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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Gerenciamento de Aquisições e Qualidade do Projeto Planejando o Gerenciamento da Qualidade Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Artur Ubaldo Marques Júnior Revisão Textual: Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Gerenciamento da Qualidade; • O que é Qualidade; • Planejamento da Qualidade. Fonte: Getty Im ages Objetivos • Definir padrões de qualidade do projeto; • Definir conformidades das entregas do projeto; • Identificar requisitos dos clientes do projeto. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Planejando o Gerenciamento da Qualidade UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Contextualização Um dos pontos principais de falha em gestão de projetos, e consequentemente no produto do projeto, está em não darmos atenção à qualidade do que estamos fazendo durante o ciclo de vida do projeto. É importante que dimensões como os requisitos que os clientes passam ao sponsor e/ou gerente de projeto e sua equipe sejam factíveis, inteligíveis e passíveis de cumpri- mento, que padrões de conformidade sejam definidos e possam ser trabalhados, verifi- cados e, principalmente, atingidos. Muitas das vezes a não preocupação com a qualidade acarreta refazer atividades in- teiras, bater boca com o cliente porque você entendeu de uma forma e ele quer de outra e, como todos nós sabemos, o cliente sempre tem razão e a falha é sua - ou porque não documentou e formalizou o que foi pedido ou porque não confirmou com o seu cliente o que você iria fazer e também o que você não iria fazer. Veja bem, esse último tem um peso fundamental e evita que o cliente ache coisas. Sim, isso também faz parte da qualidade com que você faz o seu projeto! Então, se posso lhe dar um conselho, se preocupe com os processos e atividades da organização em que você trabalha e de que maneira as políticas de qualidade existentes ou não, os objetivos e as responsabilidades de cada um estejam bem claros, para que o projeto que será desenvolvido possa satisfazer as necessidades originais de sua criação. E lembre-se de que atividades da qualidade exigem vigilância, controle, monitoramen- to, proatividade, pois haverá mudanças e ajustes e você como gerente de projeto deverá estar apto(a) a percebê-las e traduzi-las em planos de ação e de melhoria contínua para que o projeto seja entregue por inteiro. Inicialmente, o processo de planejar o gerenciamento da qualidade envolve identifi- car esses requisitos e padrões de qualidade tanto do projeto quanto em um nível mais profundo, as entregas e também a forma como a documentação que será ou está sendo produzida demonstra a conformidade com que esses requisitos estejam sendo cumpri- dos, bem como os padrões que foram escritos sejam uteis, aferíveis e inteligíveis. Como sempre, no PMBOK as áreas de conhecimento se interpenetram de forma que um documento gerado aqui impacta em outras gerências, como escopo, custos, tempo, risco, por exemplo, de tal forma que mesmo aprendendo algo específico sobre qualida- de, você deve revisar e se preocupar com os documentos e entregas de outras áreas, afinal a qualidade permeia o projeto como um todo e seu produto também. O foco do gerenciamento da qualidade está situado exatamente no projeto como um todo e em suas entregas, no particular, como volto a frisar aqui. Dessa forma, em par- ticular, uma entrega pode possuir técnicas e ferramentas de qualidade diferentes para aferi-la e acompanhá-la; por exemplo, para alguns casos aplicaremos a inspeção que individualiza e pormenoriza o item da entrega, em outras vezes pode ser interessante utilizar uma amostragem estatística representativa, por exemplo. Você percebe que in- dependentemente da abordagem ferramental, o que está em jogo aqui é o cumprimento dos requisitos da entrega, que se não forem conformes gerará um problema grave no projeto, e a responsabilidade é sua como GP! 6 7 Vou dar alguns alertas para você sobre a qualidade: • Querer cumprir etapas de um projeto com sobrecarga e superlotação de recursos pode ser uma péssima ideia (geralmente é mesmo), porque pressionando e sobrecar- regando pessoas você vai gerar acidentes, conflitos não produtivos, erros sistemáti- cos e riscos até mesmo maiores sobre as pessoas, dependendo da categoria do pro- jeto que você está gerenciando (já imaginou isso numa usina hidrelétrica?), cuidado! • Às vezes você está muito preocupado com o cronograma e os custos do projeto e como “tempo é dinheiro”, você pode querer apressar uma inspeção ou acelerar alguma etapa da qualidade; bem, aqui vem um outro problema que você deve estar ciente de que causará. Basicamente, acontecerá de se deixar escapar na pressa erros, inconformidades que não serão detectadas, por exemplo: materiais ou equi- pamentos de baixa qualidade ou mais baratos ou, ainda, mal dimensionados, como cálculos estruturais de obras e, numa só palavra, isso pode custar a vida de mem- bros da equipe do projeto ou, em situação posterior, a implementação nas vidas dos clientes do projeto! A responsabilidade é sua, porque sua pressa ou pressão de terceiro fez você esquecer princípios básicos da própria carta de ética do gerente de projetos disponível no site do PMI®, já deu uma olhada?! O PMBOK segue níveis e padrões de qualidade baseados na ISO. É sine qua non que todos os projetos tenham plano de gerenciamento da qualidade, e as equipes parti- cipantes do gerenciamento da qualidade devem cumpri-los e dispor de mecanismos que afiram e comprovem os valores alcançados e a conformidade de padrões. Os focos determinantes do plano da gestão da qualidade devem estar fundamentados nos seguintes pilares: • promover a satisfação do cliente; • focar em prevenção e não na inspeção, uma vez que há custo da qualidade envol- vido. Melhor fazer certo da primeira vez que ficar fazendo remendos um após o outro, isso além de inadequado encarece; • estar interessado na melhoria contínua, o ciclo PDCA deve permear toda a cadeia de valores e do ciclo de vida do projeto e suas entregas; • participação ativa e de apoio da gerência para o sucesso do projeto e isso envolve fornecer recursos adequados - físicos, psicológicos, financeiros, etc.; • foco no custo da qualidade, que nada mais é do que o valor total do trabalho feito em conformidade e também o que foi feito em não conformidade (retrabalhos, er- ros, redefinições, etc.), afinal trata-se de um esforço compensatório, já que não foi feito certo da primeira vez. Isso encarece demais e deixa o projeto não competitivo. O produto final de tudo isso que falamos juntamente com o emprego de ferramentas e técnicas é um documento de planejamento contendo todos os padrões e conformidades. Ele é complementar ao plano de gerenciamento do projeto e auxilia todos os outros com relação aos indicadores e auditorias, inspeções, amostras, ferramentas para trabalhar problemas, como diagrama de Ishikawa, diagrama matricial, de árvore de decisão, etc. 7 UNIDADE Planejandoo Gerenciamento da Qualidade Gerenciamento da Qualidade O gerenciamento da qualidade é uma disciplina para garantir que as saídas, os bene- fícios e os processos pelos quais eles são entregues satisfaçam os requisitos das partes interessadas e sejam adequados ao propósito. Em conformidade com o PMBOK 6ª ed., p. 271, o gerenciamento da qualidade em projetos é dividido em 3 grandes grupos de processos, a saber: • Planejar o gerenciamento da qualidade: o processo de identificar os requisitos e/ ou padrões da qualidade do projeto e suas entregas, e documentar como o projeto demonstrará a conformidade com os requisitos e/ou padrões de qualidade. • Gerenciar a qualidade: o processo de transformar o plano de gerenciamento da qualidade em atividades da qualidade executáveis que incorporam no projeto as políticas de qualidade da organização. • Controlar a qualidade: o processo de monitorar e registrar resultados da execução de atividades de gerenciamento da qualidade para avaliar o desempenho e garantir que as saídas do projeto sejam completas, corretas e atendam às expectativas do cliente. Temos que entender, todavia, que esses 3 processos possuem em si um “quarto processo” que permeia todos os anteriores, que é a Melhoria Contínua ou KAYZEN, se preferir. Dessa forma, nossa definição anterior poderia ser completada com essa quarta forma que vamos ver agora, porém vamos complementar nossa definição e deixá-la mais facilmente explicável: • Planejamento de qualidade envolve a elaboração de um plano de gerenciamento de qualidade que descreve os processos e métricas que serão usados. O plano de gerenciamento da qualidade precisa ser acordado com as partes interessadas rele- vantes, para assegurar que suas expectativas de qualidade sejam corretamente iden- tificadas. Os processos descritos no plano de gerenciamento da qualidade devem estar em conformidade com os processos, cultura e valores da organização anfitriã. • Gerenciar ou garantir qualidade proporciona confiança à organização anfitriã de que seus projetos, programas e portfólios estão sendo bem gerenciados. Ele valida o uso consistente de procedimentos e padrões e garante que os funcionários te- nham os conhecimentos, habilidades e atitudes corretos para cumprir suas funções e responsabilidades de projeto de maneira competente. A garantia de qualidade deve ser independente do projeto, programa ou portfólio ao qual se aplica. • Controle de qualidade consiste em inspeção, teste e medição. Ele verifica se as en- tregas estão em conformidade com as especificações, são adequadas ao propósito e atendem às expectativas das partes interessadas. As atividades de controle de qualidade determinam se os critérios de aceitação foram ou não cumpridos. Para que isso seja eficaz, as especificações devem estar sob rigoroso controle de confi- guração. É possível que, uma vez acordada, a especificação precise ser modificada. Geralmente, isso é para acomodar solicitações de mudança ou problemas, manten- do restrições de tempo e custo aceitáveis. Quaisquer alterações consequentes nos critérios de aceitação devem ser aprovadas e comunicadas. 8 9 • O último componente, porém, que não está no PMBOK 6ª edição é a melhoria contínua, é o termo genérico usado pelas organizações para descrever como as informações fornecidas pelos processos de gerenciar e controlar a qualidade são usadas para promover melhorias em eficiência e eficácia. Um modelo de maturida- de pode fornecer uma estrutura pela qual a melhoria contínua pode ser iniciada e incorporada na organização. Então, utilizamos o gerenciamento de qualidade em projetos para garantir que os padrões sejam consistentes. Para tanto, lançamos mão de diversas ferramentas para garantir que isso ocorra de forma uniforme; por exemplo, a inspeção produz dados e ferramentas, como diagramas de dispersão, cartas de controle, diagramas de fluxo e diagramas de causa e efeito, os quais ajudam a entender a qualidade do trabalho e como ele pode ser melhorado. A principal contribuição para a melhoria contínua que pode ser feita dentro do cro- nograma de um projeto é através das lições aprendidas. As lições aprendidas existentes devem ser consultadas no início de cada projeto e quaisquer lições relevantes usadas na preparação da documentação do projeto. No final de cada projeto, as lições aprendidas devem ser documentadas como parte da revisão pós-projeto e realimentadas no banco de dados de conhecimento. Esses 3 processos interagem entre si e com os processos nas outras áreas de conhe- cimento também. Cada processo pode envolver esforço de um ou mais indivíduos ou grupos de indivíduos com base nas necessidades do projeto. Cada processo geralmente ocorre pelo menos uma vez em cada fase do projeto. Embora os processos sejam apre- sentados aqui nesse nosso texto como elementos discretos com interfaces bem definidas, na prática eles podem se sobrepor e interagir de formas não detalhadas aqui por não conseguirmos declarar todas as interações possíveis, aliás nenhum documento ou livro, nem mesmo o PMBOK, faz isso. A abordagem básica para o gerenciamento da qualidade em projetos leva em con- sideração um apanhado de todas as normas e boas práticas contidas, por exemplo, na Organização Internacional para Padronização (ISO), conforme detalhado nas normas e diretrizes da série ISO 9000 e 10000. Também deve ser compatível com abordagens proprietárias de gerenciamento de qualidade, como as recomendadas por Deming, Juran, Crosby e outras, bem como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM), Me- lhoria e outros. O gerenciamento da qualidade do projeto deve abordar tanto o geren- ciamento do projeto quanto o produto do projeto. O não cumprimento dos requisitos de qualidade em qualquer dimensão pode ter sérias consequências negativas para qualquer uma ou todas as partes interessadas do projeto. Por exemplo: • atender aos requisitos do cliente sobrecarregando a equipe do projeto pode produ- zir consequências negativas na forma de maior rotatividade de funcionários; • cumprir os objetivos do cronograma do projeto ao executar inspeções de qualidade planejadas pode gerar consequências negativas quando os erros não são detectados. 9 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Visão Geral do Gerenciamento da Qualidade do Projeto 8.1 Planejar o Gerenciamento da Qualidade 8.2 Gerenciar a Qualidade 8.3 Controlar a Qualidade .1 Entradas .1 Termo de abertura do projeto .2 Plano de gerenciamento do projeto .3 Documentos do projeto .4 Fatores ambientais da empresa .5 Ativos de processos organizacionais .2 Ferramentas e técnicas .1 Opnião especializada .2 Coleta de dados .3 Análise de dados .4 Tomada de decisões .5 Representação de dados .6 Planejamento de testes e inspeções .7 Reuniões .3 Saídas .1 Plano de gerenciamento da qualidade .2 Métricas da qualidade .3 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto .4 Atualizações de documentos do projeto .1 Entradas .1 Plano de gerenciamento do projeto .2 Documentos do projeto .3 Ativos de processos organizacionais .2 Ferramentas e técnicas .1 Coleta de dados .2 Análise de dados .3 Tomada de decisões .4 Representação de dados .5 Auditorias .6 Design for X .7 Solução de problemas .8 Métodos para melhoria da qualidade .3 Saídas .1 Relatórios de qualidade .2 Documentos de teste e avaliação .3 Solicitações de mudança .4 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto .5 Atualizações de documentos do projeto .1 Entradas .1 Plano de gerenciamento do projeto .2 Documentos do projeto .3 Solicitações de mudança aprovadas .4 Entregas .5 Dados de desempenho do trabalho .6 Fatores ambientais da empresa .7 Ativos de processos organizacionais .2 Ferramentas e técnicas .1 Coleta de dados.2 Análise de dados .3 Inspeção .4 Testes/avaliações de produtos .5 Representação de dados .6 Reuniões .3 Saídas .1 Medições de controle da qualidade .2 Entregas veri�cadas .3 Informações sobre o desempenho do trabalho .4 Solicitações de mudança .5 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto .6 Atualizações de documentos do projeto Figura 1 – Visão geral dos 3 processos envolvidos na qualidade segundo o PMBOK 6ª ed., p. 272 O que é Qualidade Qualidade é fazer com que as organizações atuem para as partes interessadas, desde melhorar produtos, serviços, sistemas e processos até se certificar de que toda a organi- zação é adequada e eficaz. Gerenciar a qualidade significa buscar constantemente a exce- lência: garantir que o que a sua organização faz é adequado ao propósito, e não apenas permanece assim, mas continua melhorando. Há muito mais na qualidade do que apenas fabricar coisas ou prestar serviços sem quaisquer defeitos, falhas ou fazer as coisas no prazo. O que significa qualidade para a sua organização é, em última análise, uma questão para as suas partes interessadas. E pelas partes interessadas queremos dizer qualquer um que tenha interesse no sucesso do que sua organização faz. Sim, também há partes interessadas no fracasso do seu projeto, portanto tenha cuidado. 10 11 Os clientes serão o grupo mais importante de interessados para a maioria das em- presas, mas investidores, funcionários, fornecedores e membros da sociedade em geral também são partes interessadas. Fornecer qualidade em sua organização significa saber quem são seus stakeholders, entender quais são suas necessidades e atender a essas necessidades ou, melhor ainda, exceder as expectativas, agora e no futuro. De forma geral, a qualidade existe para fazer com que as empresas possam sobreviver e prosperar. A boa gestão da qualidade pode melhorar a marca e a reputação da sua orga- nização, protegê-la contra riscos, aumentar sua eficiência, aumentar seus lucros e posicio- ná-la para continuar crescendo. Tudo isso enquanto deixava os funcionários e os clientes mais felizes. Eu falei sério, funcionários e clientes precisam estar felizes com a empresa! Determinar e fornecer os níveis necessários de qualidade e graus de qualidade são as responsabilidades do gerente de projeto e da equipe de gerenciamento de projetos. A equipe de gerenciamento de projetos também deve estar ciente de que o gerenciamento de qualidade moderno complementa o gerenciamento moderno de projetos. Por exem- plo, ambas as disciplinas reconhecem a importância da: • Satisfação do cliente: entender, gerenciar e influenciar as necessidades para que as expectativas do cliente sejam atendidas ou superadas. Isso requer uma combina- ção de conformidade com as especificações (o projeto deve produzir o que ele disse que produziria) e adequação ao uso (o produto ou serviço produzido deve satisfazer as necessidades reais). • Prevenção sobre inspeção: o custo de evitar erros é sempre muito menor do que o custo de corrigi-los. • Responsabilidade de gestão: o sucesso requer a participação de todos os mem- bros da equipe, mas continua sendo responsabilidade da administração fornecer os recursos necessários para o sucesso. Além disso, iniciativas de melhoria de qualidade realizadas pela organização executo- ra TQM (Gerenciamento Total da Qualidade), Melhoria Contínua, entre outros, podem melhorar a qualidade do gerenciamento de projetos, bem como a qualidade do produto do projeto. No entanto, há uma diferença importante da qual a equipe de gerenciamento de projetos deve estar ciente. A natureza temporária do projeto significa que os investi- mentos na melhoria da qualidade do produto, especialmente prevenção e avaliação de defeitos, devem ser suportados pela organização. Patterson (1983) coloca com as seguintes palavras a perspectiva dos gerentes de projeto em relação à gestão da qualidade: A Gestão da Qualidade é alcançada através das pessoas e suas habi- lidades. Assumindo que o conceito do projeto, o prazo, o orçamento e os padrões de desempenho tenham sido estabelecidos, um gerente de qualidade irá: 1. Comunicar e educar sua equipe desde o início sobre a necessidade de profissionalismo, qualidade e economia como critérios de desem- penho durante todo o projeto. 11 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade 2. Estabelecer espírito de equipe dentro de sua equipe, comunicando um desafio para alcançar o objetivo através do esforço cooperativo. 3. Construir dedicação por ser receptivo a sugestões de melhoria do projeto. Ele comunicará a sugestão através do resto da equipe, dan- do crédito ao originador, mas envolvendo-os todos no refinamento dessa sugestão. 4. Reconhecer seus recursos e fazer as atribuições do projeto propor- cionais ao forte e potencial de contribuição do indivíduo designado. 5. Seja o mentor e o guia de sua equipe designada e incentivará a interação entre eles para assegurar uma orientação cooperativa e de- dicada para a obtenção de um projeto de qualidade e custo efetivo. 6. Ter modelos em escala física da instalação, ou pelo menos as par- tes mais complexas dela, para fornecer ajuda visual pronta para o pessoal do projeto. Os modelos ilustrarão interferências, riscos po- tenciais e possíveis gargalos de produção, se estiverem presentes”. (PATTERSON, 1983.) Planejamento da Qualidade O planejamento de qualidade envolve identificar quais padrões de qualidade são rele- vantes para o projeto e determinar como satisfazê-los. É um dos principais processos de facilitação durante o planejamento do projeto e deve ser executado regularmente e em paralelo com os outros processos de planejamento do projeto. Por exemplo, a qualidade de gerenciamento desejada pode exigir ajustes de custo ou cronograma, ou a qualidade desejada do produto pode exigir uma análise detalhada do risco de um problema iden- tificado. Antes do desenvolvimento da série de normas da ISO 9000, as atividades des- critas aqui como planejamento de qualidade foram amplamente discutidas como parte da garantia de qualidade. As técnicas de planejamento de qualidade são aquelas usadas com mais frequência nos projetos. Existem muitos outros que podem ser úteis em determinados projetos ou em algumas áreas de aplicação. A equipe do projeto também deve estar ciente de um dos princípios fundamentais do gerenciamento moderno da qualidade, ou seja, a quali- dade é planejada, não inspecionada. O PMBOK 6ª ed., p. 273, coloca as seguintes ações de forma negativa, as quais co- laboram negativamente como conceitos essenciais para o gerenciamento da qualidade e que, portanto, devem ser evitadas: • cumprir os requisitos do cliente sobrecarregando a equipe do projeto pode resultar em redução dos lucros e aumento dos níveis de riscos gerais do projeto, atritos entre os funcionários, erros ou retrabalho; • cumprir os objetivos do cronograma do projeto apressando as inspeções de quali- dade planejadas pode resultar em erros não detectados, redução de lucros e aumen- to de riscos pós-implementação. 12 13 Entradas .1 Termo de abertura do projeto .2 Plano de gerenciamento do projeto · Plano de gerenciamento dos requisitos · Plano de gerenciamento dos riscos · Plano de engajamento das partes interessadas · Linha de base do escopo .3 Documentos do projeto · Registro de premissas · Documentação dos requisitos · Matriz de rastreabilidade dos requisitos · Registro dos riscos · Registro das partes interessadas .4 Fatores ambientais da empresa .5 Ativos de processos organizacionais Ferramentas e técnicas .1 Opinião especializada .2 Coleta de dados · Benchmarking · Brainstorming · Entrevistas .3 Análise de dados · Análise de custo-benefício · Custo da qualidade .4 Tomada de decisões · Análise de decisão envolvendo critérios múltiplos .5 Representaçãode dados · Fluxogramas · Modelos lógicos de dados · Diagramas matriciais · Mapeamento mental .6 Planejamento de testes e inspeções .7 Reuniões Saídas .1 Plano de gerenciamento da qualidade .2 Métricas da qualidade .3 Atualizações do plano de gerenciamento do projeto · Plano de gerenciamento dos riscos · Linha de base do escopo .4 Atualizações de documentos do projeto · Registro das lições aprendidas · Matriz de rastreabilidade dos requisitos · Registro dos riscos · Registro das partes interessadas Planejar o Gerenciamento da Qualidade Figura 2 – Visão geral do processo de planejamento da qualidade. PMBOK 6ª ed., p. 277 Algumas definições sobre as ferramentas utilizadas para o planejamento seriam: Brainstorming É o nome dado a uma situação em que um grupo de pessoas se encontra para gerar novas ideias em torno de uma área específica de interesse. Usando regras que eliminam as inibições, as pessoas são capazes de pensar mais livremente e de se moverem para novas áreas de pensamento e, assim, criar inúmeras novas ideias e soluções. Os parti- cipantes gritam ou captam ideias à medida que ocorrem e depois constroem as ideias levantadas por outros. Todas as ideias são anotadas e não são criticadas. Somente quan- do a sessão de brainstorming termina, as ideias são avaliadas. É uma ótima técnica de gerenciamento de projetos para resolver problemas. Mapa geral de regras para uma sessão de brainstorming: https://goo.gl/9xSWHE Benchmarking É referido como o processo pelo qual uma organização mede seus produtos, serviços e práticas Benchmarking no TQM, com exemplos contra seus concorrentes mais difí- ceis, ou aquelas organizações reconhecidas como líderes no mesmo setor. Os gerentes de várias organizações usam essa ferramenta para determinar se sua organização está fornecendo suas funções e atividades específicas e a necessidade de melhoria em seus processos de negócios. Portanto, o benchmarking envolve a comparação de práticas de projeto reais ou pla- nejadas com as de outros projetos, a fim de gerar ideias para melhoria e fornecer um pa- drão para medir o desempenho. Os outros projetos podem estar dentro da organização executora ou fora dela, e podem estar dentro da mesma área de aplicação ou em outra. 13 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Tabela 1 – Exemplo de benchmarking comparativo para serviços Benchmark ou Comparativo – Exemplo Serviços Projeto: Reclamações repetidas de clientes Tópicos avaliados Empresa ABC Empresa XYZ Empresa onde é conduzido o projeto Conclusão Canais de atençao ao cliente Plataforma SAC unificada+ atendimento presencial em lojas Plataforma 0800 + e e-mail + chat 2 plataformas 0800 (por segmento de cliente) Dependendo do tipo de problema que o cliente reclama, é mais fácil ajudá-lo por canais presenciais do que remotos Critérios de respostas ao cliente frente a uma reclamação Na plataforma, realiza uma pré-análise antes de enviar ao Back Office. Nas lojas, tem um analista expert de plantão. Realiza uma pré- análise on-line. Casos complicados são derivados ao Back Office Acata todas, depois um Back Office analisa. A aceitação de uma negativa por parte do cliente é mais complicada quando se acata primeiro para recusar depois. Casos “simples” devem ser respondidos na hora. Carga de trabalho 1 PA/250 chamados ou 1 atendente/100 clientes e 1 analista/500 clientes 1 PA/300 chamados ou 1 operador de chat e e-mail/200 clientes 1 PA/400 chamados no segmento A e 1 PA/200 chamados no segmento B A diferença de nível de serviço (perda de chamados, fila, etc) gera insatisfação. Tabela 2 – Exemplo de benchmarking comparativo para produção Benchmark ou Comparativo – Exemplo Manufatura Projeto: Redução do Lead Time de Produção do produto X Tópicos avaliados Empresa contatadas ABC Empresa contatadas XYZ Empresa onde é conduzido o projeto Conclusão Forma de transporte de matéria prima Em bombonas de 20L, transportadas em carrinhos Em caixas de polipropileno de 0,80 x 0,60 x 0,60, em pallets Em caixas ou bombonas, dependendo do fornecedor, transportadas por carrinhos Tanto nos pallets como nos carrinhos, a padronização da embalagem de transporte facilita a logística de deslocamento. Forma de transporte de produto acabado Em caixas abertas, empilhadas, no carrinho Em caixas fechadas, empilhadas, no pallet Em caixas fechadas, empilhadas, no carrinho A caixa aberta permite o esmagamento do produto acabado. Tempo e produtividade de transporte de MP (desde a saída do almoxarifado até a disponibilização para a linha) 10 x 20L (≈192kg) a cada 10 min 40 x 23 L (≈5520kg) a cada 12 min Em bombonas: 12 x 20L (≈216kg) a cada 8 min. Em caixas: 10 x 23 L (≈1380kg) a cada 30 minutos. O uso do pallet aumenta a produtividade. 14 15 Entrevistas A palavra entrevista vem do latim, significando “ver entre” ou “ver um ao outro”. Geralmente, uma entrevista significa uma reunião privada entre as pessoas quando per- guntas são feitas e respondidas. A pessoa que responde às perguntas de uma entrevista é chamada entrevistado. A pessoa que faz as perguntas da entrevista é chamada de en- trevistador. Sugere um encontro entre duas pessoas com o objetivo de obter uma visão mútua, ou de proporcionar ao entrevistador algumas informações de que ele não dispõe e que são importantes ou, ainda, apenas fazer com que duas pessoas se conheçam em nível de suas habilidades, por exemplo. As entrevistas, em linhas gerais, conforme o Business Communication, 2018, podem ser: Entrevistas pessoais Entrevistas pessoais incluem: • Seleção dos funcionários • Promoção dos funcionários • Aposentadoria e renúncia dos empregados Naturalmente, esse tipo de entrevista é projetado para obter infor- mações por meio de discussão e observação sobre o desempenho do entrevistador no trabalho. Entrevistas de avaliação: as entrevistas que ocorrem anualmente para analisar o progresso do entrevistado são chamadas entrevistas de ava- liação. Naturalmente, está ocorrendo entre superiores e subordinados. O objetivo principal desta entrevista é descobrir os pontos fortes e fracos dos funcionários. Entrevistas persuasivas: este tipo de entrevista é projetado para ven- der a alguém um produto ou uma ideia. Quando um representante de vendas conversa com um comprador-alvo, a persuasão assume a forma de convencer o alvo de que o produto ou a ideia atende a uma necessidade. Entrevistas estruturadas: entrevistas estruturadas tendem a seguir procedimentos formais; o entrevistador segue uma agenda ou per- guntas predeterminadas. Entrevistas não estruturadas: quando a entrevista não segue as regras ou procedimentos formais. É chamada de entrevista não estruturada. A discussão provavelmente será fluida e pode mudar rapidamente de um assunto para outro, dependendo dos interesses do entrevistado e do entrevistador. 15 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Entrevistas de aconselhamento: isso pode ser feito para descobrir o que está incomodando os trabalhadores e por que alguém não está trabalhando. Entrevistas disciplinares: entrevistas disciplinares estão ocorrendo quando um funcionário foi acusado de violar as regras e procedimen- tos da organização. Entrevistas de estresse: destina-se a colocar o entrevistado em situa- ção de estresse, a fim de observar a reação dos entrevistados. Entrevistas públicas: incluem a radiotelevisão e o jornal dos parti- dos políticos. Entrevista informal ou de conversação: na entrevista de conversação, não são feitas perguntas predeterminadas, a fim de permanecer o mais aberto e adaptável possível à natureza e às prioridades do en- trevistado; durante a entrevista, o entrevistador “acompanha o fluxo”. Abordagem geral do guia de entrevista: a abordagem do guia destina- -se a garantir que as mesmas áreas gerais de informação sejam co- letadas de cadaentrevistado, o que proporciona mais foco do que a abordagem conversacional, mas ainda permite um grau de liberdade e adaptabilidade na obtenção da informação do entrevistado. Entrevista padronizada ou aberta: aqui as mesmas perguntas abertas são feitas a todos os entrevistados; essa abordagem facilita entrevistas mais rápidas, entrevistas mais rápidas que podem ser mais facilmente analisadas e comparadas. Entrevista de resposta fechada ou fixa: é uma entrevista onde todos os entrevistadores fazem as mesmas perguntas e pedem para escolher res- postas entre o mesmo conjunto de alternativas. Este formato é útil para quem não pratica entrevistas. (BUSINESS COMMUNICATION, 2018.) Fluxograma Fluxograma é um diagrama que exibe diferentes elementos do sistema. É usado no gerenciamento da qualidade para ajudar a equipe do projeto a visualizar os elementos envolvidos no projeto. A vantagem dos fluxogramas é que eles mostram as atividades envolvidas em um pro- jeto, incluindo os pontos de decisão, caminhos paralelos, loops de ramificação, bem como a sequência geral de processamento, mapeando os detalhes operacionais dentro da cadeia de valor horizontal. Além disso, essa ferramenta específica é muito usada para estimar e entender o custo da qualidade de um determinado processo. Isso é feito usando a lógica de ramificação do fluxo de trabalho e estimando os retornos monetários esperados. Um fluxograma básico pode ajudar os gerentes de projeto especialmente durante a fase de planejamento. Quando um gráfico é criado, ele mostra o método que a organi- zação usa para alcançar um marco específico do projeto. Isso tornará mais fácil para os gerentes de projeto passar pelo processo de determinar, delegar e agendar cada tarefa para os membros da equipe. 16 17 Início Fim 90% 10% 60% P1 ? P2 ? P3 ? 40% Incompleta Completa Dados rejeitados (50%) Dados aprovados (50%) Rendimentos insu�cientes Rendimentos su�cientes Fim Aprovar solicitação Analisar crédito do cliente Analisar dados do cliente Rejeitar solicitações Receber solicitações Figura 3 – Exemplo de fl uxograma de qualidade para analisar pedidos de clientes Projeto de experimentos É um método estatístico usado para identificar os diferentes fatores que influenciam vários parâmetros do projeto, como compensações no custo e no cronograma. Custo da qualidade É uma figura monetária utilizada em gerenciamento de projetos no processo de to- mada de decisão. Custo de Qualidade não se refere ao custo de fornecer um serviço ou produto de qualidade. Refere-se aos custos cumulativos necessários para levar serviços ou produtos de baixa qualidade aos padrões definidos pelo gerenciamento de projetos. Em essência, é o custo de não fornecer um produto ou serviço de qualidade inicial acei- tável, o que é uma grande preocupação para o gerenciamento de projetos. Este valor é a soma de duas categorias e quatro subcategorias. Existe o custo de conformidade. Isso inclui o custo da prevenção e o custo da ava- liação. O custo da prevenção inclui todos os custos que são projetados especificamente para impedir que a má qualidade do produto aconteça em primeiro lugar. 17 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Custo de avaliação refere-se ao custo necessário para medir e avaliar o produto ou serviço em vários intervalos durante a produção e após a conclusão. A outra categoria é o custo da não conformidade, também conhecido como custos da falha. Estes são os custos envolvidos na reparação ou reorganização de um produto ou serviço de baixa qualidade. Os custos de falha interna são custos acumulados antes de o produto ter sido enviado ou o serviço ter sido fornecido, como os custos de retrabalho de produtos, componentes ou processos que não são compatíveis. Os custos de falha externa referem-se aos custos após o envio do produto e durante ou após o fornecimento de um serviço. Portanto, os custos da conformidade e não conformidade podem, conforme o exem- plo abaixo, ser divididos da seguinte maneira: • Custo de Conformidade: » Treinamento; » Documentar processos; » Equipamento; » Hora de fazer certo; » Testando; » Perda de teste destrutiva; » Inspeções. • Custo de não conformidade: » Retrabalho; » Sucatear; » Responsabilidades; » Trabalho de garantia; » Negócios perdidos. Análise de custo-benefício A qualidade impacta o resultado final. Cada entrega de projeto fornece um benefício para o cliente e vem com um custo associado. A análise de ambos os lados dessa equa- ção pode levar à redução ou até mesmo à eliminação de resultados desnecessários. Design de experimentos É uma técnica analítica que ajuda a identificar quais variáveis são as que mais in- fluenciam o resultado geral. A técnica é aplicada com mais frequência ao produto das 18 19 questões do projeto (por exemplo, os projetistas de automóveis podem desejar determi- nar qual combinação de suspensão e pneus produzirá as características de passeio mais desejáveis a um custo razoável). No entanto, ele também pode ser aplicado a problemas de gerenciamento de projetos, como compensações de custos e cronogramas. Por exemplo, engenheiros seniores custa- rão mais do que engenheiros juniores, mas também pode-se esperar que eles completem o trabalho designado em menos tempo. Normalmente, utilizamos essa técnica para de- terminarmos uma solução ótima a partir de um número relativamente limitado de casos. Tomadas de decisões O PMBOK 6ª ed. coloca da seguinte maneira: trata-se da análise de decisão envol- vendo critérios múltiplos, onde podemos utilizar uma matriz de priorização para poder- mos obter uma pontuação matemática das alternativas e classificar essa pontuação para que sejam utilizadas para priorizar as métricas da qualidade, por exemplo. Figura 4 – Exemplo de matriz de decisão envolvendo critérios múltiplos. “É especialmente útil quando várias partes interessadas devem concordar com uma questão potencialmente explosiva. A natureza racional e ordenada do processo minimiza o debate emocional e posicional.” Fonte: Adaptado de prismdecision.com Metodologias proprietárias de gestão da qualidade Existem muitos métodos proprietários para gerenciar a qualidade do projeto, incluindo Six Sigma, Implementação da Função de Qualidade, CMMI, Total Quality Management, Balanced Scorecard, etc. Diagramas de afinidade Servem para identificar visualmente agrupamentos lógicos baseados em relaciona- mentos naturais. Eles podem extrair os possíveis problemas de qualidade em um piscar de olhos. 19 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Os diagramas de afinidade ajudam a organizar ideias durante uma sessão de brainstorming. Ao adicionar informações ao diagrama, é importante considerar as várias categorias nas quais as informações se encaixam para manter tudo organizado. Não refrigera Vazamento de gás no evaporador Vazamento de gás no condensador Entupimento no evaporador Baixa carga de gás Deformação da gaxeta Porta c/ insu�ciência de tinta Termostato descalibrado Cabo de alimentação mal �xado Batente solto Condensador fora de posição Oxidação Não desliga Não liga Barulho Figura 5 – Exemplo de um diagrama de afi nidade Análise de campo de força Diagramas das forças a favor e contra a mudança. Antes que ocorram mudanças no projeto, essa é uma maneira interessante de garantir que a qualidade permaneça alta durante todo o processo. Im pl an ta çã o d e n ov a t ec no lo gi a e m ud an ça de la yo ut na fá br ica Forças direcionadoras 5 5 5 3 4 4 2 Forças restritivas Aumento da produtividade Necessidade de treinamento Receio de novas tecnologias Custos Menor Cansaço Maior con�abilidade Manutenção mais barata Figura 6 – Exemplo de análise de campo de forças Mapeamento mental Não é uma técnica nova no gerenciamento de projetos. É uma técnica usada para coletar e consolidar ideias criadas através de sessões de brainstorming com os membros da equipe. O mapa consolidadoreflete o terreno comum, bem como as diferenças na compreensão ou geração de novas ideias. Esse tipo de ferramenta fornece uma apresen- tação visual por meio de mapas, para que os líderes de equipe e os membros possam discutir e explorar as ideias ainda mais, para analisar e resolver o problema. 20 21 Criar um mapeamento de ideia segue um princípio simples. O problema ou ideia é geralmente desenhado no meio do quadro ou papel e os subtópicos são escritos em tor- no da ideia. Na explicação mais simples, um mapa mental se parece com um diagrama de aranha visual, que captura as informações em torno de uma única ideia ou tópico. É uma maneira simples de apresentar a ideia e pode ser usada para analisar diferen- tes ideias. Para ideias complicadas, o software de mapeamento mental pode ser usado. Exemplo de mapeamento mental de ideias: https://goo.gl/AfppEq Saídas do planejamento da qualidade O plano de gerenciamento da qualidade pode incluir, entre outros, os seguintes componentes: • padrões da qualidade que serão usados pelo projeto; • objetivos da qualidade do projeto; • papéis e responsabilidades da qualidade; • entregas do projeto e processos sujeitos a revisão da qualidade; • atividades de controle da qualidade e gerenciamento da qualidade planejadas para o projeto; • ferramentas da qualidade que serão usadas pelo projeto; e • procedimentos importantes, relevantes para o projeto, como lidar com não con- formidades, procedimentos para ações corretivas e procedimentos para melho- ria contínua. Métricas da qualidade São os KPIs (Key Performance Indicators) que são críticos durante a realização de um projeto. O gerente de projetos inteligente sempre se certifica de rastreá-los, pois eles fornecem informações sobre todos os aspectos do processo de trabalho. Eles devem ser cuidadosamente monitorados para garantir que a equipe esteja trabalhando nas tarefas adequadas. Se um gerente de projeto não controla os KPI, o risco de falha ou de o projeto ultrapassar o prazo aumenta drasticamente. Cada projeto precisa de um painel - um gerente deve ser capaz de forjar um, baseando-se nos aspectos mais importantes do projeto (as métricas e KPIs corretos), ou pode usar o software de gerenciamento de projetos de acompanhamento de tempo certo, que fará isso por ele. É necessária a atualização dos documentos referentes ao plano de gerenciamento do projeto, bem como outros documentos que atualizam direta ou indiretamente a qualida- de, como: lições aprendidas, rastreabilidade de requisitos, documentos de riscos registra- dos e desejos das partes interessadas. 21 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Ricardo Vargas – Gerenciamento de Projetos Sugiro que você assista ao vídeo: “Gerenciamento de Projetos”, um bate papo de 20 minutos com Ricardo Viana Vargas, que fala sobre a qualidade embutida em todos os as- pectos da gestão de projetos. Você vai perceber que controlar, verificar, monitorar, tudo isso só é possível com um planejamento muito bom, uma equipe afinada e controles de qualidade excelentes. https://goo.gl/34oqxS e-Talks | Gestão de Projetos Inovativos - Karina Murgel [Integration] Aos que não estão muito acostumados com gestão de projetos e principalmente projetos inovativos, ofereço mais uma reflexão. Assista ao vídeo do e-Talks sobre gestão de pro- jetos inovativos, com Karina Murgel. https://goo.gl/CZVBe5 Leitura O impacto da qualidade no gerenciamento de projetos Leia o artigo intitulado O impacto da qualidade no gerenciamento de projetos, publicado pelo próprio PMI, de autoria de Shobhit Shrotriya. O artigo versa sobre a tarefa dificílima de executar projetos que atendam ou superem as expectativas e o papel da qualidade bem gerenciada como fator decisivo e também o custo pago por tê-la. https://goo.gl/kc6Src Qualidade e Inovação Leia o artigo intitulado Qualidade e inovação, de Zulema Lopes Pereira. Nele voce irá encontrar informações importantes e atuais sobre associação entre os conceitos de Ino- vação e de Qualidade, a qual, segundo a autora, não parece estar suficientemente explo- rada e necessita de reflexão e clarificação de aspectos comuns às duas disciplinas, que contribuem para que a Gestão pela Qualidade Total possa amparar atividades de criação que fazem parte da inovação. https://goo.gl/gMgNWU Qualidade e inovação: dois pilares para a competitividade Leia o artigo intitulado Qualidade e inovação: dois pilares para a competitividade, de Pe- dro Luiz de Oliveira Costa Neto e Ana Lucia Atrasas. Nele você lerá sobre de que forma as empresas estão se tornando mais competitivas em seus processos e projetos inovado- res utilizando a ferramenta da qualidade, de forma a obter consistência e sustentabilidade em seus produtos e serviços. https://goo.gl/qiDXR5 22 23 Leitura A Influência da gestão de projetos na qualidade de serviços prestados no Caixa: um projeto desenvolvido em uma empresa varejista Leia o artigo intitulado A Influência da gestão de projetos na qualidade de serviços pres- tados no Caixa: um projeto desenvolvido em uma empresa varejista, de Lorene Carvalho Bitencourt e Marcos Paixão Garcez. Você vai encontrar um caso prático aplicado em projetos de serviços e perceber como a qualidade faz diferença. Segundo os autores do artigo, há necessidade de utilização de técnicas de gerenciamento de projetos e da busca pelo fomento da cultura de qualidade de serviços, sendo que seus resultados sugerem que a satisfação dos clientes pode ser influenciada pela gestão de projetos. https://goo.gl/AeaEFq 23 UNIDADE Planejando o Gerenciamento da Qualidade Referências BUSINESS COMUNICATION. Types of interviews. 2018. Disponível em: <https:// thebusinesscommunication.com/what-is-interview-types-of-interviews/>. Acesso em: 17 fev. 2019. PATTERSON, J. L. Gestão da qualidade: a perspectiva dos gerentes de projeto. 1983. PMI - Revista de Gerenciamento de projetos, trimestral, 14 (1), 33–38. PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um guia do conhecimento em gerencia- mento de projetos (Guia PMBOK®). 6ª edição. 2018. EUA. 24