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Resenha acadêmica (27_05_22)

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FREITAS, Ranielder. F; COUTINHO, Solange G.; WAECHTER, Hans da Nóbrega. “Análise de
Metodologia em Design: a informação tratada por diferentes olhares” In: Estudo em Design Rio de
Janeiro: Revista (online), 2013, p. 1-15.
Por Wesley Rian dos Santos Silva Santana
Os autores brasileiros Ranielder Fábio de Freitas, mestrando em Design da Informação pela
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE; Solange Galvão Coutinho, Doutora Universidade
Federal de Pernambuco - UFPE e Hans da Nóbrega Waechter, graduado em Comunicação Visual pela
Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, destrincham em seu artigo acerca das diversas
metodologias em Design e como estas informações podem ser tratadas por múltiplos observadores.
Ao analisar-se a obra, é clara a diversidade de saberes temáticos destes e como são alinhados
ao foco do público-alvo, sendo, portanto: graduados em design e suas vertentes(Gráfico, Industrial,
etc).
Análise de Metodologia em Design: a informação tratada por diferentes olhares, retrata a
diversidade de métodos existentes do planejamento, a execução e avaliação na formulação do
projeto que deverá ser entregue ao cliente.
De início, a respeito do movimento mundial que mais teve repercussão e resultado na
história e o responsável pelos avanços do século XX: A globalização, os autores enfatizam o
movimento como um “nova roupagem” que "torna as distâncias geográficas praticamente
inexistentes”, o que demonstra a eficácia, e grande repercussão que a globalização trouxe para o
mundo.
Seguido do conceito da corrente de mudança mundial, Ranielder, Solange e Hans abordam,
também, acerca da consequente efemeridade das informações, das constantes transições
tecnológicas e da necessidade de ‘tratar a informação’ devido a velocidade com que estes dados
apareciam, surgindo, assim, um inegável problema em mãos.
Os escritores, assim, descrevem o papel do design como o agente para facilitar o
entendimento dos usuários ao sentido dos objetos e sistemas, sendo Selle o comentarista usado no
embasamento. Buscando a resolução do problema gerado, surgiram as variedades de metodologias
de design, o que, desta forma, solucionaria o viés. Assim, com o passar do tempo, diversas
associações sociais e econômicas foram feitas a este conjunto de métodos, nos quais, foram citados
ao longo de toda a leitura.
As Metodologias de Design tem o seu papel bem descrito no artigo, em que este é definido
de forma clara (“a disciplina que se ocupa da aplicação de métodos a problemas específicos e
concretos” p. 3), assim como são destrinchadas em três partes: Design Industrial, Design Gráfico e
Design da Informação, referindo-se às semelhanças, bem como às suas diferenças, que ambas têm
entre si, o que deixa claro o contexto e ao tema que o escrito irá direcionar-se.
Através da exposição da ideia de Metodologia em Design, os autores enquadram os
processos dos métodos projetuais, os resultados e discussões, no qual baseiam-se nas ideias e
estratégias de ARCHER, BÜRDEK, BONSIEPE e LÖBACH, ao que se relaciona ao Design Industrial;
MUNARI, FRASCARA, PÉON e FUENTES, ao Design Gráfico e REDISH, SLESS e SIMLINGER ao Design
da Informação.
Em uma análise bem detalhada, os responsáveis pelo artigo demonstram as características,
assim como as diferenças, entre os sistemas utilizados pelos autores presentes no texto, pontuando a
função e métodos exclusivos de cada área.
A exemplo disso, é descrito no artigo que “o trabalho do designer industrial consiste em
encontrar uma solução do problema, concretizada em um projeto de produto industrial,
incorporando as características que possam satisfazer as necessidades humanas, de forma
duradoura”, sendo esta afirmação embasada ao que diz LÖBASH (2001, p. 141)
O destaque dos idealistas corroboram para um melhor entendimento e formulação do seu
próprio processo cíclico. É válido ressaltar, as diferenças que ambos os autores têm dentro das
maneiras com o qual trabalham, mas também o quão próximo eles podem se tornar ao analisar seus
processos, como exemplo a fase de problematização (1ª fase) em que, uma análise daquilo que está
faltando dentro de determinado grupo, ou seja, tudo gira em tono do cliente, e isto é bastante falado
no decorrer do trabalho.
Diferente do Design Gráfico e Design Industrial, Ranielder, Solange e Hans mostram, no
quadro 3 (p.10), os estágios de produção voltados ao Design da Informação, no qual consta a
preocupação de, primeiramente, conhecer o usuário em sua 1ª fase para despertar o seu interesse.
Na conclusão do último tópico (Design da Informação), é apresentada uma figura (p. 12),
realçando os principais pontos das três áreas abordadas ao longo das páginas. Também, com a
finalidade de elucidar ainda mais o debatido, a síntese visual salienta as homonegias dessas áreas, o
que, destarte, faz um desfecho textual bem feito e totalmente amarrado ao conteúdo elaborado.
Ranielder Fábio de Freitas, Solange Galvão Coutinho e Hans da Nóbrega Waechter, observam
o conjunto de métodos um caminho para a execução projetual bem sucedida e que, de acordo com
BOMFIM (1995), para obter-se um resultado agradável, é de responsabilidade “técnica e criativa
daquele que o desenvolve”.
Por fim, é lícito afirmar que o escrito foi bem desenvolvido, possui informações totalmente
relevantes para os estudantes das áreas de Design e suas variantes, aborda a Análise de Metodologia
em Design de maneira não tão minuciosa, pois iria dificultar a visão dos leitores jovens. Portanto, tal
trabalho merece reconhecimento.

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