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MODELOS DE CIRCULAÇÃO GERAL 
 
Os modelos de circulação geral (MCG) são ferramentas fundamentais na 
climatologia e meteorologia utilizadas para simular e prever o comportamento da 
atmosfera terrestre. Esses modelos são baseados em equações matemáticas que 
descrevem os princípios físicos que regem a dinâmica atmosférica, como a conservação 
de massa, momentum e energia. Os MCGs dividem a atmosfera em uma grade 
tridimensional e calculam a evolução das variáveis atmosféricas ao longo do tempo, como 
temperatura, pressão, umidade e ventos. Esses modelos são utilizados para estudar uma 
ampla gama de fenômenos climáticos, desde padrões de circulação de larga escala até 
mudanças climáticas globais. 
A estrutura básica de um modelo de circulação geral inclui três componentes 
principais: a grade espacial, as equações atmosféricas e os parâmetros físicos e 
meteorológicos iniciais. A grade espacial divide a atmosfera em células tridimensionais 
(volumes finitos), onde cada célula representa uma área específica da atmosfera. As 
equações atmosféricas, como as equações de Navier-Stokes, descrevem como as variáveis 
meteorológicas interagem e evoluem ao longo do tempo. Essas equações são resolvidas 
numericamente usando métodos computacionais avançados para prever a dinâmica 
atmosférica em escalas que variam de dias a décadas. 
Os modelos de circulação geral são utilizados para estudar e prever uma variedade 
de fenômenos climáticos e meteorológicos. Eles são essenciais para entender padrões de 
circulação atmosférica como os ventos alísios, correntes de jato e sistemas de alta e baixa 
pressão. Além disso, os MCGs são fundamentais para prever eventos extremos como 
tempestades, furacões e secas prolongadas, oferecendo insights importantes para a gestão 
de riscos e adaptação às mudanças climáticas. A capacidade dos modelos de simular o 
comportamento futuro da atmosfera permite avaliar cenários climáticos alternativos e 
desenvolver estratégias de mitigação e adaptação. 
A validação dos modelos de circulação geral é um passo crucial para garantir a 
precisão e confiabilidade de suas previsões. Isso envolve comparar os resultados dos 
modelos com dados observacionais de estações meteorológicas, satélites e outras fontes 
de medição atmosférica. A assimilação de dados, onde observações em tempo real são 
incorporadas aos modelos, ajuda a melhorar a precisão das previsões ao corrigir 
deficiências nos campos meteorológicos simulados. Além disso, a constante evolução dos 
modelos de circulação geral envolve o aprimoramento de parâmetros físicos e a inclusão 
de novos processos atmosféricos, como interações oceano-atmosfera e feedbacks 
climáticos. 
Os modelos de circulação geral são ferramentas poderosas e essenciais para 
estudar e prever o comportamento da atmosfera terrestre em escalas de tempo variadas. 
Através da divisão da atmosfera em uma grade tridimensional e da resolução numérica 
de equações atmosféricas fundamentais, esses modelos permitem simular uma ampla 
gama de fenômenos climáticos e meteorológicos.