A criação de bebês neandertais-humanos foi recente e breve

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NOTÍCIAS 24 de maio de 2024
A criação de bebês neandertais-
humanos foi recente – e breve
A análise de dezenas de genomas antigos revela que encontros próximos entre as
duas espécies ocorreram numa janela de tempo estreita.
Por Michael Eisenstein
Os Neandertais (reconstrução, certo e fóssil) e o Homo sapiens começaram a ter filhos juntos há
cerca de 47.000 anos. Crédito: Justin Tallis/AFP via Getty
natureza notícias artigo
24/05/2024, 12:01 A criação de bebês neandertais-humanos foi recente – e breve
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Há cerca de 60 mil anos, os Neandertais na Eurásia Ocidental adquiriram novos
vizinhos estranhos: uma onda de migrantes Homo sapiens que saíam de África, a
caminho do futuro domínio global. Agora, um estudo de de genomas antigos e
modernos identificou quando as duas espécies começaram a emparelhar – e
descobriu que a mistura genética durou apenas um curto período de tempo, pelo
menos numa escala evolutiva.
A análise de alta resolução também permitiu aos autores rastrear quando certas
sequências de DNA do Neandertal apareceram no genoma do H. sapiens e determinar
se foram retidas. As descobertas foram publicadas no início deste mês no servidor de
pré-impressão bioRxiv. Eles ainda não foram revisados por pares.
Legado genético
As relações entre um bom número de humanos e os neandertais ( Homo
neanderthalensis ) devem ter sido cordiais: quase todos os indivíduos vivos que não
têm ascendência africana carregam vestígios genéticos de pares passados entre as
duas espécies. Estimativas anteriores indicavam que esta mistura ocorreu durante
um amplo período entre 50 000 e 60 000 anos atrás , mas o momento real deste
“fluxo genético” e as suas consequências a longo prazo permanecem mal
compreendidos.
Estudos anteriores tentaram compreender esta história comparando os genomas
humanos contemporâneos com um pequeno número de neandertais. Mas esta
abordagem torna difícil para os investigadores definir onde começam e terminam as
sequências de Neandertais no genoma moderno.
Para enfrentar este desafio, Leonardo Iasi, geneticista
evolucionista do Instituto Max Planck de Antropologia
Evolutiva em Leipzig, Alemanha, e os seus colegas
analisaram 58 indivíduos que viveram entre 2.200 e
45.000 anos atrás e compararam o seu DNA com o de
231 indivíduos modernos de diversas espécies.
ascendências diferentes das africanas. Pessoas de
centenas
2 , 3
2 , 3
Como os Neandertais e outros
humanos antigos
RELATED
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https://www.nature.com/articles/d41586-021-00916-0
https://www.nature.com/articles/nature.2015.17534
https://www.nature.com/articles/d41586-022-03086-9
https://www.nature.com/articles/d41586-021-01429-6
https://www.nature.com/articles/d41586-021-01429-6
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ascendência africana plena não carregam quantidades
substanciais de DNA neandertal porque os seus
antepassados não fizeram parte do êxodo do continente enquanto os neandertais
estavam vivos.
Esta comparação em larga escala e abrangendo vários milénios tornou mais simples
monitorizar a “introgressão” de sequências derivadas do Neandertal no genoma
humano moderno. Os resultados indicaram que as contribuições genéticas derivadas
dos Neandertais nas amostras modernas podem ser atribuídas a um único “pulso” de
fluxo gênico que começou há cerca de 47 mil anos – mais recentemente do que o
originalmente projetado – e se estendeu por cerca de 6.800 anos, terminando na
mesma época em que os Neandertais estavam em vias de extinção. Quase 7.000 anos
podem parecer muito tempo, mas é notavelmente curto nas escalas de tempo
evolutivas, considerando as mudanças consideráveis que o genoma humano sofreu.
Desertos de Neandertal
Notavelmente, muitas das contribuições genómicas dos Neandertais foram
posteriormente removidas com notável velocidade do genoma do H. sapiens . Os
genomas humanos modernos contêm vastos “desertos” que foram totalmente
limpos de restos de Neandertais – mas os autores detectaram estes desertos mesmo
em genomas antigos dos últimos estágios da interação humano-Neandertal. De
acordo com Emilia Huerta-Sanchez, bióloga evolucionista da Universidade Brown em
Providence, Rhode Island, isso sugere que muitas sequências de Neandertais
poderiam ter sido prejudiciais aos humanos e, portanto, foram selecionadas de
forma ativa e rápida pela evolução.
Huerta-Sanchez diz que este trabalho preenche lacunas importantes na história
humana antiga. “Um dos pontos fortes do estudo é que, ao incorporar genomas
humanos antigos, eles aprenderam mais sobre como as forças evolutivas moldaram a
variação dos Neandertais nas populações humanas”, diz ela.
Mas outras lacunas permanecem. Por exemplo, os dados genómicos humanos
ancestrais de algumas regiões geográficas, incluindo a Oceânia e a Ásia Oriental, são
aprenderam a contar?
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https://www.nature.com/articles/nature.2014.14615
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Evolução Genômica
muito mais escassos do que os da Eurásia Ocidental. O Leste Asiático é
particularmente intrigante, porque os humanos modernos da região retêm níveis
especialmente elevados de ADN de Neandertal – cerca de 20% mais do que os
europeus.
Os autores se recusaram a falar com a Nature para este artigo.
faça: https://doi.org/10.1038/d41586-024-01452-3
Referências
1. Iasi, LNM et ai . Pré-impressão em bioRxiv
https://doi.org/10.1101/2024.05.13.593955 (2024).
2. Hajdinjak, M. et al. Natureza 592 , 253–257 (2021).
3. Villanea, FA e Schraiber, JG Nature Ecol. Evol. 3, 39–44 (2019).
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https://doi.org/10.1101/2024.05.13.593955
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https://www.nature.com/articles/s41586-024-07430-z
https://www.nature.com/articles/d41586-024-01454-1
https://www.nature.com/articles/d41586-024-01478-7