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Hematologia (Leticia Ruiz) nov 2023

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E-BOOK
HEMATOLOGIAHEMATOLOGIA
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HEMATOLOGIA
Ramo da ciência que estuda as células do sangue e
dos órgãos hematopoiéticos (órgãos responsáveis
pela formação de todos os elementos do sangue).
Eu sei de que maneira pródiga a alma empresta /
Juramentos à língua quando o sangue arde.
William Shakespeare
A árvore da liberdade deve ser regada de quando em
quando com o sangue dos patriotas e dos tiranos. É o
seu adubo natural. 
Thomas Jefferson
A bravura provém do sangue, a coragem provém do
pensamento.
Napoleão Bonaparte
Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio
senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são
os únicos que têm veneno.
Arthur Schopenhauer
As ligações de amizade são mais fortes que as do
sangue da família. 
Giovani Boccaccio
"Quando eu lembro do estalar do chicote, meu sangue
corre gelado, lembro do navio de escravos, quando
brutalizavam a minha alma“ Bob Marley
Quando o ateísmo quiser mártires, que o diga, o meu
sangue está pronto. 
Marquês de Sade
A política é uma guerra sem derramamento de
sangue, e a guerra uma política com derramamento
de sangue. 
Mao Tse-Tung
Histórico - Hematologia
3000 – 1000 aC
Inscrições cuneiformes com possível significado de
sangue.
Paleolítico (2,5 mi – 12 mil anos)
Desenho de Mamute que sangrava até morrer
Primeira noção de que o sangue é vida. 
Antigos Hebreus/Judeus
Sangue = princípio vital = “alma”
Proibido beber o sangue;
Grécia Antiga
Sangue como antídoto para os moribundos;
Egito
Relação com alimento;
Estômago, Coração;
Banhos de sangue terapêuticos;
Roma antiga
Sangue dos Gladiadores – força, vitalidade, saúde. 
460 – 375 aC - Hipócrates
Teoria Humoral
Sangria / Purgativo
310 – 250 aC - Erasistratus
Sangue = princípio vital = “alma”
Proibido beber o sangue;
43 aC
Sangue como rejuvenescedor;
Cristianismo
Corpo e sangue de Cristo
Advento da Microbiologia
1590 – Jansen
Microscópio rudimentar;
1612 – Galileu Galilei
Microscópio para Rei da Polônia;
1628 – Willian Harvey 
Descreve a circulação sanguínea;
1635 – Robert Hook
Microscópio com lentes de aumento;
1649 – 1661 – França e Inglaterra
Capilares Sanguíneos
1667 – Denis e Lower 
Transfusão de sangue de carneiro para humanos;
(proibido por lei durante 150 anos) 
15 de junho - A primeira transfusão de sangue num
ser humano documentada foi realizada por Jean-
Baptiste Denis, médico do rei Luís XIV, a partir do
sangue de um animal. 
Sangue bom
Sangue latino
Laços de sangue
Pacto de sangue
Dei meu sangue
Sangrar até morrer
Beber o sangue
Sangue de Cristo
A mulher sangra
Sangue do meu sangue
Doar sangue - vida
Sangue quente
Sugar o sangue
Alimento de vampiros?
A palavra é composta pelos radicais gregos: Haima
(de haimatos), "sangue" e logos, "estudo, tratado,
discurso".
Hematologia é o ramo da biologia e especialidade
clínica que estuda o sangue dos demais animais com
sistema circulatório fechado. 
A hematologia é a especialidade da medicina que
trata as doenças do sangue e de órgãos
hematopoéticos, local onde se produzem as células
do sangue.
A hematologia estuda, principalmente, os elementos
figurados do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos),
leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Estuda,
também, a produção desses elementos e os órgãos
onde eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos):
medula óssea, baço e linfonodos.
Além de estudar o estado de normalidade dos
elementos sanguíneos e dos órgãos hematopoiéticos,
estuda as doenças a eles relacionadas.
CÉLULAS SANGUÍNEAS 
Onde o sangue é produzido? 
Medula Óssea Vermelha
É encontrada no interior dos ossos das costelas, nas
vértebras, no esterno, nos ossos do crânio e, no adulto
jovem, próxima às extremidades do fêmur e do
úmero.
Durante o desenvolvimento embrionário, nosso
sangue é produzido no saco vitelino (até o segundo
mês), após esse período a produção passa a ser no
fígado e baço (do segundo ao sétimo mês) e também
progressivamente na medula óssea, que se torna o
principal órgão produtor das células do sangue já a
partir do 5° mês de gestação. 
Após o nascimento, ela passa a ser o único local de
produção de nossas células sanguíneas. 
Na criança, a produção do sangue na medula ocorre
em praticamente todos os ossos, já no adulto ocorre
predominantemente no esterno, ossos da bacia,
costelas e nas vértebras.
Eritropoese ou Hemocitopoese
Células tronco hemocitopoéticas
Proeritroblastos
Eritroblastos (produção de Hemoglobina)
Expulsão do núcleo forma o reticulócito
Eritrócito maduro (sai da medula e entra na
circulação sanguínea)
1.
2.
3.
4.
5.
Medula Óssea Amarela
A medida que o indivíduo cresce, a maior parte da
Medula Vermelha passa a acumular gordura, parando
de trabalhar e transformando-se em MEDULA ÓSSEA
AMARELA;
A medula amarela é encontrada em cavidades
grandes de ossos grandes e consiste em sua grande
maioria de células adiposas e umas poucas células
sanguíneas primitivas.
Tecido linfático 
Permite a drenagem do sistema venoso, garantindo o
retorno de fluidos dos tecidos circundantes para o
sangue através da circulação linfática. Esta, por sua
vez, está ligada à circulação sanguínea e aos líquidos
teciduais.
Responsável por importantes órgãos de defesa em
nosso corpo, como o timo, baço, linfonodos ou
gânglios linfáticos e os nódulos linfáticos.
TIMO
Exerce função protetora, com a produção
complementar de anticorpos; 
Órgão responsável pela produção de hormônios que
estimulam outros órgãos linfáticos, e é o local onde o
linfócito T se especializa.
BAÇO
Responsável por remover da circulação as células
sanguíneas velhas e gastas;
Controla a quantidade de sangue em nossas veias e
artérias.
TECIDO SANGUÍNEO
Massa líquida, com movimento unidirecional,
impulsionada pelas contrações do coração;
Uma pessoa tem, em média, 4,7 litros de sangue;
Pode revelar inúmeros estados patológicos
(parasitários ou metabólicos)
Funções Gerais
É fundamentalmente um tecido de transporte onde
circulam substâncias nutritivas, gases respiratórios
(oxigênio e gás carbônico, entre outros), produtos de
excreção, hormônios, enzimas, anticorpos e sais; 
Sangue Venoso e Arterial
Características
Retirando-se uma gota de sangue e esparramando-se
sobre uma lâmina de microscopia, de modo a formar
uma fina película (esfregaço), nota-se uma cor
ligeiramente amarelada.
Plasma e Células sanguíneas
Hematócrito (ou Ht ou Htc) é a percentagem de
volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou
hemácias no volume total de sangue.
SANGUE 
Fluido de cor creme que compõe 55% do volume
sanguíneo:
Plasma Sanguíneo
Elementos Figurados
Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos
Leucócitos ou glóbulos brancos
Plaquetas
Hemácias, Eritrócitos ou glóbulos vermelhos
Anucleados
Ricos em hemoglobina
Forma de disco bicôncavoFlexíveis
Duração média: 120 dias
A hemoglobina  (frequentemente abreviada como Hb)
é uma  metaloproteína  (frequentemente abreviada
como Hb) é uma  metaloproteína  que contém  ferro. 
Cada íon ferro é capaz de se ligar frouxamente a dois
átomos de oxigênio, e a sua função é transportar
o  oxigênio  (principalmente) e o gás carbônico (em
menor quantidade) aos tecidos.
Concentração de hemácias:
-No homem: 5,5 milhões/mm3
-Na mulher: 4,5 milhões/mm3
 Doação de sangue – intervalos distintos para
homens e mulheres;
A parte da hemoglobina onde o ferro está ligado é o
grupo heme. O ferro chega até ele pelo seu
transportador, a transferrina. Através de receptores
específicos, o complexo ferro-transferrina se liga á
membrana da hemácia. 
A membrana então se invagina em alguns  pontos,
formando algumas vesículas com o ferro que
penetrou e se desligou da transferrina, que por sua
vez volta ao plasma sem o ferro para poder
transportar outro átomo de fero.
A função da hemoglobina é absorver e transportar
o oxigênio  no sangue e liberá-lo no tecido. Isso ocorre
graças à capacidade  de seus  átomos de ferro  se
ligarem com o oxigênio, reversivelmente.
É formada por duas cadeias de globina do tipo alfa e
duas cadeias de globina do tipo beta, sendo assim um
tetrâmero de cadeias. 
A  parte  da hemoglobina onde o ferro está ligado é o
grupo heme. O ferro chega até ele pelo seu
transportador, a transferrina. Através de receptores
específicos, o complexo ferro-transferrina se liga á
membrana da  hemácia. A membrana então se
invagina em alguns  pontos, formando algumas
vesículas com o ferro que penetrou e se desligou da
transferrina, que por sua vez volta ao plasma sem o
ferro para poder transportar outro átomo de fero
Isso faz que haja diferentes combinações entre essas
cadeias, determinando os diferentes tipos de
hemoglobinas produzidas na fase pré-embrionária e
pós nascimento. A cada fase de desenvolvimento
a  síntese  de hemoglobina vai se adaptando às
mudanças sofridas pelo corpo.
Hematose
 Respiração Intracelular
Uma vez dentro da célula, o oxigênio vai reagir
com a glicose (dentro da mitocôndria), desta
reação resultará a energia (ATP) e o gás
carbônico. A energia é aproveitada e o CO2 sai da
célula, vai para o sangue, para o pulmão e por fim
para o ambiente.
 Equação da respiração:
O2 + C6H12O6 (glicose) --> CO2 + H2O + ENERGIA (em
forma de ATP)
Hemoglobina
HEMÁCIA = ERITRÓCITO = GLOBULOS VERMELHOS 
 CONTÉM HEMOGLOBINA (PROTEÍNA DE COR
VERMELHA)
 A HEMOGLOBINA CONTÉM FERRO, QUE É
RESPONSÁVEL PELA LIGAÇÃO E TRANSPORTE DO
OXIGÊNIO.
Eritropoese ou Hemocitopoese
Células tronco hemocitopoéticas
Proeritroblastos
Eritroblastos (produção de Hemoglobina)
Expulsão do núcleo forma o reticulócito
Eritrócito maduro (sai da medula e entra na
circulação sanguínea
1.
2.
3.
4.
5.
LOCAL: Medula óssea
Produção de Hemácias
Elementos Figurados
Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos
Leucócitos ou glóbulos brancos
Plaquetas
Leucócitos ou Glóbulos Brancos Grupo de células
sanguíneas
Nucleados
Sem hemoglobina
Esféricos e móveis
Defesa do organismo
Realizam diapedese
Adultos: entre 5.000 e 10.000/mm3
Os leucócitos fazem parte do  sistema imunitário  do
organismo. Têm por função o combate e a eliminação
de  microrganismos  e estruturas químicas estranhas
ao organismo por meio de sua captura ou da
produção de anticorpos.
Diapedese
DIAPEDESE: Processo pelo qual células do tecido
sanguíneo saem da luz do vaso e vão para os tecidos.
Este  processo  é  possível  graças  à  capacidade
que os leucócitos apresentam de alterar a sua forma, 
deslocando-se por movimentos amebóides.
Leucócitos
Tipos:
Granulócitos (possuem muitos grânulos no
citoplasma)
Agranulócitos
-Neutrófilos: 55 a 65%
-Eosinófilos: 2 a 3%
-Basófilos: 0,5%
-Linfócitos: 25 a 33%
-Monócitos: 2 a 8%
Neutrófilos
Fagocitam microorganismos
e partículas estranhas
Pus = neutrófilos mortos,
material semidigerido e
líquido extracelular.
Quando ocorre o seu aparecimento,  indica que
algo entrou no organismo  e o  sistema
linfático acionou neutrófilos, um dos sistemas de
defesa do organismo para  proteger e defender-
nos dos seres vivos invasores, normalmente
microscópicos.
Eosinófilos
Fagocitam o complexo antígeno-
anticorpo;
Defesa contra parasitos (liberação
de substâncias para o meio
extracelular);
Além disso, os eosinófilos desempenham um papel na
luta contra as infecções virais, o que é evidente a
partir da abundância de RNAses que eles contêm
dentro de seus grânulos,
Basófilos
Linfócitos
Linfócitos B: convertem-se em plasmócitos.
Um  plasmócito  é uma  célula  agranulócita  com
aspecto ovóide. São pouco numerosas no  tecido
conjuntivo  normal, mas abundantes em locais
sujeitos à penetração de  bactérias  (como
o  intestino  e a  pele) e nos locais onde
existe inflamação crônica.
Linfócitos T: assim como o B, são produzidos na
medula óssea, mas amadurecem no timo;
diferentes funções, entre elas destruição de
células cancerosas ou invadidas por vírus. 
Monócitos
Transformam-se em macrófagos.
Alguns migram pelo corpo, enquanto outros
permanecem nos tecidos *.
Osteoclastos: fusão de macrófagos (monócitos
coalescentes
 Os macrófagos são os responsáveis pela proteção
dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos
estranhos.
* Macrófago alveolar
(pulmão) atacando E. coli
(MEV x10,000)
 Os macrófagos são os responsáveis pela proteção
dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos
estranhos.
Elementos Figurados
Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos
Leucócitos ou glóbulos brancos
Plaquetas
Plaquetas
Fragmentos
citoplasmáticos envoltos
por MP 
Anucleados 
Cerca de 300.000/mm3
1 – Eritrócitos
2 – Plaquetas 
A sua principal função é a formação de  coágulos,
participando portanto do processo
de coagulação sanguínea.
Coagulação do Sangue
A  coagulação  sanguínea  é uma sequência complexa
de  reações químicas  que resultam na formação de
um coágulo de  fibrina. É uma parte importante
da hemostasia  (o cessamento da perda de sangue de
um vaso danificado), na qual a parede de  vaso
sanguíneo  danificado é coberta por um coágulo
de  fibrina  para parar o sangramento e ajudar a
reparar o tecido danificado. Desordens na coagulação
podem levar a um aumento no risco de hemorragia
Até chegar esse dia, prevaleceram as práticas
fundamentadas na intuição e no senso comum;
Na Grécia antiga, os nobres bebiam o sangue de
gladiadores mortos na arena, a fim de obterem a cura
de diversos males, entre eles a epilepsia;
Transfusão é o ato médico de transferir um
sangue ou hemocomponentes deste (plasma
sanguíneo, plaquetas, hemácias e leucócitos) de
um doador para o sistema circulatório de um
receptor. Para o sucesso do procedimento, é
necessário haver uma compatibilização entre os
agentes. 
Uma transfusão sanguínea foi descrita no século XV
pelo escritor italiano Stefano Infessura. O relato, de
1492, informava que o Papa Inocêncio VIII estava em
coma. 
Relata-se que três meninos de dez anos de idade
ofertaram seu sangue ao Papa, em troca de um
ducado prometido pela Igreja. O primeiro menino
faleceu logo após retirarem seu sangue, mas o Papa
mostrou uma ligeira melhora após beber o “remédio”.
É um tipo de terapia que tem se mostrado muito
eficaz em situações de choque, hemorragias ou
doenças sanguíneas. 
Frequentemente usa-se transfusão em
intervenções cirúrgicas, traumatismos,
hemorragias digestivas ou em outros casos em
que tenha havido grande perda de sangue.
Depois da primeira morte, os médicos retiraram
menos sangue do segundo “voluntário”,
acreditando que o outro tinha morrido devido a
grande quantidade de sangue retirada. Após a
segunda transfusão oral, o Papa Inocêncio teve
febre alta, seus rins pararam de funcionar e ele
faleceu – para a sorte da terceira criança, que não
teve o sangue retirado. Mas, de acordo com o
escritor italiano Stefano Infessura, as outras duas
crianças morreram pouco tempo depois.
O Papa Inocêncio VIII não é conhecido apenas
pela sua morte digna de filmede terror. Ele é
famoso por ter tido 16 filhos com mulheres
casadas e ter dado início a “caça às bruxas”,
concedendo poderes à Inquisição para prender,
torturar e punir suspeitos de feitiçaria. Mesmo
após sua morte, ele indiretamente causou outras
histórias tenebrosas e derramamento de sangue
de milhares de supostos bruxos e bruxas do
século XV.
Alguns autores não dão credito ao relato de
Infessura, acusando-o de anti-papismo .
No século XVI, o médico britânico William Harvey foi
o primeiro a descrever apropriadamente como o
sangue era bombeado por todo o corpo pelo coração,
tendo realizado experimentos com a circulação
sanguínea. No século seguinte, pesquisas mais
sofisticadas sobre transfusão de sangue começaram,
com experimentos bem sucedidos, envolvendo
animais. 
As tentativas sucessivas com seres humanos, no
entanto, continuavam tendo resultados fatais.
As primeiras transfusões de sangue foram
realizadas em animais no século XVII por
Richard Lower, em Oxford, no ano de 1665.
Dois anos mais tarde, Jean Baptiste Denis, médico
de Luis XIV, professor de filosofia e matemática
na cidade de Montpellier, através de um tubo de
prata, infundiu um copo de sangue de carneiro em
Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que
perambulava pelas ruas da cidade que faleceu
após a terceira transfusão. 
Na época, as transfusões eram heterólogas (entre
espécies diferentes) e Denis defendia sua prática
argumentando que o sangue de animais estaria
menos contaminado de vícios e paixões. Esta
prática considerada criminosa e proibida
inicialmente pela Faculdade de Medicina de Paris,
posteriormente em Roma e na Royal Society, da
Inglaterra.
Em 1788, Pontick e Landois, obtiveram resultados
positivos realizando transfusões homólogas,
chegando à conclusão de que poderiam ser benéficas
e salvar vidas. A primeira transfusão com sangue
humano é atribuída a James Blundell, em 1818, que
após realizar com sucesso experimentos em animais,
transfundiu mulheres com hemorragias pós-parto.
No final do século XIX, problemas com a coagulação
do sangue e reações adversas continuavam a desafiar
os cientistas.
Apesar do avanço que representava a transfusão
homóloga, no final do Século 19, problemas
relacionados à coagulação do sangue e outras reações
adversas desafiavam os cientistas Para enfrentar a
questão, chegou-se a usar leite e sangue de cadáver
em transfusões (logo abandonados); 
Em 1900, o imunologista austríaco Karl
Landsteiner observou que o soro do sangue de
uma pessoa muitas vezes coagula ao ser
misturado com o de outra, descobrindo o
primeiro e mais importante sistema de grupo
sanguíneo do nosso organismo: o ABO
Em 1869, foram iniciadas tentativas para se
encontrar um anticoagulante atóxico, culminando
com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio,
por Braxton Hicks. Simultaneamente
desenvolviam-se equipamentos destinados a
realização de transfusões indiretas, bem como
técnicas cirúrgicas para transfusões diretas,
ficando esses procedimentos conhecidos como
transfusões braço a braço.
Em 1901, o imunologista austríaco Karl
Landsteiner descreveu os principais tipos de
células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como
consequência dessa descoberta, tornou-se
possível estabelecer quais eram os tipos de células
vermelhas compatíveis e que não causariam
reações desastrosas, culminado com a morte do
receptor.
A primeira transfusão precedida da realização de
provas de compatibilidade, foi realizada em 1907,
por Reuben Ottenber, porém este procedimento
só passou a ser utilizado em larga escala a partir
da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de
sódio e glicose como uma solução diluente e
anticoagulante para transfusões, e em 1915
Lewisohn determinou a quantidade mínima
necessária para a anticoagulação. Desta forma,
tornavam-se mais seguras e práticas as
transfusões de sangue
Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro
banco de sangue surgiu em Barcelona em 1936
durante a Guerra Civil Espanhola.
O Dr. Duram foi o criador do primeiro banco de
sangue e o pai da transfusão moderna. Precursor
da promoção da doação de sangue, envolvendo a
coleta, tanto no próprio centro como em fábricas
e povoados, os estudos analíticos do produto
obtido - um processo completo como o que hoje
em dia realizam os bancos de sangue modernos. 
Após quatro décadas da descoberta do sistema
ABO, um outro fato revolucionou a prática da
medicina transfusional, a identificação do fator
Rh, realizada por Landsteiner.
No século XX, o progresso das transfusões foi
firmado através do descobrimento dos grupos
sanguíneos; do fator Rh; do emprego científico
dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento
sucessivo da aparelhagem de coleta e de aplicação
de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das
indicações e contra indicações do uso do sangue.
Após a Segunda Guerra Mundial, com os
progressos científicos e o crescimento da
demanda por transfusões de sangue, surgiram no
Brasil os primeiros Bancos de Sangue.
Sistema ABO e Doação Sanguínea
Existem no sangue certos tipos de glóbulos
brancos, linfócitos, que produzem anticorpos
(proteínas especiais de defesa)
Quando organismos ou substâncias estranhas
(antígenos) penetram no corpo, os linfócitos
passam a produzir anticorpos contra os
“invasores”.
Antígenos e Anticorpos
Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno
acaba causando a destruição ou a inativação dos
antígenos
Essa reação de defesa é fundamental para
proteger o organismo contra o constante assédio
de microrganismos causadores de doenças
Landsteiner percebeu que as hemácias podem ter
em suas membranas dois tipos de antígenos,
A e B, que definem quatro tipos sanguíneos:
Incompatibilidade sanguínea ABO
A: apresentam apenas antígeno A;
B: apresentam apenas antígeno B;
AB: apresentam antígenos A e B;
O: não tem nenhum dos dois antígenos
 Devido a estas características imunitárias, é que as
tentativas aleatórias iniciais de transfusões
sanguíneas resultaram em muitos fracassos.
Sistema ABO
Este sistema se caracteriza pela presença ou
ausência de dois antígenos (A e B) chamados
aglutinógenos, isolada ou simultaneamente, em
cada indivíduo;
A grande maioria das crianças (excetuados os
lactentes até uma idade aproximada de 3 a 6
meses, e eventualmente os indivíduos que
apresentam imunossupresão ou outras
circunstâncias especiais) apresenta também
anticorpos naturais ou aglutininas, dirigidos
contra o(s) antígeno(s) que cada indivíduo não
possui, estabelecendo assim as regras de
compatibilidade o grupo;
No plasma podem existir dois tipos de
anticorpos: Anti-A e Anti-B
O indivíduo de sangue tipo  A  não produz
anticorpos  Anti-A, mas é capaz de produzir
anticorpos Anti-B, uma vez que o antígeno B lhe é
estranho
O indivíduo de sangue tipo  B  não produz
anticorpos  Anti-B, mas é capaz de produzir
anticorpos : Anti-A;
O indivíduo AB  não produz nenhum dos dois
anticorpos pois lhe são familiares;
O indivíduo  O  é capaz de produzir anticorpos:
Anti-A e Anti-B;
O (45%)
positivo 36%; negativo 9%
A (42%)
positivo 34%; negativo 8%
B (10%)
positivo 8%; negativo 2%
AB (3%)
positivo 2,5%; negativo 0,5%
E a frequência dos tipos de sangue?
O sistema de grupo sanguíneo Rh
Quase quatro décadas após a descoberta do sistema
ABO, outro fato revolucionou a medicina
transfusional: a identificação, também em humanos,
do fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus;
Na população branca, cerca de 85% das pessoas
possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por isso
chamados de Rh+ (Rh positivos)
Os 15% restantes que não o possuem são chamados
de Rh- (Rh negativos)
O sangue é classificado em grupos (positivo e
negativo) pela presença ou ausência de um
antígeno de superfície da hemácia que foi
encontrado primeiramente no macaco ''Rhesus'',
dando nome ao fator Rh Assim, o sangue Rh
negativo;
O sistema de grupo sanguíneo Rh
É importante conhecer o tipo sanguíneo Rh, pois
também podem ocorrer reações de incompatibilidade
em transfusões de sangue
Indivíduo Rh negativo  só deve recebertransfusão de sangue Rh negativo
Caso receba sangue  Rh positivo, haverá a
formação de anticorpos Anti-Rh
A tipagem do grupo Rh é importante durante a
gravidez, porque pode haver incompatibilidade
entre a mãe e o feto. Se a mãe for Rh-negativa e o
pai for Rh-positivo, o feto pode ser Rh-positivo e
a mãe pode desenvolver anticorpos que
atravessam a placenta e destroem as hemácias do
feto, provocando doença hemolítica do feto e do
recém-nascido
Para evitar o desenvolvimento desses anticorpos,
a mãe é tratada durante a gravidez e logo após o
parto com imunoglobulina anti-Rh, que retira as
hemácias fetais da circulação da mãe antes que
ela fique sensibilizada e passe a formar
anticorpos anti-Rh.
Em 1951, eram conhecidos nove sistemas de grupos
sanguíneos: Atualmente, são 23;
Organizão dos bancos de
sangue
Vencida a questão da incompatibilidade, a batalha
enfrentada a seguir foi desenvolver processos que
aumentassem a vida útil do sangue, permitindo o
seu armazenamento e a formação de estoques;
A primeira transfusão com sangue armazenado
foi realizada em 1918, durante a Primeira Guerra
Mundial, na batalha de Cambrai
Atualmente, o prazo de validade do sangue
armazenado é de 35 a 42 dias;
Através do processo de criopreservação a –65
graus Celsius, o sangue pode durar até 10 anos;
Por ser muito dispendioso, esse processo só é
recomendável para a preservação de sangues
raros;
O surgimento de novos conservantes,
anticoagulantes e equipamentos de refrigeração
permitiu a organização de “bancos de sangue”.
O termo ‘Banco de Sangue’ só foi usado em 1937,
quando um laboratório que armazenava o sangue
doado foi instalado no Cook County Hospital em
Chicago, EUA. É digno de nota que neste, o sangue
era obtido através de doações voluntárias.
O primeiro surgiu em Barcelona, em 1936,
durante a Guerra Civil Espanhola;
O conceito expandiu-se durante e após a Segunda
Guerra Mundial
Extensão Sanguínea e Hemograma
Punção venosa
Um esfregaço de sangue ou lâmina de extensão
sanguínea é uma camada fina de sangue disposta
sobre uma lâmina de microscopia e que é colorida de
forma a permitir que as diferentes células do sangue
sejam examinadas ao microscópio. 
Os esfregaços de sangue são geralmente usados na
investigação e análise de problemas hematológicos e,
ocasionalmente, para detectar a presença de
parasitas como a malária e a filaríase.
Duas lâminas de sangue periférico destinadas à
caracterização de elementos celulares sanguíneos.
a) Homogeneizar o sangue;
b) Segurar a lâmina com o polegar e o indicador da
mão esquerda ou apoiar sobre superfície limpa;
c) Colocar uma pequena gota de sangue próxima à
direita da lâmina;
d) Tocar a gota de sangue com as costas da extensora
em um ângulo de 30 a 45º;
e) Aguardar que o sangue se espalhe pelo bordo da
extensora e então deslizá-la de modo suave e
contínuo até a direção oposta;
f) Secar a lâmina ao ar e identificá-la com lápis
diretamente sobre a parte espessa do esfregaço ou
sobre etiqueta de papel (não são usadas canetas
esferográficas, pois os corantes removem esse tipo de
identificação);
g) Corar o esfregaço sanguíneo. 
Os passos são os seguintes:
Nas colorações tipo Panótico ou de Pappenheim,
merecidamente chamadas de rápidas, a coloração é
realizada imergindo a extensão sanguínea por 10
segundos em cada um dos três componentes da
coloração, na ordem indicada, alternando o mesmo
tempo de imersão com a retirada do excesso de
corante tocando a ponta da lâmina de vidro em um
papel absorvente. 
Os líquidos desta colocarão são vendidos em
conjunto e possuem custo baixo, contudo a
durabilidade dos esfregaços corados com Panótico
são frequentemente inferiores àqueles corados com
Giemsa.
OBSERVAR A LÂMINA COM 1000X DE AUMENTO,
UTILIZANDO A OBJETIVA DE IMERSÃO
O número de hemácias varia de 4,5 a 6 milhões por
mm3 de sangue;
O número de leucócitos de 8.000 a 10.000 por mm3
de sangue 
O número de plaquetas de 150.000 a 400.000 por
mm3 de sangue.
OBSERVAR AS CÉLULAS SANGUÍNEAS
HEMOGRAMA
Quando recebemos o resultado do HEMOGRAMA
vimos uma série de número e nomes estranhos
Lembrando que, cada pessoa é um caso diferente
e ninguém melhor que seu médico para explicar e
orientar sobre medicamentos e  diagnose  de
doenças.
O  hemograma  é um exame que analisa as
variações quantitativas e morfológicas dos
elementos figurados do sangue. 
Os médicos pedem esse exame para diagnosticar
ou controlar a evolução de uma doença como
anemia e infecções de diversos tipos. 
Hoje em dia este exame envolve muita tecnologia
e decifrá-lo pode ser muito interessante
Geralmente a primeira parte do Hemograma é a
série vermelha (Eritrograma) onde são avaliados
os números de hemácias e a concentração de
hemoglobina. Geralmente, encontram-se os
seguintes itens no exame:
 Série Vermelha
HEMÁCIAS: São os glóbulos vermelhos, os valores
normais variam de acordo com o sexo e com a
idade (todo laboratório coloca os valores de
referência no próprio resultado de exame).
Valores baixos de hemácias podem indicar um
caso de anemia normocítica (aquela que as
hemácias tem tamanho normal, mas existe pouca
produção dessas células), valores altos são
chamados de eritrocitose e podem indicar
policitemia (oposto da amenia, pode aumentar a
espessura do sangue, reduzindo a sua velocidade
de circulação).
HEMOGLOBINA  é uma proteína presente nas
hemácias. É um pigmento que dá a cor vermelha
ao sangue e é responsável pelo transporte de
oxigênio no corpo. A hemoglobina baixa causa
descoramento do sangue, palidez do paciente, e
falta de oxigênio em todos os órgãos.
HEMATÓCRITO  é a porcentagem da massa de
hemácia em relação ao volume sanguíneo. Valores
baixos podem indicar uma provável anemia e um
valor alto também pode ser um caso de
policitemia.
VCM  (Volume Corpuscular Médio): Ajuda na
observação do tamanho das hemácias e no
diagnóstico da anemia. No exame pode vir escrito:
microcíticas (indica hemácias muito pequenas),
macrocíticas (hemácias grandes). Todas essas
alterações indicam que algo está errado.
HCM  (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso
da hemoglobina dentro das hemácias. Também
ajudam a decifrar casos diferentes de anemias.
A segunda parte do hemograma é a série branca
(leucograma) é constituída pelos glóbulos brancos.
Nesta parte, acontece a avaliação do número de
leucócitos, além disso, é feita a diferenciação
celular.
Série Branca
LEUCÓCITOS: É o valor total dos leucócitos no
sangue. Valores altos, é chamado leucocitose e
assinala, principalmente, uma infecção. Claro, mas
também pode indicar outras doenças. 
Quando essa contagem dá mais baixa que o normal
(leucopenia) indica depressão da medula óssea,
resultado de infecções virais ou de reações tóxicas. Os
leucócitos são diferenciados em cinco tipos no
hemograma. Seus valores colaboram para esclarecer e
diagnosticar doenças infecciosas e hematológicas.
 Nesta imagem você pode ver um leucócito (glóbulo
branco) engolindo esporos do fungo  Aspergillus
fumigatus que podem causar doenças em pessoas
que não estão com o sistema imunológico
funcionando corretamente, ou seja,
imunossuprimidas.
Basófilos: Em um indivíduo normal, só é encontrado
até 1%, além desse valor indica processos alérgicos.
Eosinófilos: Seu número além do normal, indica casos
de processos alérgicos ou parasitoses.
Neutrófilos:  É a célula mais encontrada em adultos.
Seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas
pode estar aumentada em infecção viral.
Linfócitos: É a célula predominante nas crianças. Em
adultos, seu aumento pode ser indício de infecção
viral ou, mais raramente, leucemia.
Monócitos:  Quando estão aumentados indica
infecções virais. Os valores são alterados também,
após quimioterapia.
CONTAGEM DE PLAQUETAS:  As plaquetas são
componentes do sangue fabricados pela medula
óssea responsáveis pela coagulação do nosso
sangue. É por isso que a queda brusca do valor das
plaquetas pode indicar a dengue hemorrágica.
Tempo de tromboplastina ativada (PTT ou TTP) e
tempo de protrombina (TAP ou TP)Medem o tempo que o sangue demora para
coagular. Obviamente, tempos maiores indicam
maior propensão a sangramentos. A cascata da
coagulação inicia-se com a ativação das plaquetas
e é completada pela ação dos fatores da
coagulação. O TAP e o PTT medem a
funcionamento desses fatores. A avaliação
completa do estado da coagulação, feita com o
TAP, PTT e plaquetas, é muitas vezes chamado de
coagulograma.
Exames Específicos: 
Antígeno prostático específico (PSA) é uma
substância produzida pelas células da glândula
prostática. O PSA é encontrado principalmente no
sêmen, mas uma pequena quantidade é também
encontrada no sangue. A maioria dos homens
saudáveis têm níveis menores de 4 ng/ml de
sangue. A chance de um homem desenvolver
câncer de próstata aumenta proporcionalmente
com o aumento do nível do PSA.
Geralmente, quando o câncer de próstata está
presente o nível do PSA está acima de 4 ng/ml.
Entretanto, um nível abaixo desse valor não
significa que o câncer não esteja presente. Quase
15% dos homens com PSA abaixo de 4 ng/ml são
diagnosticados com câncer de próstata na biópsia.
Os homens com nível de PSA na faixa de 4 ng/ml e
10 ng/ml, têm uma chance de 1 em 4 de ter a
doença. Se o PSA se encontra acima de 10 ng/ml, a
possibilidade de ter câncer de próstata é superior a
50%.
Homeostase e Hemostasia
Em 1878, Claude Bernard apresentou a ideia de que
o organismo é dividido em meio externo e meio
interno. A habilidade de manter o meio interno em
constante equilíbrio, se adaptando às mudanças no
meio externo, é chamada Homeostase.
Em humanos, a temperatura corporal é mantida
aproximadamente em 36°C, a pressão arterial
média fica em torno de 100 mmHg.
O termo “homeo-” refere-se a similar (ao contrário
de “homo-”, que significa igual) e o termo “-stase”
refere-se a condição. Somos frutos
do meio!
Claude Bernard foi um médico e fisiologista francês.
Considerado o fundador da medicina experimental,
deu seu nome principalmente à síndrome de Claude
Bernard-Horner. 
É uma série complexa de fenômenos biológicos
que ocorre em resposta à lesão de um vaso
sanguíneo com objetivo de parar uma
hemorragia.
O mecanismo hemostático inclui três processos:
hemostasia primária, coagulação (hemostasia
secundária) e fibrinólise. Esses processos têm em
conjunto a finalidade de manter a fluidez
necessária do sangue, sem haver extravasamento
pelos vasos ou obstrução do fluxo pela presença
de trombos.
Aqui, estão envolvidos vasos sanguíneos,
plaquetas, fatores pró-coagulantes e fatores
anticoagulantes. Tudo em equilíbrio para parar o
sangramento e depois dissolver o coágulo
formado.
Hemostasia x Homeostase
A hemostasia é um evento bioquímico e fisiológico
que visa manter a integridade hematológica ao
detectar o local, estancar e frear a hemorragia
através da formação de um coágulo, e posterior
lise deste e reparação tecidual. 
Esse mecanismo possui alta relevância para a
homeostase, e caso ocorra disfunção ou ausência,
condições de impacto negativo a saúde se
manifestam. 
Distúrbios que afetam a circulação sanguínea de um
indivíduo pode levá-lo a um quadro patogênico
A hemodinâmica nada
mais é que um conjunto
de componentes físicos
que constituem o
bombeamento de
sangue no sistema
cardiovascular em
específico.
Essas lesões ou perturbações alteram a hemodinâmica
e a manutenção do fluxo sanguíneo gerando: edema,
hemorragia, trombose, embolia, infarto e choque; 
A homeostase normal do líquido (sangue) abrange:
 Manutenção da integridade da parede do vaso;
 Pressão intravascular;
 Manutenção do sangue como líquido até
necessitar de coagulação;
Hemostasia: o que é?
É o conjunto de mecanismos que permite a fluidez
do sangue pelos vasos sanguíneos. Ou seja, o
equilíbrio entre:
Hemostasia
Constrição vascular
Formação do tampão plaquetário
Coagulação do sangue
Fibrose e reparação
Mecanismo de coagulação
Durante a hemostasia são formadas rolhas
plaquetárias frouxamente agregadas que precisam
ser consolidadas em rolhas estáveis. A trombina
será imprescindível na geração de fibrina, que
reforçará o trombo hemostático.
O mecanismo de coagulação é composto por
substâncias que circulam na forma inativa e que
precisam ser ativadas. 
A finalidade desse mecanismo é, em última análise,
gerar trombina. As reações de ativação da
coagulação são didaticamente divididas em duas
vias de diferente início: a via extrínseca e a via
intrínseca.
É importante ressaltar que as reações estão
sempre associadas a uma superfície: da fibrila de
colágeno, da plaqueta, da célula endotelial ou do
monócito.
 
A hemostasia se inicia com a atuação das
plaquetas e a vasoconstrição para ocluir o
extravasamento através do contato sanguíneo
com o colágeno, seguido da formação de uma
rede de fibrina sobre o tampão plaquetário,
estabilizando-o, evitando que este seja levado
pela circulação.
Em seguida, se dá a lise do coágulo e limpeza dos
restos celulares da região afetada. 
A hemostasia é um processo único, mas que
possui divisão de fases para ser possível
identificar qual o mecanismo envolvido em
determinada patologia. Em situações onde há
aumento do tempo de sangramento,
trombocitopenia, anemias e hemorragias intensas
e espontâneas, pode se investigar o estado
plaquetário. 
A falha no processo de coagulação, oriundos de
herança hereditária, como as hemofilias, o uso de
fármacos e distúrbios como déficit de fibrinogênio,
podem resultar em instabilidade e posterior
remissão hemorrágica.
Hemorragias
Perda extravascular de sangue
Envolve:
Traumas, inflamações, endotoxemias e infecções.
Trombocitopenia, inabilidade de aderência ou
agregação.
Hemofilia, hepatopatias, nefropatias, deficiências
de vitamina K, CID.
-Endotélio ou vasos sanguíneos
-Plaquetas
-Fatores de coagulação
Petéquias 
Equimoses 
Sufusões 
Hematomas 
-1-2 mm
-3 cm
-> 3 cm 
-Focal, confinado.
-Hemotórax, hemoperitônio e hemopericárdio
Classificação
Importância
Depende
> ou < que 40% do volume total
Incremento da hematopoiese
Interna X externa
Crânio
-Quantidade perdida
-Taxa de perda
-Localização
Trombose
Thrombos" = coágulo + "osis" = estado de... 
Processo de solidificação dos constituintes
normais do sangue, dentro do sistema
cardiovascular, in vivo. 
O trombo é a massa sólida formada a partir do
processo da trombose. 
Deve ser diferenciado da coagulação extravascular
(hemostasia) e da coagulação post mortem.
Curiosidades
Anemia
Hemorragia;
Produção insuficiente de eritrócitos pela medula
óssea;
Produção de eritrócitos com hemoglobina
insuficiente (falta de Fe2+ Anemia ferropriva;
Destruição acelerada de eritrócitos
(por exemplo, esferocitose);
Anemia Falciforme 
A formação dessa hemoglobina, determinada pelo
cromossomo 11, muda nos indivíduos falciformes.
Neles, há a presença de ao menos um gene  mutante,
que leva o organismo a produzir a  hemoglobina
anormal (rígidas e em formato de foice).
Sintomas  clássicos da  anemia, causados pela falta e
ineficiência de hemácias como: Fadiga (cansaço);
Astenia (fraqueza); Palidez  (principalmente
nas conjuntivas e mucosas).
Os portadores da anemia falciforme são
geralmente mais resistentes à malária;
Plasmodium  necessariamente se reproduz no
interior das hemácias humanas e as hemácias
danificadas do indivíduo falciforme não são
adequadas a esse tipo de função, mesmo quando
exposto ao vetor da doença, o
mosquito Anopheles contaminado.
Sintomas  clássicos da  anemia, causados pela falta e
ineficiência de hemácias como: Fadiga (cansaço);
Astenia (fraqueza); Palidez  (principalmente
nas conjuntivas e mucosas).
Relação com a malária:
O monóxido de carbono tem sobretudo efeitos
negativos nas pessoas ao combinar-se com a
hemoglobina para
formar carboxihemoglobina (HbCO) no sangue, o
que evita a ligação do oxigénio à hemoglobina
pela redução da capacidade de transporte de
oxigênio pelo sangue. 
O efeito grave que tal provoca é a  hipóxia. A
carboxihemoglobina pode tornar-se de novo em
hemoglobina, mas tal processo demora porque o
complexo HbCO ébastante estável.
E-book oferecido pelo 
Centro Educacional Sete de Setembro
 curso de "HEMATOLOGIA".

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