Prévia do material em texto
UNIVERIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito 1 Com foco especial na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), o artigo "O DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO DAS SUCESSÕES NO BRASIL" explora o âmbito do Direito Internacional Privado no contexto das sucessões no Brasil. Destaca os desafios presentes nesse campo, especialmente a determinação da lei aplicável e da jurisdição nos casos de sucessão de bens com situação transnacional. Ressalta a atenção às contradições entre a LINDB e as normativas do Código de Processo Civil, que, ao permitirem a pluralidade de jurisdições em sucessões internacionais, geram discrepâncias e desigualdades na aplicação das leis. Nesse propósito, evidencia-se um desafio contínuo na conciliação dos ordenamentos jurídicos e na garantia de tratamentos equitativos e justos em situações sucessórias transnacionais, destaca-se a falta de atualização da LINDB desde sua promulgação em 1942. O princípio da unidade sucessória, advinda da mencionada lei para regular as sucessões de bens, é posto em questionamento devido à sua dificuldade prática de aplicação em casos que envolvem bens situados em diferentes países. Essa dificuldade é agravada pela discrepância entre as disposições da LINDB e as normas do Código de Processo Civil, culminando em uma fragmentação na aplicação do Direito Internacional Privado e na busca pela igualdade entre os herdeiros. Além disso, destacando a importância de uma nova codificação, o texto ressalta a necessidade de estabelecer um diálogo entre as leis, promovendo assim um sistema jurídico mais claro que contemple a igualdade entre os envolvidos em sucessões internacionais. Desse modo, essenciais para esse debate são os pilares representados pela preocupação com a dispersão normativa, os desafios enfrentados para superar divergências e a imperativa necessidade de clareza legal para solucionar impasses, garantindo tratamentos justos em situações sucessórias internacionais. Na conclusão do texto, o autor aborda a necessidade imperativa de uma nova codificação que dialogue entre as leis, visando superar os desafios encontrados no Direito Internacional Privado das sucessões no Brasil. Com a LINDB praticamente inalterada desde 1942 e a introdução de normas no Código de Processo Civil, surgem contradições e falta de clareza, prejudicando a unidade sucessória proposta pela LINDB e a busca pela equidade entre os herdeiros em casos de sucessão de bens transnacionais. UNIVERIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito 2 Essa dispersão normativa desafia a equalização e justiça na aplicação das leis, sublinhando, assim, a urgência de uma legislação mais clara e concisa para a solução de impasses em casos de sucessões internacionais. O artigo "OS CASAMENTOS E AS PARCERIAS ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO NO DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO BRASILEIRO: ASPECTOS TRANSNACIONAIS DAS FAMÍLIAS CONTEMPORÂNEAS" proporciona uma análise minuciosa das complexidades jurídicas e dos desafios relacionados aos casamentos e parcerias entre indivíduos do mesmo sexo no contexto do direito internacional privado brasileiro. São exploradas diversas questões cruciais, começando pela validade desses matrimônios, especialmente em cenários envolvendo casais de diferentes nacionalidades, onde a legislação de um país pode ou não reconhecer a união civil realizada em outro. O autor destaca as nuances das regras de conexão, essenciais para a validade e reconhecimento desses casamentos, considerando as diferentes leis em jurisdições distintas. Além disso, Almeida categoriza os efeitos decorrentes dos casamentos do mesmo sexo em aspectos pessoais e patrimoniais, ressaltando os impactos em áreas como direitos hereditários, regime de bens, obrigações financeiras, entre outros. O descompasso entre as normas do direito de família e as normas de direito internacional privado é apontado como uma preocupação, especialmente diante do avanço do reconhecimento legal de relacionamentos homoafetivos.Assim sendo um ponto crítico abordado no texto que seja, a inadequação e as respostas jurídicas insuficientes para lidar com a complexidade e diversidade das famílias contemporâneas. O texto destaca o Projeto de Estatuto da Diversidade Sexual apresentado pela Ordem dos Advogados do Brasil, enfatizando a importância de reformas legislativas para a efetiva conexão entre relacionamentos homoafetivos e os sistemas jurídicos. Ainda, sublinha a urgência de reformas no Direito Internacional Privado para alinhar- se às decisões do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade dos relacionamentos homoafetivos. UNIVERIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Direito 3 Na conclusão do artigo, destaca-se a necessidade urgente de reformas no Direito Internacional Privado brasileiro para compatibilizá-lo com as decisões do Supremo Tribunal Federal sobre relacionamentos homoafetivos. É enfatizado que mudanças legais são fundamentais para reconhecer e regular as famílias contemporâneas de forma mais condizente com a realidade. O autor ressalta que o descompasso entre as normas do direito de família e as do direito internacional privado é um problema significativo e defende que reformas legislativas precisam ser implementadas para oferecer soluções que garantam a devida conexão entre relacionamentos homoafetivos e os sistemas jurídicos, preservando os princípios constitucionais de igualdade, diversidade e respeito à orientação sexual dos indivíduos.