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CORONA SOLAR 
 
A corona solar é a camada mais externa da atmosfera do Sol, conhecida por sua 
aparência brilhante e esbranquiçada que pode ser vista durante um eclipse solar total. A 
corona se estende milhões de quilômetros no espaço e é composta por plasma 
extremamente quente, com temperaturas variando de um a três milhões de graus Celsius. 
Essa camada é significativamente mais quente que a superfície visível do Sol, a fotosfera, 
que tem uma temperatura de cerca de 5.500 graus Celsius. A razão para essa diferença de 
temperatura, conhecida como o "problema do aquecimento coronal", é um dos maiores 
mistérios da astrofísica moderna. 
A estrutura da corona solar é complexa e dinâmica, composta por vários 
componentes, incluindo arcos coronais, buracos coronais e ejeções de massa coronal 
(CMEs). Os arcos coronais são grandes laços de plasma confinado pelas linhas do campo 
magnético do Sol, que se estendem desde a superfície solar para a corona. Esses arcos são 
locais de intensa atividade magnética e podem ser observados através de telescópios que 
capturam luz ultravioleta e raios-X. Os buracos coronais são regiões mais escuras e frias 
na corona, onde o campo magnético solar se abre para o espaço, permitindo que o vento 
solar escape. As ejeções de massa coronal são grandes erupções de plasma magnetizado 
que são expelidas da corona para o espaço interplanetário, podendo impactar o clima 
espacial e a atividade geomagnética na Terra. 
O estudo da corona solar é essencial para a compreensão dos processos solares e 
sua influência no Sistema Solar. A corona desempenha um papel crucial na geração do 
vento solar, um fluxo constante de partículas carregadas que se move para fora do Sol e 
permeia o espaço interplanetário. O vento solar interage com os campos magnéticos dos 
planetas e pode causar fenômenos como as auroras boreais e austrais na Terra. Além disso, 
as ejeções de massa coronal podem gerar tempestades geomagnéticas, que têm o potencial 
de interromper comunicações por satélite, redes elétricas e sistemas de navegação GPS. 
Portanto, entender a dinâmica da corona solar é fundamental para prever e mitigar os 
efeitos do clima espacial. 
Observações da corona solar são realizadas por várias missões espaciais e 
telescópios terrestres. A missão Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), lançada 
pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA), tem fornecido imagens detalhadas 
da corona desde 1995. Mais recentemente, a Parker Solar Probe, lançada pela NASA em 
2018, tem se aproximado mais do Sol do que qualquer outra sonda, coletando dados 
valiosos sobre a corona e o vento solar. Além disso, o Solar Dynamics Observatory (SDO) 
monitora o Sol em alta resolução, capturando imagens da corona em várias comprimentos 
de onda do ultravioleta extremo. Essas missões têm contribuído significativamente para 
nossa compreensão da física coronal e dos processos que ocorrem na atmosfera solar.

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