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EDUCAÇÃO ESPECIAL SOBRE O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR
Thais Volante Bortolani[footnoteRef:1] [1: Graduação em Licenciatura Plena em Geografia e Letras (Português/Inglês) pela Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal-SP e Pedagogia pela Universidade Paulista-UNIP, especialização em Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Especial com ênfase em Deficiência Intelectual, Faculdade de Educação São Luís de Jaboticabal-SP. E-mail do autor: tvolante@hotmail.com.] 
Resumo
O presente trabalho em educação especial tem como finalidade de apresentar uma abordagem histórica, marcada por avanços e retrocessos, do passado até o presente, da inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais. Analisaremos as partes legais que amparam os portadores de necessidades especiais, tanto na parte educacional quanto na perspectiva da inclusão. O trabalho tem como intuito de propor uma educação de qualidade para com todos com melhorias no processo educativo com proposito de reorganizar o sistema e ensino brasileiro. 
Palavras-chave: Educação Especial, Escola, Inclusão.
1. Introdução
O interesse pelo tema surgiu a partir do contato direto com a Educação Especial, que a partir daí a necessidade de um melhoramento do atendimento e da inclusão dessas pessoas, mostrando a realidade e abrangendo situações encaradas pela Educação. Diante desse contexto, abordaremos as problemáticas da educação especial no processo de ensino-aprendizagem.
2. Desenvolvimento – Inclusão, uma breve perspectiva histórica.
Segundo BRITO (2015) “O autismo é uma síndrome complexa que afeta três importantes áreas do desenvolvimento humano que é a comunicação, a socialização e o comportamento. Ainda não se sabe ao certo, nem se há cura, até o presente momento apresenta apenas tratamento. Porém, há um consenso Mundial de que quanto antes for diagnosticada e tratada, melhores são as possibilidades de maior qualidade de vida da pessoa diagnosticada como autista”.
Os deficientes antigamente eram marcados pela exclusão, trazendo consigo a rejeição, pois eram consideradas pessoas fora dos “padrões normais” perante a sociedade. Os alunos com deficiência mental visível ou não, em sua maioria continuaram sendo segregados. As instituições residenciais e as escolas especiais permaneceriam sendo as indicadas para colocar alunos cegos, surdos ou com deficiência física. Os alunos com déficits de desenvolvimento em geral não tinham nenhum tipo de atividade educacional disponível e ficavam quase sempre nos fundos das grandes instituições do Estado.
3. A Inclusão Escolar
“[...] a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais, além de ter se configurado como um direito trata-se, naturalmente, da efetivação de um processo educativo no seu mais alto grau de humanização”. (SANTOS; FONSECA, 2011, p. 9)	
Segundo DUPIN E SILVA ( 2020) a Inclusão Escolar depende, antes de tudo de um reconhecimento humilde por parte da escola e da sociedade, sendo como fundamental a necessidade de educar a si para lidar com a diferença e elaborar métodos, técnicas e estratégias de ação.
“A inclusão escolar impõe uma escola em que todos os alunos estão inseridos sem quaisquer condições pelas quais possam ser limitados em seu direito de participar ativamente do processo escolar, segundo suas capacidades, e sem que nenhuma delas possa ser motivo para uma diferenciação que os excluirá das suas turmas”. (ROPOLI, 2010, p. 8-9).
Segundo ROPOLI (2010), a escola das diferenças é a escola na perspectiva inclusiva, e sua pedagogia tem como mote questionar, colocar em dúvida, contrapor-se, discutir e reconstruir as práticas.
“Nas escolas inclusivas, a qualidade do ensino não se confunde com o que é ministrado nas escolas-padrão, consideradas como as que melhor conseguem expressar um ideal pedagógico inquestionável, medido e definido objetivamente e que se apresentam como modelo a ser seguido e aplicado em qualquer contexto escolar. As escolas-padrão cabem na mesma lógica que define as escolas dos diferentes, em que as iniciativas para melhorar o ensino continuam elegendo algumas escolas e valorando-as positivamente, em detrimento de outras. Cada escola é única e precisa ser, como os seus alunos, reconhecida e valorizada nas suas diferenças” (ROPOLI, 2010, p. 10).
“Embora a escola não seja independente de seu sistema de ensino, ela pode se articular e interagir com autonomia como parte desse sistema que a sustenta, tomando decisões próprias relativas às particularidades de seu estabelecimento de ensino e da sua comunidade. Entretanto, mesmo outorgada por lei, a autonomia escolar é construída aos poucos e cotidianamente. Do ponto de vista cultural e educacional, encontram-se poucas experiências de construção da autonomia e do cultivo de hábitos democráticos. (ROPOLI, 2010, p. 13).
“Os professores constroem a democracia no cotidiano escolar por meio de pequenos detalhes da organização da prática pedagógica. Nesse sentido, fazem a diferença: o modo de trabalhar os conteúdos com os alunos; a forma de sugerir a realização de atividades na sala de aula; o controle disciplinar; a interação dos alunos nas tarefas escolares; a sistematização do AEE no contra turno; a divisão do horário; a forma de planejar com os alunos; a avaliação da execução das atividades de forma interativa”. (ROPOLI, 2010, p. 13)
4. Conclusão
A inclusão escolar tem se demonstrado crucial para que as crianças e os adolescentes desenvolvam habilidades e competências a serem aplicadas ao longo de toda a sua existência, sendo assim, é indispensável assegurar à criança o acesso à escola desde a Educação Infantil. 
É necessário entender os princípios de cada abordagem por meio do entendimento profundo de nosso aluno - sua identidade para além da condição que manifesta. Com isso, a garantia de acesso, participação e aprendizagem de todos os alunos nas escolas contribuem para a construção de uma nova cultura de valorização das diferenças.
As mudanças não ocorrem apenas através da introdução de diferentes métodos de ensino. Dependem da descrição dos professores sobre o que lhes acontece durante a experiência educativa inclusiva que pretendem viver.
É do conhecimento de todos que a cada etapa surgem oportunidades inéditas e incertezas adicionais - algo intrínseco ao desenvolvimento do conhecimento e da instrução, do zelo e da educação. Por conseguinte, confiamos que este exemplar tenha auxiliado na consolidação de certezas e, principalmente, provocado novos questionamentos que nos incentivem a buscar soluções e métodos revolucionários.
 
Referências
BRITO, E. R de. A Inclusão do autista a partir da educação infantil: um estudo de caso em uma pré-escola e em uma escola pública no município de Sinop - Mato Grosso, 2015. p.10
DUPIN, A. A. da S. Q.; SILVA, M. O. da. Educação Especial e a legislação brasileira: revisão de literatura. Scientia Vitae | Vol. 10 | nO 29 | jul/set. 2020.
PEREIRA, L. M. Educação para todos sob a ótica da inclusão escolar exigências e diretrizes. Disponível em https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/fabiana-souza-araujoeducacao-para-todos-sob-otica-inclusao-escolar-exigencias-diretrizes.htm. Acessado em: 09/02/2024 às 13h45min.
RODRIGUIES, H. D. C.; FERREIRA, C. W. da. S. Educação Especial Inclusiva: um estudo bibliográfico sobre o processo de inclusão de alunos. Texto inserido no site Revista Científica Semana Acadêmica. ISSN 2236-6717 em 11/01/2017.
ROPOLI, E. A. A Educação especial na perspectiva na inclusão escolar:a escola comum inclusiva/ Edilene Aparecida Ropoli ... [et.al.]. - Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial ; [Fortaleza] : Universidade Federal do Ceará, 2010.
SANTOS, J. C. dos S.; FONSECA F, A Educação especial e seus desafios. São Cristovão – SE. 2011, p. 12.

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