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Tratamento Fisioterapêutico em Neurologia

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA 
Fisioterapia em Neurologia 2021.2 Prof: Elen Beatriz Pinto - Avaliação II 
 DISCENTES: MARIA CAROLINA DO NASCIMENTO SODRÉ E THAÍSA MIRELLA RIBEIRO 
 
1.O Sr. João Silva, com 28 anos de idade, universitário, sofreu TCE, sequela de acidente com 
motocicleta, retornou para casa após dois meses hospitalizado, em cadeira de rodas. Não apresenta 
problemas de planejamento das atividades, está consciente dos seus problemas físicos, não 
compreendendo totalmente o impacto destes problemas na sua vida. 
a. Qual o possível nível cognitivo, segundo a escala de cognição do Rancho Los Amigos? 
NÍVEL 7, é o nível que segundo a escala do Rancho Los Amigos, o paciente, apesar de ainda não ter consciência 
dos seus déficits cognitovos já passa a ter noção do déficit físico, ele consegue retomar aos poucos e colaborar com 
as atividades. 
 
b. Relacione os possíveis comprometimentos neuromotores e músculoesqueléticos que ele pode 
apresentar (DUAS HIPOTESES DE CADA) 
Possíveis problemas músculoesqueléticos: perda do controle motor seletivo das reações de endreitamento e pode 
apresentar tônus anormal. 
Problemas neuromotores podem ser hipertonia muscular rígida que leva a um outro problema que é a calcificação 
heterotópica, e sinergismo muscular, onde o individuo não consegue realizar movimentos que não seja em bloco. 
 
c- Com suas palavras, considerando a cognição atual, quais os objetivos do tratamento 
fisioterapêutico com esse paciente a curto (hoje) e médio prazo. 
Considerando a cognição no nível 7, os objetivos a curto prazo incluem ainda o ganho de confiança 
e atenção do paciente para que ele colabore e participe do tratamento, uma vez que ainda não tem 
consciÊncia do déficit congnitivo. A médio prazo, o objetivo é intensificar o treino das atividades de 
vida diária focando nas dificuldades apresentadas, também tem o objetivo de melhorar a postura e 
estímular as reações de equilíbrio, tudo isso visando uma uma maior autonomia para o paciente. 
 
2. No exame neurológico e neurofuncional em indivíduos com comprometimento do SNC, é preciso 
identificar e diferenciar a origem da lesão, que pode ser no encéfalo e/ou na medula. Ainda que 
alguns sinais e sintomas sejam comuns às duas situações, leia a lista abaixo e circule apenas os 
sintomas que aparecem em lesões medulares completa. 
 
Espasticidade 
Rigidez 
Dismetria 
Sem contato com o meio. 
Hiporreflexia 
Paraplegia/ tetraplegia ( ou paresia) 
Tremor Cinético 
Clônus 
Hipersensibilidade 
Convulsões 
Discinesias 
Disfagia 
Disartrofonia 
Babinski positivo 
Hiperreflexia 
Intestino e Bexiga neuropática 
Anestesia 
Coréia 
Lentificação no processamento sensorial 
Hemiplegia 
 
3. Há dois meses, após acidente em um ônibus, dois passageiros ficaram hospitalizados. Retornando 
para casa, apesar do prognostico funcional ser limitado, eles estão bastante motivados para iniciar o 
tratamento no centro de reabilitação. 
Paciente 1- sofreu uma lesão espinhal traumática completa no nível C8 
Paciente 2- sofreu uma lesão espinhal traumática completa no nível L2 
Para elaborar um programa de tratamento para eles a seguintes informações são necessárias: 
Pode ser feito em forma de quadro comparativo 
a. Qual a classificação de acordo com a ASIA? 
C8: Tetraplégico segundo a ASIA, mas pelo nível de lesão pode se comportar como paraplégico, o que permite 
maior independÊncia. 
L2: Paraplégico 
- Quais os sintomas sensitivos-motores apresentados neste nível de lesão, 
C8: Hiperreflexia, Hipertonia/Espasticidade, plegia , atrofia ou hipotrofia, desreflexia autônomica 
simpática(bexiga e intestino hiperreflexo ), ereção reflexa. 
L2:Hiperreflexia, Hipertonia/Espasticidade, plegia , atrofia ou hipotrofia, bexiga e intenstino arreflexo, sem 
ereção(nem mesmo reflexa) 
 
- Qual o prognóstico funcional esperado para pacientes com esse nível de lesão? 
 O possível prognóstico de um paciente com lesão em C8 que é tetraplégico, mas pode se comportar como para, 
tem potencial de reabilitação com uso de cadeira de rodas adaptada, se torna independente nas atividades de vida 
diária com adaptações como altura de móveis e rampa de acesso, é independente em tranferências e pode dirigir 
carro manual, uma vez que o tríceps, músculo fundamental para transferência consegue ser fortalecido. 
O possível prognóstico de um paciente com lesão em L2 que é paraplégico e apresenta boa estabilidade pélvica, 
deve-se fazer uso de órtese longa bilateral com muletas em que realiza marcha para curtas e médias distâncias com 
grande gasto energético. 
 
 
b. Cite 2 complicações musculoesqueléticas, 2 tegumentares e 2 geniturinárias possíveis neste caso. 
Complicações musculoesqueléticas: Osteoporose, devido a um declínico na densidade mineral óssea, e 
calcificação heterotópica devido a um quadro de hipertonia rígida. 
Complicações tegumentares: Escara e Necrose, devido a uma alteração vasomotora que leva a uma perda 
da sensibilidade. 
Complicações genituririnárias: Fecaloma e infeccção urinária. 
 
 
c. Qual o tipo de bexiga ou intestino neuropático que esses pacientes vão apresentar e quais as 
orientações fundamentais para facilitar a vida do paciente e evitar complicações? 
C8: Bexiga e intestino hiperativos. A orientação é treino esfincteriano e que o indivíduo 
adquira a consciência corporal e de não prender as fezes nem a urina, uma vez que quando a 
bexiga e intestino ficam cheios há um estiramento dessa musculatura lisa e esse estiramento 
leva a um aumento na respsota simpática, que aumenta a hipertensão arterial reflexa e 
consequente bexiga e intestino hiperativos. 
L2: bexiga e intestino hipoativos. Deve ser feito exercícios para fortalecimento pélvico. 
 
d. Nestes níveis de lesão é possível apresentar a sintomatologia da disreflexia autonômica? Por 
quê? Quais os estímulos podem ser desencadeantes para esse problema? 
Apenas no nível C8, por que só acomentem indivíduos com lesão acima de T6 e são indivíduos que apresentam 
hipertonia e hiperreflexia. 
4. Em uma clínica de fisioterapia uma paciente apresenta dificuldade no controle postural e na 
coordenação dos movimentos. No laudo do exame de imagem se ler: lesões desminielizantes no 
cerebelo por processo degenerativo auto-imune. 
a. Qual a provável etiologia neste caso? 
 Doença autoimune com etiologia idiopática, no entanto, existem hipóteses que falam de aspectos genéticos e 
ambientais que juntos podem potencializar essa falha autoimune. 
 
b. Relacione os sintomas encontrados neste quadro de ataxia e exemplifique as dificuldades 
funcionais decorrentes destes. 
Nessa ataxia, tem-se uma desarmonia na atividade muscular voluntária,alteração na marcha, 
direção, volocidade, ritmo, ainda pode apresentar tremores ao realizar o movimento, o que 
chamamos de DISCINERGIA, ou seja, tem um distúrbio de tônus, fraqueza, hipotonia. As 
dificulfades funcionais do atáxico são: distúrbios do tônus muscular/ fraqueza e fadiga 
/disturbios da postura e equilibrio. 
 
c. Esclareça qual o prognóstico, justificando sua resposta com a fisiopatologia e características 
evolutivas da doença. 
 
- A evolução mais comum se apresenta com surtos e remissões alternadas de duração e frequência variável e manual (não 
benigna). O agravamento é lento e progressivo das incapacidades devido ás recidivas e quanto mais longo o período de 
surgimento de novos sintomas após o inicio da doença, maior probabilidade de andamento benigno, com um melhor 
prognóstico. Porém, se for a forma crônica e progressiva o prognóstico é pior, acometendo cerca de 10% dos casos desta 
patologia.se 
 
5. Nesta mesma clínica, a equipe multi que você trabalha propões discutir um quadro suspeito de 
Polineuropatia Desmielinizante Aguda. Sabemos que o paciente pode apresentar toda a estrutura 
musculoesquelética comprometida, inclusive facial. Organize seu conhecimento a respeito, 
preparando-se para participar da discussão deste caso: 
a. Descreva a característicada instalação do quadro sindrômico e possível prognóstico funcional 
neste caso. 
A instalação do quadro é de distal para proximal, ou seja, os primeiros sintomas aparecem nos membros para a 
face, o último a se alterar é o tronco. A instalação é sempre simétrica, nunca é um lado só. A maioria dos casos 
referem a antecedentes de moléstia inflamatória aguda acometem ambos os sexos- pico 20 e 50 anos. 
 
b. Quais os objetivos do tratamento fisioterapêutico com este paciente, de acordo com a evolução 
do quadro. 
O tratamento fisioterapêutico é imprescindível para o controle e reversão do déficit motor. Na fase 
aguda, que o indivíduo ainda está em processo de desmielinização, com os membros 
comprometidos e dificudade respiratória, o objetivo fisioterapêutico é manter uma boa perfusão 
pulmonar, evitar infeccção respiratória, manter a circulação periférica e tratar a dor. 
Na fase sub-aguda, quando a desmielinização já estabilizou e há respostas de remielinização, o 
tônus e a função respiratória já começa a apresentar melhora, então, deve trabalhar com objetivo de 
preservar a função respiratória(através de exercicios assistidos). Assim como preservar a amplitude 
articular de forma assistida, ou seja, tem o objetivo de reconstrução motora. Deve-se levar em conta 
o trabalho motivacional do profissional no sentido de fazer o paciente entender que seu quadro não 
é permanente. 
 
6. “A ELA é uma patologia neurodegenerativa progressiva que afeta de forma seletiva as fibras 
descendentes do cérebro humano, responsáveis por transmitir os impulsos que controlam os 
movimentos voluntários”. 
a. O que o autor quer dizer com esta afirmação quanto às estruturas envolvidas, quanto a evolução 
desta patologia, os sintomas característicos do quadro, determinantes do diagnostico diferencial e 
prognóstico da doença? (2,0) 
Ocorre uma degeneração da porção lateral da medula (região latero-anterior), ou seja 
comprometimento dos neurônios motores. Por isso é também conhecida como doença do 
neurônio motor. O paciente com ELA tem comprometimento de ambos os neurônios (n.motor 
superior e n.motor inferior), geralmente começa pelo n.m.inferior. A disfunção do n.m.superior 
tem uma fraqueza pela falta da ativação do córtex, hipereflexia (compromete controle sob a 
medula), e reflexos como sinal de babinsk. Já a disfunção no neurônio motor inferior é 
representada pela fraqueza verdadeira (por não inervação ), fasciculação (abalos quando 
individuo realiza a contração). O diagnóstico é realizado por exclusão e o aspecto não caracteriza 
ela é: comprometimento sensitivo, comprometimento cognitivo (por ser um neurônio motor), 
função de bexiga, intestino e cardíaca (por serem funções autonômicas). O pior prognóstico é 
quando tem alteração bulbar, pois tem relação com sistemas importantes como controle do 
sistema respiratório. 
 
b. Quais os objetivos na abordagem fisioterapêutica em pacientes com diagnóstico de doença 
degenerativa, com perdas funcionais progressivas e fatais. Max 15 linhas (2,0) 
Tem o objetivo de avaliar as habilidades e tentar preserva-las e impedir deformidades( 
porque pode ocorrer perda não só pela degeneração, mas também pelo desuso) para assim 
dar uma qualidade de sobrevida, uma vez que a expectativa de vida de pacientes com esse 
diagnóstico é baixa. Além disso, tem o objetivo de manter a saúde respiratória, que em fase 
avançada pode levar ao comprometimento cardíaco , como de outras funções autonômicas. 
 
7. Identifique P.F.C. / P.F.P. 
a) Homolateral a lesão P.F.P b) Sinal de Bell P.F.P 
c) Assimetria apenas no quadrante inferior P.F.C d) Logafitalmo P.F.P 
e) Contralateral a lesão P.F.C f) Lesão corticonuclear P.F.C 
g) Lesão do N.M. Superior P.F.C h) Acomete toda hemiface. P.F.P 
i) A frigore P.F.P j) Não assobia P. F. C e P.F.C

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