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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE MEDIDAS DE ACURÁCIA DIAGNÓSTICA & CONSTRUÇÃO DA CURVA ROC Aracaju 2022 Aluna: Geyse do Espírito Santo Rezende Professora: Drª Andrea Monteiro Correia Medeiros Disciplina: Tópicos Especiais em Ciências Da Saúde Organização da apresentação Medidas de Acurácia Sensibilidade Especificidade Razão de verossimilhança Curva ROC Artigo 1 Artigo 2 Valor Preditivo MEDIDAS DE ACURÁCIA Conceitos Medidas de Acurácia É a forma de se obter os indicadores Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de verossimilhança positiva e negativa. O resultado do teste será comparado ao resultado de outro teste considerado padrão de referência. O ponto de corte do instrumento e o seu poder em discriminar pessoas com e sem o desfecho serão obtidos por meio da curva ROC. Pernambuco et al., 2017 MEDIDAS DE ACURÁCIA Sensibilidade é considerado que o teste é sensível quando identificar como positivo a pessoa que realmente tem a doença Especificidade é considerado que o teste é específico quando identificar como negativo a pessoa que realmente não tem a doença Valor preditivo positivo é a proporção de pessoas verdadeiramente positivas em relação às diagnosticadas pelo teste como positivas Valor preditivo negativo é a proporção de pessoas verdadeiramente negativas em relação às diagnosticadas pelo teste como negativas Razão de verossimilhança positiva probabilidade de um resultado positivo em pacientes com a doença dividida pela probabilidade de um resultado positivo em pacientes sem a doença Razão de verossimilhança negativa é a probabilidade de um resultado negativo em pacientes com a doença dividida pela probabilidade de um resultado negativo em pacientes sem a doença Curva ROC Estabelece os pontos de corte, com base nos valores de especificidade e de sensibilidade Andrade, 2017; Ferreira e Patino, 2018 Sensibilidade Sensibilidade e Especificidade Especificidade Sensibilidade é a proporção de indivíduos que têm a doença e apresentam teste positivo A especificidade é a proporção de indivíduos que não têm a doença e apresentam teste negativo SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE Sensibilidade e Especificidade COM DOENÇA SEM DOENÇA TESTE POSITIVO VP FP TESTE NEGATIVO FN VN Especificidade Sensibilidade Quão bem um teste (positivo) detecta os doentes Verdadeiros positivos entre todos os doentes Quão bem um teste (negativo) detecta os sadios Verdadeiros negativos entre todos os não-doentes Dão uma ideia de quão bom é o desempenho de um novo teste diagnóstico em comparação com o de um teste padrão ouro existente Sensibilidade e Especificidade PORQUE SÃO IMPORTANTES? Podem ser usadas para calcular as razões de verossimilhança Há sempre uma troca entre sensibilidade e especificidade quando é definido um valor de corte para resultados de testes quantitativos. VPP Valor Preditivo VPN Proporção de indivíduos que apresentam resultado positivo no novo teste e têm a doença segundo o padrão ouro VPP VPN Proporção de indivíduos que apresentam resultado negativo no novo teste e não têm a doença segundo o padrão ouro Comparação do Novo teste com o Padrão Ouro Ajudam a compreender o quão bem um novo teste é capaz de diagnosticar uma doença com base nos resultados do padrão ouro Valor Preditivo (Positivo e Negativo) PORQUE SÃO IMPORTANTES? O VPP e o VPN são mais úteis que a sensibilidade e a especificidade para os clínicos porque estimam a probabilidade de doença (ou sua ausência) a partir do resultado do teste. RVP Razão de verossimilhança RVN Probabilidade de um resultado positivo em pacientes com a doença dividida pela probabilidade de um resultado positivo em pacientes sem a doença Probabilidade de um resultado negativo em pacientes com a doença dividida pela probabilidade de um resultado negativo em pacientes sem a doença RVP Razão de verossimilhança RVN As RV combinam sensibilidade e especificidade para quantificar o quão útil um novo teste diagnóstico é para mudar (aumentar ou diminuir) a probabilidade de ter uma doença em comparação com a prevalência dessa doença (probabilidade pré-teste) na população estudada. Razão de verossimilhança (Positiva e Negativa) PORQUE SÃO IMPORTANTES? Curva ROC A troca entre sensibilidade e especificidade em diversos pontos de corte possíveis pode ser usada para traçar uma curva ROC e descrever o desempenho geral do teste de discriminar entre presença e ausência da doença A curva ROC é uma representação gráfica da sensibilidade (verdadeiro-positivos) contra “1 − especificidade” (falso-negativos) para todos os valores de corte possíveis de um novo teste Usamos curvas ROC para fazer uma avaliação global do valor de um teste diagnóstico por meio do cálculo da área sob a curva (ASC) Curva ROC Curva ROC do teste fictício em populações sabidamente sadia e doente Uma curva ROC é um gráfico de linha que plota a probabilidade de um resultado positivo verdadeiro – ou a sensibilidade do teste – versus a probabilidade de um resultado falso positivo para uma série de diferentes pontos de coorte Curva ROC A curva ROC é um instrumento binário com cinco graus de classificação: EXCELENTE 0,9 a 1 BOM 0,8 a 0,9 RAZOÁVEL 0,7 a 0,8 POBRE de 0,6 a 0,7 NÃO DISCRIMINADOR 0,5 a 0,6 ARTIGOS CIENTÍFICOS Protocolo de avaliação vocal Qualidade de Vida em Voz Pediátrico Ribeiro, Paula e Behlau, 2014 QVV-P QVV-P Versão Brasileira do protocolo PVRQoL, um instrumento americano válido e sensível a identificação do impacto de uma alteração vocal, composto por 10 questões e 2 domínios (Socioemocional e Físico) Validação do QVV-P Adaptação cultural e de idioma Medidas Psicométricas: validade, confiabilidade e sensibilidade Artigo publicado na CoDAS (Communication Disorders, Audiology and Swallowing) 2014 Mensurar a qualidade de vida relacionada a voz de crianças/adolescentes com queixa vocal por meio da validação brasileira do QVV-P Teste da Razão de Verossimilhança (diferença ente os sexos quanto à avaliação da qualidade vocal) Teste dos Postos Sinalizados de Wilcoxon (análise individual das questões do QVV-P, confiabilidade e sensibilidade do instrumento) QVV-P Qualidade de Vida em Voz Pediátrico Ribeiro, Paula e Behlau, 2014Metodologia 1 escola particular 1 esola pública Consultórios de ORL 1 Clínica escola com atendimento fonoaudiológico especializado na área de voz Organização Amostra Participaram 230 pais/responsáveis de crianças/adolescentes com e sem queixa vocal, de ambos os sexos, com idade entre 2 e 18 anos A amostra foi divida em cinco grupos denominados G1, G2, G3, G4 e G5. Local da Pesquisa Sensibilidade População (G4) Da amostra total (230), foram selecionadas 16 crianças/adolescentes com queixa de alteração vocal, sendo 9 do sexo masculino e 7do sexo feminino, com idade entre 6 e 18 anos Procedimento Todos os participantes foram submetidos a avaliação perceptivo-auditiva, realizada pela primeira autora com a escala GRBASI, e a avaliação laringológica, realizada por um ORL, por meio da videolaringoestroboscopia com videolaringoscópio rígido de 10 mm e 70° e fonte de luz (Endo-Stoboscope L-Atmos). Dados Os dados levantados durante os atendimentos foram utilizados como diário de campo para o registro de depoimentos e relatos sobre a execução dos exercícios vocais, bem como os benefícios obtidos. Resultados O QVV-P demonstrou sensibilidade ao tratamento fonoaudiológico para a reabilitação vocal dos 16 participantes, comprovada pela redução dos 3 escores do instrumento após 2 meses de fonoterapia, refletindo, assim, a melhora na qualidade de vida em voz Sensibilidade Resultados Para o grupo com queixa vocal, os pais avaliaram as vozes de seus filhos como sendo ruins e, para o grupo sem queixa vocal, eles as julgaram como excelentes ou muito boas, independentemente do sexo dos participantes Teste da Razão de Verossimilhança Grupo Com Queixa Vocal p=0,653 Grupo Sem Queixa Vocal p=0,264 Verossimilhança Conclusão A versão brasileira do protocolo Pediatric Voice-Related Quality-of-Life Survey, denominado Qualidade de Vida em Voz Pediátrico (QVV-P), está validada para o Português Brasileiro, apresentando equivalência cultural e medidas psicométricas de validade, confiabilidade e sensibilidade, testadas de forma satisfatória Curva ROC do Protocolo Qualidade de Vida em Voz Pediátrico Krohling, Paula e Behlau, 2016 QVV-P Artigo publicado na CoDAS (Communication Disorders, Audiology and Swallowing) 2016 Verificar a eficiência e determinar a nota de corte do instrumento Qualidade de Vida em Voz Pediátrico (QVV-P), bem como as medidas de sensibilidade, especificidade e eficiência. As notas de corte, a curva ROC e as medidas de especificidade, sensibilidade e eficiência variaram conforme o escore investigado - geral, físico ou socioemocional Os escores do QVV-P foram analisados pela curva ROC Possibilitou a verificação da eficiência da sensibilidade e especificidade Permitindo a classificação de crianças e adolescentes com e sem queixa vocal pela definição da área sob a curva (AUC) Possibilitou a determinação da nota de corte pela combinação matemática de maior especificidade e sensibilidade METODOLOGIA Krohling, Paula e Behlau, 2016 Os dados de sensibilidade traduziram o número de verdadeiros positivos, identificados pelo QVV-P, em relação a todos os positivos que preencheram o instrumento. Já os dados de especificidade refletiram quadros de falso positivo em relação a todos os negativos Nota De Corte AUC Especificidade Sensibilidade Eficiência Escore geral 96,25 Excelente Excelente Boa Excelente Escore Socioemocional 96,87 Razoável Excelente Pobre Razoável Escore Físico 91,68 Excelente Excelente Boa Excelente Pontos Relevantes Os dados da curva ROC do escore geral demonstraram que os pais/responsáveis, ao reconhecerem o problema vocal do filho, também percebem o impacto na qualidade de vida, em 98% dos casos A Especificidade excelente demonstrou que o QVV-P só aponta prejuízo na qualidade de vida quanto à queixa de problema vocal A Sensibilidade excelente acompanhada de Especificidade pobre e eficiência razoável, demonstrou que, embora ele seja sensível à queixa vocal, não é específico à uma alteração de voz A Sensibilidade boa indicou que indivíduos com queixa podem não ser detectados Conclusão O QVV-P é um instrumento de avaliação parental eficiente e confiável, com poder discriminatório excelente, que pode ser utilizado em ações de triagem à reavaliação, mesmo que o indivíduo não tenha o diagnóstico de disfonia OBRIGADA! image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png