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NORMAS CONTÁBEIS IFRS CPC E NBC E3_NICN

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Mauricio Fernando Pocopetz
NORMAS CONTÁBEIS: 
IFRS, CPC E NBC
Sumário
INTRODUÇÃO ������������������������������������������������� 3
REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE 
ATIVOS – IMPAIRMENT (CPC 01(R1) E 
IAS 36) ������������������������������������������������������������ 9
PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES 
E ATIVOS CONTINGENTES (CPC 25 E 
IAS 37) ���������������������������������������������������������� 18
Provisões ����������������������������������������������������������������������������� 19
Passivos Contingentes ������������������������������������������������������� 21
Contas a Pagar e Accrual ��������������������������������������������������� 23
Ativos Contingentes ������������������������������������������������������������ 25
AJUSTE A VALOR PRESENTE (CPC 12) ������� 26
TRIBUTOS SOBRE O LUCRO (CPC 32 E 
IAS 12) ���������������������������������������������������������� 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS ���������������������������� 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS & 
CONSULTADAS �������������������������������������������� 41
3
INTRODUÇÃO
Neste tópico de estudo iremos tratar de assuntos 
de muita importância para as empresas e profis-
sionais da área� São procedimentos contábeis 
que se não forem aplicados, ou se aplicados de 
forma incorreta, podem afetar substancialmente as 
demonstrações contábeis das companhias� Estes 
foram adotados no Brasil a partir da introdução 
das novas normas brasileiras de contabilidade e 
atualmente sua aplicação não só faz muito sentido, 
como melhora em muito as demonstrações con-
tábeis, trazendo mais transparência aos balanços 
e mostrando de forma mais fidedigna a realidade 
patrimonial das empresas� Embora a maior parte 
dos assuntos que serão discutidos neste tópico 
tratam somente de efeitos econômicos nas de-
monstrações contábeis, elas ajudam os tomadores 
de decisões a entender melhor a composição do 
patrimônio e as incertezas futuras na geração de 
caixa� Vale lembrar que não faz parte desta unidade 
de estudo a discussão dos aspectos tributários� 
Observe cada tópico a ser discutido:
I – Procedimentos referente ao processo de impair-
ment – Redução do Valor Recuperável de Ativos
As empresas devem mensurar e reconhecer seus 
ativos de forma que estes representem a realidade 
econômica da entidade, em outras palavras, os 
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benefícios que se esperam desses bens e direitos 
ao longo do tempo� Porém, sabemos que há vários 
fatores que fazem com que esses recursos, ao 
longo do tempo, não gerem mais os benefícios 
esperados nas estimativas iniciais� Quando isso 
ocorre os ativos acabam sendo superavaliados, 
não mostrando a realidade dos retornos de fluxo 
de caixa no futuro� Por exemplo, se você adquire 
uma máquina por um determinado valor, este gasto 
é o que você espera obter de retorno com esse 
bem, porém ao longo do caminho essa máquina 
pode se deteriorar mais do que o previsto, pode 
quebrar, a tecnologia pode mudar, o mercado se 
alterar; enfim, fatores que fazem com que o retorno 
dessa máquina não seja o mesmo esperado no 
início de sua vida útil� Nesses casos é necessário 
fazer o teste de impairment, que significa teste 
da paridade, e a partir dos resultados verificados 
reconhecer ou não uma perda por redução ao valor 
recuperável� Neste estudo vamos detalhar todos 
os fatores que devem ser considerados para que 
essa norma possa ser aplicada de maneira correta, 
deixando as demonstrações contábeis com sua 
representação fidedigna de seus ativos.
II – Provisões, Passivos e Ativos Contingentes
O CPC 25 trata dos conceitos de provisões, passi-
vos e ativos contingentes� Os procedimentos de 
reconhecimento e mensuração desses itens foram 
5
alterados e ficaram mais claros de maneira que 
as empresas possam aplicar de forma correta� 
O conceito de provisão ainda é discutido e des-
conhecido de muitos profissionais, fazendo com 
que sua aplicação não seja adequada e gere uma 
distorção nas demonstrações contábeis das em-
presas� A aplicação desses procedimentos altera 
inclusive a forma de registro nos balanços, sepa-
rando os passivos reconhecidos por competência 
e aqueles que efetivamente são considerados uma 
provisão� Essa separação é necessária, já que os 
riscos e incertezas atreladas a esses passivos são 
muito diferentes entre provisão e contas a pagar� 
No caso dos ativos e passivos contingentes, que 
iremos discutir o conceito mais adiante, também 
há uma melhora no entendimento principalmente 
quanto ao momento do reconhecimento contábil� 
Antes dessa norma, muitas empresas reconheciam 
em seus balanços valores que não deveriam ser 
contabilizados, já que registrar valores que não 
possuem potencial de realização ou exigibilidade 
distorcem as demonstrações contábeis, levando 
os usuários a tomarem decisões inadequadas� 
Estudaremos ao longo deste estudo os conceitos 
corretos e o momento de reconhecimento, além da 
forma correta de mensuração, e você será capaz 
de fechar o balanço de uma empresa apresentando 
os valores dentro dos preceitos do CPC 25�
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III – Procedimentos de Ajuste a Valor Presente
Os ajustes a valor presente estão disciplinados 
no CPC 12 – Ajuste a Valor Presente� Este é um 
procedimento adotado no Brasil e que não tem 
norma correspondente no IFRS, isto porque para 
o cálculo dos juros no Brasil é utilizado o método 
dos juros compostos, o que não é adotado na 
maioria dos países do mundo� Sabemos que este 
método eleva substancialmente os juros ao longo 
do tempo, fazendo com que valores totais a pagar 
ou a receber sejam bem maiores do que os valores 
à vista dos ativos e passivos� Então surge o CPC 
12, com um procedimento para demonstrar esses 
valores a pagar e a receber de longo prazo trazidos 
a valor presente, tirando o efeito dos juros, mas a 
norma não reduz os juros� Também para atender 
ao conceito de ativos e passivos, que trata de 
reconhecimento de valores presentes na data da 
operação e não valores futuros� Em outras palavras, 
eu posso ter um passivo com vencimento daqui a 
três anos no valor de R$ 150�000,00 com juros, mas 
estou fechando o balanço da empresa no ano 01, 
logo o valor do passivo não será de R$ 150�000,00 
no primeiro ano� Por esse motivo, precisamos 
tirar o efeito dos juros, já que ainda não são devi-
dos� Este procedimento passou a ser adotado no 
Brasil a partir da publicação do CPC 12 e, assim 
como as outras normas, traz mais transparência 
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às demonstrações contábeis por apresentar os 
ativos e passivos de longo prazo sem o efeito de 
juros que ainda não são devidos� Reconhecer itens 
patrimoniais com juros, quando esses ainda não 
são devidos, inflam de forma inadequada os ativos 
e passivos, dificultando a previsão de entradas e 
saídas de caixa e altera também os indicadores 
de liquidez e endividamento da empresa� Anali-
saremos adiante todos os detalhes de quando e 
como devemos proceder para adequar os ativos 
e passivos, trazendo-os ao seu valor presente e 
assim apresentarmos uma demonstração contábil 
mais confiável para a tomada de decisões.
IV – Tratamento contábil para pequenas e médias 
empresas
No Brasil a legislação sempre teve muita influência 
sobre os balanços das empresas� O mesmo acon-
tece em outros países, mas isso não quer dizer 
que as empresas não pagam impostos, e sim a 
forma de apuração dos impostos é mais simples, 
e embora haja interferência na contabilidade, é 
menor do que a verificada aqui em nosso país. 
Para minimizar essa interferência fiscal, surgiu 
o CPC 32 – Tributos sobre o Lucro –, que requer 
um pouco de entendimento de procedimentos de 
apuração do chamado Lucro Real, já que para ou-
tros regimes de apuração tributária essa não tem 
aplicação prática� Vale lembrar que esta norma está 
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restrita à apuração dos tributos sobre o lucro, que 
no Brasil são a Contribuição Social sobre o Lucro, 
o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e o adicional 
de Imposto de Renda. A finalidade maior desta 
norma está atrelada ao atendimento do Regime de 
Competência, que determina que qualquer receitadeve ter sua despesa correspondente reconhecida 
no mesmo período contábil, logo, o confronto entre 
receitas e despesas� Iremos estudar o conceito de 
diferenças temporárias e permanentes, de base 
contábil e base fiscal, qual o tratamento deve ser 
dado aos prejuízos fiscais e a forma de contabilizar 
os efeitos da aplicação do CPC 32, os chamados 
tributos diferidos� Embora esses procedimentos 
sejam de efeito meramente econômico, fazem 
uma grande diferença para as análises e efeitos 
da tributação livre de interferências fiscais. Mas 
fique tranquilo, você irá entender todo o processo 
para uma aplicação fácil na contabilidade�
Feita uma introdução inicial de todas as normas, 
vamos ao detalhamento de todas elas�
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REDUÇÃO AO VALOR 
RECUPERÁVEL DE ATIVOS 
– IMPAIRMENT (CPC 01(R1) 
E IAS 36)
Este CPC nos fornece meios para que as empre-
sas não mantenham ativos registrados por valor 
superior ao seu valor recuperável. O CPC 01 defi-
ne “valor recuperável de um ativo ou de unidade 
geradora de caixa é o maior montante entre o seu 
valor justo líquido de despesa de venda e o seu 
valor em uso”� Este procedimento é necessário 
para que não haja ativos superavaliados, e que 
possam gerar uma expectativa de retorno superior 
àquela que realmente irá impactar o caixa da em-
presa no futuro. Caso a empresa identifique que 
o valor recuperável é inferior ao valor contábil, ela 
deverá reconhecer uma perda para ajustar o valor 
contábil� É bom lembrar que a maioria dos ativos 
geram benefícios de duas formas: pela venda ou 
pelo uso� Evidentemente nem todos os ativos 
possuem essa característica, um estoque, por 
exemplo, gera benefícios somente pela venda, já 
que não os usamos nas atividades da empresa, daí 
podemos entender que os ativos que estão sujeitos 
ao impairment são aqueles que são utilizados ou 
vendidos pela empresa� Os ativos que não estão 
sujeitos ao impairment são ativos resultantes 
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de alguns contratos do CPC 47 – Receitas de 
Clientes: estoques, ativos fiscais diferidos, ativos 
biológicos, ativos não circulantes mantidos para 
a venda, entre outros� Um ponto importante e que 
muitas pessoas confundem é o próprio conceito 
de impairment� Este é um teste que é aplicado aos 
ativos para identificar perdas possíveis ou prová-
veis, mas tem aqueles que definem o impairment 
como sendo a perda� Lembre-se, uma empresa 
pode aplicar o teste de impairment e não identificar 
perda alguma e ainda assim atender ao CPC 01, 
ou seja, realizou o teste� E como saber se um ativo 
se encontra desvalorizado? Verificaremos vários 
fatores que podem nos dar essa indicação, mas 
basicamente quando seu valor contábil é menor 
que o seu valor recuperável, então teremos um 
ativo que deve reconhecer uma perda� Esse teste 
deve ser aplicado pelo menos uma vez ao ano, 
em qualquer época, não precisando ser no fecha-
mento do balanço necessariamente, desde que 
todos os anos a empresa faça o teste no mesmo 
período� Por exemplo, se a empresa fez o teste 
no mês de fevereiro, então deverá todos os anos 
seguintes fazer no mês de fevereiro também� Se 
a empresa identificar uma indicação de que houve 
desvalorização, então deve estimar o valor recupe-
rável. Para essa identificação a companhia conta 
com fontes de informações internas e externas� 
Externas são aquelas que a empresa consegue 
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identificar fora de suas instalações, tais como: 
indicação de que o ativo não possui mais seu valor 
inicial, mudanças no mercado no qual a empresa 
atua, mudança de tecnologia, comportamento do 
consumidor, leis, aspectos políticos, econômicos 
e legais� Podemos citar como exemplo a própria 
pandemia da Covid-19, que fez muitas empresas 
registrarem perdas e tantas outras fecharem� As 
taxas de juros de mercado também podem indi-
car perdas para a empresa� O valor em uso, como 
estudaremos mais adiante, é medido por meio de 
fluxo de caixa, e se as taxas de juros sobem mui-
to, o valor presente dos benefícios desses ativos 
será menor, então provavelmente teríamos que 
reconhecer uma perda� Isso ocorre também com 
o valor contábil da companhia de capital aberto 
quando o valor de seu patrimônio líquido possui 
um valor superior às ações negociadas na bolsa 
de valores� Por outro lado, temos as informações 
internas, que são obtidas pela própria companhia, 
tais como, observação de obsolescência ou dano 
físico no ativo, o que gera perda de produtividade 
e diminui os benefícios futuros, ou mudança na 
forma que o ativo é ou será utilizado� Por exemplo, 
a fábrica da Ford saiu do Brasil no ano de 2021 e 
várias de suas máquinas deixaram de ser utiliza-
das, isso indica que por certo período a empresa 
deverá reconhecer algum tipo de perda, já que a 
companhia mudou de forma radical a maneira de 
12
utilizar esses ativos. Pode-se também verificar 
perdas prováveis por meio de relatórios internos 
que indiquem que determinados ativos não irão 
gerar os benefícios esperados pela administração� 
Todos esses são exemplos de fatores internos e 
externos que podem indicar que determinados 
ativos estão desvalorizados e a companhia deveria 
reconhecer perdas� A empresa pode se utilizar das 
informações internas e externas, mas sempre deve 
dar preferência a esta última, as externas�
Mas como devemos mensurar o valor recuperável? 
O conceito de valor recuperável foi definido no início 
deste tópico, e lá fala sobre valor contábil, valor justo 
líquido das despesas de vendas e valor em uso� 
Inicialmente devemos apurar o valor recuperável 
que será o maior entre o valor justo e o valor em 
uso. O CPC 01 e o CPC 46 definem valor justo como 
sendo “o preço que seria recebido pela venda de 
um ativo ou que seria pago pela transferência de 
um passivo em uma transação entre participantes 
do mercado na data de mensuração”� Ou seja, é o 
valor que você estaria disposto a vender um ativo 
ou transferir um passivo e um terceiro estaria dis-
posto a pagar por esse ativo� Importante dizer que 
valor justo não é o mesmo que valor de mercado, 
embora haja situações que eles possam se igualar, 
mas conceitualmente são coisas diferentes� Por 
exemplo, você vai comprar um apartamento e um 
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corretor informa que o valor do metro quadrado 
naquela região desejada é de R$ 10�000,00� Como 
o apartamento possui 100 metros quadrados, seu 
valor de mercado é de R$ 1�000�000,00 e esse é o 
valor que o vendedor deseja receber� Você possui 
em mãos uma quantia de R$ 920�000,00 e pode 
pagar à vista e faz a oferta ao vendedor, que acei-
ta� Então o valor justo será os R$ 920�000,00, já 
que este foi o valor aceito pelo vendedor e pelo 
comprador, em relação não forçada, portanto, 
por vontade das duas partes, sem qualquer tipo 
de exigência legal e são participantes do merca-
do, ou seja, conhecem o que estão negociando 
e têm uma data definida para a operação. Neste 
exemplo temos todos os fatores para caracterizar 
o valor justo� A empresa deve fazer as mesmas 
considerações para apurar o valor justo, embora na 
prática a empresa não irá vender o ativo, devendo 
estimar como se estivesse vendendo o bem com 
a idade e as características atuais desse bem� Há 
situações em que não é tão fácil mensurar o valor 
justo, mas esses casos atualmente são exceções� 
Ao apurar o valor justo a empresa deverá ainda 
estimar as despesas decorrentes dessa venda, 
tais como, transporte, taxas, impostos, comissões 
etc� Todos esses valores deverão ser diminuídos 
do valor justo, e assim você terá o valor justo líqui-
do das despesas de vendas que vai ser utilizado 
para apurar o valor realizável� O outro valor a ser 
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apurado é o valor em uso, que é o valor presente 
dos fluxos de caixa que a empresa espera ganhar 
com a utilização do ativo�
Enquanto valor justo está relacionado à venda, 
valor em uso está relacionado à utilização do bem 
em sua produção� Para apurar o valor em uso, a 
empresa deverá estimar um fluxo de caixa de no 
máximo cinco anos, por determinação do CPC 01� 
Inicialmente deve verificar a receita que o bem vai 
gerarno período, depois, deduzir todas as despe-
sas, tais como depreciação, manutenção, perdas 
efetivas etc� O valor líquido será o caixa gerado pelo 
bem, trazendo a valor presente você terá o valor 
em uso� O CPC 01 determina que alguns elementos 
devem ser considerados na estimativa de fluxo de 
caixa, tais como: expectativas de variações que 
podem ocorrer nesse fluxo no período estimado, 
o valor do dinheiro no tempo, taxa de juros, os 
riscos inerentes aos bens e quaisquer outros que 
possam de certa forma influenciar os retornos 
estimados, inclusive o valor a ser recuperado no 
momento de sua venda, o chamado valor residual� 
As estimativas de fluxo de caixa devem ser base-
adas em premissas razoáveis, ou seja, não pode 
ser feita uma estimativa fora da realidade para que 
não haja uma apuração indevida, o que poderia 
gerar uma perda maior ou menor� Se a empresa 
também prepara o budget, o orçamento anual, este 
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também é uma base ou fonte de dados que pode 
ser utilizada para a elaboração do fluxo de caixa. 
Um fator muito sensível a ser considerado é a taxa 
de juros a ser utilizada, pois deve refletir além do 
valor do dinheiro no tempo os riscos relacionados 
aos ativos base dos fluxos de caixa. Para saber se 
a taxa definida está adequada é só pensar em taxas 
de retorno que investidores esperam em aplicações 
e investimentos nos mercados� Se ainda assim não 
se chegar a uma taxa específica ou mensurada com 
segurança, o mínimo a ser utilizado, isso para fins 
práticos, seria a taxa livre de risco, que no Brasil é 
a taxa Selic. Uma vez definido o valor justo e valor 
em uso, basta comparar os dois e escolher o maior 
deles, gerando o valor realizável líquido�
A partir disso devemos comparar este valor com o 
valor contábil, lembrando que este você encontra 
no seu balanço, ou seja, é o custo de aquisição do 
ativo, menos a depreciação, amortização ou exaus-
tão e as perdas que tenham sido reconhecidas em 
períodos passados� No balanço deve constar o valor 
contábil ou o valor recuperável do menor entre os 
dois� Observe um exemplo: uma empresa apurou 
o valor justo e subtraiu as despesas de venda de 
um determinado ativo o valor de R$ 120�000,00 e 
constatou que o valor em uso era de R$ 130�000,00� 
Então o valor recuperável será o maior deles, no 
caso, R$ 130�000,00� Na sequência a empresa 
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verifica seu valor contábil e identifica um custo de 
aquisição de R$ 200�000,00 e uma depreciação 
acumulada de R$ 80�000,00� Logo o valor contábil 
líquido é de R$ 120�000,00� Perceba que o valor 
contábil é menor que o valor recuperável, então a 
empresa não precisa reconhecer nenhuma perda� O 
importante neste caso é que mesmo não havendo 
perda a empresa fez o teste de impairment� Vamos 
a um segundo exemplo, considerando os mesmos 
valores justos e de uso, mas valor contábil líquido 
agora é de R$ 140�000,00� Neste caso o valor a 
ser considerado no balanço é menor entre o valor 
realizável e o contábil, que é de R$ 130�000,00, 
então a empresa deve reconhecer uma perda de 
R$ 10�000,00�
O lançamento contábil é simples: débito de des-
pesas administrativas – Perdas com Impairment 
– e crédito em conta redutora no ativo em Perdas 
Estimadas por Impairment� A partir desse reconhe-
cimento a empresa deve rever a depreciação, vida 
útil, valor residual etc� e no ano seguinte, caso a 
empresa verifique que a perda não existe mais, ela 
deve reverter o lançamento até o limite do valor 
reconhecido como perda. E para finalizar, devemos 
esclarecer que a companhia deve sempre buscar 
fazer o teste de impairment para ativos individuais, 
mas há casos em que isso não é possível, pois 
determinado ativo somente gera receita junta-
17
mente com outros ativos, o que gera a chamada 
unidade mínima geradora de caixa� Por exemplo, 
uma farmácia gera receitas e possui ativos, porém 
a geração de receitas não está diretamente ligada 
aos ativos ali existentes e sim ao conjunto deles� 
Em outras palavras, as gôndolas, ou os balcões 
por si só não geram receitas, mas o conjunto deles 
sim� Nesses casos o teste de impairment deve ser 
feito no conjunto de ativos, que é chamado de uni-
dade mínima geradora de caixa. E por fim temos 
os itens mínimos a serem divulgados, que são o 
montante das perdas reconhecidas, as reversões 
que foram feitas no exercício, e qualquer outro item 
que a empresa entenda que seja relevante para a 
análise de terceiros, tornando a informação mais 
útil para a tomada de decisões� Todo o descrito 
acima contempla os principais pontos necessários 
para o entendimento e aplicação do CPC 01�
18
PROVISÕES, PASSIVOS 
CONTINGENTES E ATIVOS 
CONTINGENTES (CPC 25 E 
IAS 37)
Depois da publicação do CPC 25, ficou mais claro 
para as empresas os conceitos que definem a 
provisão, um passivo e um ativo contingente, bem 
como os critérios de reconhecimento e mensuração 
desses itens� Antes da publicação dessa norma, 
muitas empresas reconheciam provisões, ativos 
e passivo contingentes sem muito critério� Porém 
isso pode gerar demonstrações inadequadas, ou 
que não são úteis para a tomada de decisões 
pelos usuários, isso porque as provisões devem 
ficar em grupo de contas específicos, separadas 
das chamadas contas a pagar� Ao registrar esses 
itens de forma única, fica difícil separar e analisar 
passivos que possuem riscos maiores� Ao longo 
desse tópico de estudo, estudaremos todos esses 
conceitos e a forma de mensuração e reconheci-
mento desses ativos e passivos, de forma que ao 
término desse estudo você estará apto a entender 
as diferenças e quando reconhecer esses ativos 
e passivos, gerando demonstrações contábeis 
de maior qualidade e transparência� O CPC 25 é 
quem estabelece os critérios de reconhecimento, 
mensuração e divulgação� Essa é a norma genérica 
19
para provisões, passivos e ativos contingentes, 
porém se uma empresa for aplicar alguma norma 
que contenha procedimentos específicos sobre 
os assuntos aqui tratados, então a norma espe-
cífica deve ser aplicada e não o CPC 25. Vamos 
separar os itens para melhor entendimento, mas 
antes vamos definir o conceito de passivo: O CPC 
00 – Estrutura Conceitual Básica – define passivo 
como uma obrigação presente da entidade de 
transferir um recurso econômico como resultado 
de eventos passados� O entendimento do conceito 
é importante para podermos separar o que é contas 
a pagar, accrual e provisões� Todos são passivos, 
mas cada um com sua característica�
PROVISÕES
Toda provisão é um passivo, mas nem todos os 
passivos são provisões� O conceito de provisão 
ainda é utilizado em larga escala no Brasil, mas 
em muitos casos de maneira inadequada� Comu-
mente chamamos qualquer reconhecimento no 
passivo de provisão, o que não é necessariamente 
uma verdade� Provisão é um passivo cujo valor e 
data de desembolso não é certo, trata-se de uma 
estimativa confiável, mas não com valor e datas 
exatas� O que mais chama a atenção é o reconhe-
cimento de férias e décimo terceiro salário, que 
muitos chamam indevidamente de provisão� Esses 
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itens não são estimativas e possuem valores e 
datas conhecidas. Você pode dizer “Mas eu não 
sei quando o funcionário vai sair de férias”� Bem, 
não se trata de reconhecer um passivo futuro, até 
porque não existe passivos futuros, como diz o 
conceito, passivos são obrigações presentes, ou 
seja, elas existem até o momento do fechamento 
do balanço, o que ocorrerá no futuro serão os 
desembolsos, mas a dívida você já tem agora, no 
momento presente� O reconhecimento de férias 
e décimo terceiro não se trata de valores futuros, 
mas de direitos incorridos dos funcionários� A data 
já é conhecida, que é a do final do mês, pois até 
o último dia do mês é que o funcionário tem seu 
direito adquirido e a empresa a obrigação� O mesmo 
ocorre com o valor, que é de um doze avos ao mês, 
não se tratando de estimativa, mas de direitos efe-
tivamente incorridos� Nesses casos não há que se 
falar em provisões, mas em accrual, que falaremos 
mais adiante� Os dois são estimativas,no entanto 
a diferença está nos prazos e valores estimados� 
Podemos citar como exemplo provisões para 
contingências, provisões para processos judiciais, 
provisões de riscos ambientais, entre outras� As 
provisões só devem ser reconhecidas no balanço 
quando puder ser feita uma estimativa confiável 
e que seja provável uma saída de recursos, caso 
contrário não será uma provisão e sim um passivo 
contingente. Sempre que a empresa identificar uma 
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provisão, ela deve imediatamente reconhecer em 
seu balanço, desde que atenda aos critérios de re-
conhecimento, estimativa de valor e data confiável. 
O lançamento contábil é simples: debita-se despesa 
com a provisão devida e credita-se o passivo em 
grupo específico de provisões. As provisões são 
estimativas, e de acordo com o CPC 23, que trata 
de estimativas contábeis, devem ser revisadas a 
cada fechamento de balanço e proceder ajustes 
caso necessário� As provisões devem ser baixadas 
quando pagas, ou quando não existirem mais as 
obrigações reconhecidas�
As provisões podem mudar completamente a estru-
tura patrimonial da empresa� Um fato que ocorreu 
no Brasil foi o rompimento da barragem da empresa 
Samarco no município de Mariana. Ocorre que após 
o rompimento da barragem a empresa acabou por 
reconhecer provisões que geraram prejuízos que 
fizeram o Patrimônio Líquido da companhia ficar 
com saldo devedor, isto mostra o impacto que uma 
provisão pode gerar em uma empresa�
PASSIVOS CONTINGENTES
Temos dentro do CPC 25 o conceito de passivos 
contingentes� Esses são passivos que possuem 
apenas uma possibilidade de a empresa pagar ter-
ceiros, mas que depende de alguma decisão futura 
que não está sob o controle dela� Observe que a 
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saída de recursos não é provável, e sim possível, 
e qual a diferença? Quando a saída de recursos é 
possível, significa que a empresa pode ou não ter 
que pagar um terceiro, enquanto algo provável é 
praticamente certo que você irá dispender recursos� 
Um passivo contingente não deve ser reconhecido 
nem contabilizado, apenas divulgado em nota expli-
cativa, caso seja relevante� Os passivos contingentes 
devem ser revisados periodicamente para verificar 
se sua situação mudou de uma saída possível de 
recursos para uma saída provável� Caso isso ocorra, 
a companhia deve reconhecer esse passivo, pois 
já não mais será um passivo contingente, mas 
uma provisão ou contas a pagar� Um exemplo de 
passivo contingente é quando a empresa possui 
um processo trabalhista� O especialista, e sempre 
ele, neste caso o advogado, avalia o processo e 
determina a probabilidade de saída de recursos� 
Imagine que logo no início do processo a empresa 
foi intimada, mas ainda não fez o recurso e o advo-
gado diz que tem provas suficientes para rebater 
todos os pedidos do autor da ação� Neste momento 
essa ação ainda é algo remoto, não havendo a ne-
cessidade de divulgação nem de reconhecimento 
deste processo� Imagine que o processo avança, 
acontece a primeira audiência e o juiz não aceita 
todas as provas apresentadas pela empresa, e a 
partir daí o advogado muda de opinião e diz que a 
empresa pode ter de pagar alguns recursos, mas 
23
ainda não é provável� Neste momento temos um 
passivo contingente, logo, a empresa ainda não 
reconhece o passivo, mas já há a necessidade de 
divulgação em nota explicativa� O processo vai 
para uma segunda instância e a empresa perde 
parte da ação, mais ainda não tem o valor definido 
e nem a data certa para o pagamento, pois ainda 
depende de perícia judicial e da decisão final do 
juiz� Neste momento temos uma parte do processo 
como um passivo contingente, e outra parte como 
uma provisão, tendo que reconhecer no passivo e 
divulgar em nota explicativa� Quando sair o valor 
definitivo e datas de pagamento, teremos um caso 
de contas a pagar�
CONTAS A PAGAR E ACCRUAL
Este tópico visa deixar clara a diferença entre 
contas a pagar, accrual e provisões� Aqui contas 
a pagar não se trata de uma conta contábil, mas 
de um conceito a ser aplicado� As contas a pagar 
são as obrigações geradas pela aquisição de bens 
ou direitos de terceiros que foram recebidos, e que 
já foram faturados ou que já exista um acordo for-
mal com o fornecedor� Quando a empresa adquire 
mercadorias para revenda, a mercadoria chega na 
empresa, esta reconhece o estoque e registra a 
dívida na conta fornecedores, logo, temos um caso 
de contas a pagar� Por outro lado, temos aquelas 
24
obrigações que a empresa assume e que não tem 
um documento formal, como o reconhecimento 
de férias e décimo terceiro� A essas obrigações 
chamamos de accrual, que em tradução livre sig-
nifica “competência”. Nestes casos podemos não 
ter ainda o documento formal, mas o serviço ou a 
mercadoria já foi recebida e devemos reconhecer 
a obrigação� Imagine que você contratou um ser-
viço que levará quatro meses para ser concluído, 
e que ficou acertado com o fornecedor que ele 
emitirá nota fiscal somente ao final do serviço. O 
documento formal será recebido no final da obra, 
porém a obrigação de pagar o fornecedor acorre 
a cada mês com a prestação de serviços, então 
esta deve ser reconhecida no passivo� Há mais 
um caso de accrual�
E o que difere um accrual de uma provisão? Uma 
provisão são valores que serão pagos em períodos 
futuros com prazos mais longos, o que pode gerar 
mais distorções, enquanto um accrual é algo a 
ser pago em prazo bem mais curto e com valores 
definidos e conhecidos. Esses reconhecimentos 
por competência são classificados juntamente com 
as contas a pagar, diferentemente das provisões, 
que devem possuir um grupo próprio dentro do 
balanço patrimonial�
25
ATIVOS CONTINGENTES
Ativos contingentes são bens ou direitos que a 
companhia espera obter em período futuro, mas 
que depende da decisão de terceiros e que não está 
sob controle da empresa� Um ativo contingente não 
deve ser reconhecido no balanço da empresa, pois 
não se tem a garantia de que aquele ativo realmen-
te irá gerar benefícios futuros� O reconhecimento 
somente deverá ocorrer quando a realização do 
ganho é praticamente certa e quando chega neste 
estágio o direito deixa de ser contingente, por isso 
o reconhecimento é permitido pela norma� Perceba 
que há uma diferença entre o reconhecimento do 
ativo e o passivo contingente� O passivo, quando for 
provável, a empresa já deve reconhecer no balanço, 
já o ativo, quando for provável, deve ser divulgado� 
Seu reconhecimento deve ser feito somente quando 
for praticamente uma certeza da realização do ativo� 
Assim como as provisões e os passivos contingentes, 
esses ativos devem ser revisados constantemente 
para verificar se mudaram de status ao longo do 
tempo, requerendo uma nova classificação.
E para finalizar, a empresa deve divulgar pelo menos 
os seguintes itens em notas explicativas: o valor 
contábil no início e final do período, aumentos e 
diminuições nas provisões, valores realizados, 
descrição da natureza das obrigações e indicação 
das incertezas sobre os passivos�
26
AJUSTE A VALOR 
PRESENTE (CPC 12)
Esta norma, que trata do ajuste a valor presente, 
não possui norma internacional correspondente� 
Isso decorre de diferença de taxas de juros, inflação 
e o próprio método de apuração dos pagamentos 
futuros� No Brasil é utilizado o método dos juros 
compostos, o que eleva muito valores futuros a 
pagar� Esses juros futuros, sejam de ativos ou pas-
sivos, devem ter um tratamento específico para que 
superavalie os registros na contabilidade� Devemos 
lembrar que os ativos e passivos devem representar 
valores existentes e que seria recebido ou pago 
no momento do fechamento das demonstrações 
contábeis e não no futuro, e os juros representam 
pagamentos ou recebimentos devidos no futuro� 
Então temos o CPC 12, que tem por finalidade re-
gulamentar e dirimir dúvidas quanto a aplicação do 
procedimento de ajuste a valor presente� Dúvidas 
do tipo qual tipo de fluxo de caixa devemos aplicar 
o ajuste a valor presente, ou qual o momento da 
aplicação doajuste a valor presente, se obrigações 
não formalizadas de longo prazo também devem ter 
valores ajustados, quais as taxas a serem aplicadas, 
métodos e a questão dos efeitos fiscais. Outros 
dois fatores muito importantes a serem levados 
em consideração na aplicação dessa norma é a 
27
relevância e a confiabilidade. Lembrando que rele-
vância é um fator que podem influenciar a tomada 
de decisões de terceiros� A relevância está ligada 
à importância de determinado item� Os valores 
apurados, método aplicado, entre outros devem 
ser confiáveis para o processo decisório, caso 
contrário a informação contábil perde a utilidade� 
Esta norma dá ênfase na mensuração do ajuste 
a valor presente e não em seu reconhecimento� 
E aqui a norma já responde uma dúvida comum: 
“Quando reconhecer os efeitos do ajuste a valor 
presente?” Esses efeitos devem ser registrados 
no reconhecimento inicial dos ativos e passivos� 
Importante deixar claro que o valor presente de um 
ativo ou passivo não corresponde ao valor justo 
desses ativos ou passivos� Partindo disso, quais 
ativos ou passivos estão sujeitos à aplicação do 
ajuste a valor presente? De forma geral, um ativo ou 
passivo que gera um pagamento ou recebimento 
em data diferente daquela do seu reconhecimento 
na demonstração contábil está sujeita à aplicação 
do disposto no CPC 12� Aqui também devem ser 
considerados fatores de risco associados aos 
ativos e passivos, bem como o efeito do valor do 
dinheiro no tempo� Um cuidado adicional é a deter-
minação dos juros que podem ser explícitos, pois 
neste caso fica mais fácil a identificação para trazer 
ao valor presente� Há também os casos em que 
esses juros são implícitos, isso porque devemos 
28
registar ativos e passivos pelo seu valor ou custo 
inicial� Para facilitar o entendimento, vamos explicar 
de forma simples o que realmente pretende esta 
norma� Vamos admitir que uma empresa fez uma 
venda e irá receber em uma única parcela daqui a 
dois anos� Neste caso você tem o valor à vista e 
juros que serão cobrados na operação� Imagine que 
um determinado bem tenha seu valor de venda à 
vista de R$ 100�000,00 e para o recebimento daqui 
a dois anos o vendedor irá cobrar R$ 135�000,00, 
sendo os juros a diferença da operação� Ao vender 
o produto, a empresa deve emitir a nota fiscal da 
operação, que neste exemplo deverá ser pelo valor 
de R$ 135.000,00. Como fica o reconhecimento da 
receita e a apuração dos impostos devidos? Com a 
aplicação da norma, a empresa deverá reconhecer 
uma receita de R$ 135�000,00 e uma conta redutora 
de ajuste a valor presente de R$ 35�000,00, então 
a receita será igual ao valor à vista� Agora você 
pode perguntar: e os juros não serão reconhecidos 
nem tributados? A resposta é sim, porém somente 
quando da realização dessa receita financeira, que 
ocorrerá no final do segundo ano. Se reconhecer-
mos uma receita de R$ 135�000,00 neste momento, 
estaríamos superavaliando a receita e contas a 
receber� Antes de avançarmos nos aspectos de 
cálculo, vamos fazer a contabilização dessa ope-
ração utilizada como exemplo: Débito de clientes 
no valor de R$ 135�000,00 e crédito de receita de 
29
vendas no mesmo valor� Na sequência devemos 
reconhecer o ajuste, debitando uma conta redutora 
da receita – Ajuste a valor presente – AVP no valor 
de R$ 35�000,00 e creditar uma conta redutora no 
grupo de clientes Ajuste a valor presente – AVP 
no mesmo valor� Daqui dois anos, no recebimento, 
teremos o seguinte lançamento: Débito de bancos 
no valor de R$ 135�000,00, crédito de clientes no 
mesmo valor� Débito na conta Ajuste a valor pre-
sente menos a redutora do ativo no valor de R$ 
35.000,00 e crédito de receita financeira. Perceba 
que com esses lançamentos estamos atendendo 
ao princípio da competência, e a tributação será 
feita no momento correto, isso porque a receita 
federal aceita essa norma como válida� O CPC 12 
determina que os ativos e passivos de longo prazo 
estão sujeitos a aplicação dessa norma e aqueles 
que estão classificados no circulante somente 
deverão ser trazidos a valor presente caso sejam 
relevantes� A relevância neste caso é uma questão 
de julgamento que deve ser feita pela empresa� O 
cuidado maior ao aplicar esta norma está nas esti-
mativas e apuração do valor presente quando não 
temos as taxas de descontos ou valores futuros de 
forma fácil como no exemplo acima� Nesses casos 
a apuração da taxa de desconto deve obrigatoria-
mente levar em consideração as incertezas, da 
mesma forma o chamado prêmio a ser pago pela 
operação� O prêmio é o valor que alguém está dis-
30
posto a assumir pelo risco que corre na operação� 
Sem levar esses fatores em consideração há uma 
grande probabilidade de se preparar demonstrações 
que não representam a realidade, perdendo assim 
a utilidade para a tomada de decisões�
Um ponto muito importante a ser considerado é a 
relação custo e benefício na aplicação da norma� 
Sabemos que os benefícios devem sempre superar 
os custos para obter esses benefícios, mas quando 
isso não acontece devemos pensar e analisar qual 
o modelo e formato mais adequado para apurar 
este valor justo, encontrando alternativas menos 
custosas para a companhia� Os cálculos do ajuste a 
valor presente devem ser elaborados considerando 
juros compostos, juros sobre juros, a partir da data 
da realização da operação� As provisões, sejam 
elas obrigações legais ou não formalizadas, devem 
ser trazidas a valor presente. E por fim temos as 
divulgações mínimas requeridas para facilitar o 
entendimento por parte de usuários externos, que 
é uma descrição detalhada dos itens em que foram 
aplicados os conceitos de valor justo, o valor de 
mercado desses ativos e passivos, as premissas 
e taxas de juros utilizadas, prêmios e fatores de 
riscos considerados nos cálculos de valor presente 
e outras informações que a companhia entende 
como relevantes para o melhor entendimento por 
parte dos analistas e tomadores de decisões�
31
TRIBUTOS SOBRE O LUCRO 
(CPC 32 E IAS 12)
Sabemos que no Brasil existe uma forte influência 
dos procedimentos fiscais na contabilidade. Esse 
inclusive foi um dos fatores que levou às entidades 
e ao governo a utilizar um novo padrão contábil, 
seguindo as normas do IASB� Até o ano de 2008 
todas as demonstrações contábeis praticamente 
só levavam em consideração as determinações 
da receita federal sem atentar muito para a es-
sência da contabilidade, que é o de gerar dados 
e informações para a tomada de decisões� O 
pensamento estava praticamente associado ao 
atendimento do fisco, o que prejudicou por muitos 
anos a correta interpretação dos balanços das 
empresas� Evidentemente que grandes empresas, 
com auditorias independentes, consultorias e com 
muitos recursos, conseguiam gerar demonstrações 
contábeis mais confiáveis do ponto de vista ana-
lítico, mas e as de pequeno e médio porte? Essas 
sempre tiveram dificuldade. Com a aplicação das 
novas normas, há uma diminuição da influência 
fiscal na contabilidade das empresas, mas não 
totalmente, ainda mais com a aplicação do CPC 
32 – Tributos sobre o Lucro – que iremos detalhar 
ao longo desse tópico de estudo� Um dos fatores 
mais importantes que devemos destacar logo no 
32
início é o princípio da competência� Este prevê que 
devemos registrar os eventos quando eles ocorrem 
independentemente de seu pagamento ou recebi-
mento e que devemos considerar o confronto entre 
receitas e despesas� Quando a empresa apura um 
lucro, todas as despesas consumidas para gerar 
esse lucro devem ser reconhecidas no mesmo 
período, atendendo ao princípio da competência� 
Se a empresa for tributada pelo lucro presumido 
ou simples nacional, esta norma praticamente não 
se aplica, pois não há as chamadas diferenças 
permanentes ou temporárias, que estudaremos 
adiante, logo a aplicação prática dessa norma será 
para as empresas de lucro real que estão sujeitas 
a ajustes de despesas e receitas para apuração 
do lucro real, consequentemente, dos impostos 
sobreo lucro� Para a apuração da contribuição 
social sobre o lucro e imposto de renda da pessoa 
jurídica e adicional é comum a empresa não poder 
utilizar certas despesas e receitas na base de cál-
culo desses tributos� Essas receitas e despesas 
que não podem fazer parte da base de cálculo do 
imposto neste momento poderão ser utilizados no 
futuro, e é exatamente neste momento que o CPC 
32 atua, fornecendo o tratamento contábil para 
essas diferenças que geram os chamados tributos 
diferidos� Esta norma esclarece que tributos sobre 
o lucro são somente aqueles incidentes sobre os 
resultados da companhia, que no Brasil é a Con-
33
tribuição sobre o Lucro e o Imposto de Renda e 
seu adicional� Então vamos entender a aplicação 
dessa norma na prática�
Imagine que uma determinada empresa reconheça 
uma certa despesa, que ela entende como devida, 
mas que o fisco não aceite como dedutível para 
fins de tributação, ou podemos ter uma receita 
reconhecida pela empresa e que o fisco permita 
que a tributação ocorra somente no futuro� Quando 
há esses casos geralmente surgem as diferenças 
entre a base fiscal e a base contábil. O CPC 32 
define base fiscal da seguinte forma:
A base fiscal de um ativo é o valor que será dedu-
tível para fins fiscais contra quaisquer benefícios 
econômicos tributáveis que fluirão para a entidade 
quando ela recuperar o valor contábil desse ativo� Se 
aqueles benefícios econômicos não serão tributáveis, 
a base fiscal do ativo é igual ao seu valor contábil.
Enquanto a base fiscal do passivo é assim definida:
A base fiscal de um passivo é o seu valor contábil, 
menos qualquer valor que será dedutível para fins 
fiscais relacionado àquele passivo em períodos 
futuros� No caso da receita que é recebida anteci-
padamente, a base fiscal do passivo resultante é o 
seu valor contábil, menos qualquer valor da receita 
que não será tributável em períodos futuros�
34
Essas diferenças influem na apuração dos tribu-
tos, gerando impostos correntes e diferidos� Os 
tributos correntes são aqueles apurados segundo 
as normas da receita federal, e as diferenças, que 
geram os tributos diferidos, são apurados confor-
me determina o CPC 32� Caso a empresa possua 
prejuízos fiscais, esses devem ser reconhecidos 
no ativo como benefícios futuros, caso a empresa 
tenha a expectativa de utilização desses prejuízos, 
e essa utilização somente se dá por meio de lucros, 
então a companhia deve demonstrar a viabilidade 
de geração de resultados futuros para o reconhe-
cimento dos prejuízos fiscais, caso contrário, não 
os poderá reconhecer� Quando houver diferenças 
temporárias tributáveis, um passivo fiscal diferi-
do deve ser reconhecido� Por outro lado, quando 
surgir uma diferença temporária dedutível, um 
ativo diferido deve ser reconhecido à medida que 
a empresa possua impostos para compensar. Mas 
o que é uma diferença temporária? Diferenças 
temporárias são as diferenças que surgem entre 
as bases fiscal e contábil de ativos e passivos. 
Como exemplo temos uma provisão� A empresa 
detectou que tem uma obrigação a pagar, que é 
provável a saída de recursos e debita a conta de 
despesas e credita uma conta de passivo. Mas o 
fisco não reconhece essa operação, então teremos 
uma diferença entre a base fiscal e a base contábil. 
O valor da base fiscal será zero, já que a receita 
35
federal não aceita esse passivo, e o valor da base 
contábil será o próprio valor da provisão que a 
empresa pagará no futuro� Perceba que neste caso 
a empresa lançou a despesa com provisão e teve 
que fazer o ajuste no Lalur – Livro de apuração do 
Lucro Real – fazendo uma adição� Quando essa 
provisão incorrer, ou seja, for efetivamente paga 
em exercícios futuros, o fisco permitirá que essa 
despesa seja dedutível, então a empresa deverá 
fazer uma exclusão no Lalur, diminuindo a base 
de cálculo do imposto� Podemos perceber duas 
coisas nesse exemplo: primeiramente que o prin-
cípio da competência não foi atendido, pois o fisco 
permite a dedução da despesa em período dife-
rente daquele no qual ela foi originada� A segunda 
coisa que percebemos é justamente a diferença 
temporária, ou seja, houve uma diferença temporal 
entre o reconhecimento da despesa sob o aspecto 
contábil e seu reconhecimento sob o aspecto fis-
cal� De forma simples, diferenças temporárias são 
aquelas receitas e despesas que ocorrem em um 
período e somente serão aceitas pelo fisco em outro 
período� E como devemos contabilizar os tributos 
diferidos, sejam eles ativos ou passivos? Quando 
temos um passivo fiscal diferido, devemos debitar 
despesas com tributos diferidos no resultado do 
período e creditar passivo com tributos diferidos 
no exigível a longo prazo� Quando for um ativo 
diferido, o lançamento é feito da seguinte forma: 
36
debita-se ativo fiscal diferido no realizável a longo 
prazo e credita-se resultado com imposto diferido� 
Vamos dar um exemplo completo para que fique 
bem claro� Imagine uma empresa que teve uma 
receita de R$ 100�000,00 e despesas no valor de 
R$ 60�000,00, portanto, um lucro de R$ 40�000,00� 
No primeiro exemplo vamos assumir que todas a 
receitas são tributáveis e todas as despesas são 
dedutíveis aplicando as alíquotas dos tributos de 
34% (15% de IRPJ + 10% de adicional do IRPJ e 
mais 9% de contribuição social), desta forma te-
remos um tributo sobre o lucro de R$ 13�600,00 e 
um lucro líquido de R$ 26�400,00� Os R$ 13�600,00 
representam os tributos correntes e não temos, 
neste caso, tributos diferidos� Em um segundo 
exemplo, assumindo os mesmos números, vamos 
considerar que dentro das despesas totais de R$ 
60�000,00 há uma despesa indedutível no valor 
de R$ 10�000,00� Logo, temos um lucro contábil 
de R$ 40�000,00 e uma adição no Lalur de R$ 
10�000,00, gerando um lucro tributável no valor de 
R$ 50�000,00� Note que aqui temos uma diferença 
temporária de R$ 10�000,00, que é indedutível neste 
exercício, mas será dedutível em exercícios futuros� 
Analisemos como ficaria o cálculo dos impostos: 
temos uma base de cálculo de R$ 50�000,00 e 
aplicando os 34%, teremos R$ 17�000,00 de IR + 
adicional e CSLL� Se não aplicarmos o CPC 32, o 
lucro líquido seria (R$ 40�000,00 - R$ 17�000,00) 
37
igual a R$ 23.000,00. Mas não aplicamos o que diz 
a norma, pois se temos uma diferença temporária, 
devemos calcular o imposto diferido, nesse caso 
uma despesa que será dedutível no futuro, então 
temos um ativo diferido calculado da seguinte 
forma: a diferença temporária é de R$ 10�000,00, 
então aplicamos 34% sobre esse valor e teremos 
R$ 3�400,00 de tributos diferidos� Devemos debitar 
tributos diferidos no ativo realizável a longo prazo 
e creditar tributos diferidos no resultado� Então 
teríamos os seguintes valores: Lucro contábil de 
R$ 40�000,00 menos tributos correntes no valor de 
R$ 17�000,00 mais os tributos diferidos no valor 
de R$ 3�400,00, logo um lucro líquido contábil no 
valor de R$ 26�400,00� Perceba que o lucro apurado 
aplicando o CPC 32 é o mesmo do primeiro exem-
plo sem nenhuma diferença temporária. Mas por 
que isso acontece? Justamente essa é a finalidade 
da norma, que foi descrita logo no começo deste 
tópico de estudo, ajustar e atender o princípio da 
competência, já que o tributo referente à diferença 
temporária está apresentado no período em que a 
receita foi gerada� E o outro ponto é que foi retirada 
a influência fiscal. A empresa irá pagar neste exer-
cício o valor de (considerando o segundo exemplo) 
R$ 17�000,00, e o imposto referente à diferença 
no valor de R$ 3.400,00 fica reconhecido do ativo 
para aproveitamento quando a empresa tiver lucro 
e essas despesas forem aceitas pelo fisco como 
38
dedutível� Esta norma não é tão simples em sua 
aplicação quando a empresa apresenta muitas 
diferenças temporárias e permanentes� Demanda 
também muitos conhecimentos dos aspectos 
fiscais, das despesas dedutíveis e indedutíveis, e 
as receitas tributáveis e não tributáveis� Requer 
também conhecimentos de Lalur e apuração do 
imposto de renda�Embora sejam necessários esses 
conhecimentos para aplicação correta da norma, 
dedicando um pouco de tempo para estudar os 
aspectos fiscais que não foram abordados nesta 
unidade de ensino ficará fácil sua aplicação. Lem-
bramos ainda que os procedimentos descritos aqui 
cabem somente às empresas de Lucro Real� Então 
se você atua em empresas do simples nacional ou 
lucro presumido talvez não tenha a oportunidade 
de aplicar essa norma, mas é importante o conhe-
cimento dela, já que uma empresa pode mudar de 
regime tributário a qualquer ano e então poderá 
ser exigido de você esses conhecimentos� Com a 
aplicação do CPC 32, os analistas e tomadores de 
decisões terão uma visão mais clara do resultado 
do período sem considerar interferências fiscais, 
o que melhora em muito o processo decisório�
39
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estudamos nessa unidade de estudos algumas 
normas muito importantes para o dia a dia das 
empresas� Normas bem conceituais e que de-
mandam um bom entendimento de contabilidade 
e das normas em si. Muito importante a correta 
aplicação de todos os procedimentos discutidos 
nessa unidade, pois em geral os valores envolvidos 
nestes procedimentos são relevantes e materiais, 
e podem fazer uma diferença enorme em caso de 
não aplicação ou aplicação inadequada� Imagine 
empresas do porte da Petrobrás como seriam as 
demonstrações contábeis sem as aplicações do 
impairment� Foi comentado o caso da empresa 
Samarco com relação às provisões, mas você pode 
imaginar também os efeitos no balanço da Vale� 
A auditora externa da Petrobras, em 2015, exigiu 
que a empresa reconhecesse perdas de aproxima-
damente 16 bilhões, além de diversas provisões 
por conta da Lava Jato, essas são informações 
públicas e podem ser verificadas. O importante é 
entender o impacto desses reconhecimentos nos 
balanços dessas companhias� Imagine empresas 
endividadas, com os juros altos no Brasil, como os 
resultados dessas companhias ficam impactados 
se elas não aplicassem o CPC 12 – Ajuste a Valor 
Presente. Nessas linhas finais, é importante mos-
trar o quanto essas normas impactam a vida das 
40
empresas, pois não se trata apenas de teoria, de 
coisas que as empresas não aplicam� Pelo contrário, 
as empresas, contabilistas, auditores, professores 
e a academia estão bem atentos a essas normas 
e suas aplicações, bem como o efeito em suas 
demonstrações� Vale a pena aprofundar seus 
estudos nesses processos�
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& Consultadas
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e CPC – Facilitada e Sistematizada� São Paulo, 
Atlas, 2017� [Biblioteca Virtual]
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS – 
CPC� Disponível em: http://www�cpc�org�br/CPC/
Documentos-Emitidos/Pronunciamentos�
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS 
– CPC� Lei n° 6�404, de 15 de dezembro de 
1976� Dispõe sobre as Sociedades por Ações� 
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, 
155º da Independência e 88º da República�
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. 
Lei n° 11�638, de 28 de dezembro de 2007� Altera 
e revoga dispositivos da Lei nº 6�404, de 15 de 
dezembro de 1976, e da Lei nº 6�385, de 07 de 
dezembro de 1976, e estende às sociedades de 
grande porte disposições relativas à elaboração 
e divulgação de demonstrações financeiras. 
Publicada no Diário Oficial da União, Brasília, 
186º da Independência e 119º da República�
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. 
Lei n° 11�941, de 27 de maio de 2009� Altera 
a legislação tributária federal relativa ao 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos
parcelamento ordinário de débitos tributários; 
concede remissão nos casos em que especifica; 
institui regime tributário de transição� Publicada 
no Diário Oficial da União, Brasília, 188º da 
Independência e 121º da República�
LIMA, L. M. S� IFRS – Entendendo e Aplicando 
as Normas Internacionais de Contabilidade� São 
Paulo: Editora Atlas [Biblioteca Virtual]�
MARION, J. C. Contabilidade avançada� São 
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MARION, J. C. Medida Provisória nº 449, de 
03 de dezembro de 2008� Altera a legislação 
tributária federal relativa ao parcelamento 
ordinário de débitos tributários, concede 
remissão nos casos em que especifica, institui 
regime tributário de transição, e dá outras 
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MÜLLER, A. N. Contabilidade avançada e 
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NIYAMA, J. K. Resolução CFC nº 1.282, de 28 de 
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NIYAMA, J. K. Resolução CFC nº 1.296, de 17 
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Diário Oficial da União de 22 de março de 2011�
NIYAMA, J. K. Resolução CFC nº 1.329, de 18 de 
março de 2011� Altera a sigla e a numeração de 
normas, interpretações e comunicados técnicos� 
Publicada no Diário Oficial da União de 22 de 
março de 2011�
OLIVEIRA, A� B� S�; SANTOS, D� S� IFRS e CPC 
– Guia De Aplicação Contábil Para Contexto 
Brasileiro� 1� ed� São Paulo: Editora Atlas� 2013� 
[Biblioteca Virtual]
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada� 3� ed� São 
Paulo: Editora Saraiva, 2011� [Biblioteca Virtual]
SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. dos; FERNANDES, L. 
A� Contabilidade avançada: aspectos societários 
e tributários� 3� ed� São Paulo: Editora Atlas, 
2012� [Biblioteca Virtual]
	Introdução
	Redução ao Valor Recuperável de Ativos – Impairment (CPC 01(R1) e IAS 36)
	Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25 e IAS 37)
	Provisões
	Passivos Contingentes
	Contas a Pagar e Accrual
	Ativos Contingentes
	Ajuste a Valor Presente (CPC 12)
	Tributos sobre o Lucro (CPC 32 e IAS 12)
	Considerações finais
	Referências Bibliográficas & Consultadas

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