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Estudo dirigido - transtono de ansiedade MARIA

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ESTUDO DE CASO – TRANSTORNO DE ANSIEDADE
· Transtorno de ansiedade e seus principais tipos 
Conceitua-se transtorno de ansiedade como um distúrbio de saúde mental caracterizado por sentimentos de preocupação, ansiedade ou medo de que são fortes o bastante para interferir nas atividades diárias. Os transtornos de ansiedade são o tipo mais frequente de problema de saúde mental e afetam aproximadamente 30% dos adultos nos Estados Unidos em algum momento da vida. A ansiedade significativa pode persistir vários anos e a pessoa com a ansiedade começa a acreditar que isso é normal. 
Tipos de transtornos de ansiedade segundo o Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – 5ª Edição Revisada (DSM-5): 
- Agorafobia
- Fobias específicas transtorno de Ansiedade Social ou fobia social
- Transtorno de Ansiedade Generalizada
- Transtorno de Ansiedade de Separação
- Transtorno de pânico 
· Transtorno de ansiedade generalizada e os seus critérios de diagnóstico
O transtorno de ansiedade generalizado (TAG) tem no seu cerne a ansiedade e a preocupação generalizada em vários domínios. O indivíduo fica tenso, acelerado, termina o dia extremamente cansado, tensão muscular, irritabilidade, transtorno do sono como a dificuldade para iniciar o sono, dificuldade de concentração, fadiga. Um diagnóstico diferencial importante é hipomania. As taxas de remissão completa do TAG são muito baixas. Os sintomas geralmente são crônicos, com períodos de remissão e recidiva.
1 - Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos seis meses, com diversos eventos ou atividades.
2 - O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
3 - A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes seis sintomas (com pelo menos alguns deles presentes na maioria dos dias nos últimos seis meses). Obs. apenas um item é exigido para crianças: Inquietação; Tensão muscular; Distúrbios no padrão de sono; Fatigabilidade.
4 - A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
5 - A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica (p. ex., hipertireoidismo).
· Transtorno de pânico e fobia social
A fobia social é a ansiedade intensa e persistente relacionada a uma situação social. Pode aparecer ligado a situações de desempenho em público ou em situações de interação social. A pessoa pode temer, por exemplo, que os outros percebam seu “nervosismo” pelo seu tremor, suor, rubor na face, alteração da voz etc. Pode levar à evitação de situações sociais e um certo sofrimento antecipado. A pessoa pode também, por exemplo, evitar comer, beber ou escrever em público com medo de que percebam o tremor em suas mãos. 
Por outro lado, o transtorno de pânico é a ocorrência de ataques de pânico repetidos, normalmente acompanhados de medo sobre futuros ataques ou de mudanças comportamentais para evitar situações que poderiam predispor aos ataques. Esse pânico não apenas causa sofrimento psicológico intenso, mas também resulta em modificações significativas no comportamento das pessoas. O medo persistente de futuros ataques frequentemente pode estimular os pacientes a procurar atendimento médico de emergência na esperança de encontrar causas orgânicas subjacentes que justifiquem seus sintomas.
· Fatores de risco para o desenvolvimento da ansiedade 
Timidez ou sentir-se angustiado ou nervoso em novas situações na infância
Exposição a eventos de vida ou ambientais estressantes e negativos
Uma história de ansiedade ou outros transtornos mentais em parentes biológicos
· A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) como tratamento do transtorno de ansiedade 
A TCC ajuda os indivíduos a identificarem pensamentos automáticos e distorcidos que contribuem para a ansiedade. Esses pensamentos podem incluir previsões catastróficas, preocupações excessivas e autocrítica. Ao reconhecer esses padrões, os pacientes podem aprender a desafiá-los e substituí-los por pensamentos mais realistas e equilibrados. Reestruturação cognitiva: A TCC envolve o processo de reestruturar ou reformular pensamentos disfuncionais. Isso significa questionar a validade e a utilidade de pensamentos negativos e substituí-los por pensamentos mais racionais e adaptativos. Essa mudança na cognição ajuda a reduzir a intensidade da ansiedade. Dessa forma, a TCC é considerada um tratamento altamente eficaz para o TAG, reduzindo não apenas os sintomas ansiosos, como também os sintomas depressivos associados e a melhora da qualidade de vida.
· O papel do enfermeiro no manejo e identificação de transtornos ansiosos
O enfermeiro que assiste um indivíduo com transtorno de ansiedade deve estar devidamente capacitado e atento para diagnósticar possíveis fatores de risco para o desencadeamento de transtornos ansiosos, além de ter capacidade para identificar sintomas ansiosos precocemente e desenvolver medidas de intervenção para um tratamento eficaz. É importante também que esse profissional tenha uma visão holística do paciente e conheça os gatilhos que o deixam ansioso, como é as suas estruturas familiares e rede de apoio, entre outros. A assistência de enfermagem voltada à saúde mental visa a reintegração social do indivíduo por meio da convivência, aumento da autonomia e encorajando a comunicação com o outro, promovendo atividades integrativas coletivas junto a uma equipe multidisciplinar para uma melhor adesão ao tratamento.
· Estudo de caso clínico 
O diagnóstico do paciente é transtorno de pânico, o diagnóstico se confirma pelos sintomas relatados, as palpitações, sudorese, tremores e medo intenso de morrer que ocorrem de forma súbita e inesperada, são característicos de transtornos de pânico. Em casos como este o enfermeiro deve esclarecer e oferecer apoio ao paciente, esclarecer que os sintomas não são provenientes de um mal maior ou morte iminente.  Muitas vezes, nas primeiras crises a pessoa não sabe lidar com os sintomas e compreende o fenômeno associado com outros males, além disso, o enfermeiro deve reconhecer e amenizar estímulos que possam potencializar a crise a crise do paciente.

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