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E-BOOK HEMATOLOGIAHEMATOLOGIA Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. Acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um Aluno Premium? Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br Seja bem-vindo! Vamos fazer história juntos! @CESSETEMBRO @ANOVACLASSE http://cessetembro.com.br/cursos http://www.anovaclasse.com.br/ http://instagram.com.br/CESSETEMBRO http://instagram.com.br/ANOVACLASSE Clique no ícone da impressora. 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Napoleão Bonaparte Não devemos mostrar a nossa cólera ou o nosso ódio senão por meio de atos. Os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno. Arthur Schopenhauer As ligações de amizade são mais fortes que as do sangue da família. Giovani Boccaccio "Quando eu lembro do estalar do chicote, meu sangue corre gelado, lembro do navio de escravos, quando brutalizavam a minha alma“ Bob Marley Quando o ateísmo quiser mártires, que o diga, o meu sangue está pronto. Marquês de Sade A política é uma guerra sem derramamento de sangue, e a guerra uma política com derramamento de sangue. Mao Tse-Tung Histórico - Hematologia 3000 – 1000 aC Inscrições cuneiformes com possível significado de sangue. Paleolítico (2,5 mi – 12 mil anos) Desenho de Mamute que sangrava até morrer Primeira noção de que o sangue é vida. Antigos Hebreus/Judeus Sangue = princípio vital = “alma” Proibido beber o sangue; Grécia Antiga Sangue como antídoto para os moribundos; Egito Relação com alimento; Estômago, Coração; Banhos de sangue terapêuticos; Roma antiga Sangue dos Gladiadores – força, vitalidade, saúde. 460 – 375 aC - Hipócrates Teoria Humoral Sangria / Purgativo 310 – 250 aC - Erasistratus Sangue = princípio vital = “alma” Proibido beber o sangue; 43 aC Sangue como rejuvenescedor; Cristianismo Corpo e sangue de Cristo Advento da Microbiologia 1590 – Jansen Microscópio rudimentar; 1612 – Galileu Galilei Microscópio para Rei da Polônia; 1628 – Willian Harvey Descreve a circulação sanguínea; 1635 – Robert Hook Microscópio com lentes de aumento; 1649 – 1661 – França e Inglaterra Capilares Sanguíneos 1667 – Denis e Lower Transfusão de sangue de carneiro para humanos; (proibido por lei durante 150 anos) 15 de junho - A primeira transfusão de sangue num ser humano documentada foi realizada por Jean- Baptiste Denis, médico do rei Luís XIV, a partir do sangue de um animal. Sangue bom Sangue latino Laços de sangue Pacto de sangue Dei meu sangue Sangrar até morrer Beber o sangue Sangue de Cristo A mulher sangra Sangue do meu sangue Doar sangue - vida Sangue quente Sugar o sangue Alimento de vampiros? A palavra é composta pelos radicais gregos: Haima (de haimatos), "sangue" e logos, "estudo, tratado, discurso". Hematologia é o ramo da biologia e especialidade clínica que estuda o sangue dos demais animais com sistema circulatório fechado. A hematologia é a especialidade da medicina que trata as doenças do sangue e de órgãos hematopoéticos, local onde se produzem as células do sangue. A hematologia estuda, principalmente, os elementos figurados do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Estuda, também, a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos. Além de estudar o estado de normalidade dos elementos sanguíneos e dos órgãos hematopoiéticos, estuda as doenças a eles relacionadas. CÉLULAS SANGUÍNEAS Onde o sangue é produzido? Medula Óssea Vermelha É encontrada no interior dos ossos das costelas, nas vértebras, no esterno, nos ossos do crânio e, no adulto jovem, próxima às extremidades do fêmur e do úmero. Durante o desenvolvimento embrionário, nosso sangue é produzido no saco vitelino (até o segundo mês), após esse período a produção passa a ser no fígado e baço (do segundo ao sétimo mês) e também progressivamente na medula óssea, que se torna o principal órgão produtor das células do sangue já a partir do 5° mês de gestação. Após o nascimento, ela passa a ser o único local de produção de nossas células sanguíneas. Na criança, a produção do sangue na medula ocorre em praticamente todos os ossos, já no adulto ocorre predominantemente no esterno, ossos da bacia, costelas e nas vértebras. Eritropoese ou Hemocitopoese Células tronco hemocitopoéticas Proeritroblastos Eritroblastos (produção de Hemoglobina) Expulsão do núcleo forma o reticulócito Eritrócito maduro (sai da medula e entra na circulação sanguínea) 1. 2. 3. 4. 5. Medula Óssea Amarela A medida que o indivíduo cresce, a maior parte da Medula Vermelha passa a acumular gordura, parando de trabalhar e transformando-se em MEDULA ÓSSEA AMARELA; A medula amarela é encontrada em cavidades grandes de ossos grandes e consiste em sua grande maioria de células adiposas e umas poucas células sanguíneas primitivas. Tecido linfático Permite a drenagem do sistema venoso, garantindo o retorno de fluidos dos tecidos circundantes para o sangue através da circulação linfática. Esta, por sua vez, está ligada à circulação sanguínea e aos líquidos teciduais. Responsável por importantes órgãos de defesa em nosso corpo, como o timo, baço, linfonodos ou gânglios linfáticos e os nódulos linfáticos. TIMO Exerce função protetora, com a produção complementar de anticorpos; Órgão responsável pela produção de hormônios que estimulam outros órgãos linfáticos, e é o local onde o linfócito T se especializa. BAÇO Responsável por remover da circulação as células sanguíneas velhas e gastas; Controla a quantidade de sangue em nossas veias e artérias. TECIDO SANGUÍNEO Massa líquida, com movimento unidirecional, impulsionada pelas contrações do coração; Uma pessoa tem, em média, 4,7 litros de sangue; Pode revelar inúmeros estados patológicos (parasitários ou metabólicos) Funções Gerais É fundamentalmente um tecido de transporte onde circulam substâncias nutritivas, gases respiratórios (oxigênio e gás carbônico, entre outros), produtos de excreção, hormônios, enzimas, anticorpos e sais; Sangue Venoso e Arterial Características Retirando-se uma gota de sangue e esparramando-se sobre uma lâmina de microscopia, de modo a formar uma fina película (esfregaço), nota-se uma cor ligeiramente amarelada. Plasma e Células sanguíneas Hematócrito (ou Ht ou Htc) é a percentagem de volume ocupada pelos glóbulos vermelhos ou hemácias no volume total de sangue. SANGUE Fluido de cor creme que compõe 55% do volume sanguíneo: Plasma Sanguíneo Elementos Figurados Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos Leucócitos ou glóbulos brancos Plaquetas Hemácias, Eritrócitos ou glóbulos vermelhos Anucleados Ricos em hemoglobina Forma de disco bicôncavoFlexíveis Duração média: 120 dias A hemoglobina (frequentemente abreviada como Hb) é uma metaloproteína (frequentemente abreviada como Hb) é uma metaloproteína que contém ferro. Cada íon ferro é capaz de se ligar frouxamente a dois átomos de oxigênio, e a sua função é transportar o oxigênio (principalmente) e o gás carbônico (em menor quantidade) aos tecidos. Concentração de hemácias: -No homem: 5,5 milhões/mm3 -Na mulher: 4,5 milhões/mm3 Doação de sangue – intervalos distintos para homens e mulheres; A parte da hemoglobina onde o ferro está ligado é o grupo heme. O ferro chega até ele pelo seu transportador, a transferrina. Através de receptores específicos, o complexo ferro-transferrina se liga á membrana da hemácia. A membrana então se invagina em alguns pontos, formando algumas vesículas com o ferro que penetrou e se desligou da transferrina, que por sua vez volta ao plasma sem o ferro para poder transportar outro átomo de fero. A função da hemoglobina é absorver e transportar o oxigênio no sangue e liberá-lo no tecido. Isso ocorre graças à capacidade de seus átomos de ferro se ligarem com o oxigênio, reversivelmente. É formada por duas cadeias de globina do tipo alfa e duas cadeias de globina do tipo beta, sendo assim um tetrâmero de cadeias. A parte da hemoglobina onde o ferro está ligado é o grupo heme. O ferro chega até ele pelo seu transportador, a transferrina. Através de receptores específicos, o complexo ferro-transferrina se liga á membrana da hemácia. A membrana então se invagina em alguns pontos, formando algumas vesículas com o ferro que penetrou e se desligou da transferrina, que por sua vez volta ao plasma sem o ferro para poder transportar outro átomo de fero Isso faz que haja diferentes combinações entre essas cadeias, determinando os diferentes tipos de hemoglobinas produzidas na fase pré-embrionária e pós nascimento. A cada fase de desenvolvimento a síntese de hemoglobina vai se adaptando às mudanças sofridas pelo corpo. Hematose Respiração Intracelular Uma vez dentro da célula, o oxigênio vai reagir com a glicose (dentro da mitocôndria), desta reação resultará a energia (ATP) e o gás carbônico. A energia é aproveitada e o CO2 sai da célula, vai para o sangue, para o pulmão e por fim para o ambiente. Equação da respiração: O2 + C6H12O6 (glicose) --> CO2 + H2O + ENERGIA (em forma de ATP) Hemoglobina HEMÁCIA = ERITRÓCITO = GLOBULOS VERMELHOS CONTÉM HEMOGLOBINA (PROTEÍNA DE COR VERMELHA) A HEMOGLOBINA CONTÉM FERRO, QUE É RESPONSÁVEL PELA LIGAÇÃO E TRANSPORTE DO OXIGÊNIO. Eritropoese ou Hemocitopoese Células tronco hemocitopoéticas Proeritroblastos Eritroblastos (produção de Hemoglobina) Expulsão do núcleo forma o reticulócito Eritrócito maduro (sai da medula e entra na circulação sanguínea 1. 2. 3. 4. 5. LOCAL: Medula óssea Produção de Hemácias Elementos Figurados Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos Leucócitos ou glóbulos brancos Plaquetas Leucócitos ou Glóbulos Brancos Grupo de células sanguíneas Nucleados Sem hemoglobina Esféricos e móveis Defesa do organismo Realizam diapedese Adultos: entre 5.000 e 10.000/mm3 Os leucócitos fazem parte do sistema imunitário do organismo. Têm por função o combate e a eliminação de microrganismos e estruturas químicas estranhas ao organismo por meio de sua captura ou da produção de anticorpos. Diapedese DIAPEDESE: Processo pelo qual células do tecido sanguíneo saem da luz do vaso e vão para os tecidos. Este processo é possível graças à capacidade que os leucócitos apresentam de alterar a sua forma, deslocando-se por movimentos amebóides. Leucócitos Tipos: Granulócitos (possuem muitos grânulos no citoplasma) Agranulócitos -Neutrófilos: 55 a 65% -Eosinófilos: 2 a 3% -Basófilos: 0,5% -Linfócitos: 25 a 33% -Monócitos: 2 a 8% Neutrófilos Fagocitam microorganismos e partículas estranhas Pus = neutrófilos mortos, material semidigerido e líquido extracelular. Quando ocorre o seu aparecimento, indica que algo entrou no organismo e o sistema linfático acionou neutrófilos, um dos sistemas de defesa do organismo para proteger e defender- nos dos seres vivos invasores, normalmente microscópicos. Eosinófilos Fagocitam o complexo antígeno- anticorpo; Defesa contra parasitos (liberação de substâncias para o meio extracelular); Além disso, os eosinófilos desempenham um papel na luta contra as infecções virais, o que é evidente a partir da abundância de RNAses que eles contêm dentro de seus grânulos, Basófilos Linfócitos Linfócitos B: convertem-se em plasmócitos. Um plasmócito é uma célula agranulócita com aspecto ovóide. São pouco numerosas no tecido conjuntivo normal, mas abundantes em locais sujeitos à penetração de bactérias (como o intestino e a pele) e nos locais onde existe inflamação crônica. Linfócitos T: assim como o B, são produzidos na medula óssea, mas amadurecem no timo; diferentes funções, entre elas destruição de células cancerosas ou invadidas por vírus. Monócitos Transformam-se em macrófagos. Alguns migram pelo corpo, enquanto outros permanecem nos tecidos *. Osteoclastos: fusão de macrófagos (monócitos coalescentes Os macrófagos são os responsáveis pela proteção dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos estranhos. * Macrófago alveolar (pulmão) atacando E. coli (MEV x10,000) Os macrófagos são os responsáveis pela proteção dos tecidos. Mantêm os tecidos livres de corpos estranhos. Elementos Figurados Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos Leucócitos ou glóbulos brancos Plaquetas Plaquetas Fragmentos citoplasmáticos envoltos por MP Anucleados Cerca de 300.000/mm3 1 – Eritrócitos 2 – Plaquetas A sua principal função é a formação de coágulos, participando portanto do processo de coagulação sanguínea. Coagulação do Sangue A coagulação sanguínea é uma sequência complexa de reações químicas que resultam na formação de um coágulo de fibrina. É uma parte importante da hemostasia (o cessamento da perda de sangue de um vaso danificado), na qual a parede de vaso sanguíneo danificado é coberta por um coágulo de fibrina para parar o sangramento e ajudar a reparar o tecido danificado. Desordens na coagulação podem levar a um aumento no risco de hemorragia Até chegar esse dia, prevaleceram as práticas fundamentadas na intuição e no senso comum; Na Grécia antiga, os nobres bebiam o sangue de gladiadores mortos na arena, a fim de obterem a cura de diversos males, entre eles a epilepsia; Transfusão é o ato médico de transferir um sangue ou hemocomponentes deste (plasma sanguíneo, plaquetas, hemácias e leucócitos) de um doador para o sistema circulatório de um receptor. Para o sucesso do procedimento, é necessário haver uma compatibilização entre os agentes. Uma transfusão sanguínea foi descrita no século XV pelo escritor italiano Stefano Infessura. O relato, de 1492, informava que o Papa Inocêncio VIII estava em coma. Relata-se que três meninos de dez anos de idade ofertaram seu sangue ao Papa, em troca de um ducado prometido pela Igreja. O primeiro menino faleceu logo após retirarem seu sangue, mas o Papa mostrou uma ligeira melhora após beber o “remédio”. É um tipo de terapia que tem se mostrado muito eficaz em situações de choque, hemorragias ou doenças sanguíneas. Frequentemente usa-se transfusão em intervenções cirúrgicas, traumatismos, hemorragias digestivas ou em outros casos em que tenha havido grande perda de sangue. Depois da primeira morte, os médicos retiraram menos sangue do segundo “voluntário”, acreditando que o outro tinha morrido devido a grande quantidade de sangue retirada. Após a segunda transfusão oral, o Papa Inocêncio teve febre alta, seus rins pararam de funcionar e ele faleceu – para a sorte da terceira criança, que não teve o sangue retirado. Mas, de acordo com o escritor italiano Stefano Infessura, as outras duas crianças morreram pouco tempo depois. O Papa Inocêncio VIII não é conhecido apenas pela sua morte digna de filmede terror. Ele é famoso por ter tido 16 filhos com mulheres casadas e ter dado início a “caça às bruxas”, concedendo poderes à Inquisição para prender, torturar e punir suspeitos de feitiçaria. Mesmo após sua morte, ele indiretamente causou outras histórias tenebrosas e derramamento de sangue de milhares de supostos bruxos e bruxas do século XV. Alguns autores não dão credito ao relato de Infessura, acusando-o de anti-papismo . No século XVI, o médico britânico William Harvey foi o primeiro a descrever apropriadamente como o sangue era bombeado por todo o corpo pelo coração, tendo realizado experimentos com a circulação sanguínea. No século seguinte, pesquisas mais sofisticadas sobre transfusão de sangue começaram, com experimentos bem sucedidos, envolvendo animais. As tentativas sucessivas com seres humanos, no entanto, continuavam tendo resultados fatais. As primeiras transfusões de sangue foram realizadas em animais no século XVII por Richard Lower, em Oxford, no ano de 1665. Dois anos mais tarde, Jean Baptiste Denis, médico de Luis XIV, professor de filosofia e matemática na cidade de Montpellier, através de um tubo de prata, infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava pelas ruas da cidade que faleceu após a terceira transfusão. Na época, as transfusões eram heterólogas (entre espécies diferentes) e Denis defendia sua prática argumentando que o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões. Esta prática considerada criminosa e proibida inicialmente pela Faculdade de Medicina de Paris, posteriormente em Roma e na Royal Society, da Inglaterra. Em 1788, Pontick e Landois, obtiveram resultados positivos realizando transfusões homólogas, chegando à conclusão de que poderiam ser benéficas e salvar vidas. A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818, que após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu mulheres com hemorragias pós-parto. No final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a desafiar os cientistas. Apesar do avanço que representava a transfusão homóloga, no final do Século 19, problemas relacionados à coagulação do sangue e outras reações adversas desafiavam os cientistas Para enfrentar a questão, chegou-se a usar leite e sangue de cadáver em transfusões (logo abandonados); Em 1900, o imunologista austríaco Karl Landsteiner observou que o soro do sangue de uma pessoa muitas vezes coagula ao ser misturado com o de outra, descobrindo o primeiro e mais importante sistema de grupo sanguíneo do nosso organismo: o ABO Em 1869, foram iniciadas tentativas para se encontrar um anticoagulante atóxico, culminando com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio, por Braxton Hicks. Simultaneamente desenvolviam-se equipamentos destinados a realização de transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões diretas, ficando esses procedimentos conhecidos como transfusões braço a braço. Em 1901, o imunologista austríaco Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como consequência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam reações desastrosas, culminado com a morte do receptor. A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de sódio e glicose como uma solução diluente e anticoagulante para transfusões, e em 1915 Lewisohn determinou a quantidade mínima necessária para a anticoagulação. Desta forma, tornavam-se mais seguras e práticas as transfusões de sangue Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola. O Dr. Duram foi o criador do primeiro banco de sangue e o pai da transfusão moderna. Precursor da promoção da doação de sangue, envolvendo a coleta, tanto no próprio centro como em fábricas e povoados, os estudos analíticos do produto obtido - um processo completo como o que hoje em dia realizam os bancos de sangue modernos. Após quatro décadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a identificação do fator Rh, realizada por Landsteiner. No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do fator Rh; do emprego científico dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento sucessivo da aparelhagem de coleta e de aplicação de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue. Após a Segunda Guerra Mundial, com os progressos científicos e o crescimento da demanda por transfusões de sangue, surgiram no Brasil os primeiros Bancos de Sangue. Sistema ABO e Doação Sanguínea Existem no sangue certos tipos de glóbulos brancos, linfócitos, que produzem anticorpos (proteínas especiais de defesa) Quando organismos ou substâncias estranhas (antígenos) penetram no corpo, os linfócitos passam a produzir anticorpos contra os “invasores”. Antígenos e Anticorpos Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos Essa reação de defesa é fundamental para proteger o organismo contra o constante assédio de microrganismos causadores de doenças Landsteiner percebeu que as hemácias podem ter em suas membranas dois tipos de antígenos, A e B, que definem quatro tipos sanguíneos: Incompatibilidade sanguínea ABO A: apresentam apenas antígeno A; B: apresentam apenas antígeno B; AB: apresentam antígenos A e B; O: não tem nenhum dos dois antígenos Devido a estas características imunitárias, é que as tentativas aleatórias iniciais de transfusões sanguíneas resultaram em muitos fracassos. Sistema ABO Este sistema se caracteriza pela presença ou ausência de dois antígenos (A e B) chamados aglutinógenos, isolada ou simultaneamente, em cada indivíduo; A grande maioria das crianças (excetuados os lactentes até uma idade aproximada de 3 a 6 meses, e eventualmente os indivíduos que apresentam imunossupresão ou outras circunstâncias especiais) apresenta também anticorpos naturais ou aglutininas, dirigidos contra o(s) antígeno(s) que cada indivíduo não possui, estabelecendo assim as regras de compatibilidade o grupo; No plasma podem existir dois tipos de anticorpos: Anti-A e Anti-B O indivíduo de sangue tipo A não produz anticorpos Anti-A, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-B, uma vez que o antígeno B lhe é estranho O indivíduo de sangue tipo B não produz anticorpos Anti-B, mas é capaz de produzir anticorpos : Anti-A; O indivíduo AB não produz nenhum dos dois anticorpos pois lhe são familiares; O indivíduo O é capaz de produzir anticorpos: Anti-A e Anti-B; O (45%) positivo 36%; negativo 9% A (42%) positivo 34%; negativo 8% B (10%) positivo 8%; negativo 2% AB (3%) positivo 2,5%; negativo 0,5% E a frequência dos tipos de sangue? O sistema de grupo sanguíneo Rh Quase quatro décadas após a descoberta do sistema ABO, outro fato revolucionou a medicina transfusional: a identificação, também em humanos, do fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus; Na população branca, cerca de 85% das pessoas possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por isso chamados de Rh+ (Rh positivos) Os 15% restantes que não o possuem são chamados de Rh- (Rh negativos) O sangue é classificado em grupos (positivo e negativo) pela presença ou ausência de um antígeno de superfície da hemácia que foi encontrado primeiramente no macaco ''Rhesus'', dando nome ao fator Rh Assim, o sangue Rh negativo; O sistema de grupo sanguíneo Rh É importante conhecer o tipo sanguíneo Rh, pois também podem ocorrer reações de incompatibilidade em transfusões de sangue Indivíduo Rh negativo só deve recebertransfusão de sangue Rh negativo Caso receba sangue Rh positivo, haverá a formação de anticorpos Anti-Rh A tipagem do grupo Rh é importante durante a gravidez, porque pode haver incompatibilidade entre a mãe e o feto. Se a mãe for Rh-negativa e o pai for Rh-positivo, o feto pode ser Rh-positivo e a mãe pode desenvolver anticorpos que atravessam a placenta e destroem as hemácias do feto, provocando doença hemolítica do feto e do recém-nascido Para evitar o desenvolvimento desses anticorpos, a mãe é tratada durante a gravidez e logo após o parto com imunoglobulina anti-Rh, que retira as hemácias fetais da circulação da mãe antes que ela fique sensibilizada e passe a formar anticorpos anti-Rh. Em 1951, eram conhecidos nove sistemas de grupos sanguíneos: Atualmente, são 23; Organizão dos bancos de sangue Vencida a questão da incompatibilidade, a batalha enfrentada a seguir foi desenvolver processos que aumentassem a vida útil do sangue, permitindo o seu armazenamento e a formação de estoques; A primeira transfusão com sangue armazenado foi realizada em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, na batalha de Cambrai Atualmente, o prazo de validade do sangue armazenado é de 35 a 42 dias; Através do processo de criopreservação a –65 graus Celsius, o sangue pode durar até 10 anos; Por ser muito dispendioso, esse processo só é recomendável para a preservação de sangues raros; O surgimento de novos conservantes, anticoagulantes e equipamentos de refrigeração permitiu a organização de “bancos de sangue”. O termo ‘Banco de Sangue’ só foi usado em 1937, quando um laboratório que armazenava o sangue doado foi instalado no Cook County Hospital em Chicago, EUA. É digno de nota que neste, o sangue era obtido através de doações voluntárias. O primeiro surgiu em Barcelona, em 1936, durante a Guerra Civil Espanhola; O conceito expandiu-se durante e após a Segunda Guerra Mundial Extensão Sanguínea e Hemograma Punção venosa Um esfregaço de sangue ou lâmina de extensão sanguínea é uma camada fina de sangue disposta sobre uma lâmina de microscopia e que é colorida de forma a permitir que as diferentes células do sangue sejam examinadas ao microscópio. Os esfregaços de sangue são geralmente usados na investigação e análise de problemas hematológicos e, ocasionalmente, para detectar a presença de parasitas como a malária e a filaríase. Duas lâminas de sangue periférico destinadas à caracterização de elementos celulares sanguíneos. a) Homogeneizar o sangue; b) Segurar a lâmina com o polegar e o indicador da mão esquerda ou apoiar sobre superfície limpa; c) Colocar uma pequena gota de sangue próxima à direita da lâmina; d) Tocar a gota de sangue com as costas da extensora em um ângulo de 30 a 45º; e) Aguardar que o sangue se espalhe pelo bordo da extensora e então deslizá-la de modo suave e contínuo até a direção oposta; f) Secar a lâmina ao ar e identificá-la com lápis diretamente sobre a parte espessa do esfregaço ou sobre etiqueta de papel (não são usadas canetas esferográficas, pois os corantes removem esse tipo de identificação); g) Corar o esfregaço sanguíneo. Os passos são os seguintes: Nas colorações tipo Panótico ou de Pappenheim, merecidamente chamadas de rápidas, a coloração é realizada imergindo a extensão sanguínea por 10 segundos em cada um dos três componentes da coloração, na ordem indicada, alternando o mesmo tempo de imersão com a retirada do excesso de corante tocando a ponta da lâmina de vidro em um papel absorvente. Os líquidos desta colocarão são vendidos em conjunto e possuem custo baixo, contudo a durabilidade dos esfregaços corados com Panótico são frequentemente inferiores àqueles corados com Giemsa. OBSERVAR A LÂMINA COM 1000X DE AUMENTO, UTILIZANDO A OBJETIVA DE IMERSÃO O número de hemácias varia de 4,5 a 6 milhões por mm3 de sangue; O número de leucócitos de 8.000 a 10.000 por mm3 de sangue O número de plaquetas de 150.000 a 400.000 por mm3 de sangue. OBSERVAR AS CÉLULAS SANGUÍNEAS HEMOGRAMA Quando recebemos o resultado do HEMOGRAMA vimos uma série de número e nomes estranhos Lembrando que, cada pessoa é um caso diferente e ninguém melhor que seu médico para explicar e orientar sobre medicamentos e diagnose de doenças. O hemograma é um exame que analisa as variações quantitativas e morfológicas dos elementos figurados do sangue. Os médicos pedem esse exame para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença como anemia e infecções de diversos tipos. Hoje em dia este exame envolve muita tecnologia e decifrá-lo pode ser muito interessante Geralmente a primeira parte do Hemograma é a série vermelha (Eritrograma) onde são avaliados os números de hemácias e a concentração de hemoglobina. Geralmente, encontram-se os seguintes itens no exame: Série Vermelha HEMÁCIAS: São os glóbulos vermelhos, os valores normais variam de acordo com o sexo e com a idade (todo laboratório coloca os valores de referência no próprio resultado de exame). Valores baixos de hemácias podem indicar um caso de anemia normocítica (aquela que as hemácias tem tamanho normal, mas existe pouca produção dessas células), valores altos são chamados de eritrocitose e podem indicar policitemia (oposto da amenia, pode aumentar a espessura do sangue, reduzindo a sua velocidade de circulação). HEMOGLOBINA é uma proteína presente nas hemácias. É um pigmento que dá a cor vermelha ao sangue e é responsável pelo transporte de oxigênio no corpo. A hemoglobina baixa causa descoramento do sangue, palidez do paciente, e falta de oxigênio em todos os órgãos. HEMATÓCRITO é a porcentagem da massa de hemácia em relação ao volume sanguíneo. Valores baixos podem indicar uma provável anemia e um valor alto também pode ser um caso de policitemia. VCM (Volume Corpuscular Médio): Ajuda na observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia. No exame pode vir escrito: microcíticas (indica hemácias muito pequenas), macrocíticas (hemácias grandes). Todas essas alterações indicam que algo está errado. HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): é o peso da hemoglobina dentro das hemácias. Também ajudam a decifrar casos diferentes de anemias. A segunda parte do hemograma é a série branca (leucograma) é constituída pelos glóbulos brancos. Nesta parte, acontece a avaliação do número de leucócitos, além disso, é feita a diferenciação celular. Série Branca LEUCÓCITOS: É o valor total dos leucócitos no sangue. Valores altos, é chamado leucocitose e assinala, principalmente, uma infecção. Claro, mas também pode indicar outras doenças. Quando essa contagem dá mais baixa que o normal (leucopenia) indica depressão da medula óssea, resultado de infecções virais ou de reações tóxicas. Os leucócitos são diferenciados em cinco tipos no hemograma. Seus valores colaboram para esclarecer e diagnosticar doenças infecciosas e hematológicas. Nesta imagem você pode ver um leucócito (glóbulo branco) engolindo esporos do fungo Aspergillus fumigatus que podem causar doenças em pessoas que não estão com o sistema imunológico funcionando corretamente, ou seja, imunossuprimidas. Basófilos: Em um indivíduo normal, só é encontrado até 1%, além desse valor indica processos alérgicos. Eosinófilos: Seu número além do normal, indica casos de processos alérgicos ou parasitoses. Neutrófilos: É a célula mais encontrada em adultos. Seu aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentada em infecção viral. Linfócitos: É a célula predominante nas crianças. Em adultos, seu aumento pode ser indício de infecção viral ou, mais raramente, leucemia. Monócitos: Quando estão aumentados indica infecções virais. Os valores são alterados também, após quimioterapia. CONTAGEM DE PLAQUETAS: As plaquetas são componentes do sangue fabricados pela medula óssea responsáveis pela coagulação do nosso sangue. É por isso que a queda brusca do valor das plaquetas pode indicar a dengue hemorrágica. Tempo de tromboplastina ativada (PTT ou TTP) e tempo de protrombina (TAP ou TP)Medem o tempo que o sangue demora para coagular. Obviamente, tempos maiores indicam maior propensão a sangramentos. A cascata da coagulação inicia-se com a ativação das plaquetas e é completada pela ação dos fatores da coagulação. O TAP e o PTT medem a funcionamento desses fatores. A avaliação completa do estado da coagulação, feita com o TAP, PTT e plaquetas, é muitas vezes chamado de coagulograma. Exames Específicos: Antígeno prostático específico (PSA) é uma substância produzida pelas células da glândula prostática. O PSA é encontrado principalmente no sêmen, mas uma pequena quantidade é também encontrada no sangue. A maioria dos homens saudáveis têm níveis menores de 4 ng/ml de sangue. A chance de um homem desenvolver câncer de próstata aumenta proporcionalmente com o aumento do nível do PSA. Geralmente, quando o câncer de próstata está presente o nível do PSA está acima de 4 ng/ml. Entretanto, um nível abaixo desse valor não significa que o câncer não esteja presente. Quase 15% dos homens com PSA abaixo de 4 ng/ml são diagnosticados com câncer de próstata na biópsia. Os homens com nível de PSA na faixa de 4 ng/ml e 10 ng/ml, têm uma chance de 1 em 4 de ter a doença. Se o PSA se encontra acima de 10 ng/ml, a possibilidade de ter câncer de próstata é superior a 50%. Homeostase e Hemostasia Em 1878, Claude Bernard apresentou a ideia de que o organismo é dividido em meio externo e meio interno. A habilidade de manter o meio interno em constante equilíbrio, se adaptando às mudanças no meio externo, é chamada Homeostase. Em humanos, a temperatura corporal é mantida aproximadamente em 36°C, a pressão arterial média fica em torno de 100 mmHg. O termo “homeo-” refere-se a similar (ao contrário de “homo-”, que significa igual) e o termo “-stase” refere-se a condição. Somos frutos do meio! Claude Bernard foi um médico e fisiologista francês. Considerado o fundador da medicina experimental, deu seu nome principalmente à síndrome de Claude Bernard-Horner. É uma série complexa de fenômenos biológicos que ocorre em resposta à lesão de um vaso sanguíneo com objetivo de parar uma hemorragia. O mecanismo hemostático inclui três processos: hemostasia primária, coagulação (hemostasia secundária) e fibrinólise. Esses processos têm em conjunto a finalidade de manter a fluidez necessária do sangue, sem haver extravasamento pelos vasos ou obstrução do fluxo pela presença de trombos. Aqui, estão envolvidos vasos sanguíneos, plaquetas, fatores pró-coagulantes e fatores anticoagulantes. Tudo em equilíbrio para parar o sangramento e depois dissolver o coágulo formado. Hemostasia x Homeostase A hemostasia é um evento bioquímico e fisiológico que visa manter a integridade hematológica ao detectar o local, estancar e frear a hemorragia através da formação de um coágulo, e posterior lise deste e reparação tecidual. Esse mecanismo possui alta relevância para a homeostase, e caso ocorra disfunção ou ausência, condições de impacto negativo a saúde se manifestam. Distúrbios que afetam a circulação sanguínea de um indivíduo pode levá-lo a um quadro patogênico A hemodinâmica nada mais é que um conjunto de componentes físicos que constituem o bombeamento de sangue no sistema cardiovascular em específico. Essas lesões ou perturbações alteram a hemodinâmica e a manutenção do fluxo sanguíneo gerando: edema, hemorragia, trombose, embolia, infarto e choque; A homeostase normal do líquido (sangue) abrange: Manutenção da integridade da parede do vaso; Pressão intravascular; Manutenção do sangue como líquido até necessitar de coagulação; Hemostasia: o que é? É o conjunto de mecanismos que permite a fluidez do sangue pelos vasos sanguíneos. Ou seja, o equilíbrio entre: Hemostasia Constrição vascular Formação do tampão plaquetário Coagulação do sangue Fibrose e reparação Mecanismo de coagulação Durante a hemostasia são formadas rolhas plaquetárias frouxamente agregadas que precisam ser consolidadas em rolhas estáveis. A trombina será imprescindível na geração de fibrina, que reforçará o trombo hemostático. O mecanismo de coagulação é composto por substâncias que circulam na forma inativa e que precisam ser ativadas. A finalidade desse mecanismo é, em última análise, gerar trombina. As reações de ativação da coagulação são didaticamente divididas em duas vias de diferente início: a via extrínseca e a via intrínseca. É importante ressaltar que as reações estão sempre associadas a uma superfície: da fibrila de colágeno, da plaqueta, da célula endotelial ou do monócito. A hemostasia se inicia com a atuação das plaquetas e a vasoconstrição para ocluir o extravasamento através do contato sanguíneo com o colágeno, seguido da formação de uma rede de fibrina sobre o tampão plaquetário, estabilizando-o, evitando que este seja levado pela circulação. Em seguida, se dá a lise do coágulo e limpeza dos restos celulares da região afetada. A hemostasia é um processo único, mas que possui divisão de fases para ser possível identificar qual o mecanismo envolvido em determinada patologia. Em situações onde há aumento do tempo de sangramento, trombocitopenia, anemias e hemorragias intensas e espontâneas, pode se investigar o estado plaquetário. A falha no processo de coagulação, oriundos de herança hereditária, como as hemofilias, o uso de fármacos e distúrbios como déficit de fibrinogênio, podem resultar em instabilidade e posterior remissão hemorrágica. Hemorragias Perda extravascular de sangue Envolve: Traumas, inflamações, endotoxemias e infecções. Trombocitopenia, inabilidade de aderência ou agregação. Hemofilia, hepatopatias, nefropatias, deficiências de vitamina K, CID. -Endotélio ou vasos sanguíneos -Plaquetas -Fatores de coagulação Petéquias Equimoses Sufusões Hematomas -1-2 mm -3 cm -> 3 cm -Focal, confinado. -Hemotórax, hemoperitônio e hemopericárdio Classificação Importância Depende > ou < que 40% do volume total Incremento da hematopoiese Interna X externa Crânio -Quantidade perdida -Taxa de perda -Localização Trombose Thrombos" = coágulo + "osis" = estado de... Processo de solidificação dos constituintes normais do sangue, dentro do sistema cardiovascular, in vivo. O trombo é a massa sólida formada a partir do processo da trombose. Deve ser diferenciado da coagulação extravascular (hemostasia) e da coagulação post mortem. Curiosidades Anemia Hemorragia; Produção insuficiente de eritrócitos pela medula óssea; Produção de eritrócitos com hemoglobina insuficiente (falta de Fe2+ Anemia ferropriva; Destruição acelerada de eritrócitos (por exemplo, esferocitose); Anemia Falciforme A formação dessa hemoglobina, determinada pelo cromossomo 11, muda nos indivíduos falciformes. Neles, há a presença de ao menos um gene mutante, que leva o organismo a produzir a hemoglobina anormal (rígidas e em formato de foice). Sintomas clássicos da anemia, causados pela falta e ineficiência de hemácias como: Fadiga (cansaço); Astenia (fraqueza); Palidez (principalmente nas conjuntivas e mucosas). Os portadores da anemia falciforme são geralmente mais resistentes à malária; Plasmodium necessariamente se reproduz no interior das hemácias humanas e as hemácias danificadas do indivíduo falciforme não são adequadas a esse tipo de função, mesmo quando exposto ao vetor da doença, o mosquito Anopheles contaminado. Sintomas clássicos da anemia, causados pela falta e ineficiência de hemácias como: Fadiga (cansaço); Astenia (fraqueza); Palidez (principalmente nas conjuntivas e mucosas). Relação com a malária: O monóxido de carbono tem sobretudo efeitos negativos nas pessoas ao combinar-se com a hemoglobina para formar carboxihemoglobina (HbCO) no sangue, o que evita a ligação do oxigénio à hemoglobina pela redução da capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. O efeito grave que tal provoca é a hipóxia. A carboxihemoglobina pode tornar-se de novo em hemoglobina, mas tal processo demora porque o complexo HbCO ébastante estável. E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro curso de "HEMATOLOGIA".