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Vinicius de Moraes: Biografia

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Vinicius de Moraes – Biografia 
Nascido no Rio de Janeiro, Vinicius de Moraes foi um dos mais importantes 
artistas brasileiros. Ao longo dos seus quase 67 anos, criou um leque de 
produções literárias e musicais memoráveis. Além de um dos mais famosos 
nomes da Música Popular Brasileira (MPB), foi escritor, poeta, jornalista, crítico 
de cinema, diplomata e muito mais. Em síntese, foi um dos grandes nomes da 
cultura do Brasil no século XX. 
Vinicius de Moraes também é conhecido como “poetinha”, apelido dado pelo seu 
grande parceiro Tom Jobim, com quem escreveu a música brasileira mais 
famosa do mundo e um dos ícones da Bossa Nova, “Garota de Ipanema”. 
Marcus Vinicius da Cruz de Melo Moraes nasceu no dia 19 de outubro de 1913, 
no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Com três anos, a 
sua família mudou-se para o bairro de Botafogo. 
Os pais do artista chamavam-se Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, funcionário 
público e poeta, e Lydia Cruz de Moraes, pianista. Teve três irmãos: Lygia, Helius 
e Laetitia. 
A poesia começou a correr cedo nas veias do homem que aos nove 
anos começou a escrever poemas. Segundo estudos, os versos foram escritos 
para uma menina. Com 15 anos, compôs suas primeiras canções. No ano 
seguinte, o artista formou-se bacharel em Letras no Colégio Santo Inácio. 
No final da década de 20, Vinicius ingressou no curso de Direito da Faculdade 
Nacional do Rio de Janeiro, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
Concluiu o curso em 1933, ano em que lançou seu primeiro livro: O caminho 
para a distância. 
A partir da década de 30, o escritor passou a frequentar rodas literárias e 
boêmias do Rio de Janeiro. Nessa época, conheceu os poetas Carlos 
Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Este último tornou-se um dos seus 
melhores amigos durante toda a sua vida. 
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/tom-jobim.htm
https://brasilescola.uol.com.br/artes/bossa-nova.htm
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/poesia-poema-prosa.htm
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https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/guia-de-profissoes/letras.htm
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/guia-de-profissoes/direito.htm
https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/universidades/ufrj-universidade-federal-rio-janeiro.htm
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/carlos-drummond.htm
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/carlos-drummond.htm
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/manuel-bandeira.htm
Em 1938, Vinicius de Moraes ganhou uma bolsa de estudos do Conselho 
Britânico para cursar Literatura Inglesa no Magdalen College, da Universidade 
de Oxford, no Reino Unido. 
Em 1943, o artista passou em um concurso do Ministério das Relações 
Exteriores (Itamaraty) para atuar como diplomata. Trabalhou nos Estados 
Unidos, França e Uruguai. No entanto, em 1969, a mando do presidente Arthur 
Costa Silva, foi exonerado junto a outros funcionários por não estar alinhado com 
a Ditadura Militar. 
Vinicius de Moraes morreu no dia 9 de julho de 1980, em razão de um edema 
pulmonar. Relatos dizem que ele foi encontrado na sua banheira, sem vida, pelo 
seu parceiro musical Toquinho. 
CURIOSIDADES 
Quem conviveu com Vinicius de Moraes afirmou que ele era uma pessoa dócil, 
carinhosa, não só com as mulheres como com os amigos. Uma característica 
lembrada por conhecidos era que ele gostava de usar as palavras no diminutivo. 
O poetinha era alegre, simpático e tinha um senso de humor apurado. Desde 
jovem, aderiu ao estilo de vida boêmio, despreocupado, não convencional, com 
hábitos irreverentes. Frequentador de diversos pontos culturais cariocas, como 
bares, participava de rodas literárias e musicais. 
Vinicius de Moraes tinha muita facilidade para fazer amigos. Ele estreitou laços 
de amizade com grandes nomes da literatura e da música do Brasil e até com 
estrangeiros, como o poeta chileno Pablo Neruda e o cineasta norte-
americano Orson Welles, diretor do filme Cidadão Kane. 
Conforme estudos, o banheiro era o lugar preferido da casa do artista. Inclusive, 
ele gostava de escrever sentado na sua banheira. 
Ainda segundo pesquisas, Vinicius adorava cozinhar. Ele também gostava 
de fumar e tomar uísque. O artista dizia que essa bebida era a mais “nobre”, e 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/ditadura-militar.htm
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ele a definia como o melhor amigo do homem. “É o cachorro engarrafado", 
costumava afirmar. 
Vinicius foi casado nove vezes. Romântico e sedutor, o poetinha usava diversos 
artifícios para conquistar as mulheres. Amigos da época afirmavam que quando 
ele se apaixonava era para valer. O artista teve cinco filhos. 
 
OBRAS 
Vinicius de Moraes foi um poeta significativo da Segunda Fase do Modernismo. 
Ao publicar sua Antologia Poética, em 1955, admitiu que sua obra poética se 
dividia em duas fases: 
A primeira fase carregada de misticismo e profundamente cristã, começa em O 
Caminho para a Distância (1933) e, termina com o poema, Ariana, a 
Mulher (1936). 
A segunda fase, iniciada com Cinco Elegias (1943), assinala a explosão de uma 
poesia mais viril. Nela – segundo ele – estão nitidamente marcados os 
movimentos de aproximação do mundo material, com a difícil, mas consistente 
repulsa ao idealismo dos primeiros anos. 
Seu grande tema foi o amor e suas múltiplas manifestações: saudade, carência, 
desejo e paixão. O "Poetinha", como era chamado, foi um escritor da 
modernidade amorosa como expressou no poema Soneto da Fidelidade (1946), 
que vamos analisar hoje. 
Ao englobar o “mundo material” em sua produção artística, Vinicius se 
inclinou por uma lírica comprometida com o cotidiano, quando buscou os 
grandes dramas sociais do seu tempo. Um exemplo é o poema Rosa de 
Hiroshima (1954), que também vamos analisar.

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