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Evolução das Criptomoedas no Brasil

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1 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-27, 2024 
 
 jan. 2021 
Criptomoedas e o sistema financeiro no Brasil: análise da transformação 
digital e regulatória (2013-2022) 
 
Cryptocurrencies and the financial system in Brazil: analysis of the digital 
and regulatory transformation (2013-2022) 
 
Criptodivisas y sistema financiero en Brasil: analizando la transformación 
digital y regulatoria (2013-2022) 
 
DOI: 10.55905/revconv.17n.6-152 
 
Originals received: 05/10/2024 
Acceptance for publication: 05/31/2024 
 
Breno Gabriel Passinho Ithamar 
Bacharel em Economia 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: breno.ithamar@discente.ufma.br 
 
Jadson Pessoa da Silva 
Doutor em Economia 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: jadson.pessoa@ufma.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-0152-7141 
 
Heric Santos Hossoé 
Doutor em Políticas Públicas 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: heric.hossoe@ufma.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-0445-116X 
 
Talita de Sousa Nascimento Carvalho 
Doutora em Políticas Públicas 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: talita.sousa@ufma.br 
 
José Tavares Bezerra Junior 
Doutor em Políticas Públicas 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: jose.tavares@ufma.br 
Orcid: https://orcid.org/0009-0002-1872-8844 
mailto:jadson.pessoa@ufma.br
https://orcid.org/0000-0002-0152-7141
mailto:heric.hossoe@ufma.br
https://orcid.org/0000-0003-0445-116X
https://orcid.org/0009-0002-1872-8844
 
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Alan Vasconcelos Santos 
Doutor em Economia 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: alan.vasconcelos@ufma.br 
Orcid: https://orcid.org/0009-0007-7662-0985 
 
Lindalva Silva Correia 
Doutora em Economia 
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA) 
Endereço: São Luís – Maranhão, Brasil 
E-mail: lindalva.correia@ufma.br 
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3719-0149 
 
RESUMO 
Este estudo analisou a evolução da moeda digital no Brasil de 2013 a 2022, com foco no 
surgimento do Bitcoin, a primeira criptomoeda do mundo, e no seu funcionamento através da 
tecnologia Blockchain. Utilizando fontes confiáveis, como leis, normativos, notícias de 
plataformas renomadas, livros e dados de institutos de pesquisa, foi traçada uma linha do tempo 
desde a chegada da primeira criptomoeda no Brasil até 2022. Identificaram-se dois principais 
entraves à evolução das criptomoedas no país: a baixa infraestrutura tecnológica e a ausência de 
regulação pelas autoridades brasileiras, resultando em baixo conhecimento e alta desconfiança 
da população. Apesar da falta de regulação até 2022, as criptomoedas cresceram 
significativamente, impulsionadas pelo aumento da infraestrutura tecnológica, especialmente 
entre 2017 e 2018. A comparação entre o volume de negociações, a aceitação do meio de 
pagamento no comércio brasileiro e a adesão por grandes instituições financeiras mostrou um 
progresso substancial na utilização de moedas digitais pela população brasileira. Este progresso 
culminou nos anos de 2021 e 2022, destacando a correlação e interdependência entre o aumento 
do acesso à informação e a confiança dos brasileiros nas criptomoedas. 
 
Palavras-chave: criptomoeda, bitcoin, blockchain, evolução, Brasil. 
 
ABSTRACT 
This study analyzed the evolution of digital currency in Brazil from 2013 to 2022, focusing on 
the emergence of Bitcoin, the world's first cryptocurrency, and its functioning through 
Blockchain technology. Using reliable sources such as laws, regulations, news from reputable 
platforms, books, and data from research institutes, a timeline was created tracing the arrival of 
the first cryptocurrency in Brazil up to 2022. Two main obstacles to the evolution of 
cryptocurrencies in the country were identified: low technological infrastructure and the absence 
of regulation by Brazilian authorities, leading to low public awareness and high distrust. Despite 
the lack of regulation until 2022, cryptocurrencies grew significantly, driven by the increase in 
technological infrastructure, especially between 2017 and 2018. The comparison between trading 
volume, acceptance of cryptocurrencies in Brazilian commerce, and adoption by major financial 
institutions showed substantial progress in the use of digital currencies by the Brazilian 
population. This progress culminated in 2021 and 2022, highlighting the correlation and 
interdependence between increased access to information and the confidence of Brazilians in 
cryptocurrencies. 
mailto:alan.vasconcelos@ufma.br
https://orcid.org/0009-0007-7662-0985
mailto:lindalva.correia@ufma.br
https://orcid.org/0000-0002-3719-0149
 
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 Keywords: cryptocurrency, bitcoin, blockchain, evolution, Brazil. 
 
RESUMEN 
Este estudio analizó la evolución de la moneda digital en Brasil desde 2013 hasta 2022, 
centrándose en la aparición de Bitcoin, la primera criptodivisa del mundo, y su funcionamiento 
a través de la tecnología Blockchain. Utilizando fuentes fiables como leyes, reglamentos, noticias 
de plataformas de renombre, libros y datos de institutos de investigación, se trazó una línea de 
tiempo desde la llegada de la primera criptodivisa a Brasil hasta 2022. Se identificaron dos 
obstáculos principales para la evolución de las criptodivisas en el país: la baja infraestructura 
tecnológica y la falta de regulación por parte de las autoridades brasileñas, lo que resulta en una 
baja concienciación y una alta desconfianza entre la población. A pesar de la falta de regulación 
hasta 2022, las criptodivisas han crecido significativamente, impulsadas por el aumento de la 
infraestructura tecnológica, especialmente entre 2017 y 2018. Una comparación entre el volumen 
de operaciones, la aceptación de los medios de pago en el comercio brasileño y la adhesión de 
las grandes instituciones financieras mostró un progreso sustancial en el uso de monedas digitales 
por parte de la población brasileña. Este progreso culminó en los años 2021 y 2022, destacando 
la correlación e interdependencia entre el mayor acceso a la información y la confianza de los 
brasileños en las criptodivisas. 
 
Palabras clave: criptodivisa, bitcoin, blockchain, evolución, Brasil. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Segundo Froyen (2013), a moeda possui uma definição padrão descrita como "tudo aquilo 
que desempenha funções monetárias. As três funções amplamente aceitas da moeda são: (1) meio 
de troca, (2) estoque de valor e (3) unidade de medida" (Froyen, 2013, p. 373). 
Com o avanço da globalização e a incorporação de novas tecnologias, surgiram 
transformações sociais e econômicas que deram origem ao conceito de sociedade 5.0, onde a 
tecnologia é utilizada para o benefício humano. Neste contexto, máquinas, computadores, 
softwares, redes e a criação de uma moeda totalmente digital, destinada a facilitar transações e 
substituir a moeda física, têm desempenhado um papel crucial, afastando-se da regulação, 
controle e métodos convencionais dos Estados (Abe, 2017). 
Neste cenário, o confronto entre o conceito tradicional de moeda e o surgimento das 
criptomoedas levanta diversas questões, como tangibilidade, regulação sem a intervenção de um 
Banco Central e controle monetário pelas autoridades. Esses aspectos podem ser vistos como 
obstáculos à evolução das moedas digitais no Brasil. 
 
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Além disso, por serem moedas totalmente digitais, é essencial a existência de meios 
tecnológicos, como computadores e internet, para a realização de transações, produção e 
armazenamento. Portanto, é necessário analisar o desenvolvimento tecnológico do Brasil em 
relação à evolução das criptomoedas no país. 
Sendo o Brasil uma das maiores economias do mundo, com um sistema financeiro 
complexo, é crucial entender as adaptações, evoluções, impactos e implicações que o sistema 
financeiro brasileiro e a sociedade têm enfrentado desde o surgimento das criptomoedas no país. 
Isso visa contribuir para que a sociedade brasileira possa se adaptar à nova realidade financeira 
global. 
A sociedade está em constante desenvolvimento, com o surgimento de tecnologias que 
transformam os padrões de produção e distribuição, incluindo os meios de troca. O surgimento 
das criptomoedas impacta diretamente a sociedade, e a Economia, como ciência social, deve 
estudar e entender a evolução das criptomoedas no sistema financeiro e na sociedade brasileira. 
O objetivo desta pesquisa é analisar a evolução da moeda digital no Brasil de 2013 a 2022, 
examinando a transição da moeda tradicional para as criptomoedas, compreendendo seu 
funcionamento e os princípios que as guiam. 
Esta investigação abordará os principais obstáculos ao desenvolvimento das moedas 
digitais no Brasil, como a falta de marcos regulatórios e a baixa infraestrutura tecnológica da 
época. Utilizando leis, comunicados, normativos, dados, pesquisas e relatórios de instituições 
oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Organização das Nações 
Unidas (ONU), o Senado Federal, a Receita Federal do Brasil (RFB) e o Banco Central do Brasil 
(BACEN), a pesquisa traçará uma linha do tempo das moedas digitais no Brasil, verificando 
acontecimentos, pesquisas e o volume de transações realizadas de 2013 a 2022. 
Os pilares deste estudo incluem a inclusão da tecnologia de moedas digitais em 
instituições financeiras brasileiras, a adoção desse meio de pagamento pelo comércio e a 
aceitação pelas pessoas. A pesquisa correlacionará esses dados com o volume de negociações ao 
longo do período, visando apresentar o caminho percorrido e verificar se houve evolução no país 
em relação a essa tecnologia desde seu surgimento até 2022. 
 
 
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2 A EVOLUÇÃO DA MOEDA: DOS BANCOS AS CRIPTOMOEDAS 
 
2.1 A EVOLUÇÃO DA MOEDA E O SISTEMA BANCÁRIO 
 
Segundo Weatherford (1999), a moeda evoluiu em três gerações principais. A primeira, 
a moeda arcaica, surgiu na Líbia há cerca de 3 mil anos. A segunda geração começou na 
Renascença, com o surgimento dos bancos nacionais e do papel-moeda, consolidando o sistema 
capitalista mundial. A terceira geração teve início no século XXI, com a entrada na era do 
dinheiro eletrônico e da economia virtual. 
Com o tempo, o acúmulo de riqueza e a sofisticação das transações substituíram métodos 
arcaicos como o escambo. Isso levou à necessidade de intermediários, ou seja, os bancos. 
Conforme Weatherford (1999), a primeira instituição bancária foi criada pelos Cavaleiros 
Templários, que usaram seus castelos como locais seguros para guardar dinheiro e bens de valor. 
Um exemplo clássico é de um cavaleiro francês que podia depositar dinheiro em Paris e retirá-lo 
em Jerusalém, pagando uma taxa de transação e enfrentando possíveis perdas devido à conversão 
da moeda. 
Os bancos se tornaram centrais nas transações mundiais, especialmente com o 
desenvolvimento tecnológico, culminando na terceira geração do dinheiro, o dinheiro eletrônico. 
Segundo Weatherford (1999), a transição para o dinheiro eletrônico foi impulsionada por 
empresas em busca de novas formas de lucrar, facilitando as transações para comerciantes e 
consumidores. 
A terceira geração surgiu para atender às necessidades da sociedade, permitindo 
transações flexíveis e fora do horário bancário tradicional. A criação do NASDAQ e as inovações 
do Federal Reserve no sistema de depósitos eletrônicos marcaram o início de uma nova era para 
o dinheiro eletrônico. 
O avanço das telecomunicações e da internet acelerou a transição da segunda para a 
terceira geração. Nos anos 90, as transações eletrônicas cresceram exponencialmente, tanto em 
volume quanto em velocidade. Nos Estados Unidos, bilhões de transações em dinheiro 
movimentavam trilhões de dólares anualmente, muitas em quantias pequenas. 
Esse crescimento não só aumentou os lucros, mas também a concorrência, forçando os 
bancos a inovarem continuamente. A internet abriu novas possibilidades para transações 
 
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financeiras, mas também revelou a necessidade de sistemas de pagamento mais seguros, 
impulsionando o desenvolvimento da criptografia e do dinheiro eletrônico. 
Com o passar dos anos, as estruturas financeiras dos países desenvolvidos se tornaram 
mais autônomas e com capital significativo. Lewis (2011) destaca que o Dr. Michael Burry 
previu um colapso iminente no sistema financeiro norte-americano em 2003, devido à extensão 
dos instrumentos de crédito. 
A crise financeira de 2008, descrita por Lewis (2011) como o "desastre do mercado 
imobiliário", não foi apenas financeira, mas também uma crise de confiança. Rodrigues e 
Teixeira (2019) apontam que a violação de confiança por instituições financeiras culminou no 
colapso do Lehman Brothers, exigindo grandes resgates financiados pelos contribuintes 
americanos. Este cenário de crise criou um ambiente propício para a inovação. Rodrigues e 
Teixeira (2019) destacam que Satoshi Nakamoto, em 2008, apresentou ao mundo o Bitcoin, uma 
nova moeda eletrônica que não dependia de terceiros confiáveis, buscando restabelecer a 
confiança do consumidor e inovar o sistema financeiro tradicional. 
 
2.2 A ORIGEM DO BITCOIN, MINERAÇÃO E REVOLUÇÃO DAS CRIPTOMOEDAS 
 
Bitcoin, a primeira criptomoeda, foi criada por Satoshi Nakamoto como um sistema 
descentralizado baseado em criptografia. Nakamoto apontou que o problema das moedas 
tradicionais reside na confiança em instituições como bancos centrais, que frequentemente 
violam essa confiança. A criptomoeda elimina a necessidade de intermediários, tornando as 
transações mais seguras e simples (Rodrigues & Teixeira, 2019). 
A principal mudança entre o sistema monetário tradicional e as criptomoedas é a 
tangibilidade. Enquanto o dinheiro eletrônico tradicional é uma representação do dinheiro real, 
regulado por bancos centrais, as criptomoedas são digitais e baseadas em criptografia, sem 
interferência institucional (Ribeiro & Mendizabal, 2019). Criptomoedas existem apenas online e 
são reconhecidas pelo mercado financeiro (Somma, 2021). 
As transações de criptomoedas ocorrem via Blockchain, uma rede descentralizada onde 
os usuários podem enviar e receber moedas digitais sem um controlador central. A Blockchain 
usa criptografia para garantir a segurança das transações, originando o termo criptomoeda 
 
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(Somma, 2021). Ulrich (2014) compara a Blockchain a um livro-razão gigante, onde todas as 
transações são registradas para evitar fraudes e gastos duplos. 
Em 2010, a primeira transação com Bitcoin foi realizada quando Laszlo Hanyecz 
comprou duas pizzas por 10 mil bitcoins, destacando o potencial revolucionário do Bitcoin 
(Longo, 2022). 
A mineração de criptomoedas, embora ocorra online, exige um esforço humano 
significativo, similar à extração de metais preciosos (Ribeiro & Mendizabal, 2019). A mineração 
envolve um esforço computacional intenso para descobrir novos blocos e inseri-los na 
Blockchain, usando protocolos de consenso comoprova de trabalho (Ribeiro & Mendizabal, 
2019). 
Ulrich (2014) compara a mineração de bitcoin à extração de metais preciosos: à medida 
que os depósitos superficiais se esgotam, a mineração se torna mais difícil, exigindo novas 
técnicas e tecnologias. No caso das criptomoedas, isso se traduz em avanços em hardware e 
software. 
A mineração de bitcoins é um processo matemático complexo, similar à busca por 
números primos. Quando um bloco é descoberto, o minerador é recompensado com bitcoins e 
uma taxa de serviço, com a recompensa diminuindo ao longo do tempo (Ulrich, 2014). 
A mineração de criptomoedas criou uma nova profissão: o minerador de criptomoedas, 
que valida transações, forma blocos, encontra o Hash e o Nonce, e dissemina o bloco na rede 
(Ribeiro & Mendizabal, 2019). Ulrich (2014) prevê que a profissão de minerador tem um prazo 
de validade, pois o número de bitcoins é finito. A mineração continuará até que todos os 21 
milhões de bitcoins sejam extraídos, estimando-se que o último "satoshi" será minerado em 2140. 
Após isso, os mineradores serão recompensados apenas com taxas de transação. 
A mineração de bitcoins foi projetada para imitar a extração de metais preciosos, com um 
limite de 21 milhões de bitcoins. A dificuldade da mineração aumentará tanto que encontrar o 
último "satoshi" será extremamente desafiador (Ulrich, 2014). 
 
 
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3 A EVOLUÇÃO DAS CRIPTOMOEDAS NO BRASIL E OS ESFORÇOS DE 
REGULAÇÃO 
 
3.1 O SURGIMENTO DAS CRIPTOMOEDAS NO BRASIL E AS TENTATIVAS DE 
REGULAÇÃO (2013-2022) 
 
A história do Bitcoin e das criptomoedas no Brasil começou em 2011 com o lançamento 
do site Mercado Bitcoin, que facilitava transações em Bitcoin para clientes brasileiros, tornando 
o Brasil o primeiro país da América Latina a ter uma plataforma dedicada a essa criptomoeda 
(Rodriguez, 2014). 
Em 2013, o site enfrentou problemas técnicos que o tiraram do ar por alguns meses, 
desvalorizando a plataforma. Neste momento, o investidor Rodrigo Batista adquiriu o site, 
transformando-o em uma corretora de moedas digitais (Varella, 2015). 
Ainda em 2013, a Mercado Bitcoin Exchange foi formalizada como empresa, sendo 
reconhecida juridicamente como uma corretora de valores que intermediava transações em 
Bitcoin no Brasil. Essa transformação facilitou a compra e venda de Bitcoins por meio de uma 
corretora nacional (Fonseca, 2021). 
Essa mudança permitiu a expansão das criptomoedas no Brasil. Em 2013, algumas 
plataformas anunciaram a possibilidade de troca de bens e serviços por criptomoedas. A revista 
Superinteressante publicou que seus leitores poderiam comprar matérias e assinar a revista 
usando Bitcoins, detalhando o passo a passo para a transação através da Mercado Bitcoin 
(Superinteressante, 2013). 
Entretanto, em 2011, o site Silk Road, destinado à venda de drogas na deep web, utilizava 
Bitcoin devido ao anonimato oferecido pela moeda. Estima-se que foram transacionados mais de 
US$ 1,3 bilhões em Bitcoins, o que levou a uma audiência no Senado norte-americano em 2013 
e alertou as autoridades reguladoras globais sobre o uso ilícito da moeda (Lima, 2018). 
Em 2014, a corretora japonesa Mt. Gox, responsável por cerca de 70% das operações de 
criptomoedas, sofreu ataques cibernéticos que resultaram na perda de 740 mil Bitcoins e sua 
falência, com prejuízo de mais de US$ 518 milhões (Lima, 2018). 
Esses eventos desencadearam reações dos bancos centrais ao redor do mundo, que 
começaram a debater a necessidade de regulamentação das criptomoedas (Lima, 2018). No 
 
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Brasil, o Banco Central emitiu um comunicado em 2014 explicando a diferença entre moedas 
virtuais e eletrônicas, destacando a necessidade de regulamentação diante do aumento das 
negociações e das controvérsias globais. 
Em 2015, a primeira tentativa de legislar sobre as transações com criptomoedas no Brasil 
foi o Projeto de Lei 2.303/2015, que propunha incluir as moedas digitais sob a supervisão do 
Banco Central do Brasil (Rodrigues & Teixeira, 2019, p. 72). 
Após várias audiências públicas, o relator da Comissão Especial da Câmara, Deputado 
Expedito Neto, propôs a criminalização da moeda, impedindo sua emissão e transação no país. 
Essa proposta foi vista como um retrocesso no debate sobre criptomoedas no Brasil (Gama, 2021, 
p. 59). 
Apesar da tramitação urgente do Projeto de Lei, não houve decisão ou votação nos anos 
seguintes. Em 2017, o Banco Central emitiu um comunicado alertando sobre os riscos da compra 
e guarda de moedas virtuais com finalidade especulativa, incluindo a possibilidade de perda total 
do capital investido (BACEN, 2017, p. 1). 
Em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitiu dois ofícios circulares 
alertando sobre os riscos das criptomoedas. O ofício nº 1/2018 proibiu a aquisição direta de 
criptomoedas por fundos de investimento, enquanto o ofício nº 11/2018 destacou o uso de 
criptomoedas em operações ilegais e ataques cibernéticos (CVM, 2018a, p. 1; CVM, 2018b, p. 
2). 
Em 2019, dois novos projetos de lei (PL nº 3.825/2019 e PL nº 3949/2019) foram 
apresentados no Senado Federal para regulamentar o mercado de criptoativos. Esses projetos 
foram tramitados em conjunto devido à semelhança dos temas abordados (Gama, 2021, p. 62-
63). 
A Receita Federal do Brasil também se manifestou em 2019, com a Instrução Normativa 
RFB nº 1888, que exigia informações sobre operações com criptoativos (RFB, 2019, p. 01). 
Em 2020, a Senadora Soraya Thronicke propôs o Projeto de Lei nº 4207/2020, focado na 
regulamentação da atividade de exchanges de criptoativos, visando trazer segurança jurídica aos 
consumidores e estabelecer padrões operacionais para as corretoras (Gama, 2021, p. 68). 
Em 2021, os projetos de lei anteriores foram consolidados no Projeto de Lei 4401/2021, 
que aguarda aprovação da Câmara para sanção presidencial. Este projeto visa coibir práticas 
 
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ilícitas e promover um ambiente seguro para o mercado de criptoativos, abordando a regulação, 
crimes financeiros e a situação fiscal (Senado Federal, 2022). 
A regulação do mercado de criptomoedas deve promover a livre iniciativa, garantir a 
segurança das informações e proteger os consumidores. A lei impõe que os ativos virtuais sejam 
fiscalizados, prevenindo crimes financeiros e promovendo um ambiente mais seguro e confiável 
para os usuários (Senado Federal, 2022). 
A falta de regulação adequada representa um risco para famílias, intermediários e o setor 
público, prejudicando a consolidação das criptomoedas como ativos seguros. A UNCTAD e 
outras instituições internacionais recomendam a regulação desses mercados para manter a 
estabilidade financeira e proteger os investidores (Zucker, 2022). 
A incerteza regulatória tem sido um grande obstáculo para a evolução das criptomoedas 
no Brasil. A necessidade de uma legislação clara e eficiente é crucial para tornar o sistema 
financeiro mais seguro e confiável, promovendo a concorrência justa entre as instituições 
financeiras e protegendo os consumidores. 
 
3.2 A INFRAESTRUTURA BRASILEIRA COMO OBSTÁCULO AO MERCADO DE 
CRIPTOMOEDAS 
 
Segundo Gomes e Sant’anna (2021), as criptomoedas “surgiram com o desenvolvimento 
da internet e das novas tecnologias da informação e comunicação” (GOMES; SANT'ANNA, 
2021, p. 14). Tal afirmação demonstra que as moedas digitais estão diretamente ligadas a 
tecnologia e são completamente dependentes da internet, sendo armazenadas, geridas e 
transacionadas de forma totalmente virtual. Entendendo-se então que uma infraestrutura 
tecnológica é parte essencial para o desenvolvimento das moedas digitais em uma sociedade. 
De acordocom dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por 
intermédio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), no ano de 2011, cerca de 
46,5% da população com 10 anos de idade ou mais possuíam acesso à internet, um aumento de 
aproximadamente de 25,6% em relação à 2005. (IBGE, 2013). Cabe ressaltar que no ano de 2011, 
não se havia ainda no Brasil uma corretora de criptomoedas, tampouco se registravam transações 
expressivas de moedas digitais, tendo apenas um site que abordava o assunto. 
 
 
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Gráfico 1 — Acesso à internet no Brasil no ano de 2011 
 
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2013). 
 
De acordo com a PNAD realizada pelo IBGE no ano de 2013, cerca de 49,4% da 
população acima de 10 anos de idade já possuía acesso à internet, representando um aumento de 
aproximadamente 2,9%. (IBGE, 2015). Como se pode verificar no ponto 2.1 deste capítulo, a 
primeira corretora de criptomoedas surgiu no Brasil no ano de 2013, enquanto no ano de 2010 
houve a primeira transação com moedas digitais. 
 
 
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Gráfico 2 — Acesso à internet no Brasil no ano de 2013 
 
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2015, p. 80). 
 
Ainda que do ano de 2005 até o ano de 2013, quando se teve a primeira corretora de 
criptomoedas brasileira, se observe um aumento substancial de pessoas utilizando a rede, 
dobrando a porcentagem, ainda se vê um número pouco expressivo para um país de tamanho 
continental, ao passo que mais da metade da população ainda não possuía acesso à internet. 
Demonstrando ser um provável entrave a implantação de corretoras no país. 
Segundo a PNAD realizada pelo IBGE no ano de 2016, cerca de 64, 7% da população de 
10 anos de idade ou mais já possuíam acesso à internet, demonstrando um aumento substancial 
em relação ao ano de 2013. 
 
Tabela 1 — Acesso à internet no Brasil no ano de 2016 
 
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018, p. 8). 
 
 
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Embora tenha havido um aumento expressivo, o número ainda é muito inferior a outros 
países do mundo. De acordo com uma pesquisa publicada no ano de 2015 pela União 
Internacional de Telecomunicações (UIT), o Brasil ocupava a posição 61 no ranking de utilização 
e acesso à tecnologia da informação. (UIT, 2015). 
Corroborando tal dado da UIT de baixo acesso e utilização dos meios de tecnologia da 
informação, na própria PNAD do IBGE no ano de 2016 pode se verificar que 97,2% dos 
domicílios utilizavam internet por meio de aparelhos celulares, que embora possam ser utilizados 
para obter conhecimento, realizar de transações e gerir uma carteira de criptomoedas em 
corretora, não possuem a capacidade de armazenamento e mineração, algo que é essencial para 
a própria existências das moedas digitais, operações que são realizadas através de computadores, 
que representaram 57,8% do modo de acesso à internet nos domicílios. 
 
Gráfico 3 — Domicílios com acesso à Internet, por tipo de equipamento utilizado no ano de 2016 
 
Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2018, p. 7). 
 
Segundo Shinzo Abe (2017), ex-primeiro-ministro japonês, a partir do ano de 2016 
implementou-se o conceito de que estaríamos vivendo em um novo modelo de sociedade, a 
sociedade 5.0, ou seja, o momento do uso das tecnologias em prol do ser humano, com o 
surgimento de máquinas, softwares, hardwares, internet, computadores e criptomoedas. Estas 
que se tornam correlatas e dependentes, demonstrando o forte entrave que se verificou no Brasil, 
 
14 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-27, 2024 
 
 jan. 2021 
ao passo que se mostrava um país com alto potencial de mercado, por ter uma população total de 
aproximadamente 207 milhões de pessoas no ano de 2016, segundo a pesquisa populacional 
municipal do IBGE em 2016 (IBGE, 2018). Em contrapartida, via-se uma baixa infraestrutura 
tecnológica para implantar moedas digitais que demandam computadores avançados e internet 
de alta potência para efetivação dos processos de mineração, armazenamento e transação. 
 
4 A EVOLUÇÃO DAS CRIPTOMOEDAS NO BRASIL DOS ANOS DE 2013 A 2022 
 
4.1 ADERÊNCIA DAS MOEDAS DIGITAIS NO BRASIL: AUMENTO DE ACESSO À 
INFORMAÇÃO E CREDIBILIDADE (2013-2022) 
 
Em 2014, a Mercado Bitcoin, a primeira corretora de criptomoedas no Brasil, instalou o 
primeiro caixa eletrônico de Bitcoin da América Latina em um bar em São Paulo, que também 
começou a aceitar Bitcoin como forma de pagamento (Bigarelli, 2014). 
Esse caixa eletrônico funcionava como uma corretora, convertendo automaticamente 
Bitcoins em reais e vice-versa. Os clientes podiam sacar reais de suas carteiras de Bitcoin ou 
depositar cédulas de real para carregar suas carteiras digitais (Bigarelli, 2014). Esse 
desenvolvimento mudou a percepção do Bitcoin, que passou de um ativo especulativo a um meio 
de troca com valor intrínseco, permitindo a compra de bens e serviços no Brasil. 
A implantação do caixa eletrônico foi uma tentativa de aumentar a divulgação e a 
credibilidade da moeda, superando desafios como o baixo acesso à internet e a falta de 
regulamentação, conforme discutido anteriormente. 
De acordo com Leandro Manzoni, colunista da Forbes, uma pesquisa da revista 
identificou que apenas oito estabelecimentos aceitaram Bitcoins como pagamento entre 2013 e 
2018 (Manzoni, 2018). 
Para solidificar a moeda e aumentar a credibilidade, foi criada em 2017 a Associação 
Brasileira de Criptomoedas (ABCripto), resultado da colaboração entre organizações e 
indivíduos da criptoeconomia (ABCripto, 2017). 
A ABCripto visa unir participantes do mercado de criptoativos e blockchain para dialogar 
com o poder público e promover o desenvolvimento tecnológico e a inovação, defendendo os 
interesses dos usuários e da comunidade (ABCripto, 2017). 
 
15 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-27, 2024 
 
 jan. 2021 
A criação da ABCripto representou um avanço significativo para o setor, que antes era 
dominado pela Mercado Bitcoin em termos de inovações e informações sobre moedas digitais 
no Brasil. 
Em 2018, o cenário mudou com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 
do IBGE, que revelou que cerca de 80% dos domicílios brasileiros tinham acesso à internet 
(IBGE, 2020). 
Entre 2017 e 2018, mais estabelecimentos começaram a aceitar criptomoedas, incluindo 
a rede hoteleira Ramada em Minas Gerais (Neves, 2017), a rede de bares do grupo ALIFE em 
São Paulo (Costa, 2018) e a marca de roupas Reserva em sua plataforma online (Manzoni, 2018). 
A adesão de grandes empresas ao pagamento por criptomoedas mostra a demanda dos 
consumidores por esse meio de pagamento, necessitando a adequação do comércio brasileiro. 
Isso se alinha com a teoria de Joseph Schumpeter sobre empreendedorismo e inovação, que 
destaca a importância da inovação no sistema capitalista para obter vantagens competitivas 
(Schumpeter, 1961). 
A implementação da tecnologia por grandes empresas, como a Reserva, que recebeu 
aproximadamente 100 Bitcoins em pagamentos em apenas 24 horas após aceitar a moeda, é um 
exemplo claro desse movimento (Manzoni, 2018). 
O acesso à internet no Brasil continuou a crescer. Em 2019, cerca de 84% dos domicílios 
tinham acesso à internet, número que aumentou para aproximadamente 90% em 2021, conforme 
gráfico 4 (IBGE, 2022). 
 
 
16 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-27, 2024 
 
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Gráfico 4 — Acesso à internet no Brasil no ano de 2021 
 
Fonte: IBGE - InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (2022). 
 
Segundo um relatório da ONU, o acesso à internet e à tecnologia promove a inclusão 
econômica, facilita a conectividade e apoia o desenvolvimento social e econômico dos países 
(ONU, 2020, p. 42). 
O relatório de 2021 da ONU sobre tecnologia da informação projetou um mercado de 
aproximadamente US$ 3,2 bilhões para diversas tecnologias até 2025 (UNCTAD, 2021). 
O contexto no Brasil é favorável ao crescimento das criptomoedas, com o aumento do 
acesso à internet e os benefícios promovidos pela tecnologia. Em 2021, a Visa publicou uma 
pesquisa mostrando que o Brasil estava preparado para o crescimento das criptomoedas, com 
90% dos brasileiros conhecendo ou tendo ouvido falar sobre elas e 30% já engajados (Visa, 
2021). 
Em 2022, a Cryptoliteracy relatou que 25% dos brasileiros pretendiam usar criptomoedas 
para transações e 30% planejavam comprá-las nos próximos seis meses (Cryptoliteracy, 2021). 
A plataforma Coinmap, que rastreia estabelecimentos que aceitam criptomoedas, mostrou 
que, em 2022, havia mais de 900 locais no Brasil (Coinmap, 2022). Além disso, a Coin ATM 
Radar registrou 26 caixas eletrônicos de criptomoedas no Brasil em 2022, tornando-o o 28º país 
no ranking mundial e o 6º na América Latina (Coin ATM Radar, 2022). 
A pesquisa Bitstamp Crypto Pulse de 2022 revelou que o Brasil era um dos países com 
maior confiança nas criptomoedas, com 77% dos entrevistados expressando confiança (Bitstamp, 
2022). 
 
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 jan. 2021 
Miha Vidmar, da Bitstamp, explicou que a confiança nas criptomoedas é um indicador 
importante para o desenvolvimento do setor, pois há uma correlação direta entre confiança e 
adoção (Vidmar, 2022, p. 20). 
Entre 2013 e 2022, o setor de criptomoedas no Brasil teve avanços significativos, com 
maior inclusão da tecnologia no comércio, aumento do número de caixas eletrônicos e 
desenvolvimento da infraestrutura tecnológica, criando um ambiente mais confiável e propício 
para o crescimento das criptomoedas no país. 
 
4.2 CRESCIMENTO DAS TRANSAÇÕES COM CRIPTOMOEDAS NO SETOR 
FINANCEIRO BRASILEIRO (2013-2022) 
 
A plataforma CoinMarketCap, lançada em 2013, acompanha mais de 9 mil criptomoedas 
globalmente. Devido à diversidade das moedas, esta análise se concentrará no Bitcoin, a principal 
criptomoeda (CoinMarketCap, 2022). 
Desde 2013, o acesso a dados sobre criptomoedas estava limitado a plataformas 
eletrônicas privadas até que regulamentações foram introduzidas. O site Cointelegraph foi usado 
para rastrear cotações e transações de Bitcoin desde sua criação. 
O ano de 2013 marcou um ponto de virada com o lançamento da corretora Mercado 
Bitcoin no Brasil, elevando significativamente os volumes de transação e valor do Bitcoin. 
 
Gráfico 5 — Variação do Preço e Volume de Bitcoin em 2013 
 
Fonte: Cointelegraph (2022) 
 
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 jan. 2021 
Inicialmente, o preço do Bitcoin era de R$ 260, com o volume em torno de R$ 11 mil. 
Com a operação da Mercado Bitcoin, os valores subiram para R$ 32 mil e R$ 850 mil, 
respectivamente, em novembro de 2013. 
Entre 2013 e 2017, o volume de transações e o preço do Bitcoin cresceram gradualmente, 
com um aumento expressivo em 2017 devido ao avanço tecnológico e ao reconhecimento maior 
das criptomoedas. 
 
Gráfico 6 — Evolução dos Preços e Volumes de Bitcoin de 2013 a 2018 
 
Fonte: Cointelegraph (2022) 
 
Em 2017, o Brasil registrou máximas históricas na valorização do Bitcoin, com o preço 
chegando a cerca de R$ 68 mil e um volume de negociações de R$ 544 milhões em dezembro. 
A partir de 2021, grandes bancos como o BTG Pactual começaram a oferecer plataformas 
próprias para a negociação de criptomoedas, marcando a entrada de instituições financeiras 
tradicionais no mercado de moedas digitais (Rubinsteinn, 2021). 
Outros bancos significativos como Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Banco Inter, XP e 
Nubank também adentraram o mercado, ampliando a oferta de serviços relacionados a 
criptoativos (Marins, 2022). 
Em 2022, a adoção institucional continuou a crescer, como indicado por entrevistas 
realizadas por Laelya Longo com representantes de grandes bancos, destacando o aumento da 
confiança e da democratização do acesso às criptomoedas (Longo, 2022). 
 
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As grandes instituições financeiras estão facilitando a adoção de criptomoedas ao oferecer 
experiências seguras e confiáveis, o que atrai clientes que anteriormente hesitavam devido à 
complexidade tecnológica ou à preocupação com riscos (Longo, 2022). 
A entrada dessas instituições está evidenciada pela manutenção da tendência de alta no 
volume e valor das transações de Bitcoin, mesmo em face de oscilações de mercado, como 
mostrado no Gráfico 7. 
 
Gráfico 7 — Tendências de Transações de Bitcoin de 2013 a 2022 
 
Fonte: Cointelegraph (2022) 
 
Em 2019, a Receita Federal do Brasil implementou a Instrução Normativa 1.888, 
exigindo relatórios sobre transações com criptomoedas, o que ajudou a obter dados oficiais sobre 
a atividade no mercado. 
Os dados fiscais mostram um aumento considerável no volume de declarações financeiras 
relacionadas a criptomoedas de 2019 a 2021, refletindo a expansão e a consolidação das 
criptomoedas como uma classe de ativos significativa no Brasil. 
 
5 CONCLUSÃO 
 
No contexto da sociedade moderna, as criptomoedas surgiram em 2008 como moedas 
completamente digitais que são mineradas, armazenadas e transacionadas através da Blockchain, 
uma complexa cadeia de blocos. Esse sistema permite que os usuários realizem transações de 
forma direta, sem a necessidade de regulamentação governamental. 
 
20 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-27, 2024 
 
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O surgimento das criptomoedas foi impulsionado por vários fatores, incluindo a crise 
imobiliária de 2008 e os avanços tecnológicos nos meios de troca. Schumpeter (1961) descreve 
esse fenômeno como destruição criativa, onde novos métodos ou tecnologias tornam os sistemas 
existentes obsoletos. 
Com a chegada das criptomoedas ao Brasil, tornou-se essencial estudar este novo meio 
de troca. Esta pesquisa focou no período posterior a 2013, quando surgiu a primeira corretora de 
moedas digitais brasileira. Identificaram-se diversos obstáculos ao progresso das criptomoedas, 
como a ausência de regulamentação e a infraestrutura tecnológica insuficiente, fundamentais para 
o armazenamento, produção e transação das criptomoedas. 
Mesmo com a falta de regulamentação, o avanço da infraestrutura tecnológica no Brasil, 
apontado pelo IBGE, mostrou um aumento significativo no acesso à internet, de 49% em 2013 
para 90% em 2022. Esse maior acesso à informação facilitou a adoção das criptomoedas. 
Consequentemente, grandes empresas comerciais começaram a aceitar criptomoedas, o 
número de caixas eletrônicos aumentou e grandes instituições financeiras incluíram moedas 
digitais em seus portfólios, conferindo maior segurança e otimismo à população brasileira. 
Observou-se um aumento expressivo no volume de negociações, de aproximadamente R$ 11 mil 
em 2013 para R$ 300 milhões em 2022, representando um crescimento de cerca de 30.000%. 
Além disso, o primeiro caixa eletrônico foi implantado em 2014, crescendo para 26 caixas em 
2022, e o número de estabelecimentos que aceitam criptomoedas passou de um em 2013 para 
mais de 900 em 2022. 
Esses fatores indicam um desenvolvimento considerável da tecnologia de moedas digitais 
no Brasil entre 2013 e 2022, com uma perspectiva promissora de crescimento nos anos seguintes. 
No entanto, a ausência de regulamentação permanece um desafio, sendo crucial para consolidar 
essatendência. 
Recomenda-se que, após a sanção de uma lei que regule as criptomoedas, seja realizado 
um prolongamento deste estudo para avaliar os impactos da regulamentação no mercado 
brasileiro de criptomoedas. Além disso, é importante verificar se a tendência de crescimento e 
desenvolvimento do mercado de moedas digitais apontada por esta pesquisa e por diversos 
institutos de pesquisa se confirma. 
 
 
21 Contribuciones a Las Ciencias Sociales, São José dos Pinhais, v.17, n.6, p. 01-27, 2024 
 
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 jan. 2021 
criptoativos; e altera a Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998, que dispõe sobre lavagem de 
dinheiro, a Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que dispõe sobre o mercado de capitais, e a 
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crimes relacionados ao uso fraudulento de ativos virtuais, bem como sobre o aumento de pena 
para o crime de “pirâmide financeira”, e altera a Lei nº 9.613, de 03 de março de 1998., 
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que o contingente de pessoas nessa faixa etária que utilizaram a internet aumentou 
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