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ORTOGRAFIA E PROCESSO DE FORMACAO

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AQUI VOCÊ APRENDE!!! 
 
 
 Concurso Público 
 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Ortografia e Formação das 
Palavras 
 
 
CARREIRAS POLICIAIS 
 
 
 
Instruções para realização da Prova: 
 
1- Certifique que preencheu o formulário do Gabarito. 
2- Separe 50 minutos e resolva toda a prova toda. 
3- Evite distrações e só levante quando terminar a prova. 
4- Passe suas respostas para o gabarito pintando a alternativa. 
5- Confira o resultado somente no final. 
6- Corrija as questões que errou. 
7- Daqui 10 dias no máximo refaça seu simulado. 
 
 
 
PROVA 03 
 
TERÇAS CAVEIRAS 
 
 
 
 
 
 ESPECIALISTAS EM CARREIRAS POLICIAIS 
1 
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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 ORTOGRAFIA 
 
DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA 
 
USO DOS PORQUÊ 
 
Porquê > substantivo MOTIVO. Se der para substituir 
pela palavra motivo é ele! 
– Não sei o por quê (motivo) dessa zorra! 
Por quê > Final de oração. Esse sempre vem no final. 
Essa zorra está acontecendo por quê? (final) 
 
Porque > conjunção POIS. Você consegue substituir 
sem prejuízo pela conjunção pois. 
–Estamos muito felizes porque (pois) passamos no 
concurso. 
 
POR QUE > (resto) se não for nem um dos outros 
casos acima. 
–Está foi a trajetória por que (nem um dos anteriores) 
passamos 
– Por que (nem um dos anteriores) está tão triste? 
– Diga por que (nem um dos anteriores) está cansado. 
 
Há / A 
 
Há > Passado, tempo decorrido. 
a > por sua vez, indica tempo futuro ou distância. 
– Há meses venho fazendo provas de concurso. 
– É por isso que você está a anos luz de mim. 
 
Se não / Senão 
 
A forma se não é constituída de conjunção condicional 
se + o advérbio de negação não (iniciando orações 
subordinadas adverbiais condicionais – normalmente 
os verbos dessa oração estão no modo subjuntivo e/ou 
indicando hipótese). 
 
BIZU: se puder tirar o não da frase, usa-se se não 
(separado). E mais: podemos, neste caso, substituir se 
não por caso não. 
– Se não estudar, não passará. (Se estudar, passará. / 
Caso não estude, não passará.) 
A forma se não é constituída de conjunção integrante 
se + o advérbio de negação não. 
– Ele perguntou se não iríamos à festa. (Ele perguntou 
se iríamos à festa.) 
A forma senão é usada nos seguintes casos: 
– Nada pode derrubar minha confiança senão as 
palavras de minha amada, pois que coisa sou eu senão 
seu escravo? (= exceto, salvo, a não ser) 
– Não quero seu amor, senão sua amizade. (= mas 
sim) 
– Meu amigo, não só estudo, senão trabalho; não tenho 
esta vida fácil. (= mas também) 
– Ele apontou não só um senão, mas vários senões na 
tramitação do processo. (= problema, falha) 
– Estude, senão será reprovado! (= do contrário; 
Estude, se não estudar, será reprovado) 
– Fala três línguas, senão quatro. (= ou; Fala três 
línguas, se não falar quatro) 
Há um caso facultativo: quando o senão, indicando 
alternativa, incerteza, imprecisão, equivaler a ou. 
Nestes casos, pode-se interpretar que o verbo está 
subentendido. 
– É muito difícil, senão (se não (for)) impossível, prever 
o resultado. 
– João é rico, senão (se não (for)) riquíssimo. 
– Comprarei duas TVs, senão (se não (comprar)) três. 
– Compareceu a maioria dos convidados, senão (se 
não (compareceu)) todos. 
 
Onde / Aonde 
 
Aonde = Para onde 
Onde = resto 
 
– Vocês virão aonde (para onde) foi Julia? 
– Onde (resto) você mora? 
 
Mal / Mau 
 
Mal x bem 
Mau x bom 
 
Mais / Mas 
 
A forma mais (normalmente advérbio ou pronome 
indefinido) está ligada à ideia de quantidade, 
intensidade ou tempo (neste caso, quando vem depois 
de uma negação). Mas é uma conjunção coordenativa 
adversativa, quando equivale a porém; é uma 
conjunção coordenativa aditiva, quando antes vêm as 
expressões “não só/não apenas/não somente”. 
– Sou mais feliz quando estou com você, mas você 
nunca está aqui. (advérbio de intensidade, conjunção 
coordenativa adversativa) 
– Dedique mais tempo a sua esposa, e ela não vai 
mais cobrar nada de você. (pronome indefinido – 
quantidade –, advérbio de tempo) 
 
Afim / A fim de 
 
A forma afim é um adjetivo que significa afinidade, 
semelhança, parentesco; a fim de é uma locução 
prepositiva que indica finalidade, propósito, intenção. 
 
– Apesar de ele ser meu parente afim, nós não temos 
ideias afins. 
– Comecei a estudar a fim de fazer aquela famigerada 
prova. 
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Em vez de / Ao invés de 
 
A forma ao invés de é usada com termos antônimos na 
frase em que aparece; já em vez de equivale a no lugar 
de. 
– Em vez de estudar para a prova do TSE, estudou 
para a do AFT. 
– Ao invés de ser elogiado pelo que disse, foi vaiado 
efusivamente. 
 
Acerca de / Há cerca de / (a) cerca de 
 
A primeira forma equivale a sobre (assunto); a segunda 
indica número aproximado ou tempo decorrido 
aproximado; a terceira indica distância aproximada, 
tempo futuro aproximado ou quantidade aproximada. 
– Falamos acerca de futebol e de política. 
– Há cerca de vinte mil pessoas habitando aquele 
bairro. 
– Há cerca de uns anos venho estudando com 
vontade. 
– Estou (a) cerca de um mês para a prova. 
– Cerca de cem amigos presentearam-no quando se 
casou. 
 
De encontro a / Ao encontro de 
 
A forma de encontro a está ligada à ideia de “choque, 
colisão, divergência, oposição”. A segunda forma (ao 
encontro de) está relacionada à ideia de “algo 
favorável, aproximação positiva, pensamento 
convergente”. 
– Nunca fui de encontro às ideias dele, pois são 
ótimas. 
– Resolvi ir ao encontro dela, uma vez que valia a 
pena. 
 
De mais / Demais 
 
De mais (contrário de ‘de menos’) é uma locução 
adjetiva; normalmente essa expressão se liga a um 
substantivo. Já demais (equivale a ‘em excesso’ ou 
‘outros’) é um advérbio de intensidade ou um pronome 
indefinido. 
– Eles têm dinheiro de mais. 
– O professor fala demais. 
– Precisamos explicar os demais assuntos. 
 
Tampouco / Tão pouco 
 
Tampouco é, tradicionalmente, um advérbio e equivale 
a “também não, nem”; tão pouco é uma expressão 
formada por advérbio de intensidade + advérbio de 
intensidade/pronome indefinido, indicando quantidade, 
normalmente. 
– O que você fez não foi certo, tampouco justo. 
– Estudei tão pouco, mesmo assim, por sorte, me 
classifiquei. 
 
A princípio / Em princípio 
 
A princípio equivale a “no início, inicialmente”. Em 
princípio equivale a “em tese, conceitualmente”. Em 
alguns momentos, uma ou outra expressão dará conta 
daquilo que se quer transmitir, portanto, nas duas 
últimas frases abaixo, o propósito do falante no 
discurso vai determinar o uso da expressão. Nenhuma 
delas, pois, estará equivocada. Dependerá do contexto. 
– Vou abordar apenas questões gramaticais a 
princípio. 
– Em princípio, as gramáticas de ensino médio não 
deveriam polemizar. 
– Em princípio não estamos interessados em vender 
este imóvel. 
– A princípio não estamos interessados em vender 
este imóvel. 
 
Ao nível de / Em nível de 
 
A primeira expressão (ao nível de) tem a ideia de “à 
mesma altura”; a segunda (em nível de) exprime 
“hierarquia”. A expressão “a nível de” é um equívoco. 
– Este artigo está ao nível dos melhores. 
– Isto foi resolvido em nível de governo estadual. 
– Isto foi resolvido a nível de governo estadual 
(errado!) 
 
À medida que / Na medida em que 
 
A locução conjuntiva à medida que indica proporção e 
equivale a “à proporção que, ao passo que”. Por outro 
lado, na medida em que indica causa e equivale a 
“visto que, já que, tendo em vista que”. 
– À medida que o líder russo crescia no palco político, 
o mundo ia se habituando à sua personalidade 
descomunal. 
– Do ponto de vista político, este ato é desastrado,na 
medida em que exprime um conflito entre o Estado e a 
Igreja. 
 
 
 QUESTÕES DE PROVAS POLICIAIS 
 
1) Assinale a alternativa em que o termo destacado 
está corretamente grafado, segundo as normas 
ortográficas em vigor. 
 
a) Evitar o vazamento de informações. É por essa 
rasão que foi criada uma linguagem simbólica entre os 
policiais. 
b) Há quem considere que é totalmente imprópio 
utilizar o jargão policial fora do ambiente de trabalho. 
c) A utilização de gírias é tão comum que se estende 
das patentes mais baixas até as mais altas. 
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d) Algumas expressões se cristalizam como marcas da 
indentidade de uma determinada corporação. 
e) Todos os policiais, com a intensão de preservar 
informações, usam termos só entendidos por seus 
pares. 
 
 
2) "os casos de estupro são frequentes”. A palavra 
destacada nesse trecho teve sua grafia alterada, a 
partir do último Acordo Ortográfico. Nesse Acordo, foi 
também alterada a grafia de: 
 
a) cinquenta. 
b) extinguir. 
c) questão. 
d) distinguir. 
e) águia. 
 
 
3) As p alavras TRÁFICO e TRÁFEGO são 
consideradas parônimas porque são muito parecidas, 
mas têm sentidos diferentes. Assinale a opção que 
deve ser preenchida com a primeira palavra entre 
parênteses. 
 
a) Quem___________o rapaz? (dilatou-delatou) 
b) Fizeram uma___________do suspeito, (discrição - 
descrição) 
c) O rapaz foi pego em ___________. (fragrante - 
flagrante) 
d) Eles _____________ o réu. (absorveram - 
absolveram) 
e) O soldado pediu ____________ do serviço. 
(dispensa - despensa) 
 
 
4) Julgue os itens e assinale a alternativa CORRETA: 
 
I. A regra que estabelece a escrita com “z” em 
“localizado” é a mesma da escrita de “análize”. 
II. A origem das palavras influencia na sua escrita. 
III. Em “Terra Indígena São Marcos” as palavras “Terra” 
e “Indígena” poderiam ser escritas com as iniciais 
minúsculas. 
 
 a) I e III são falsas. 
 b) I e II são verdadeiras. 
 c) III é verdadeira. 
 d) I é verdadeira. 
 e) II e III são verdadeiras. 
5) Assinale a alternativa em que alguma palavra esteja 
grafada incorretamente: 
 
a) Enxoval, maisena e cereja. 
b) Faizão, pousada e rouxinol. 
c) Encaixado, lojista e canjica. 
d) Gueixa, enchente e arejar. 
e) Privilégio, estiagem e enxó. 
 
 
6) Aponte, entre as alternativas abaixo, a única em que 
todas as lacunas devam ser preenchidas com a letra j: 
 
a) ( )irau, caçan( )e e can( )ica. 
b) Ri( )eza, ( )erico e au( )e. 
c) Tan( )erina, aborí( )ene e here( )e. 
d) Sar( )eta, ( )iló e fu( )ir. 
e) Apo( )eu, ar( )ila e tra( )e. 
 
 
7) Assinale a alternativa em que alguma palavra esteja 
grafada incorretamente: 
 
a) Caçula, enrubescer, retenção e hidrólise. 
b) Perspicaz, caxemira, graxa e nicho. 
c) Lêndea, algoz, anarquizar e gorjear. 
d) Azar, tijela, majestade e pixaim. 
e) Archote, acreano, acareação e algibeira. 
 
8) Releia o seguinte trecho, para responder à questão. 
 
Pior ainda: as “coisas de mulher" parecem imutáveis na 
cabeça dos homens. Até hoje metade deles acredita 
que mulher não sente necessidade de sexo. Eles 
devem achar que não temos prazer com isso, afinal. 
Temos, sim, dependendo de quão libertas somos e da 
qualidade dos nossos parceiros. 
 
“necessidade de sexo". Considerando a Fonologia do 
português, sobre essa expressão é correto afirmar que: 
 
1) na palavra “necessidade", as letras “c" e “ss" são 
usadas para representar o mesmo som. 
2) na palavra “sexo", cada letra representa apenas um 
som. 
3) em português, duas letras podem ser utilizadas para 
representar um único som, como em “necessidade". 
4) na pronúncia padrão do português brasileiro, a vogal 
“e" da palavra “sexo" é pronunciada da mesma maneira 
que essa mesma vogal, no final da palavra 
“necessidade". 
 
Está(ão) correta(s): 
a) 1 e 2, apenas. 
b) 1 e 3, apenas. 
c) 2 e 3, apenas. 
d) 4, apenas. 
e) 1, 2, 3 e 4. 
 
 
9) Complete as lacunas abaixo, com apenas um das 
palavras dos parênteses e, ao final, responda o que se 
pede. 
I. O professor não veio, _________ a reunião será 
cancelada. (por tanto /portanto) 
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II. Eu concordei com meu pai, afinal minhas ideias 
foram _________às dele. (ao encontro / de encontro) 
III. É melhor você tirar o carro daí, _________ ele vai 
ficar manchado. (senão / se não). 
IV. Aquela equação passou _________. (despercebida/ 
desapercebida) 
Marque a alternativa CORRETA, na ordem de cima 
para baixo: 
 
a) Por tanto, de encontro, se não, despercebida. 
b) Portanto, ao encontro, senão, desapercebida. 
c) Portanto, ao encontro, senão, despercebida. 
d) Por tanto, de encontro, senão, despercebida. 
 
 
10) Leia a tira de Hagar, por Chris Browne, e assinale a 
alternativa que completa, correta e respectivamente, as 
lacunas, em conformidade com as regras de ortografia. 
 
a) PORQUE ... POR QUE ... PORQUE ... ATRAZ 
b) POR QUE ... POR QUê ... POR QUE ... ATRAZ 
c) POR QUE ... POR QUE ... PORQUE ... ATRÁZ 
d) PORQUE ... PORQUê ... POR QUE ... ATRÁS 
e) POR QUE ... POR QUê ... PORQUE ... ATRÁS 
 
 
1 – C 4 – A 7 – D 10 – E 
2 – A 5 – B 8 – B 
3 – E 6 – A 9 – C 
 
 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS 
PALAVRAS 
 
Existem algumas maneiras para a formação de novos 
vocábulos na língua, logo esta parte trata justamente 
dos diversos modos como as palavras se formam. Os 
principais processos são derivação e composição. 
 
Palavra primitiva é aquela que não resulta de outra na 
língua portuguesa, isto é, que não sofreu processo de 
derivação: cadáver, flor, pedra, casa, verde, sol etc. 
 
Palavra derivada é aquela que resulta de outra na 
língua portuguesa, isto é, que sofreu processo de 
derivação: cadavérico, florista, empedrado, 
descasamento, esverdeado, solar etc. 
 
Palavra simples é aquela que só tem um radical, isto 
é, que não sofreu processo de composição: flor, pedra, 
casa, verde, sol etc. 
 
Palavra composta é aquela que tem mais de um 
radical, isto é, que sofreu processo de composição: flor-
amarela, pedra-sabão, casa-comum, verde-água, 
girassol, etc. 
 
Derivação 
 
Como bem diz o Aulete, “um processo de multiplicação 
e reaproveitamento de um vocábulo pelo acréscimo 
de sufixos e prefixos”. Tradicionalmente há cinco 
tipos de derivação: prefixal, sufixal, parassintética, 
regressiva e imprópria. 
 
Prefixal 
 
A derivação prefixal se dá quando um prefixo é 1) 
colocado junto à palavra primitiva ou 2) colocado como 
último elemento de uma palavra que já havia 
 sofrido algum processo de formação. 
– homem > super- + homem > super-homem 
– duque > arqui- + duque > arquiduque 
– pôr > com- + pôr > compor 
 
Sufixal 
 
Ocorre derivação sufixal quando um sufixo é 1) 
colocado junto à palavra primitiva ou 2) colocado como 
último elemento de uma palavra que já havia sofrido 
algum processo de formação. 
– pincel > pincel + -ada > pincelada 
– cabeça > cabeça + -ear > cabecear 
– sutil > sutil + -mente > sutilmente 
 
Parassintética 
 
A derivação parassintética ocorre quando há 
acréscimo simultâneo de prefixo e de sufixo a uma 
palavra primitiva (substantivo ou adjetivo). 
Normalmente a parassíntese forma verbos (1). Há, 
entretanto, alguns nomes adjetivos (2) formados por 
derivação parassintética. Veja: 
1) abençoar (a + bênção + ar), 
amamentar (a + mama + entar), 
amanhecer (a + manhã + ecer), 
apadrinhar (a + padrinho + ar) etc. 
apedrejar (a + pedra + ejar), 
aterrar (a + terra + ar), 
desterrar (des + terra + ar), 
emagrecer (e + magro + ecer), 
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embarcar (em + barco + ar), 
emudecer (e + mudo + ecer), 
envelhecer (en + velho + ecer), 
esfoliar (es + fólio + ar), 
 
2) desalmado (des + alma + ado), 
conterrâneo (con + terra + âneo), 
desbocado (des + boca + ado), 
descampado (des + campo + ado), 
envernizado (em + verniz + ado), 
subterrâneo (sub + terra + âneo), 
 
Regressiva (Regressão) 
 
Ocorre derivação regressiva quando um verbo que 
indica ação serve de base para a formação de um 
substantivo abstrato. A ideia de regressão (diminuição 
do vocábulo do ponto de vista estrutural e fonético) 
ocorre porque o verbo perde sempre sua terminação. 
Veja alguns exemplos: 
Verbo (ação) Substantivo (abstrato) 
Atrasar Atraso 
Demorar Demora 
Engasgar Engasgo 
 
Imprópria (Conversão) 
 
A derivação imprópria se dá pela mudança (daí 
conversão) de classificação morfológica de uma 
palavra, a depender do contexto. A palavra não muda 
absolutamente nada na forma; o que muda é sua 
classificação morfológica e seu sentido. É por isso que 
ela é chamada de imprópria, ou seja, ela não é 
propriamente uma derivação, pois não se usam 
morfemas (afixos) para mudar a forma da palavra. 
Ex.: Eu vou amar você e depois vou partir (verbos no 
infinitivo). / O amar e o partir fazem parte da vida. 
(substantivos) 
Amanhã te ligo. (advérbio) / Espero sempre por um 
amanhã melhor. (substantivo) 
 
Composição 
 
Ocorre composição quando uma palavra é constituída 
por dois ou mais radicais. Há dois tipos de composição: 
por justaposição e por aglutinação. 
 
Justaposição 
 
Neste tipo de composição, não há perda de elementos 
estruturais e fonéticos nos radicais (normalmente 
separados por hífen): pontapé (ponta + pé), vaivém 
(vai + vem), passatempo (passa + tempo), 
paraquedas (para + quedas), girassol (gira + sol), 
dezoito (dez + oito), joão-bobo (João + bobo), abelha-
rainha (abelha + rainha), caixa-d’água (caixa + água)*, 
guarda-chuva (guarda + chuva), maria vai com as 
outras (maria + vai + outras)*, leva e traz (leva + traz)* 
etc. 
*Obs.: As preposições e conjunções não são vistas 
como radicais, logo ignore-as na análise. 
 
Aglutinação 
 
Neste tipo de composição, há perda de elementos 
estruturais e fonéticos nos radicais (não são separados 
por hífen): boquiaberto (boca + aberta), 
mundividência (mundo + vidência), alvinegro (alvo + 
negro), fidalgo (filho de algo), embora (em + boa + 
hora), aguardente (agua + ardente), petróleo (pedra + 
óleo), noroeste (norte + oeste), vinagre (vinho + acre), 
lobisomem (lobo + homem), planalto (plano + alto), 
pernilongo (perna + longa) etc. 
Onomatopeia 
 
Este processo é caracterizado por formar palavras 
(verbos, substantivos, interjeições) que 
imitam/reproduzem sons de seres animados ou 
inanimados: bangue-bangue, zum-zum-zum, blá-blá-
blá, tique-taque, pingue-pongue, bem-te-vi, 
nhenhenhém, nheco-nheco, zás-trás, zumbir, rugir, 
mugir, miar, cacarejar etc. 
 
Abreviação (Redução) 
 
Segundo Celso Cunha, a abreviação ocorre devido à 
dinâmica da vida; o ritmo acelerado do dia a dia nos 
influencia a agilizar a comunicação. Na linguagem 
virtual... nem se fala! Toda palavra que sofre 
abreviação é reduzida até certo ponto, de modo que a 
parte restante substitui o todo, mantendo, é claro, seu 
sentido original. Muitas palavras abreviadas são 
próprias do registro coloquial; muitas vezes vêm 
imbuídas de afetividade, preconceito, desprezo etc. 
Veja algumas: 
Botequim Boteco 
Cinematógrafo Cinema > Cine 
Fotografia Foto 
Futebol de salão Futsal 
Neurose Neura 
Otorrinolaringologista Otorrino 
Português Portuga 
Rio de Janeiro Rio 
Televisão Tevê 
 
Hibridismo 
 
É a formação de palavras com morfemas de línguas 
diferentes: socio/logia (latim e grego), auto/móvel 
(grego e latim), tele/visão (grego e latim), buro/cracia 
(francês e grego), banan/al (africano e latim), 
sambó/dromo (africano e grego), micro-ônibus 
(grego + latim), report/agem (inglês + latim), bi/cicleta 
(latim + grego), saga/rana (alemão + tupi), ciber/nauta 
(inglês + latim) etc. 
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 QUESTÕES DE PROVAS POLICIAIS 
 
1) Faça a correspondência da primeira com a segunda 
coluna e identifique a sequência cujo processo de 
formação de palavras foi devidamente observado: 
 
(1) Banditismo 
(2) Desconhecer 
(3) Coaxar 
(4) Televisão 
(5) Guarda-costas 
(6) Hidrelétrico 
 
( ) Onomatopeia 
( ) Aglutinação 
( ) Hibridismo 
( ) Justaposição 
( ) Sufixação 
( ) Prefixação 
 
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6. 
b) 3, 6, 4, 5, 1, 2. 
c) 3, 6, 5, 2, 1, 4. 
d) 1, 3, 5, 4, 2, 6. 
 
 
 
2) Leia os versos de Mário Quintana e assinale a 
alternativa que indica o processo de formação da 
palavra em destaque: 
“Onde estão os meus verdes? 
Os meus azuis? 
O Arranha-Céu comeu!” 
 
a) Derivação Imprópria. 
b) Derivação Parassintética. 
c) Derivação Regressiva. 
d) Derivação Prefixal. 
e) Derivação Sufixal. 
 
 
3) Assinale a alternativa em que todas as palavras 
foram formadas pelo processo denominado 
“hibridismo”: 
 
a) Televisão, burocracia e surfista. 
b) Lobisomem, planalto e pernilongo. 
c) Pontapé, girassol e couve-flor. 
d) INCRA, ONU e PUC. 
e) Fone, moto e pneu. 
 
 
4) Assinale a alternativa incorreta: 
 
a) Tertúlia é um substantivo coletivo que designa 
intelectuais reunidos. 
b) “Abreugrafia, alcoômetro e bígamo” são palavras 
formadas pelo processo denominado hibridismo. 
c) No verbo “falávamos”, a sílaba “–va” é uma 
desinência de modo e tempo. 
d) Em: “gasOduto”, o termo destacado é uma vogal 
temática. 
e) “Arranjador” é uma palavra derivada por acréscimo 
de afixo. 
 
5) Chama-se conversão – ou derivação imprópria – o 
emprego de uma palavra fora de sua classe gramatical 
normal. Na passagem – Cada perfil, cada “curtir”, cada 
tweet, cada solicitação, cada clique derrama uma gota 
de informação de valor... (3° parágrafo) –, o termo que 
exemplifica esse processo de derivação é: 
 
a) perfil. 
b) “curtir”. c) tweet. 
d) solicitação. 
e) clique. 
 
6) Dois vocábulos formados a partir do mesmo 
processo de derivação pelo qual foi formado o termo 
perigosíssimo são: 
 
a) palestra e tecnologia. 
b) advento e tecnologia. 
c) perigoso e recentemente. 
d) palestra e recentemente. 
e) perigoso e lugar. 
 
7) Marque a alternativa CORRETA com relação à 
formação de palavras por derivação parassintética: 
a) Absolutamente. 
b) Incapaz. 
c) Combater. 
d) Emudecer. 
 
8) Em: “Sei que vai AMANHECER daqui a pouco.”, a 
palavra destacada foi formada pelo processo de: 
 
a) derivação prefixal. 
b) derivação sufixal. 
c) derivação parassintética 
d) composição por justaposição 
e) composição por aglutinação. 
 
9) Assinale a alternativa em que a palavra foi formada 
por derivação parassintética: 
 
a) Esfarelar. 
b) Infeliz. 
c) Crítica. 
d) Refazer. 
e) Chuveiro. 
 
10) A palavra “reaça” é formada a partir de 
“reacionário”. Esse é um processo de formação de 
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palavras atualmente muito produtivo no português 
coloquial. Observe as correspondências abaixo e 
aponte quais são formações feitas pelo mesmo 
processo. 
 
1. Net a partir de internet. 
2. Profissa a partir de profissional. 
3 Dinheirama a partir de dinheiro. 
4. Vestiba a partir de vestibular ou vestibulando. 
 
São formadas pelo mesmo processo que “reaça”: 
a) 1 e 2 apenas 
b) 1 e 3 apenas. 
c) 2, 3 e 4 apenas. 
d) 2 e 4 apenas. 
e) 1, 2 e 4 apenas. 
 
GABARITO: 
 
1 – B 3 - A 5 – B 7 – D 9 –A 
2 – A 4 – D 6 – C 8 – C 10 – D

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