: 
* dirigir-se ao local, providenciando para que 
não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
- apreender os objetos que tiverem relação 
com o fato, após liberados pelos peritos 
criminais; 
- colher todas as provas que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
@resumosdatha_ 
- ouvir o ofendido; 
- ouvir o indiciado, devendo o respectivo 
termo ser assinado por duas testemunhas que 
lhe tenham ouvido a leitura; 
- proceder a reconhecimento de pessoas e 
coisas e a acareações; 
- determinar, se for o caso, que se proceda a 
exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
perícias; 
- ordenar a identificação do indiciado pelo 
processo datiloscópico, se possível, e fazer 
juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
- averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o 
ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude, e estado de 
ânimo antes e depois do crime e durante ele, e 
quaisquer outros elementos que contribuírem 
para a apreciação do seu temperamento e 
caráter; 
- colher informações sobre a existência de 
filhos, respectivas idades e se possuem alguma 
deficiência e o nome e o contato de eventual 
responsável pelos cuidados dos filhos, 
indicado pela pessoa presa. 
 
NOTICIA CRIMINIS: 
-Quando a autoridade policial toma 
conhecimento de um fato criminoso 
independentemente do meio, ocorre a notitia 
criminis. 
Notitia Criminis Imediata/Direta: quando a 
autoridade policial toma conhecimento do 
fato em razão de suas atividades rotineiras; 
Notitia Criminis Mediata/Indireta: quando a 
autoridade policial toma conhecimento por 
meio de expediente formal: - requerimento da 
vítima ou representante/ requisição do MP, 
juiz e Ministro da Justiça/ representação/ 
delação; 
Notitia Criminis coercitiva: prisão em 
flagrante; 
Notitia Criminis apócrifa: denúncia anônima. 
 
IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL: 
- Somente é admitida para aquele que não for 
civilmente identificado. 
Exceção: mesmo civilmente identificado 
poderá ser submetido nesses casos: 
- documento com rasuras ou indícios de fraude; 
- documento não puder comprovar cabalmente 
a identidade da pessoa; 
- a pessoa portar documentos distintos, com 
informações conflitantes; 
- se a identificação for indispensável às 
investigações; 
- constar nos registros policiais que a pessoa já 
se apresentou com outros nomes; 
- o estado de conservação, data de expedição 
ou o local impossibilitem a identificação. 
 
INDICIAMENTO: 
- Ato privativo da autoridade policial, feito de 
forma fundamentada, de modo a direcionar a 
investigação, pois centraliza em apenas um ou 
alguns suspeitos. 
 
PRAZO E CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL: 
 PRESO SOLTO 
Justiça Estadual: 10 30 prorrogáveis 
Justiça Federal: 15 + 15 30 prorrogáveis 
Lei de Drogas 30 + 30 90 + 90 
Justiça Militar: 20 40 + 20 
 
- Se o investigado estiver PRESO, o JUIZ DAS 
GARANTIAS poderá, mediante representação 
@resumosdatha_ 
da autoridade policial e ouvido o Ministério 
Público, prorrogar, uma única vez, a duração 
do inquérito policial por até 15 dias. 
- Todas as peças do inquérito serão, num só 
processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela 
autoridade. 
- A autoridade fará um minucioso relatório do 
que tiver sido apurado e enviará autos aojuiz 
competente. No relatório poderá a autoridade 
indicar testemunhas que não tiverem sido 
inquiridas, mencionando o lugar onde possam 
ser encontradas. 
- Quando o fato for de difícil elucidação, e o 
indiciado estiver solto, a autoridade poderá 
requerer ao juiz a devolução dos autos, para 
ulteriores diligências. 
- O ofendido, ou o seu representante legal, e o 
indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da 
autoridade. 
- A autoridade policial não poderá mandar 
arquivar autos de inquérito. 
 
DESARQUIVAMENTO: 
- Depois de ordenado o arquivamento do 
inquérito pela autoridade judiciária, por falta 
de base para a denúncia, a autoridade policial 
poderá proceder a novas pesquisas, se de 
outras provas tiver notícia. 
- O Ministério Público não poderá requerer a 
devolução do inquérito à autoridade policial, 
senão para novas diligências, imprescindíveis 
ao oferecimento da denúncia. 
Arquivamento faz coisa julgada MATERIAL 
quando: 
- fato atípico; 
- excludente de ilicitude ; 
- excludente de culpabilidade. 
 
Arquivamento faz coisa julgada FORMAL 
quando: 
- ausência de prova de materialidade. 
 
SÚMULA VINCULANTE 14: é direito do 
defensor, no interesse do representado, ter 
acesso amplo aos elementos de prova que, já 
documentados em procedimento 
investigatório realizado por órgão com 
competência de Polícia Judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa. 
- SÚMULA 524 DO STF: arquivado o inquérito 
policial, por despacho do juiz, a requerimento 
do promotor de justiça, não pode a ação penal 
ser iniciada, sem novas provas. 
 
AÇÃO PENAL 
 
-É o instrumento que dá início ao processo 
penal, através do qual o Estado poderá exercer 
seu jus puniendi. 
- A representação será irretratável, depois de 
oferecida a denúncia. 
- Ordenado o arquivamento do inquérito 
policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do 
Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e 
encaminhará os autos para a instância de 
revisão ministerial para fins de homologação. 
- Se a vítima, ou seu representante legal, não 
concordar com o arquivamento do inquérito 
policial, poderá, no prazo de 30 dias do 
recebimento da comunicação, submeter a 
matéria à revisão da instância competente do 
órgão ministerial, conforme dispuser a 
respectiva lei orgânica. 
- Nas ações penais relativas a crimes praticados 
em detrimento da União, Estados e 
Municípios, a revisão do arquivamento do 
@resumosdatha_ 
inquérito policial poderá ser provocada pela 
chefia do órgão a quem couber a sua 
representação judicial. 
- Não sendo caso de arquivamento e tendo o 
investigado confessado formal e 
circunstancialmente a prática de infração penal 
sem violência ou grave ameaça e com pena 
mínima inferior a 4 anos, o Ministério Público 
poderá propor acordo de não persecução 
penal, desde que necessário e suficiente para 
reprovação e prevenção do crime. 
- O descumprimento de acordo de não 
persecução penal pelo investigado também 
poderá ser utilizado pelo Ministério Público 
como justificativa para o eventual não 
oferecimento de suspensão condicional do 
processo. 
- Cumprido integralmente o acordo de não 
persecução penal, o juízo competente 
decretará a extinção de punibilidade. 
- No caso de morte do ofendido ou quando 
declarado ausente por decisão judicial, o direito 
de oferecer queixa ou prosseguir na ação 
passará ao Cônjuge, Ascendente, Descendente 
ou Irmão. (C.A.D.I) 
- Se o ofendido for menor de 18 anos, ou 
mentalmente enfermo ou retardado mental, e 
não tiver representante legal, ou colidirem os 
interesses deste com os daquele, o direito de 
queixa poderá ser exercido por curador 
especial, nomeado, de ofício ou a 
requerimento do Ministério Público, pelo juiz 
competente para o processo penal. 
- A queixa, ainda quando a ação penal for 
privativa do ofendido, poderá ser aditada pelo 
Ministério Público, a quem caberá intervir em 
todos os termos subsequentes do processo. 
- O prazo para oferecimento da denúncia, 
estando o réu preso, será de 5 dias, contado da 
data em que o órgão do Ministério Público 
receber os autos do inquérito policial, e de 15 
dias se o réu estiver solto ou afiançado. 
- Quando o Ministério Público dispensar o 
inquérito policial, o prazo para o oferecimento 
da denúncia contar-se-á da data em que tiver 
recebido as peças de informações ou a 
representação. 
- O prazo para o aditamento da queixa será de 
3 dias, contado da data em que o órgão do 
Ministério Público receber os autos, e, se este 
não se pronunciar dentro do tríduo, entender-
se-á que não tem o que aditar, prosseguindo-se 
nos demais termos do processo. 
- Se o querelado for mentalmente enfermo ou 
retardado mental e não tiver representante 
legal, ou colidirem os interesses deste com os 
do querelado, a aceitação do perdão caberá ao 
curador que o juiz lhe nomear. 
 
-ESPÉCIES: 
*Pública: incondicionada e condicionada 
*Privada: exclusiva, personalíssima e 
subsidiária da pública 
 
-PÚBLICA INCONDICIONADA: 
*não depende de qualquer condição 
*titularidade do Ministério Público 
-PÚBLICA CONDICIONADA: 
-REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA 
*titularidade do Ministério Público 
*não tem prazo 
*não cabe retratação 
-REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO: 
*titularidade do Ministério Público 
*deve ser oferecida dentro de 06 meses 
*cabe retratação até o oferecimento da 
denúncia pelo Ministério Público 
*não é divisível 
 
@resumosdatha_ 
-PRIVADA EXCLUSIVA: 
*o direito de queixa passa aos sucessores 
-PRIVADA PERSONALÍSSIMA: 
*o direito de queixa não passa aos sucessores 
-PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA: 
*quando há inércia do Ministério Público 
*a legitimidade dura 6 meses, e neste período, 
tanto o Ministério Público quanto o ofendido 
podem ajuizar ação penal. 
 
-CARACTERÍSTICAS: 
-AÇÃO PENAL PÚBLICA (condicionada e 
incondicionada) 
*Titularidade do Ministério Público 
*Obrigatoriedade 
*Oficialidade 
*Indisponibilidade 
*Divisibilidade 
-AÇÃO PENAL PRIVADA 
*Titularidade do Ofendido 
*Indivisibilidade 
*Oportunidade 
*Disponibilidade 
*Deve ser ajuizado dentro de 6 meses 
-SÚMULA 594 DO STF: os direitos de queixa e 
representação podem ser exercidos, 
independentemente, pelo ofendido ou por seu 
representante legal. 
-SÚMULA 714 DO STF: é concorrente a 
legitimidade do ofendido, mediante queixa, e 
do Ministério Público, condicionada à 
representação do ofendido, para a ação penal 
por crime contra a honra do servidor público 
em razão do exercício de suas funções. 
-SÚMULA 234 DO STJ: a participação de 
membro do Ministério Público na fase 
investigatória criminal não acarreta o seu 
impedimento ou suspeição para o 
oferecimento da denúncia. 
 
-INSTITUTOS PRIVATIVOS DA AÇÃO PENAL 
EXCLUSIVAMENTE PRIVADA: 
RENÚNCIA: 
*antes do ajuizamento da ação 
*expressa ou tácita 
*oferecida a um dos infratores a todos se 
estende 
*não depende de aceitação pelos infratores 
PERDÃO: 
*depois do ajuizamento da ação 
*expresso ou tácito 
*oferecido a um dos infratores a todos se 
estende 
*depende de aceitação pelos infratores 
*se um dos infratores não aceitar, isso não 
prejudica o direito dos demais 
PEREMPÇÃO: 
*penalidade ao querelante pela negligência na 
condução do processo 
Cabível quando: 
-o querelante deixar de promover o andamento 
do processo durante 30 dias seguidos 
*falecendo o querelante, ou sobrevindo sua 
incapacidade, não comparecer em juízo, para 
prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 
dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-
lo 
*o querelante deixar de comparecer, sem 
motivo justificado, a qualquer ato do processo 
a que deva estar presente 
@resumosdatha_ 
*o querelante deixar de formular o pedido de 
condenação nas alegações finais 
*sendo o querelante pessoa jurídica,esta se 
extinguir sem deixar sucessor 
 
PRISÃO EM FLAGRANTE 
- Qualquer do povo poderá e as autoridades 
policiais e seus agentes deverão prender quem 
quer que seja encontrado em flagrante delito. 
- Não depende de autorização judicial. 
- Apresentação espontânea não é considerada 
em flagrante. 
- A falta de testemunhas da infração não 
impedirá o auto de prisão em flagrante, mas, 
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo 
pelo menos duas pessoas que hajam 
testemunhado a apresentação do preso à 
autoridade. 
- A prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontre serão comunicados IMEDIATAMENTE 
ao juiz competente, ao Ministério Público e à 
família do preso ou à pessoa por ele indicada. 
- Em até 24 horas após a realização da prisão, 
será encaminhado ao juiz competente o auto 
de prisão em flagrante e caso o autuado não 
informe o nome de seu advogado, cópia 
integral para a Defensoria Pública. 
- Considera-se em flagrante delito quem: 
* está cometendo a infração penal; 
* acaba de cometê-la; 
* é perseguido, logo após, em situação que 
faca presumir ser o autor da infração; 
* é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papeis que 
façam presumir ser ele o autor. 
 
-FLAGRANTE PRÓPRIO: quando o indivíduo 
está cometendo ou acaba de cometer; 
-FLAGRANTE IMPRÓPRIO: há perseguição, logo 
após; 
-FLAGRANTE PRESUMIDO/FICTO: é 
encontrado com instrumentos, objetos do 
crime, logo depois; 
-FLAGRANTE ESPERADO: autoridade policial 
aguarda no local do possível delito que este se 
realize; 
-FLAGRANTE FORJADO: não é admitido; 
-FLAGRANTE PREPARADO: não é admito; 
crime impossível. 
 
SÚMULA 145 DO STF: não há crime, quando a 
preparação do flagrante pela polícia torna 
impossível sua consumação. 
 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA: 
- É uma audiência realizada logo após a prisão 
em flagrante, de maneira a permitir que haja 
contato direto entre juiz e preso. 
- A finalidade da audiência de custódia é: 
* verificar a legalidade da prisão; 
* verificar eventual ocorrência de excessos; 
- maus tratos 
- tortura 
- abuso de autoridade 
- Após receber o auto de prisão em flagrante, 
no prazo máximo de até 24 horas após a 
realização da prisão, o juiz deverá promover a 
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA com a presença do 
acusado, seu advogado constituído ou membro 
da Defensoria Pública e o membro do 
Ministério Público. 
- Transcorridas 24 horas após o decurso do 
prazo estabelecido, a não realização de 
@resumosdatha_ 
audiência de custódia sem motivação idônea 
ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser 
relaxada pela autoridade competente, sem 
prejuízo da possibilidade de imediata 
decretação de prisão preventiva. 
 
PRISÃO PREVENTIVA 
- A prisão preventiva é aquela determinada 
pelo Juiz, tanto no Inquérito Policial como no 
Processo Penal. 
- Em qualquer fase da investigação policial ou 
do processo penal, caberá a prisão preventiva 
decretada pelo JUIZ, a requerimento do 
Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da autoridade 
policial. (Juiz não decreta prisão preventiva de 
ofício). 
- A decisão que decretar a prisão preventiva 
deve ser motivada e fundamentada em receio 
de perigo e existência concreta de fatos novos 
ou contemporâneos. 
- A citação por edital não constitui fundamento 
idôneo para a decretação da prisão preventiva, 
uma vez que a não localização do acusado não 
gera presunção de fuga. 
 
CABIMENTO: 
-Crime Doloso: pena privativa de liberdade 
superior a 4 anos; 
-Condenação anterior por crime doloso: 
últimos 5 anos; 
-Violência Doméstica: garantias protetivas; 
-Dúvida contra identidade civil; 
-Descumprimento de medidas cautelares. 
 
PRESSUPOSTOS PARA DECRETAÇÃO: 
- PROVA DE MATERIALIDADE DO DELITO; 
- INDÍCIOS SUFICIENTES DE AUTORIA; 
- PERIGO COM A LIBERDADE DO IMPUTADO. 
 
 
Não cabe prisão preventiva nos casos de: 
- contravenção penal; 
- excludente de ilicitude; 
- não houver pena privativa de liberdade. 
 
PRISÃO DOMICILIAR 
- Necessita de prova idônea e autorização 
judicial para ser declarada. 
- Para ausentar-se do domicílio necessita 
decisão judicial. 
 
Prisão Domiciliar é aplicada nos casos de: 
- o agente for maior de 80 anos; 
- a pessoa ser extremamente debilitada por 
doença grave; 
- se for imprescindível para os cuidados 
especiais de pessoas menores de 6 anos ou 
deficientes; 
- gestante; 
- mulher, com filho de até 12 anos de idade 
incompletos; 
- homem, caso seja o único responsável pelos 
cuidados do filho de até 12 anos incompletos. 
 
PRISÃO TEMPORÁRIA 
- Poderá ser usada apenas durante o inquérito 
policial ou procedimento administrativo. 
@resumosdatha_ 
- O juiz não age de ofício para decretar prisão 
temporária. 
- Na hipótese de representação da autoridade 
policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o 
Ministério Público. 
-Caberá prisão temporária quando 
imprescindível para as investigações do 
inquérito policial, ou quando o indiciado não 
tiver residência fixa ou não fornecer elementos 
necessários ao esclarecimento de sua 
identidade. 
 
FORMAS DE DECRETAÇÃO: 
-REQUERIMENTO: MP, assistente de acusação 
ou querelante; 
-REPRESENTAÇÃO: autoridade policial. 
 
PRAZOS: 
5 DIAS + 5 DIAS = CRIMES COMUNS 
30 DIAS + 30 DIAS = CRIMES HEDIONDOS 
 
CRIMES QUE CABEM A PRISÃO TEMPORÁRIA: 
- homicídio doloso; 
- sequestro ou cárcere privado; 
- roubo; 
- extorsão; 
- extorsão mediante sequestro; 
- estupro; 
- epidemia com resultado morte; 
-envenenamento de água potável ou 
substância alimentícia ou medicinal qualificado 
pela morte; 
- genocídio; 
- tráfico de drogas. 
 
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
- Tem como competência a conciliação, 
julgamento e execução das infrações penais de 
menor potencial ofensivo, respeitadas as 
regras de conexão e continência. 
- Contravenções penais. 
- Crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 anos, cumulada ou não com multa. 
- Lesão corporal leve e culposa é condicionada 
a representação. 
- Orienta-se pelos critérios da oralidade, 
informalidade, economia processual e 
celeridade. 
- Atos processuais públicos, podendo ser 
realizados em qualquer dia da semana, e 
podem ser noturnos. 
- Citação pessoal ou por mandado. Não há 
citação por edital. 
- Não será cabível prisão em flagrante e fiança 
se o autor for imediatamente encaminhado ao 
juizado ou prestar o compromisso de a ele 
comparecer. 
A AUTORIDADE POLICIAL que tomar 
conhecimento da ocorrência lavrará TERMO 
CIRCUNSTANCIADO e o encaminhará 
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato 
e a vítima, providenciando-se as requisições 
dos exames periciais necessários. 
 
COMPOSIÇÃO DE DANOS CIVIS: 
-Casos de ação privada ou pública condicionada 
à representação. 
-O autor repara o dano e a vítima aceita. 
-Deve ser feita por escrito e homologado pelo 
juiz. 
-Eficácia de título executivo. 
@resumosdatha_ 
-Importa em renúncia ao direito de 
representação ou queixa. 
- Não obtida a composição dos dados, será 
dada imediatamente ao ofendido a 
oportunidade do direito de representação 
verbal, reduzido a termo. O não oferecimento 
da representação não implica decadência. 
 
TRANSAÇÃO PENAL: 
-Casos de ação pública incondicionada ou 
quando a vítima representar contra o autor do 
fato. 
- A transação penal é proposta por iniciativa do 
MINISTÉRIO PÚBLICO e não do juiz. 
- Depende da aceitação pelo acusado e pelo 
advogado. 
- Não gera reincidência. 
- Apenas se for infração de menor potencial 
ofensivo. 
-Não se aplica a transação à lei Maria da Penha. 
- A homologação da transação penal não faz 
coisa julgada material e, descumpridas as 
cláusulas retoma-se a situação anterior. 
 
Vedações a transação penal: 
- ter sido o agente condenado pela prática de 
CRIME a pena restritiva de liberdade por 
sentença definitiva; 
- ter sido o agente beneficiado por outratransação penal no prazo de 05 anos; 
- circunstâncias judiciais desfavoráveis 
(antecedentes, entre outros). 
 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO: 
- É uma medida que tem como objetivo anular 
um processo criminal que tenha menor 
potencial lesivo, com pena de até um ano. 
- Pena mínima igual ou inferior a 01 ano. 
-Quem oferece é o Ministério Público, ao 
oferecer a denúncia. 
-O prazo de suspensão do processo é de 02 a 
04 anos, desde que o acusado não esteja sendo 
processado ou tenha sido condenado por outro 
crime. 
 
Condições da Suspensão: 
- reparação do dano; 
-proibição de frequentar determinados lugares; 
- proibição de ausentar-se da comarca; 
- comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, 
mensalmente. 
 
-A suspensão será obrigatoriamente revogada 
se o beneficiário for processado por outro 
crime ou não reparar o dano sem motivo 
justificável. 
-A suspensão poderá ser revogada se o 
beneficiário for processado por contravenção 
penal ou descumprir qualquer outra condição 
imposta. 
 
COMPETÊNCIA 
 
- CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE COMPETÊNCIA 
- A competência são regras que estabelecem 
os limites em que cada Juiz pode exercer seu 
Poder Jurisdicional. 
- EM RAZÃO DA MATÉRIA: 
- STF (RHC 177243): a Justiça Eleitoral é 
competente para processar e julgar crime 
comum conexo com crime eleitoral, ainda que 
haja o reconhecimento da prescrição da 
pretensão punitiva do delito eleitoral. 
@resumosdatha_ 
 
- CRIMES DE JUSTIÇA FEDERAL: 
*contra bens e serviços da União, suas 
autarquias e empresas públicas; Obs.: 
sociedade de economia mista NÃO; 
*crimes nos quais haja grave violação de 
direitos humanos; Obs.: o PGR deve suscitar 
deslocamento de competência; 
*contra organização do trabalho, sistema 
financeiro e ordem-econômica financeira; 
*crimes políticos e disputa sobre direitos 
indígenas; Obs.: crimes políticos nem sempre 
são cometidos por políticos; 
*crimes cometidos a bordo de navios e 
aeronaves; Obs.: ressalvada a competência da 
justiça militar; 
*crime previsto em tratado ou convenção 
internacional; 
*execução de carta rogatória e execução de 
sentença estrangeira; 
*ingresso ou permanência irregular de 
estramgeiro. 
 
- EM RAZÃO DA PESSOA: 
*nos crimes contra Presidente e Vice-
Presidente; Ministro do STF; PGR; AGU; 
Ministros ou Comandantes FFAA conexo c/ PR; 
Membros do CNJ e CNMP. = CRIME DE 
RESPONSABILIDADE: Senado Federal / CRIME 
COMUM: STF. 
*Membros dos Tribunais Superiores (STJ, TSE, 
TST, STM); Embaixador; Ministro do TCU; 
Ministro ou Comandantes FFAA não conexo 
c/PR; Deputados e Senadores (inclusive crimes 
eleitorais e crimes dolosos contra a vida). = 
CRIME DE RESPONSABILIDADE: STF / CRIME 
COMUM: STF. 
*Governador de Estado e DF; Conselheiro do 
TCE e TCM; Desembargadores do TJ, TRF, TRE, 
TRT); Membro do MPU que oficie perante 
tribunais. = CRIME DE RESPONSABILIDADE: STJ 
SUPERIOR / CRIME COMUM: STJ SUPERIOR. 
*Juízes Estaduais e do DF E T; Membros do MP 
(oficiam perante juízes de primeiro grau). = 
CRIME DE RESPONSABILIDADE: TJMG (TJ 
ESTADUAIS) / CRIME COMUM: TJMG (TJ 
ESTADUAIS). 
Obs.: ações cíveis não se sujeitam a 
prerrogativa de função. 
- STF (Súmula vinculante 45): Competência 
Constitucional do Tribunal do Júri prevalece 
sobre o foro por prerrogativa de função 
estabelecido EXCLUSIVAMENTE por 
Constituição Estadual. 
- STF (AP 937, 2018): o foro por prerrogativa de 
função conferido aos deputados federais e 
senadores se aplica apenas a crimes cometidos 
no exercício do cargo e em razão das funções a 
ele relacionadas. 
- STF (HC 201.965/21): é indispensável prévia 
autorização judicial para a instauração de 
inquérito ou outro procedimento investigatório 
em face de autoridade com foro por 
prerrogativa de função em TJ. 
 
- COMPETÊNCIA TERRITORIAL: 
- COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO: 
*Regra Geral: adota-se a Teoria do Resultado, 
em que o local do crime é aquele em que o 
resultado ocorre. 
*Dolosos contra a vida, Juizados Especiais e 
Atos Infracionais: adota-se a Teoria da 
Atividade, em que o local do crime é aquele em 
que a conduta é praticada. 
*Crimes falimentares: considera-se o local do 
crime aquele em que foi decretada a falência. 
*Praticados e Consumados no Exterior: serão 
julgados na Capital do Estado em que o réu, no 
Brasil, tenha último domicílio ou caso nunca 
tenha sido domiciliado no Brasil, na capital 
federal (TJDFT). 
@resumosdatha_ 
*Aeronaves ou Embarcações sujeitos à Lei 
Brasileira: no local em que primeiro aportar ou 
pousar ou no último local em que tenha 
aportado ou pousado. 
 
- COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO DO RÉU: 
- Quando não conhecido o lugar da infração, a 
competência regular-se-á pelo domicílio ou 
residência do réu. 
*réu tem mais de uma residência: a 
competência será firmada por PREVENÇÃO 
*réu não tem residência ou não se conhece 
seu paradeiro: competente o Juiz que primeiro 
o tomar conhecimento do fato 
*ação exclusivamente privada: querelante 
escolhe foro de domicílio ou da residência do 
réu, ainda que conhecido lugar da infração 
 
DA PROVA 
- O juiz forma sua convicção pela livre 
apreciação da prova produzida em 
contraditória judicial. 
Obs.: o juiz NÃO poderá fundamentar sua 
decisão exclusivamente em elementos 
colhidos na investigação, salvo no caso de 
provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. 
- O juiz pode, de ofício: 
*ordenar (mesmo antes da AP) a produção 
antecipada de provas urgentes e relevantes. 
*determinar durante a instrução ou antes da 
sentença realização de audiência. 
 
- PROVAS ILEGAIS: 
*Ilícitas: são produzidas violando normas de 
direito MATERIAL; são INADMISSÍVEIS, portanto 
devem ser desentranhadas do processo; e o juiz 
que conhecer do conteúdo da prova 
inadmissível NÃO PODERÁ proferir a sentença 
ou acórdão. 
*Ilícitas por Derivação: essa é a teoria dos 
frutos da árvore envenenada; elas seriam 
lícitas, porém derivam de prova ilícita, logo são 
INADMISSÍVEIS e devem ser desentranhadas do 
processo; EXCEÇÕES: são admissíveis quando 
não há nexo de causalidade entre uma e outra; 
e se derivadas puderem ser obtidas por fonte 
independente. 
*Ilegítimas: são obtidas mediante violação a 
normas de caráter processual; NULIDADES: é 
absoluta quando NÃO poderão ser utilizadas; e 
é relativa quando PODEM ser utilizadas se 
nulidade sanada ou nulidade não arguida em 
momento oportuno. 
 
- TIPOS DE PROVAS: 
*CORPO DE DELITO E PERÍCIAS: 
- OBRIGATORIDADE DO CORPO DE DELITO: 
*quando a infração deixar vestígios, será 
indispensável o corpo de delito, direto ou 
indireto, NÃO PODENDO supri-lo a confissão. 
*não sendo possível o exame de corpo de 
delito, por haverem desaparecido os vestígios, 
a prova testemunhal PODERÁ suprir-lhe a falta. 
- PERITOS E EXAMES: 
*corpo de delito e perícias serão realizados por 
perito OFICIAL, com curso superior. 
*exames complexos que envolvam mais de 
uma área de conhecimento, pode-se usar mais 
de um perito oficial. 
*na falta de perito oficial, o exame é feito por 2 
pessoas idôneas, que devem ter curso superior, 
PREFERENCIALMENTE na área relacionada com 
a natureza do exame e DEVEM prestar 
compromisso. 
 
 
@resumosdatha_ 
- PONTOS IMPORTANTES: 
*MP, assistente de acusação, ofendido, 
querelante e o acusado PODEM formular 
quesitos e indicar assistente técnico; 
*a admissão do assistente técnico é feita pelo 
juiz e se dará após a conclusão dos exames e 
elaboração do laudo; 
*o exame de corpo de delito poderá ser feito 
em qualquer dia e a qualquer hora; 
*há prioridade na realização do corpo de delito 
quando houver caso de violência doméstica e 
familiar contra mulher e violência contra 
vulnerável. 
- LAUDO: 
*Prazo de elaboração: 10 dias, prorrogáveis a 
pedido do perito. 
*Alteração no estado das coisas: até a chegada 
dos peritos, deve-se preservar ao máximo o 
local do crime, e se houveralteração no estado 
das coisas ela deve ser registrada no laudo. 
*Divergência entre peritos: cada perito redigirá 
um laudo. O Juiz nomeará um terceiro; esse 
terceiro concordo com um deles ou discorda de 
ambos e nesse caso o juiz manda fazer um novo 
exame por outros peritos. 
Obs.: O juiz não é obrigado a aceitar o laudo. 
Ele pode aceita-lo ou rejeitá-lo (total ou 
parcialmente), inclusive pode determinar que 
sejam feitos novos exames se julgar 
conveniente. 
 
*INTERROGATÓRIO DO ACUSADO: 
- VÍDEOCONFERÊNCIA: 
*medida EXCEPCIONAL, feita apenas no caso de 
RÉU PRESO; 
*decisão tomada pelo Juiz, de OFÍCIO ou a 
REQUERIMENTO das partes; 
*as partes serão intimadas 10 dias antes do 
interrogatório; 
*para ser realizado, o interrogatório por 
videoconferência deve atender a uma das 
seguintes finalidades abaixo: 
a) prevenir risco à segurança pública; 
b) há relevante dificuldade de comparecimento 
por enfermidade ou outra circunstância 
pessoal; 
c) gravíssima questão de ordem pública; 
d) impedir a influência do réu sobre a 
testemunha ou a vítima, desde que elas não 
possam depor por viodeoconferência. 
- PONTOS IMPORTANTES: 
*havendo mais de um acusado, serão 
interrogados separadamente; 
*interrogatório divide-se em duas partes: sobre 
a pessoa do acusado e sobre os fatos; 
*antes do interrogatório, o réu é informado 
pelo Juiz do seu direito de permanecer calado 
e de não responder às perguntas; 
*o silêncio NÃO importará em confissão e NÃO 
pode ser interpretado em prejuízo da defesa. 
 
*TESTEMUNHAS: 
- São PROIBIDAS de depor as pessoas que, em 
razão de função, ministério, ofício ou 
profissão, devam guardar segredo, salvo se, 
desobrigadas pela parte interessada, quiserem 
dar seu testemunho. 
- A testemunha NÃO poderá eximir-se da 
obrigação de depor, mas poderão recusar-se: 
*ascendente ou descendente 
*o afim em linha reta 
*irmão, pai e mãe 
*filho adotivo do acusado 
 
@resumosdatha_ 
- A testemunha fará, sob palavra de honra, a 
promessa de dizer a verdade. 
Obs.: não precisam prestar o compromisso os 
doentes e deficientes mentais, menores de 14 
anos e os listados no art. 206. 
- O depoimento será ORAL, não permitido ser 
por escrito. 
Obs.: o Presidente da República e o Vice-
Presidente da República, os presidentes do 
Senado, da Câmara e do STF PODERÃO optar 
pela prestação de depoimento por ESCRITO. 
- DIFERENÇAS: 
*Contradita: impugnação à testemunha, que 
deve ocorrer ANTES do início do depoimento, 
quando a testemunha se enquadrar no art. 207 
ou 208. 
*Precatória: a testemunha que morar fora da 
jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do 
lugar de sua residência. 
Obs.: a expedição da PRECATÓRIA NÃO 
SUSPENDERÁ a instrução criminal. 
- STF (Súmula 155): é relativa a nulidade do 
processo criminal por falta de intimação da 
expedição de precatória para inquirição de 
testemunha. 
- STJ (Súmula 273): intimida a defesa da 
expedição da carta precatória, torna-se 
desnecessária intimação da data da audiência 
no juízo deprecado. 
 
*BUSCA E APREENSÃO: 
- São hipóteses: 
*prender criminosos; 
*apreender pessoas vítimas de crimes; 
*apreender coisas achadas ou obtidas por 
meios criminosos; 
*apreender instrumentos de falsificação ou de 
contrafação e objetos falsificados ou 
contrafeitos; 
*apreender armas e munições, instrumentos 
utilizados na prática de crime ou destinados a 
fim delituoso; 
*descobrir objetos necessários à prova de 
infração ou à defesa do réu; 
*apreender cartas, abertas ou não, se houver 
suspeita de que o conhecimento de que o 
conhecimento do seu conteúdo possa ser útil; 
*colher qualquer elemento de convicção; 
*fundada suspeita de que alguém oculte 
consigo arma proibida. 
 
- A busca e apreensão pode ser DOMICILIAR ou 
PESSOAL. Confira abaixo: 
*DOMICILIAR: DEVE ser precedida de mandado 
judicial, que especifica local e os motivos e fins 
da diligência. / Sua execução é durante o DIA 
(morador pode permitir à noite); Em caso de 
desobediência, a porta poderá ser arrombada. 
*PESSOAL: Deve haver FUNDADAS suspeitas, 
mas DISPENSA mandado judicial. / Pode ser 
determinado por autoridade policial, antes ou 
autoridade judicial. / A busca em mulher é 
realizada por outra mulher, salvo se retardar ou 
prejudicar diligência. 
 
*INDÍCIOS: 
- É a circunstância CONHECIDA e PROVADA, 
que, tendo relação com o fato, autorize, por 
indução, concluir-se a existência de outra ou 
outras circusntâncias. 
 
*CONFISSÃO: 
- A confissão não é cabal e absoluta, pois para a 
sua apreciação, o juiz deverá confrontá-la com 
as demais provas do processo, verificando se 
@resumosdatha_ 
entre elas e estas existe compatibilidade ou 
concordância. 
- O silêncio não importa em confissão, 
entretanto, o silêncio PODERÁ constituir 
elementos para a formação do convencimento 
do juiz. 
- A confissão é DIVISÍVEL e RETRATÁVEL, ou 
seja, o acusado pode desdizer o que disse 
anteriormente, retirando a confissão, e pode o 
juiz considerar como verdadeira apenas parte 
da confissão. 
Obs.: a confissão feita fora do interrogatório, 
será tomada por termo nos autos. 
 
*PERGUNTAS AO OFENDIDO: 
- Sempre que possível, o ofendido será 
qualificado e perguntado sobre as 
circunstâncias da infração, quem seja ou 
presumar ser o seu autor, as provas que possa 
indicar, tomando-se por termo as suas 
declarações. 
- O ofendido será comunicado, veja abaixo: 
*do ingresso e da saída do acusado da prisão; 
*da data para audiência; 
*da sentença e respectivos acórdãos. 
- O STF decidiu pela inconstitucionalidade da 
condução coercitiva de investigados e réus, 
não do ofendido. 
- Na condução coercitiva, se intimado a depor e 
o ofendido NÃO comparecer, sem motivo 
justo, ele poderá ser conduzido à presença da 
autoridade. 
 
-ACAREAÇÃO: 
- Tem como finalidade apurar a verdade, por 
meio do confronto entre partes, testemunhas 
ou outros participantes de processo judicial, 
que prestaram informações divergentes sobre 
fatos ou circunstâncias relevantes. 
- Ela é admitida: 
*entre acusados; 
*entre testemunhas; 
*entre pessoas ofendidas; 
*entre acusado x testemunha; 
*entre acusado ou testemunha x pessoa 
ofendida. 
Obs.: essa diligência só se realizará quando 
NÃO importe demora PREJUDICIAL ao 
processo, e o juiz a entenda CONVENIENTE. 
 
*DOCUMENTOS: 
- São documentos quaisquer escritos, públicos 
ou particulares. 
- PONTOS IMPORTANTES: 
*a fotografia do documento tem o mesmo 
valor do original; 
*documentos podem ser apresentados em 
qualquer fase do processo, salvo casos na lei; 
*NÃO serão admitidas: cartas particulares 
(salvo para defesa de direito), ou obtidas por 
meios criminosos; 
*os documentos em língua estrangeira serão 
traduzidos por tradutor público, e na sua falta 
por pessoa idônea nomeada; 
*documentos originais podem, mediante 
requerimento e ouvido o MP, ser entregue à 
parte que os produziu, ficando translado nos 
autos. 
 
*RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS: 
- PROCEDIMENTO: 
*quem tiver que fazer o reconhecimento 
descreve aquela a ser reconhecida; 
@resumosdatha_ 
*a pessoa a ser reconhecida é colocada ao lado 
de outras semelhantes; 
*autoridade pode providenciar que a pessoa a 
ser reconhecida não veja a que fará o 
reconhecimento; 
*lavra-se auto do ato de reconhecimento, 
subscrito pela autoridade, pela pessoa que 
realizou o reconhecimento e por 2 
testemunhas. 
Obs.: se várias pessoas forem chamadas a 
realizar o reconhecimento, cada uma o fará 
separadamente, evitando comunicações entre 
elas. 
 
DA CADEIA DE CUSTÓDIA 
- É o conjunto de todos os procedimentos 
utilizados para manter e documentar a história 
cronológica do vestígio coletado em locais ou 
em vítimas de crimes, para rastrear sua posse 
e manuseio a partir de seu reconhecimento até 
o descarte. 
- ETAPAS: 
*O INÍCIO da cadeia de custódia dá-se com a 
preservação dolocal do crime ou com 
procedimentos policiais ou periciais, nos quais 
seja detectada a existência de vestígio. 
*RECONHECIMENTO: ato de distinguir um 
elemento como de potencial interesse para a 
produção da prova pericial, ficando o agente 
público que o reconhecer responsável por sua 
preservação. 
*ISOLAMENTO: ato de evitar que se altere o 
estado das coisas, devendo isolar e preservar o 
ambiente imediato, mediato e relacionado aos 
vestígios e local de crime. 
*FIXAÇÃO: descrição detalhada do vestígio, 
conforme se encontra no local ou no corpo de 
delito, e a sua posição na área de exames, 
podendo ser ilustrada por fotografias, 
filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua 
descrição no laudo. 
*COLETA: ato de recolher o vestígio, 
respeitando suas características e natureza. 
*ACONDICIONAMENTO: procedimento de 
embalar cada vestígio de forma individualizada, 
de acordo com suas características físicas, 
químicas e biológicas, com anotação da data, 
hora e nome de quem realizou a coleta e o 
acondicionamento. 
*TRANSPORTE: ato de transferir o vestígio de 
um local para o outro, utilizando as condições 
adequadas, de modo a garantir a manutenção 
de suas características originais, bem como 
controle de sua posse. 
*RECEBIMENTO: ato formal de transferência da 
posse do vestígio, que deve ser documentado 
com, no mínimo, informações referentes ao 
numero do procedimento e unidade de polícia 
judiciária relacionada, local de origem, nome de 
quem transportou, código de rastreamento, 
natureza do exame, tipo de vestígio, protocolo, 
assinatura, e identificação de quem o recebeu. 
*PROCESSAMENTO: exame pericial em si, 
manipulação do vestígio de acordo com a 
metodologia adequada às suas características 
biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter 
o resultado almejado, que deverá ser 
formalizado em laudo do perito. 
*ARMAZENAMENTO: procedimento referente 
à guarda, em condições adequadas do material 
a ser processado, guardado para contra perícia, 
descartado ou transportado, com vinculação ao 
número do laudo correspondente. 
*DESCARTE: procedimento referente à 
liberação do vestígio, respeitando a legislação 
vigente e, quando pertinente, mediante 
autorização judicial. 
 
RECURSOS 
- O Ministério Público NÃO poderá desistir de 
recurso que haja interposto. 
@resumosdatha_ 
- Salvo a hipótese de má-fé, a parte não será 
prejudicada pela interposição de um recurso 
por outro. 
- O recurso será interposto por petição ou por 
termo nos autos, assinado pelo recorrente ou 
por seu representante. 
- Não serão prejudicados os recursos que, por 
erro, falta ou omissão dos funcionários, não 
tiverem seguimento ou não forem 
apresentados dentro do prazo. 
- A decisão do recurso interposto por um dos 
réus em processo de concurso de agentes, se 
fundado em motivos que não sejam de caráter 
exclusivamente pessoal, aproveitará aos 
outros. 
- O recurso poderá ser interposto pelo MP ou 
querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu 
defensor. NÃO se admitirá recurso da parte 
que não tiver interesse na reforma ou 
modificação da decisão. 
- A regra é que os recursos serão VOLUNTÁRIOS 
(exigem manifestação da parte). 
- EXCEÇÃO: são em casos em que deverão ser 
interpostos, de ofício, pelo Juiz, como da 
sentença que conceder Habeas Corpus ou da 
que absolver desde logo o réu, fundada na 
existência de circunstância que exclua o crime 
ou isente o réu de pena. 
 
- APELAÇÃO: 
- Caberá apelação no prazo de 5 dias. 
- Caberá contra sentença de IMPRONÚNCIA ou 
de absolvição sumária. 
-Caberá em sentenças definitivas de 
condenação u absolvição proferidas por Juiz 
Singular. 
- Caberá em decisões definitivas ou com força 
de definitivas, por Juiz Singular quando não 
couber RESE. 
- Caberá em decisões do Tribunal do Júri 
quando ocorrer nulidade posterior à 
pronúncia; em sentença do juiz-presidente 
contrária à lei ou decisão dos jurados; em erro 
ou injustiça na aplicação da pena ou medida de 
segurança; em decisão dos jurados 
manifestamente contrária à prova dos autos. 
- A apelação da sentença condenatória tem 
EFEITO SUSPENSIVO. 
- As apelações poderão ser interpostas quer em 
relação a todo o julgado ou em relação a parte 
dele. 
- STJ (Súmula 347): o conhecimento de recurso 
de apelação do réu independe de sua prisão. 
- STF (Súmula 705): a renúncia do réu ao direito 
de apelação, manifestada sem a assistência do 
defensor, NÃO impede o conhecimento da 
apelação por este interposta. 
 
- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE): 
- Prazo para interposição é de 5 dias. 
Obs.: quando couber apelação, NÃO se admite 
o RESE, ainda que se recorra apenas de parte 
da decisão. 
- CABIMENTO É DA DECISÃO, DESPACHO OU 
SENTENÇA que: 
*não receber a denúncia ou a queixa; 
*concluir pela incompetência do juízo; 
*julgar procedentes as exceções, salvo a de 
suspeição; 
*pronunciar o réu (de impronúncia cabe 
apelação); 
*conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar 
inidônea a fiança; 
*indeferir requerimento de prisão preventiva 
ou revogá-la; 
*conceder liberdade provisória ou relaxar 
prisão em flagrante; 
@resumosdatha_ 
*denegar a apelação ou a julgar deserta; 
*decretar a prescrição ou julgar, por outro 
modo, extinta a punibilidade; 
*conceder ou negar a ordem de HC; 
*julgar quebrada a fiança ou perdido o seu 
valor; 
*conceder, negar ou revogar a suspensão 
condicional da pena; 
*conceder, negar ou revogar livramento 
condicional; 
*anular o processo da instrução criminal, no 
todo ou em parte; 
*incluir ou excluir jurado da lista; 
*ordenar a suspensão do processo, em virtude 
de questão prejudicial; 
*decidir sobre a unificação de penas; 
*decidir o incidente de falsidade; 
*decretar medida de segurança, depois de 
transitar a sentença em julgado; 
*impuser medida de segurança por 
transgressão de outra; 
*mantiver ou substituir a medida de segurança; 
*revogar a medida de segurança; 
*deixar de revogar a medida de segurança, nos 
casos em que a lei admita; 
*converter a multa em detenção ou em prisão 
simples. 
 
- CARTA TESTEMUNHÁVEL: 
- Caberá da decisão que denegar o recurso ou 
da que, admitindo embora o recurso, obstar à 
sua expedição e seguimento para o juízo ad 
quem. 
- NÃO possui efeito suspensivo. 
Obs.: a carta testemunhável será requerida ao 
escrivão ou ao secretário do tribunal, nas 48h 
seguintes ao despacho que denegar o recurso. 
 
- REVISÃO CRIMINAL: 
- CABIMENTO: 
*em sentença condenatória CONTRÁRIA ao 
texto da lei penal ou à evidência dos autos; 
*em sentença condenatória se fundar em 
depoimentos, exames ou documentos 
comprovadamente falsos; 
*quando, após a sentença, se descobrirem 
novas provas de INOCÊNCIA ou de 
circunstância que determine ou autorize 
diminuição especial da pena. 
- PROCEDIMENTO: 
- A revisão poderá ser requerida em 
QUALQUER TEMPO, antes da extinção da pena 
ou após. 
- A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu 
ou por procurador habilitado ou, no caso de 
morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmão. 
STF (Súmula 393): para requerer revisão 
criminal, o condenado não é obrigado a 
recolher-se à prisão. 
- Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, 
cuja condenação tiver de ser revista, o 
presidente do tribunal nomeará curador para a 
defesa. 
- RESULTADO: 
- Se julgar PROCEDENTE, o tribunal poderá 
alterar a classificação da infração, absolver o 
réu, modificar a pena ou anular o processo. 
Obs.: de qualquer modo NÃO poderá ser 
agravada a pena. 
- Se o interessado o requerer, o tribunal poderá 
reconhecer o direito a uma justa indenização 
elos prejuízos sofridos. 
@resumosdatha_ 
- EMBARGOS: 
- INFRINGENTES E DE NULIDADE: 
*quando não for unânime a decisão de 
segunda instância, desfavorável ao réu. 
*prazo para oposição de 10 dias, contados da 
publicação. 
*INFRINGENTES: sobre o mérito. 
* DE NULIDADE:sobre a forma processual. 
- DE DECLARAÇÃO: 
*opostos aos acórdãos dos Tribunais de 
Apelação, câmaras ou turmas. 
*quando for sentença ambígua, obscura, 
contraditória ou omissa. 
*prazo para oposição de 2 dias, contados da 
publicação. 
 
- HABEAS CORPUS: 
- É um sucedâneo recursal externo. 
- NÃO É UM RECURSO, tratando-se de um meio 
de impugnação de uma decisão judicial. 
- É uma AÇÃO AUTÔNOMA. 
- TIPOS DE HABEAS CORPUAS: 
*REPRESSIVO: é o liberatório, ou seja, a pessoa 
já se encontra presa sendo seu objetivo soltá-
la. E terminadas as diligências e interrogado o 
paciente, o juiz decidirá em 24h. Se a decisão 
for favorável, ele será posto em liberdade 
imediatamente, salvo se por outro motivo 
dever ser mantido em prisão. 
*PREVENTIVO: a pessoa não está presa, mas se 
acha ameaçada de ter seu direito tolhido. Para 
que a ação seja possível, é preciso que esse 
risco seja CONCRETO. 
 
 
- SUJEITOS: 
*IMPETRANTE: trata-se da pessoa (pode ser 
pessoa jurídica), que ajuíza a ação em favor de 
alguém ou dela mesma. Não se exige 
capacidade postulatória, QUALQUER PESSOA 
pode impetrar. 
*PACIENTE: é a pessoa (sempre pessoa física), 
que está tendo sua liberdade de locomoção 
violada. 
*COATOR: é contra quem se impetra a ação. 
Obs.: os juízes e tribunais NÃO impetram 
habeas corpus, mas podem concedê-los de 
ofício. 
- CABIMENTO: 
- São casos em que se considera ILEGAL a 
privação de liberdade de locomoção: 
*não houver justa causa; 
*quando alguém estive preso por mais tempo 
do que determina a lei; 
*quando quem ordenar a coação não tiver 
competência para fazê-lo; 
*quando houver cessado o motivo que 
autorizou a coação; 
*quando não for alguém admitido a prestar 
fiança, nos casos em que a lei autoriza; 
*quando o processo for manifestamente nulo; 
*quando extinta a punibilidade. 
 
NULIDADES 
- NENHUM ato será declarado nulo, se da 
nulidade não resultar prejuízo para a acusação 
ou para a defesa. 
Obs.: a nulidade de um ato, uma vez 
declarada, causará a dos atos que dele 
diretamente dependam ou sejam 
consequência. 
@resumosdatha_ 
 
- SÃO HIPÓTESES: 
*incompetência (só anula atos decisórios); 
*suspeição; 
*suborno do juiz; 
*ilegitimidade da parte; 
*omissão de formalidade essencial do ato. 
- IMPORTANTE: 
*nenhuma das partes poderá arguir nulidade a 
que haja dado causa, ou para que tenha 
concorrido, ou referente a formalidade cuja 
observância só à parte contrária interesse. 
*não será declarada nulidade do ato 
processual que não houver influído na 
apuração da verdade substancial ou na decisão 
da causa. 
*a falta ou a nulidade da citação, da intimação 
ou da notificação estará sanada, desde que o 
interessado compareça, antes de o ato 
consumar-se, embora declare que o faz para o 
único fim de argui-la. 
*as omissões da denúncia ou da queixa, da 
representação, ou, nos processos das 
contravenções penais, da portaria ou do auto 
de prisão em flagrante, poderão ser supridas a 
todo o tempo, antes da sentença final. 
 
- Súmula 155: é relativa a nulidade do processo 
criminal por falta de intimação da expedição 
de precatória para inquirição de testemunha. 
-Súmula 156: é absoluta a nulidade do 
julgamento, pelo júri, por falta de quesito 
obrigatório. 
- Súmula 162: é absoluta a nulidade do 
julgamento pelo júri, quando os quesitos da 
defesa não precedem aos das circunstâncias 
agravantes. 
- Súmula 206: é nulo o julgamento ulterior pelo 
júri com a participação de jurado que 
funcionou em julgamento anterior do mesmo 
processo. 
- Súmula 351: é nula a citação por edital de réu 
preso na mesma unidade da Federação em 
que o Juiz exerce a sua jurisdição. 
- Súmula 523: no processo penal, a falta da 
defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua 
deficiência só o anulará se houver prova de 
prejuízo para o réu. 
- Súmula 706: é relativa a nulidade decorrente 
da inobservância da competência penal por 
prevenção. 
- Súmula 708: é nulo o julgamento da apelação 
se, após a manifestação nos autos da renúncia 
do único defensor, o réu não foi previamente 
intimado para constituir outro. 
 
SUJEITOS DO PROCESSO PENAL 
-ESSENCIAIS: 
*Juiz 
*Ministério Público / Querelente 
*Acusado e seu Defensor 
-ACESSÓRIOS: 
*Assistente de Acusação 
*Peritos 
*Entre outros 
 
-JUIZ: 
*Impedimento: são hipóteses em que ensejam 
a incapacidade ABSOLUTA do juiz de participar 
do processo. Trata-se de um rol TAXATIVO. 
Ocorrendo uma das situações o juiz DEVE se 
declarar impedido, mas se não o fizer, as partes 
podem argui-la. 
@resumosdatha_ 
*Suspeição: são hipóteses SUBJETIVAS, que 
podem ser que afetem a imparcialidade do juiz. 
Nestes casos o juiz PODE se declarar suspeito 
(não é uma obrigação), e não o fazendo, as 
partes podem argui-la. 
-Obs.: A suspeição não poderá ser declarada 
nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz 
OU de propósito der motivo para criá-la. 
 
- CASOS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO: 
-IMPEDIMENTO: 
*Ele próprio ou seu cônjuge ou parente até o 
terceiro grau, inclusive, for parte ou 
diretamente interessado no feito. 
*Nos juízos coletivos não poderão servir no 
mesmo processo os juízes que forem entre si 
parentes até o 3o grau, inclusive. 
*Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, como 
defensor ou advogado, órgão do MP, 
autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito. 
*Ele próprio houver desempenhado qualquer 
dessas funções ou servido como testemunha. 
*Tiver funcionado como juiz de outra instância, 
pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a 
questão. 
-SUSPEIÇÃO 
*Se ele, seu cônjuge, ascendente ou 
descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso 
haja controvérsia. 
*Se ele, seu cônjuge, ou parente até o terceiro 
grau, inclusive, sustentar demanda ou 
responder a processo que tenha de ser julgado 
por qualquer das partes. 
*Se for amigo íntimo ou inimigo capital de 
qualquer deles. 
*Se tiver aconselhado qualquer das partes. 
*Se for credor ou devedor, tutor ou curador, de 
qualquer das partes. 
*Se for sócio, acionista ou administrador de 
sociedade interessada no processo. 
-Obs.: Nesses casos, a suspeição ou 
impedimento cessará pela dissolução do 
casamento, SALVO sobrevindo descendentes, 
mas, ainda que dissolvido o casamento sem 
descendentes, não funcionará como juiz o 
sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou 
enteado de quem for parte no processo. 
 
-MINISTÉRIO PÚBLICO: 
*Irá Promover, privativamente, a AÇÃO PENAL 
PÚBLICA e Fiscalizar a execução da lei. 
*Sobre o Impedimento e Suspeição, aplica-se 
os mesmos casos dos juízes e também quando 
o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, 
ou parente até o terceiro grau, inclusive. 
-STJ (Súmula 234): A participação de membro 
do MP na fase investigatória criminal não 
acarreta o seu impedimento ou suspeição para 
o oferecimento da denúncia. 
 
-ACUSADO: 
*Pessoa Jurídica pode figurar no polo passivo; 
atualmente STF entende que apenas em crimes 
ambientais. 
*Se o acusado não atender à intimação para o 
interrogatório, reconhecimento ou qualquer 
outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, 
a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua 
presença. 
-DEFENSOR: 
*A participação do defensor é obrigatória, pois 
nenhum acusado será processado ou julgado 
sem quem o defenda. 
-STF (Súmula 523): No processo penal, a falta 
da defesa constitui nulidade ABSOLUTA, MAS 
@resumosdatha_ 
a sua deficiência só o anulará se houver prova 
de prejuízo para o réu. 
*Defensor não poderá abandonar o processo, 
salvo motivo imperioso, previamente 
comunicado ao Juiz. 
*Se o defensor não comparecer, a audiência 
poderá ser adiada, desde que ausência 
justificada; e caso não justifique, o Juiz NÃO 
adiará ato algum e nomeará defensor 
substituto, ainda que provisoriamentepara 
determinado ato. 
-STF (HC 165534/2019): A ausência de 
defensor, devidamente intimado, à sessão de 
julgamento não implica, por si só, nulidade 
processual. 
-TIPOS DE DEFENSOR: 
*Autodefesa: próprio acusado se defende. Para 
tanto precisa estar devidamente habilitado 
*Constituído: é necessário apresentar 
procuração, salvo se nomeado no 
interrogatório. 
*Dativo: quando o juiz nomeia; não poderá 
recusar nomeação salvo motivo relevante; 
acusado pode, A QUALQUER TEMPO, nomear 
defensor ou defender-se; se não for pobre, o 
acusado DEVERÁ pagar honorários arbitrados 
pelo Juiz. 
*Defensoria Pública: manifestamente pobres. 
 
-ASSISTENTES DE ACUSAÇÃO: 
*Trata-se do ofendido ou seu representante 
legal, que, em uma AÇÃO PÚBLICA pode assistir 
o MP. 
*Para atuar ele deve estar assistido por 
advogado ou defensor público. 
*Poderá ser admitido em qualquer fase, 
enquanto não passar em julgado a sentença, 
ouvido previamente o MP. 
*A atuação do assistente se dá por meio de 
Propor meios de provas; Requerer perguntas 
às testemunhas; Aditar os articulados; 
Participar do debate oral; Arrazoar recursos 
interpostos pelo MP e por ele mesmo. 
 
-PERITOS E INTÉRPRETES: 
*Peritos e Intérpretes são equiparados e devem 
ser IMPARCIAIS, portanto são aplicáveis a eles 
as mesmas regras de impedimento e suspeição 
dos juízes. 
*Quem nomeia perito é o juiz, sendo que as 
partes não intervêm. 
*Perito não poderá recusar nomeação, sob 
pena de multa, salvo motivo relevante. 
*Pode condução coercitiva de perito, no caso 
de não comparecimento sem justa causa. 
-Obs.: NÃO PODEM SER PERITOS: Quem 
prestou depoimento ou opinou anteriormente 
sobre o objeto da perícia; Analfabetos e 
menores de 21 (essa é a literalidade; hoje a 
regra é 18). 
 
- DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA: 
*As prescrições sobre suspeição dos juízes 
ESTENDEM-SE aos serventuários e 
funcionários da justiça, no que Ihes for 
aplicável. 
 
 
 
Anotações: 
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________
_______________________________________

Mais conteúdos dessa disciplina