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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
CURSO DE DIREITO
ALUNA: Geyse do Espírito Santo Rezende
Resenha 1 e 2
O racismo, tema central do texto, é abordado como um tema reprimido, o qual é tratado com desinteresse e desdém pela maioria das pessoas, justamente aquelas que estão em posição privilegiada dentro da sociedade. Muitos estudos científicos são desenvolvidos sobre essa problemática que ainda assola a humanidade, porém, de nada adiantam se não vierem munidos de uma explicação igualmente importante, principalmente sobre dados relevantes acerca do racismo, o que ele é, como surge, quem são os principais afetados e de que forma isso poderia ser extinto. 
O racismo está presente dentro de todas as esferas sociais, dentro de espaços públicos e privados, relações interpessoais e até mesmo familiares. Inclusive, é preocupante a forma como muitas vezes o racismo é e abordado. Vemos notícias sensacionalistas se espalharem como o vento em redes sociais, onde recorrentemente o homem negro é taxado de bandido, seja qual for o motivo do delito, em comparativo a ‘diminuição’ do crime do outro, dependendo de sua cor e classe social. Ao abordar esse assunto, recordei-me de um post publicado recentemente no Instagram, como pode ser visto na figura ao lado; o mesmo trata de uma realidade que dói ao ser lida, é inegável a presença do racismo no nosso meio.
Ainda se tratando desse contexto, trago o comparativo entre duas notícias; a primeira foi divulgada no site G1 e tem por título “Homem preso após roubar comida em Salvador se emociona: 'Estou desesperado, morrendo de fome'”, que fala sobre um homem negro que foi preso por roubar comida por estar com fome, sendo este homem negro, adulto, casado e com esposa gestante. A segunda notícia tem por título “Estudante da USP confessa golpe, mas responderá em liberdade, afirma delegada” divulgada no site CNN Brasil, que fala de uma jovem branca, estudante do curso de medicina, que desviou de cerca de R$ 937 mil reais e responderá em liberdade. Ao compararmos as duas notícias, vem mais uma vez a sensação de impunidade. A injustiça é praticada recorrentemente, como num ciclo vicioso. 
Comumente vemos que as classes sociais são confundidas com renda ou economia, desta forma, há muito destaque aos que já nascem com uma condição financeira superior à maioria, e infelizmente, a injustiça vem de berço, já vem ao nascimento. Muitas crianças desfavorecidas não tem a oportunidade de crescer, de ter uma melhor moradia, de ter uma educação adequada ou até mesmo condições básicas de saúde e sobrevivência. Diante de tantas situações que se repetem ao longo dos anos, o que é visto para modificar essa realidade opressora? Será que os grupos oprimidos têm o seu lugar de fala? Será que eles estão sendo ouvidos ou será que os debates são apenas meras formalidades?
Todos nós já nascemos dentro de um contexto inundado de práticas racistas e tudo cada pequena conquista para que essas práticas sejam eliminadas é um grande passo em direção a um futuro mais igualitário. Existem necessidades individuais que são diminuídas por pessoas que acreditam estarem em posição de fala por ter a mesma cor da pele ou por já ter vivido um momento de dificuldade na vida.
Ao ler o trecho que dá destaque ao “lugar de fala”, me recordo de uma situação vivida por mim mesma em 2022, quando fui aprovada em um concurso público e me foi negada a vaga reservada para pretos e pardos, mesmo eu me identificando como parda, tendo traços da raça e tendo toda uma história familiar, bem como a carga genética. Ao partilhar parte dessa história aqui nesse texto, também me recordo do sentimento de impotência, por saber de minhas lutas, por relembrar tudo o que passei, e mesmo assim ter minha fala silenciada com o argumento de que não tinha traços negroides suficientes para me enquadrar como tal. O racismo vem velado de várias formas e o lugar de fala, de fato, é de quem vive essas dores. 
REFERÊNCIAS
Homem preso após roubar comida em Salvador se emociona: 'Estou desesperado, morrendo de fome'. Acesso em: 24/01/2023. https://g1.globo.com/profissao-reporter/noticia/2022/07/15/homem-preso-apos-roubar-comida-em-salvador-se-emociona-estou-desesperado-morrendo-de-fome.ghtml 
Estudante da USP confessa golpe, mas responderá em liberdade, afirma delegada. Acesso em: 24/01/2023. https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/estudante-da-usp-confessa-golpe-mas-respondera-em-liberdade-afirma-delegada/ 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
 
CURSO DE DIREITO
 
 
 
ALUNA: Geyse do Espírito Santo Rezende
 
 
Resenha
 
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O racismo, tema central do texto, é abordado como um tema reprimido
, o qual é 
tratado com desinteresse e 
desdém pela maioria 
das pessoas, justamente 
aquelas que estão 
em posição privilegiada dentro da sociedade.
 
Muitos estudos científicos são 
desenvolvidos 
sobre essa problemática que ainda assola a humanidade, porém, de nada 
adiantam se não vierem munidos de uma explicação 
igualmente importante
, 
principalmente sobre dados relevantes acerca do racismo, o que ele é, como surge, quem 
são os principais afetados e de que forma isso poderia ser extinto. 
 
O racismo está presente dentro de todas as esferas sociais, dentro de espaços 
públicos e privados
, relações interpessoais e 
até mesmo familiares. 
Inclusive, é preocupante 
a forma como muitas vezes o racismo é e 
abordado. 
Vemos notícias sensacionalistas se 
espalharem como o vento em redes sociais, 
onde recorrentemente o homem negro é taxado 
de bandido,
 
seja qual for o motivo do delito, em 
comparativo a ‘diminuição’ do crime do outro, 
dependendo de sua cor e classe social. Ao 
abordar esse assunto, recordei
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me de um post 
publicado recentemente no Instagram, como 
pode ser visto na figura ao lado; o mesmo t
rata 
de uma realidade que dói ao ser lida, é inegável 
a presença do racismo no nosso meio.
 
Ainda se tratando desse contexto, trago 
o comparativo entre duas notícias; a primeira 
foi divulgada no site G1 e tem por título “
Homem preso após roubar comida em 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
CURSO DE DIREITO 
 
 
ALUNA: Geyse do Espírito Santo Rezende 
 
Resenha 1 e 2 
 
O racismo, tema central do texto, é abordado como um tema reprimido, o qual é 
tratado com desinteresse e desdém pela maioria das pessoas, justamente aquelas que estão 
em posição privilegiada dentro da sociedade. Muitos estudos científicos são 
desenvolvidos sobre essa problemática que ainda assola a humanidade, porém, de nada 
adiantam se não vierem munidos de uma explicação igualmente importante, 
principalmente sobre dados relevantes acerca do racismo, o que ele é, como surge, quem 
são os principais afetados e de que forma isso poderia ser extinto. 
O racismo está presente dentro de todas as esferas sociais, dentro de espaços 
públicos e privados, relações interpessoais e 
até mesmo familiares. Inclusive, é preocupante 
a forma como muitas vezes o racismo é e 
abordado. Vemos notícias sensacionalistas se 
espalharem como o vento em redes sociais, 
onde recorrentemente o homem negro é taxado 
de bandido, seja qual for o motivo do delito, em 
comparativo a ‘diminuição’ do crime do outro, 
dependendo de sua cor e classe social. Ao 
abordar esse assunto, recordei-me de um post 
publicado recentemente no Instagram, como 
pode ser visto na figura ao lado; o mesmo trata 
de uma realidade que dói ao ser lida, é inegável 
a presença do racismo no nosso meio. 
Ainda se tratando desse contexto, trago 
o comparativo entre duas notícias; a primeira 
foi divulgada no site G1 e tem por título “Homem preso após roubar comida em

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