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Estruturas de Contenção Tipos e processos executivos Fundações teoria e Prática, ABMS/ABEF, Hachich et. Al, 2002 Caderno de muros de Arrimo, Antonio Moliterno, Ed. Edgard Blucher, Estabilidade de Taludes, Autor:Denise Maria Soares Gerscovich, Ed. Oficina de textos, 2012 NBR 11682 - Estabilidade de encostas NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações Paulo Maia 2023-1 Tipos de Estruturas de Contenção Muros de gravidade Muros de flexão Estruturas ancoradas Estruturas de solo reforçado Estruturas estroncadas Estruturas para estabilização de taludes rochosos Muros de Gravidade São aqueles que formam uma estrutura monolítica, cuja estabilidade é garantida através do peso próprio da estrutura. O dimensionamento deve atender à verificação da estabilidade quanto ao tombamento, deslizamento e capacidade de carga da fundação, além da estabilidade global. Podem ser: Não armados: Muros de arrimo: concreto simples, concreto ciclópico, alvenaria de pedra argamassada, pedra arrumada, tijolos ; Grib wall; Gabião e colchão reno: gaiolas preenchidas com pedra; Solo ensacado: sacos de solo cimento ou solo cal Solo pneus Armados: (concreto armado) Cantilever T ou L Cantilever com contrafortes Cantilever com laje de atrito Muros de gravidade: Processo executivo Terreno na condição natural e níveis do terreno após a execução da contenção definido pelo projeto arquitetônico, de urbanização, de estrada ou outros Escavação temporária do terreno na região onde será executado o muro. Terreno natural Configuração desejada no projeto Escavação - obedecer o projeto do muro - não fazer escavações em excesso - utilizar margem de segurança nos taludes provisórios segundo a norma de taludes Executar o muro. Caso seja necessário executar reforço do maciço de fundação Executar reaterro compactado concomitantemente com o sistema de drenagem do maciço Maciço de fundação Muro de gravidade Reaterro Muro de arrimo retangular vertical Recomendando para uso em condições de taludes de pequena porte ( até 3m) Dimensões recomendadas: Alvenaria de tijolos: B ≅ 0,4h Alvenaria de pedra ou concreto ciclópico: B ≅ 0,3h Muro de arrimo retangular inclinado para montante 1 4 1 3 Dimensões recomendadas: Alvenaria de tijolos: B ≅ 0,4h Alvenaria de pedra ou concreto ciclópico: B ≅ 0,3h Muro de arrimo trapezoidal Recomendando para uso em condições de taludes de médio porte (3 a 8 metros) Dimensões recomendadas: Concreto ciclópico: b ≅ 0,14h B = b+h/3 z ≤ 1m (em geral) Muro de arrimo trapezoidal com sapata Dimensões recomendadas: Concreto ciclópico: b ≅ 0,3m a H/12 z ≅ H/8 a H/6 D ≅ 0,8z B ≅ 0,5H a 0,7H x ≅ 0,5D a D Face de jusante (H:V) = 1:50 Recomendando para uso em condições de taludes de médio e grande porte ( > 5m) Muro trapezoidal faces inclinadas e sapata Dimensões recomendadas: Concreto ciclópico: B’ ≅ H/3 t = H/6 b ≅ 0,3m a H/12 z ≥ t Face de jusante e montante (H:V) = 1:10 a 1:15 Grib Wall Dimensões recomendadas: Grade em concreto armado B ≅ 0,5H a H z ≥ 0,5m 0 ≤ n ≤ 5 Considerado muro do tipo retangular (solo + grade) Solo Compactado Concreto armado Exemplos de muros em Grib wall Gabião Uso em diversas condições de talude Exemplo de seções típicas de muro em gabiões Exemplo de muro em gabião – processo construtivo Exemplo do uso de gabião em encostas Exemplo do uso de gabião contenção Cabeceira de pontes Retificação de canais Exemplo do uso de gabião contenção Cursos d’água Exemplo do uso de gabiões – proteção de marges Com colchão reno Com gabião caixa Solo ensacado Aplicado em: - situações onde já houve deslizamento ou o parâmetro original precisa ser reposto; - como técnica preventiva de contenção principalmente em estradas e barragens. Exemplo de uso de solo ensacado Rip Rap Em erosões Exemplo de uso de solo ensacado em estrada Exemplo de uso de solo ensacado - degradação Solo pneu Exemplo de muro de solo pneu Cantilever em T ou L concreto armado Recomendado para taludes de pequeno a grande porte; Assume o formato em L quando x=0 Dimensões recomendadas: b ≅ 0,2 a 0,3m X ≅ H/10 a H/8 z ≥ 0,6m D ≅ y ≅ H/12 a H/10 B ≅ 0,4H a 0,7H Inclinação da face de montante (1:50) Cantilever - critérios de cálculo - Admite-se que o solo da região abaixo da linha CA ou CB está incorporado ao muro. C C A B Cantilever bases com maior resistência ao deslizamento Com a inclusão de cut-off à montante ou no alinhamento da parede central Com a inclinação da base Exemplo de projeto de cantilever T Exemplo de cantilever em T Exemplo de cantilever em L Cantilever - com contrafortes Recomendado para situações onde se pretende muros mais esbeltos. Cantilever com contrafortes de alvenaria Cantilever - com laje de atrito - O comprimento da laje de atrito deve ultrapassar a linha da provável cunha de ruptura. Nesse caso o empuxo de aterra acima e abaixo da laje são independentes Dimensões recomendadas: b ≅ 0,2 a 0,3m X ≅ H/10 a H/8 z ≥ 0,6m D ≅ y ≅ H/12 a H/10 B ≅ 0,4H a 0,7H Muros de flexão São aqueles que resistem aos esforços por flexão, geralmente utilizando parte do peso próprio do maciço arrimado que se apoia sobre sua base para manter o equilíbrio, sem caracterizar uma estrutura monolítica. O dimensionamento deve atender aos mesmos critérios do muro de gravidade, acrescido das verificações de estabilidade estrutural das peças do material constituinte, geralmente concreto armado. Muros de flexão Processo executivo Terreno na condição natural e níveis do terreno pretendido Execução da cortina sem escavação do terreno garantindo comprimento de fixação “z” do emento estrutural abaixo do nível desejado para a escavação Terreno natural Cortina Nível desejado Nível desejado Processo executivo – cont. Terreno natural Cortina Nível após a escavação Escavação Cortina Escavação do terreno a jusante até o nível desejado. Eventulamente faz-se necessário o uso de sistema de rebaixamento temporário Execução do sistema de drenagem Muros de flexão tipos Estacas justapostas Estacas secantes Estacas prancha Perfis metálicos associados a painéis de concreto (madeira) Parede associada a fundação profunda Barretes ou Hidrofresa Estacas tangentes Estacas armadas Equipamento de grande porte Escavação com caminhão Equipamento compacto Estacas secantes - parede diafragma- Estacas armadas Exemplo de estacas secantes Perfis metálicos associados a painéis de concreto (madeira) Perfis metálicos associados a painéis de concreto (madeira) Parede associada a fundação profunda Com fundação em estacas Com fundação em tubulões A parede pode ser: de concreto armado de alvenaria de blocos ou canaletas armadas e pilares Exemplo de parede associada a fundação profunda Processo executivo similar ao de muros de peso: escavação; execução da cortina; e reaterro Estacas barrete - parede diafragma - Barrete – processo executivo Hidrofresa Hidrofresa – processo executivo Hidrofresa – processo executivo (cont.) Estruturas ancoradas São aquelas cuja estabilidade é garantida através de tirantes ancorados no terreno ou de estruturas específicas de ancoragem (“mortos”). A estrutura pode se contínua, em grelha, em placas ou em contrafortes. O dimensionamento deve atender a verificação estrutural das peças constituintes da estrutura, aos critérios preconizados pela NBR-5629 para os tirantes injetados no terreno e aos Fatores de Segurança indicados no item 7.5 para a estabilidade do maciço da NBR - 11682. Cortina com ancoragem no terreno atirantada Dimensões recomendadas: b ≅ 0,1 a 0,3m B ≥ 0,5m l ≥ 6 (depende da aderência entre o tirante e solo) a ≤ 1m (em geral = 0,5m) z ≥ 0,5m Bulbo Cortina Tirante Bainha Numero de tirantes Espaçamento entre tirantes ≤ 2,5m Comprimento do tirante Pode-se usar comprimentos variáveis Linhas superiores mais longas e linhas inferiores mais curtas Buscar não posicionar os tirantes dentro da prováveis cunha de ruptura Inclinaçãodo tirante Pode-se usar inclinações variáveis Usualmente a inclinação dos tirantes deve ser superior a 10% Linhas superiores mais inclinadas e linhas inferiores menos inclinadas Cuidado no efeito de grupo entre os bulbos para evitar a redução da capacidade de carga Escavação pretendida 1ª etapa de escavação 3ª etapa de escavação 2ª etapa de escavação 1ª linha de tirantes 2ª linha de tirantes 3ª linha de tirantes Processo executivo - sem parede executada previamente- 1 2 3 4 5 6 7 8 0 Escavação sapata Execuçãosapata Processo executivo - com parede executada previamente- Escavação pretendida 1ª etapa de escavação 3ª etapa de escavação Execução da cortina 1ª linha de tirantes 2ª linha de tirantes 3ª linha de tirantes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 2ª etapa de escavação Escavação sapata Execuçãosapata Elementos de um tirante Alguns tipos de tirantes Sistema de injeção Sequência executiva do tirante Especificações Dimensionamento da parte metálica do tirante Dimensionamento da parte metálica do tirante Tipo de ensaio Critérios d estabilização Exemplo de equipamento Exemplos de obras de tirantes Exemplos de obras de tirantes Exemplos de obras de tirantes Exemplos de obras de tirantes Exemplos de obras de tirantes Cortina com ancoragem em estrutura específica mortos f d > 0 Estruturas de solo reforçado São aquelas cuja estabilidade é garantida através do reforço do terreno com elementos resistentes introduzidos no seu interior. Os elementos resistentes podem ser grampos, fitas, geotexteis, geogrelhas, colunas de solo-cimento ou estacas de qualquer tipo, que trabalham conjuntamente com o terreno. O projeto deve demonstrar que os esforços atuantes nos elementos resistentes utilizados situam-se na faixa de trabalho dos mesmos. Estruturas de solo reforçado No caso de utilização de peças de aço enterradas devem ser atendidas as mesmas condições de tensão de trabalho, para a condição definitiva ou provisória, e de proteção anticorrosiva, indicadas na norma NBR-5629 – Execução de tirantes ancorados no terreno. O projeto de estruturas de solo reforçado devem seguir as recomendações de normas específicas sobre o assunto disponíveis na ABNT: NBR-9288 – Emprego de terrenos reforçados; NBR-9286 - Terra Armada; NBR-9285- Microancoragem. Tipos Quanto ao processo construtivo Terra Armada Solo reforçado Solo Grampeado Quanto a função do maciço de montante Greide – quando a parte superior do aterro coincide com o acabamento do muro; Pé de Talude – quando existe talude no aterro acima da cota final do muro; Portante – quando sobre o muro são aplicadas sapatas para sustentação de vigas de pontes ou viadutos. Quanto ao processo construtivo Terra Armada São estruturas de contenção flexíveis, constituídas por aterro selecionado e compactado, elementos lineares de reforço que serão submetidos à tração e elementos modulares pré-fabricados de revestimento. Terra Armada Devido à sua alta capacidade de suportar cargas, a Terra Armada é ideal para muros de grande altura, ou que estejam sujeitos a sobrecargas excepcionais. O princípio da tecnologia Terra Armada é a interação entre o aterro selecionado e os reforços - armaduras de alta aderência - que, corretamente dimensionados, produzem um maciço integrado no qual as armaduras resistem aos esforços internos de tração desenvolvidos no seu interior. Estes maciços armados passam a comportar-se como um corpo “coesivo” monolítico, suportando, além do seu peso próprio, as cargas externas para as quais foram projetados. Terra armada Terra armada Terra armada Solo reforçado É o método construtivo que consiste em se obter o aumento da capacidade do solo em suportar resistência à tração, através da inserção de elementos de amarração que distribuem estes esforços através do atrito, por uma área maior do solo, fazendo com que o conjunto atue como um corpo sólido. Solo reforçado Tipos de paramento Solo Grampeado É o resultado da execução de chumbadores, concreto projetado e drenagem visando estabilizar determinado talude. Os chumbadores promovem a estabilização geral do maciço, o concreto projetado a estabilidade local junto ao paramento e a drenagem age em ambos os casos. O conjunto visa estabilizar taludes nas condições de instabilidade de: Maciços a serem cortados, cuja geometria resultante não é estável; Taludes existentes que não tem a estabilidade satisfatória; Taludes rompidos. Fases construtivas do solo grampeado Limpeza do terreno Construção em encostas naturais Perfuração Perfuração Barras Tipos de acabamento da face Vegetação Concreto Cortinas estroncadas São elementos de contenção, normalmente provisórios, cujo elemento de contenção utiliza a própria estrutura para combater os empuxos de terra Estruturas para estabilização de taludes rochosos A adoção da solução deve ser precedida da caracterização do problema, abordando-se os aspectos topográficos e geológicos, com especial atenção à inclinação e à altura do talude, além do estudo da litologia, das descontinuidades, do grau de intemperização da rocha, das condições de contato e da possibilidade de sismos e demais riscos envolvidos. É necessário o levantamento das descontinuidades com a representação estereográfica e definição do mecanismo de ruptura. A resistência ao cisalhamento das descontinuidades (se preenchidas ou não) deve ser pesquisada adotando-se critérios de ruptura consagrados considerando-se a rugosidade e resistência a compressão através de gráficos e tabelas consagrados. Tipos Para sustentação de elementos de forma “permanente” Para retenção de elementos que se desprendem Para desvio de elementos Para sustentação de elementos Chumbadores ou Grampos Contrafotes Pilares Chumbadores ou Granpos Contrafortes Contrafortes com tirantes Pilares Pilares associados a contrafortes Pilares em escavações Para retenção de elementos que se desprendem Bermas Valas ou trincheiras Paredes ou aterros Defensa de tela Telas ancoradas Barreira dinâmica Bermas Valas ou Trincheiras Paredes ou Aterros Paredes ou Aterros Tela ancorada Defensa de tela Em taludes Pé taludes Barreira dinâmica Retenção de Blocos Barreira dinâmica Retenção de Detritos Barreira dinâmica Para desvio de elementos que se desprendem Superior Inferior Desvio superior Desvio inferior Insucesso Escolha do tipo de estrutura de retenção ou desvio image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.jpg image10.jpg image11.png image12.png image13.jpg image14.jpg image15.jpeg image16.jpeg image17.jpeg image18.JPG image19.jpg image20.jpg image21.jpg image22.jpeg image23.jpg image24.jpg image25.jpg image26.jpeg image27.jpg image28.jpeg image29.jpeg image30.jpg image31.png image32.png image33.png image34.png image35.jpeg image36.JPG image37.jpg image38.jpg image39.png image40.JPG image41.png image42.png image43.png image44.png image45.jpeg image46.png image47.jpeg image48.jpeg image49.jpeg image50.png image51.jpg image52.jpg image53.jpg image54.jpg image55.png image56.jpg image57.jpg image58.png image59.jpeg image60.jpeg image61.jpeg image62.jpeg image63.png image64.png image65.png image66.png image67.png image68.png image69.png image70.png image71.png image72.png image73.png image74.png image75.png image76.png image77.png image78.jpg image79.png image80.jpeg image81.jpeg image82.gif image83.jpeg image84.png image85.emf image86.emf image87.jpeg image88.jpg image89.jpeg image90.jpeg image91.jpg image92.gif image93.jpeg image94.jpg image95.jpg image96.jpg image97.jpg image98.jpg image99.JPG image100.jpg image101.jpeg image102.jpeg image103.jpeg image104.jpeg image105.png image106.jpg image107.pngimage108.png image109.png image110.JPG image111.JPG image112.JPG image113.JPG image114.jpeg image115.jpg image116.png image117.gif image118.jpg image119.jpg image120.jpg image121.jpg image122.jpg image123.jpeg image124.jpeg image125.jpeg image126.jpeg image127.jpeg image128.jpeg image129.jpeg image130.jpeg image131.jpeg image132.png image133.png image134.jpeg image135.jpeg image136.jpeg image137.jpeg image138.jpeg image139.jpeg image140.jpeg image141.jpeg image142.jpeg image143.jpeg image144.png image145.jpeg image146.jpeg image147.jpeg image148.jpeg image149.jpeg image150.jpeg image151.jpeg image152.png image153.jpeg image154.jpeg image155.jpeg