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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Gerenciamento de Aquisições e Qualidade do Projeto Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Artur Ubaldo Marques Júnior Revisão Textual: Prof.ª Me. Sandra Regina Fonseca Moreira Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Introdução da Unidade; • Orientações para Leitura Obrigatória; • As Ferramentas da Qualidade. Fonte: Getty Im ages Objetivos • Garantir padrões da qualidade; • Usar métricas para controle de desempenho; • Conhecer as 7 ferramentas da qualidade. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto Introdução da Unidade Sabe quando você inicia um projeto e bate aquela insegurança, aquele friozinho na barriga? Digo isso independentemente de ser seu primeiro projeto ou se você já fez cen- tenas de projetos, incluindo usinas, armamentos, submarinos, navios etc. É natural, e isso não se deve a você ser incompetente, inseguro ou qualquer coisa pejorativa; acontece porque você é humano. E, se há uma coisa que nos últimos anos vem chamando a atenção dos verdadeiros gerentes de projeto, é o fator humano. Vários deles estão lendo e fazendo cursos sobre comportamento, motivação, ética, filosofia, psicologia, porque a complexidade, pressão, depressão só tendem a piorar com o tem- po. Mais pressa, mais rápido, mais preciso, mais eficiente, mais eficaz, são as palavras da vez. Claro, amanhã inventarão outros termos bonitos e frases de efeito, mas por enquanto, você, como gerente de projeto, terá que lidar com isso. Melhor você ser au- têntico e humano, do que vestir uma máscara todos os dias e fingir que se importa, pois sua equipe vai perceber! Não estou falando isso por acaso, e por incrível que possa parecer, isso tem muito a ver com o tema desta unidade, ou seja, estamos, sim, falando de qualidade. Uma das formas que são utilizadas em gestão de projetos para diminuir essa insegu- rança, ou saber ao menos se ela é fundada, é o esforço para a garantia da qualidade. Essas iniciativas, normas, padrões, procedimentos e indicadores que você estará ado- tando vão irremediavelmente te levar a saber o que ocorre e, principalmente, nesse caso específico, se o que você escreveu em seu planejamento de qualidade é adequado para mostrar a situação das coisas, a conformidade ou não dos produtos do trabalhos das equi- pes, dos terceiros etc. Afinal, já imaginou se tudo o que você fez só serve para gerar papel, ou para “inglês ver”, como se diz, e você afunda num pântano sem fim, e junto com você vai o projeto, porque não foram lidas e interpretadas as informações porque os processos de qualidade estão inválidos ou precisam de ajustes e você não consegue tomar decisão sobre as informações passadas, ou pior, em alguns casos, nem consegue entender. Crítico não?! A garantia da qualidade visa assegurar que uma tarefa ou saída futura, tarefa ou en- cerramento de fase ainda não terminada, ou seja, em andamento, possa ser terminada conforme os requisitos e as expectativas que foram acertados e especificados. Você quer clareza do rumo que o projeto está seguindo, quer diminuir essa dúvida interna, essa incerteza, e, caro aluno, há uma solução! A Garantia da qualidade. Para tanto, você deverá utilizar dados que são normalmente criados durante proces- sos, como o de gerenciamento da qualidade. Isso gera custos que são agregados ao custo da qualidade, que incorpora, inclusive, a melhoria dos processos, pois cada detecção, cada inspeção gera base de conhecimento, lições aprendidas, entre outras coisas, que farão com que esses processos sejam operados em níveis mais elevados de eficiência. 6 7 Isso acontece também com as entradas realizadas com as medições de controle da qualidade, que são usadas para a análise e avaliação dos processos, sempre comparadas com os padrões estabelecidos e revisitados contra os requisitos, para que estejam funcio- nais e passando a leitura correta dos eventos. Quanto às ferramentas para garantia da qualidade, você poderá utilizar: • Diagrama de afinidades; • Gráfico do programa do processo de decisão; • Diagrama de inter-relacionamentos; • Diagramas de árvore; • Matriz de priorização; • Diagramas de rede de atividades; • Diagramas matriciais, entre outras. Essas ferramentas são conhecidas como as 7 ferramentas de gerenciamento e con- trole da qualidade, e estão exemplificadas de maneira clara nas vídeo aulas, portanto, não deixe de assisti-las. Você realizará isso fazendo auditorias da qualidade que servem, em linhas gerais, para identificar melhores práticas que podem, ou até mesmo que estejam sendo implementa- das: não conformidades; gaps antes que aumentem ou amplifiquem; dividir com todos as novidades das boas práticas num setor e na empresa como um todo; dar apoio de preferência proativamente; ser positivo às atitudes e mostrar as contribuições, reconhe- cer isso como lições aprendidas, e a importância da coletividade nas ações que fazem com que as coisas aconteçam e andem para frente. Fazendo essas recomendações, com certeza você terá como produto positivo a soli- citação de mudança inerente. Quero que você perceba que a mudança não é algo ruim ou bom, é simplesmente uma cascata de eventos que, quando analisados, nos levarão ao próximo passo, e com certeza, a um novo caminho, renovando o projeto e injetando certezas, e deixando tudo como a vida é: cheia de mudanças que devem sempre nos melhorar. Bons estudo e reflexões. 7 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto Orientações para Leitura Obrigatória O controle da qualidade trabalha com foco na auditoria dos requisitos da qualidade do projeto e nas medições feitas para o controle da qualidade. Tudo isso para garantir os padrões definidos de maneira apropriada, e se esses padrões são os corretos de se- rem usados. Lembra daquela máxima, compare bananas com bananas e use a mesma unidade de medida? Trata-se de usar os dados criados durante a realização das atividades baseando-se naquilo que está descrito no processo de realizar o controle da qualidade. Envolve também atividades de supervisão da garantia da qualidade, ou seja, verificar os processos, buscar pontos de melhoria, utilizar PDCA para garantir melhoria contínua assim que detectada a necessidade. Essas medições feitas de tempos em tempos no ciclo de vida do projeto servem basi- camente para análise, avaliação dos padrões e dos processos de quem está executando, que pode também ser um terceiro. Esses valores devem ser formalizados mediante docu- mentação apropriada conforme a etapa de planejamento da qualidade. O próprio PMBOK® cita como benefícios do controle da qualidade: • Identificação das causas da baixa qualidade do processo; • Identificação da causa da má qualidade do produto; • Recomendação para eliminação dessas causas; • Validar o grau de conformidade dessas entregas contra requisitos; • Validar o grau de conformidadedo trabalho do projeto contra requisitos; • Quando da realização do controle eficaz, permite a aceitação final pelas par- tes interessadas. Dentro desse processo, há a preocupação em utilizar ferramentas e técnicas de mercado consagradas para sabermos, após verificação, se a saída de uma tarefa ou a entrega de um subproduto ou produto de uma atividade, ou mesmo uma entrega, cumprirá os requisitos definidos junto aos clientes. Ela permite um incremento na con- fiança nas partes interessadas de que a entrega persegue os requisitos definidos e que possui dados confiáveis. Importante você, ou a equipe que você gerenciar, tenha conhecimento em estatística, principalmente nas diferenciações entre termos como: Prevenção (evitar que erros este- jam no processo), Amostragem por atributos (simplesmente se o resultado é ou não con- forme) e Tolerâncias (estabelece uma faixa até onde os resultados podem ser aceitos). Para tanto, você precisará se utilizar do plano do gerenciamento do projeto porque nele está toda a estratégia, e a partir dele você elaborou o plano de gestão da qualidade do projeto. Além disso, importantes são as métricas da qualidade, que mostram para você de que forma cada entrega ou produto será medido, que indicador usar, de onde vem os dados etc. 8 9 Outro item importante é possuir as listas de verificação da qualidade, pois nelas estão contidos de forma segregada o trabalho do projeto e, dessa forma, você saberá quais entregas, e se elas cumprem os requisitos. A coleta de informações para a análise você vai obter de fontes de comparação do desempenho técnico, dos prazos e dos custos, sempre numa base planejada versos a realizada. Um projeto sempre leva em consideração as mudanças, pois elas são inevitáveis. Todavia, você deve tê-las sempre de maneira formalizada, e todas as vezes que uma ocorrer e for aprovada, você deve percebê-la como uma entrada nesse processo. Mudanças não são apenas realizadas porque algum cliente esqueceu de algo, ou pediu para incluir mais coisas no projeto. Simplesmente podem ocorrer porque foi necessá- ria modificação para realizar um reparo por causa de um defeito, por exemplo, ou o método de trabalho empregado estava errado ou ineficiente. Isso vai impactar, é claro, o cronograma ou os custos, por exemplo, mas independentemente disso, o controle da qualidade deve ter certeza de que a mudança autorizada foi feita dentro dos padrões requeridos e dos requisitos necessários. Como fonte de informação de entrada do controle, você deve estar certo de que qual- quer resultado de uma entrega, atividade, tarefa ou produto sejam verificáveis e possam ser validados, se for o caso. Você percebe qual acervo de dados riquíssimo você tem ao seu dispor para realizar análises estatísticas e ter seu projeto alinhado. Para realizar o controle, essas dispõem das ferramentas básicas da qualidade, já dis- cutidas extensamente, que são: • Análise de custo-benefício; • Custo da qualidade; • As sete ferramentas básicas da qualidade; • Diagrama de causa-efeito; • Fluxograma; • Folha de verificação; • Histograma; • Diagrama de Pareto; • Gráfico de controle; • Diagrama de dispersão; • Benchmarking; • Projeto de experimentos; • Amostragem estatística; • Ferramentas adicionais de planejamento da qualidade; • Auditorias de qualidade; 9 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto • Análise de processos; • Inspeção. Nesse caso, você vai utilizar pelo menos as 7 principais para o controle: • Fluxograma; • Cartas de controle; • Diagramas de causa-efeito (espinha de peixe ou diagrama de Ishikawa); • Folhas de verificação; • Histogramas; • Gráficos de dispersão; • Diagrama de Pareto. Uma vez empregando todo esse arsenal de ferramentas da qualidade, você, como GP, deverá estar preparado para as saídas que naturalmente dirão respeito às medições de controle da qualidade, que são o resultado natural das atividades de controle da quali- dade, bem como os relatórios e indicadores de validação das mudanças solicitadas, itens principalmente oriundos de inspeções de reparação ou rejeitados. Dentro desses aspectos das saídas do controle da qualidade, haverá que determina o grau de correção das próprias entregas do processo, bem como as informações do desempenho do trabalho em andamento, o que trará em seu bojo as necessidades de ajustes nos processos em casos de não conformidade. Como se tratam de documentos que estão em constante verificação e que são ajusta- dos praticamente conforme a demanda, é natural saídas do tipo das que atualizam diver- sos documentos do projeto correlacionados, e também atualizações no próprio plano de gerenciamento do projeto e nos ativos de processos organizacionais. As Ferramentas da Qualidade Diagrama de Ishikawa ou Causa e Efeito É usado em métodos de melhoria de processos para identificar todas as causas prin- cipais que contribuem para causar um problema. Composto dos seguintes passos: • Identificar o problema; • Selecionar equipe interdisciplinar baseada no conhecimento requerido para deter- minar as causas do problema; • Desenhar a caixa do problema e a seta principal; • Identificar ações corretivas. 10 11 CAUSA EFEITO Método Equipamento Pessoas MediçãoMateriaisAmbiente Espinha Dorsal Espinha Primária Figura 1 – Exemplo de diagrama de Ishikawa (causa e efeito) Diagrama Matricial Um diagrama ou gráfico matricial é definido como uma nova ferramenta de pla- nejamento de gerenciamento, usada para analisar e exibir o relacionamento entre conjuntos de dados. O diagrama de matriz mostra a relação entre dois, três ou quatro grupos de informações. Tabela 1 – Exemplo de diagrama matricial RESTAURANTES DE CADENA Burguer King Carl’s Jr. Chili’s Mc Donald’s CA RA CT ER IS TI CA S Contenido Energético Carbohidratos Proteínas Grasa Grasa Saturada Grasa trans Peso Toral Matriz de Priorização É uma ferramenta muito simples, mas muito eficaz. Usando a matriz de prioridades, podemos decidir quais tarefas chamam a atenção imediatamente e quais são deixadas para um momento posterior. Se olharmos para dois aspectos-chave de uma tarefa, uma tarefa será urgente ou não urgente. As tarefas urgentes são aquelas que precisam de nossa atenção imediata ou que devem ser feitas imediatamente. Elas são geralmente as que tomam o nosso tempo por 11 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto causa da pressão que elas nos colocam para ser concluídas. Tarefas não urgentes são aquelas que podem ser realizadas em uma data posterior ou, inicialmente, a qualquer momento no futuro. A outra característica de uma tarefa é se é importante ou não importante. Tarefas importantes são aquelas que precisam ser feitas. Elas geralmente são de missão crítica e precisam ser feitas para garantir que o negócio continue operando. Elas podem se relacionar com qualquer número de áreas do negócio, incluindo clientes, finanças, pla- nejamento ou tarefas legais. Tabela 2 – Exemplo de matriz de priorização. Os eventos mais importantes e de maior impacto estão em tons vermelhos e mudam para cores mais frias conforme essa importância vai caindo 1. Extremo 2. Alto 3. Moderado 4. Baixo 5. Irrelevante Quase Certo Muito Crítico Muito Crítico Crítico Pouco Crítico Significante Muito Provável Muito Crítico Crítico Pouco Crítico Muito Significante Significante Pouco Provável Crítico Pouco Crítico Muito Significante Significante Pouco Significante Improvável Pouco Crítico Muito Significante Significante Pouco Significante Insignificante Raro Muito Significante Significante Pouco Significante Insignificante Insignificante Inspeção Podem ser consideradas como tarefas de conformidade com listas de verificação. Por exemplo, uma inspeção pode ser uma verificação direcionada para ver se um equi- pamento ou processo específico está operando de uma maneira segura e ambientalmen- te inofensiva. Os gerentes e coordenadores de nível corporativoou local, que precisam implementar um sistema de conformidade dentro de uma empresa ou local, buscam maneiras de melhorar a forma como as inspeções são conduzidas: • Ideia da verificação um a um; • Anterior à amostra estatística; • Cliente participa; • Encontra defeitos; • Mais minuciosa. Tabela 3 – Exemplo de folha de inspeção nº Item de inspeção Método de verificação Tolerância Sim Não 1 Amarração, posicionamentoe limpeza. Checar se a amarração está firma se as peças não estão em contato com as formas. Verificar uso de espaçadores de tela (5/m2). - 2 Posisionamento dos furos de passagem de tubulação hidráulica. Através de trena metálica, antes da concretagem. - 3 Posicionamento dos furosde passagem sobre a laje. Através de trena metálica, antes da concretagem da laje. ± 5mm 12 13 nº Item de inspeção Método de verificação Tolerância Sim Não 4 Fixação de caixas elétricas, pontos de luz, quadro de disjuntores e eletrodutos. Verificar após a fixação na tela o chumbamento, nivelamento com auxílio de nível de bolha, altura com auxílio de trena metálica e coerência com o projeto. ± 5mm 5 Limpeza e organização. Descartar restos de materiais aos locais adequados. Manter passagens (escadas, portas) livres de materiais. Deixar área limpa para montagem das formas. Auditoria A auditoria é definida como a atividade de verificação no local, como inspeção ou exame, de um processo ou sistema de qualidade, para garantir a conformidade com os requisitos. Uma auditoria pode se aplicar a uma organização inteira ou pode ser especí- fica para uma etapa de função, projeto, processo ou produção. Algumas auditorias têm fins administrativos especiais, como documentos de auditoria, risco ou desempenho, ou acompanhamento de ações corretivas concluídas. O objetivo de uma auditoria é geralmente avaliar a conformidade geral com uma ou mais regulamentações, políticas internas ou outros direcionadores de conformidade. São normalmente conduzidas por um terceiro, para o local que está sendo auditado, o que pode incluir um auditor de um departamento corporativo ou um auditor completamente externo à empresa. Também permitem que uma empresa “verifique automaticamente” se tudo está bem. A auditoria pode ser dividida em três tipos: • Auditoria do produto: Esse tipo de auditoria é um exame de um determinado produto ou serviço, como hardware, material processado ou software, para avaliar se está em conformidade com os requisitos. • Auditoria de processo: Esse tipo de auditoria verifica se os processos estão fun- cionando dentro dos limites estabelecidos. Avalia uma operação ou método contra instruções ou padrões predeterminados para medir a conformidade com esses pa- drões e a eficácia das instruções. Uma auditoria de processo pode: » Verificar a conformidade com os requisitos definidos, como tempo, precisão, temperatura, pressão, composição, capacidade de resposta, amperagem e mis- tura de componentes; » Examinar os recursos como, equipamentos, materiais e pessoas aplicados para trans- formar as entradas em saídas, o ambiente, os métodos, procedimentos e instruções seguidos e as medidas coletadas para determinar o desempenho do processo; » Verificar a adequação e a eficácia dos controles de processo estabelecidos pelos procedimentos, instruções de trabalho, fluxogramas e especificações de treina- mento e processo. 13 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto • Auditoria do sistema: É uma auditoria realizada em um sistema de gerenciamento. Pode ser descrita como uma atividade documentada, realizada para verificar, por exame e avaliação de evidência objetiva, que os elementos aplicáveis do sistema são apropriados e eficazes e foram desenvolvidos, documentados e implementados de acordo e em conjunto com os requisitos especificados. Brainstorming Estimular o pensamento criativo e gerar novas ideias; um processo formal que pode ser usado de modo estruturado ou não. Projeto de Experimentos Avaliam materiais com custos diferenciados para determinar sua melhor composição. MODELO LÓGICO IMPLEMENTADO, VALIDADE E VERIFICADO MODELO PROGRAMADO MODELO EXPERIMENTAL RESULTADOS DO MODELO Veri�cação do Projeto de Experimentos Aferição da Credibilidade dos Resultados Revisão do Projeto de Experimentos Projeto de Experimentos Experimentação Figura 2 – Exemplo de um diagrama de projeto de experimento Amostragem Estatística Objetiva fazer generalizações sobre uma população com base nos dados de uma amostra. É importante lembrar que a amostra é sempre finita, e quanto maior for a amostra, mais significativo é o estudo. Figura 3 – Exemplo de amostragem estatística 14 15 Fluxograma É uma representação gráfica ou simbólica de um processo. Cada etapa do processo é representada por um símbolo diferente e contém uma breve descrição da etapa do processo: • Auxiliar na análise de como os problemas ocorrem; • Representação gráfica de um procedimento; • Mostra atividades; • Mostra pontos de decisão; • Mostra a sequência dos eventos; • Mostra inter-relacionamento. Tramitação de Projetos de Lei Câmara dos Deputados Apresentação do Projeto Mesa - Analisa e Numera Mesa - Distribui às Comissões Tramitação conjunta Primeira Comissão Última Comissão (CCJR) Plenário Votação em Plenário Primeira Comissão Votação na Comissão Comissão Seguinte Última Comissão (CCJR) Arquivo Redação Final (CCJR) Prazo para Emendas (5 Sessões) Prazo para Emendas (5 Sessões) Existe Projeto Similar? Conclusivo nas Comissões? Tem Emendas? Méritos Contrários? Méritos Con�itantes? Recurso para Plenário? Parecer com Substitutivo? SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO Figura 4 15 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto Benchmarking Serve para comparar métodos de trabalho, verificar quais as melhores práticas e adotá-las. Folha de Verificação Método eficaz para coletar e mostrar dados. Técnica de Grupo Nominal A técnica de grupo nominal é definida como um método estruturado para brainstorming em grupo que encoraja contribuições de todos. Os membros da equipe começam anotando suas ideias e, em seguida, selecionam qual idéia eles acham melhor. Depois que os membros da equipe estiverem prontos, todos apresentarão sua ideia favorita, e as sugestões serão discutidas e priorizadas por todo o grupo. Aqui temos as etapas para que você possa executar no lugar em que você trabalha: • Declarar o assunto do brainstorming e garantir que todos entendam; • Cada membro da equipe pensa e escreve em silêncio o maior número possível de idéias em um determinado período de tempo (5 a 10 minutos); • Cada membro afirma em voz alta uma ideia; • O facilitador registra no flipchart; • Nenhuma discussão é permitida, nem mesmo perguntas para esclarecimento; • Ideias dadas não precisam ser da lista escrita do membro da equipe. De fato, com o passar do tempo, muitas idéias não serão encontradas na lista original; • Um membro pode “passar” o seu turno, e pode então adicionar uma ideia em um turno subsequente; • Continue até que todos os membros passem, ou utilize um período e número de rodadas; • Discuta cada ideia por sua vez. A redação só pode ser alterada quando o originador da ideia concordar. As idéias podem ser eliminadas da lista apenas por concordân- cia unânime. A discussão pode esclarecer o significado, explicar a lógica ou a aná- lise, levantar e responder às perguntas ou declarar concordância ou discordância; • Priorize as ideias usando multivoting ou redução de lista. 16 17 Solicitação de Mudança Aprovada Uma solicitação de mudança é uma proposta formal para uma alteração em algum produto ou sistema. No gerenciamento de projetos , muitas vezes surge uma solicitação de mudança quando o cliente deseja adicionar ou alterar as entregas acordadas para um projeto. Tal mudança pode envolver um recurso adicional, personalização ou uma extensão do serviço, entre outras coisas. Como as solicitações de mudançaestão além do escopo do contrato, elas geralmente significam que o cliente terá que pagar pelos recursos extras necessários para satisfazê-las. Figura 5 – Exemplo de formulario de requisição de mudança Diagramas de Afinidade Dam e Siang (2018) os definem como sendo um método que pode ajudar você a coletar grandes quantidades de dados e organizá-los em grupos ou temas com base em seus relacionamentos. O processo de afinidade é ótimo para agrupar dados coletados durante pesquisas ou ideias geradas durante brainstorms. 17 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto O método também é chamado de “Espaço Saturado e Grupo”. O termo “saturar” re- fere-se ao método em que todos cobrem, ou saturam, o “espaço” com imagens e notas, a fim de criar uma parede de informação, informar e começar a “agrupar” o seguinte processo de definição de problemas. Você então desenha conexões entre esses ele- mentos individuais para unir os pontos e desenvolver novos e mais profundos insights. Eles ajudarão a definir o problema e desenvolverão idéias em potencial para soluções. Você irá da análise à síntese. Figura 6 – Exemplo de diagrama de afi nidade Diagramas Baseados em Árvores de Decisão Trata-se de um diagrama em estilo de fluxograma para ajudá-lo a analisar vários cur- sos de ação que você pode tomar para qualquer obstáculo, bem como as consequências para cada um. Existem três partes em uma árvore de decisão: o nó raiz, nós folha e ramificações. Esse método pode ajudá-lo a avaliar o risco versus a recompensa e mapear um curso de ação a ser seguido. O elemento visual de uma árvore de decisão ajuda a incluir mais ações e resultados em potencial do que você poderia ter se você tivesse acabado de falar sobre isso, mi- tigando riscos de consequências imprevistas. Além disso, o diagrama permite incluir detalhes menores e criar um plano passo a passo. Assim, depois de escolher o caminho, ele já está pronto para ser seguido. 18 19 Problema Causasprimárias Causas secundárias Causas terciárias Ação Alto índice de defeitos na fabricação de equipamentos Falhas de montagem Defeitos funcionais Con�guração não conforme Defeitos estéticos Montagem de conjuntos Montagem de componentes Falhas em sistemas eletrônicos Falhas em sistemas mecânicos Ordem de fabricação errada Defeitos de pintura Arranhões diversos Conjunto errado Conjunto não pode ser montado Fios solto ou mal conectado Falta de algum componente Defeito na placa eletrônica Conjunto moto- redutor engripado Defeito nas polias e engrenagens Arranhão Serigra�a borrada Gabinete empenado Fiação, botôes e rodízios arranhados Identi�car conjuntos Veri�car ferramentas de estampagem das bases Fazer auto controle com template Fazer auto-controle com template Implementar teste funcional no fornecedor Usar graxa gra�tada na lubri�cação do conjunto Inspecionar amostragem no reconhecimento Padronizar códigos de produto Proteger partes pintadas com plástico adesivo Aumentar tempo de cura Construir gabarito para conferir esquadro Fazer auto-controle Utilizar embalagens plásticas no transporte interno Fazer auto-controle 100% 37% 29% 21% 13% 27% 10% 17% 12% 21% 9% 4% 22% 5% 9% 1% 17% 9% 3% 2% 7% 1% 3% Exemplo completo de um processo de análise e solução de problemas utilizando o Diagrama de Árvore Figura 7 – Exemplo de diagrama de árvore de decisão. Desdobramento de um problema para buscar sua causa raiz com plano de ação Gerenciar projetos é entender requisitos e transformá-los em certezas, entregas, estar atento, antecipar problemas para evitar sobrecustos, desgastes, desmotivações e fracas- sos. Não que evitando tudo isso o projeto dê certo, mas o grau de incertezas diminui à medida em que você proporciona previsibilidade através de medidas que garantam a qualidade, que a certifiquem. Foi exatamente esse o escopo dessa unidade, garantir a você o entendimento dos processos, a possibilidade de contar com ferramentas importantes para a garantia da qualidade. A análise de processos tem papel importante como uma dessas ferramentas, pois está atinente ao plano de melhorias, e também ao PDCA que, mediante emprego de mecanismos de checagem, permite examinar os problemas, onde ocorreram e restri- ções encontradas nas atividades que não possuam valor agregado, ou que deveriam possuir, mas não produzem esse efeito. Para isso, voce pode contar com a análise de causa raiz, por muitos conhecida como diagrama de Ishikawa, e com isso corrigir e também criar ações preditivas. O impor- tante é que qualquer coisa descoberta deve compor a base de lições aprendidas e de co- nhecimentos, em geral para que o próximo projeto esteja com probabilidades melhores que o atual. 19 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto As auditorias de qualidade não são coisas negativas feitas para “dedurar” alguém, mas para entender o que acontece, comparar padrões, comportamentos, eficiência e eficácia. Por fim, pegar o que há de bom e dividir, e quanto ao que há de ruim, corrigir, e assim aprender com o erro. O controle é um item perseguido em projetos devido ao grau de certeza imposto desde o início do projeto, de forma a tentar, com o emprego das 7 ferramentas da quali- dade, bem como das inspeções, melhorar a possibilidade de término positivo dentro dos requisitos impostos pelos clientes sobre as entregas do projeto. Somente com o controle e a produção de indicadores, mediante a utilização de da- dos confiáveis obtidos das fontes geradoras de trabalho no projeto é que começamos a mostrar aos stakeholders que as entregas estão em conformidade, e que o produto do projeto começa a se desenhar de acordo com o requerido. Coloco, por fim, uma reflexão: você realmente acredita que, nos dias de hoje, uma empresa que se diz séria, gerir um projeto sem considerar a gestão da qualidade, man- tendo-se sustentavelmente no mercado globalizado como vivemos atualmente? 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites O Custo da Qualidade Escute do podcast do Ricardo Viana Vargas, entitulado “O custo da qualidade”. Este podcast discute e aborda o conceito da qualidade versus o custo envolvido para produzir a qualidade. Ele mostra que os custos relacionados à criação de atributos não percebidos pelo cliente significam desperdício direto de capital. https://goo.gl/qf1sNW Vídeos Qual a diferença entre Controle da Qualidade e Garantia da Qualidade? - Decifrando o PMBOK #012 Assista ao vídeo entitulado “Qual a diferença entre Controle da Qualidade e Garantia da Qualidade?” Você vai aprender a diferença entre controlar e garantir dentro do que foi planejado. https://youtu.be/qNGgcVaHiSc PDCA - Ciclo da Melhoria Contínua - Ferramentas da Qualidade Total Assista ao vídeo entitulado “PDCA - Ciclo da Melhoria Contínua - Ferramentas da Qualidade Total”. Você aprenderá sobre PDCA e como ele pode ajudar na sua carreira e na sua vida. https://youtu.be/LNks06uwsjo 21 UNIDADE Gerenciar e Controlar a Qualidade do Projeto Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura A compreensão da qualidade na gestão de projetos Leia o artigo de Ueliton de Freitas Silva. Conforme o autor, quando falamos em qualida- de, temos que compreender que podemos relacionar qualidade dentro do gerenciamento de projetos de duas formas: quando relacionamos a qualidade nos processos de geren- ciamento do projeto ou com referência ao produto ou serviço final que será realmente entregue. A abordagem deste artigo irá se referir a um pouco dos dois, mas a entrega do produto do projeto e a satisfação do cliente ao que ele espera receber como resultado é um indicador chave para informar que o projeto teve sucesso dentro da organização. https://goo.gl/A7xP5c Uma abordagem comparativa do gerenciamento da qualidade do projeto Leia o artigo de Amaury Bordallo Cruz, Elton Fernandes, Solange Lima, Renato S.B. de Araújo. Uma análise comparativa do processo de gerenciamento da qualidade do projeto a luz do Guia do PMBOK independente de sua versão contra a norma NBR ISO 9001. https://goo.gl/rhj2bf Gerenciamento Da Qualidade De Um Projeto De Adequação de uma Central de Materiais e Es- terilização: um estudo de caso Leia o artigo de Elana Maria Ramos Freire e Maria Regina Martinez. Ele descreve como foi realizado o gerenciamento da qualidade de projetos baseados nas premissas do PMBOK em um Projeto de Adequação de uma CME, a fim de contribuir para que o projeto cumprisse com seus objetivos, contribuindo também na construção do conhe- cimento nesta área ainda pouco explorada no setor saúde. https://goo.gl/Yb82Af Gestão PMI News Leia a revista digital “Gestão PMI News”, Ano 2, número 4, de Augusto Camargos, que possui muitos artigos interessantes. Você pode ler a revista inteira, se quiser, mas destaco o artigo, “A qualidade no gerenciamento de projetos”, que contempla os principais con- ceitos e postulados dos grandes gurus da qualidade, as ferramentas e técnicas da qualida- de, bem como os processos desta disciplina, conforme nosso aprendizado no PMBOK (r). https://goo.gl/hnkU9K 22 23 Referências DAM, R. E.; SIANG, T. Affinity Diagrams – Learn How to Cluster and Bundle Ideas and Facts. 2018. Disponivel em: <https://www.interaction-design.org/ literature/article/affinity-diagrams-learn-how-to-cluster-and-bundle-ideas-and-facts>. Acessado em: 18/02/2018. 23