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Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 1 UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Educação Departamento de Estudos Aplicados ao Ensino EDU 2 11335 Ensino de História Aplicado aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de Crianças, Jovens e Adultos Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti Colocando em xeque a ideia de história nacional a partir de texto de Eric Hobsbawm O texto que se segue é uma adaptação da Introdução ao livro Nações e nacionalismo desde 1780, no qual o historiador inglês Eric Hobsbawm publicou um conjunto de palestras que proferiu em 1985 em Belfast, Irlanda do Norte.1 Nascido em Alexandria, no Egito, em 1917, Hobsbawm teve seu sobrenome alterado por um erro no registro de nascimento – o sobrenome de seu pai era, na verdade, Obstbaum. Seu pai era inglês e sua mãe, austríaca, ambos judeus. Seus pais mudaram-se para Viena e Berlim, onde cresceu, junto com sua irmã mais nova. Tendo ficado órfãos cedo – o pai morreu em 1929, e a mãe em 1931, quando Hobsbawm tinha 14 anos –, ambos foram adotados por tios, que se mudaram para Londres em 1933. Hobsbawm escreveu vários livros de história. No texto resumido a seguir, ele discute o conceito de nação. Suponha-se que um dia, após uma guerra nuclear, um historiador intergaláctico pouse em um planeta então morto para inquirir sobre as causas da pequena e remota catástrofe. Ele consulta as bibliotecas e arquivos que foram preservados e, após alguns estudos, conclui que os últimos dois séculos da história humana do planeta Terra são incompreensíveis sem o entendimento do termo “nação”. O termo parece expressar algo importante nos assuntos humanos. Mas o que, exatamente? As nações, sabemos agora, não são tão antigas quanto a história. O sentido moderno da palavra não é mais velho que o século XVIII. Muitos dos livros que foram escritos sobre o assunto tornaram-se obsoletos. A maior parte centrou-se na questão “O que é uma (ou a) nação?” Mas nenhum critério satisfatório pode ser achado para decidir quais das muitas coletividades humanas deveriam ser rotuladas desse modo. Não há meio de informar o observador como distinguir a priori uma nação de outras entidades, da mesma maneira como podemos informá-lo como reconhecer um pássaro ou distinguir um rato de um lagarto. * * * As tentativas de se estabelecerem critérios objetivos sobre a existência de nacionalidade, ou de explicar por que certos grupos se tornaram “nações” e outros não, frequentemente foram feitas com base em critérios simples como a língua ou a etnia ou uma combinação de critérios como a língua, o território comum, a história comum, os traços culturais comuns e outros mais. A definição de Stalin é provavelmente a mais conhecida entre essas tentativas, embora de modo nenhum seja a única: “Uma Nação é uma comunidade desenvolvida e estável, com linguagem, território, vida econômica e caracterização psicológica manifestos em uma comunidade cultural.”2 1 Hobsbawm, Eric. “Introdução”, in: Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1990, p.11-25. Pdf disponível em https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/hobsbawmeric-nac3a7c3b5es-e-nacionalismo-desde- 1780.pdf, acesso em 2/3/2020. 2 Josef Stalin, Marxism and the National and Colonial Question, p. 8. O original foi escrito em 1912. Nome: Turma: https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/hobsbawmeric-nac3a7c3b5es-e-nacionalismo-desde-1780.pdf https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/hobsbawmeric-nac3a7c3b5es-e-nacionalismo-desde-1780.pdf Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 2 Todas as definições objetivas falharam pela óbvia razão de que, dado que apenas alguns membros da ampla categoria de entidades que se ajustam a tais definições podem, em qualquer tempo, ser descritos como “nações”, sempre é possível descobrir exceções. Ou os casos que correspondem à definição não são (ou não são ainda) “nações” nem possuem aspirações nacionais, ou sem dúvida as “nações” não correspondem aos critérios ou à sua combinação. Na verdade, como poderia ser diferente, já que estamos tentando ajustar entidades historicamente novas, emergentes, mutáveis e, ainda hoje, longe de serem universais em um quadro de referência dotado de permanência e universalidade? Além disso, os critérios usados para esse objetivo – língua, etnicidade ou qualquer outro – são em si mesmos ambíguos, mutáveis, opacos e tão inúteis para os fins de orientação do viajante quanto o são as formas das nuvens se comparadas com a sinalização de terra. É claro que isso os tornou excepcionalmente convenientes para propósitos propagandísticos e programáticos e não para fins descritivos. * * * Um exemplo do uso nacionalista de tal definição “objetiva” na política recente asiática pode deixar clara essa afirmação. Trata-se de um texto publicado em 1951, em Colombo:3 Os povos que falam tâmil, no Ceilão, constituem uma nação distinta da dos cingaleses pelos testes mais fundamentais da existência de nações; em primeiro lugar, aquele de um passado histórico diferenciado, na ilha, pelo menos tão antigo e glorioso quanto o dos cingaleses e, em segundo lugar, pelo fato de constituírem uma entidade linguística inteiramente distinta da dos cingaleses, com uma insuperável herança clássica e um desenvolvimento moderno da língua, que faz o tâmil ser uma língua inteiramente adequada para as presentes necessidades e, finalmente, pela razão de habitarem áreas territorialmente definidas.4 O objetivo dessa passagem é claro: demandar autonomia ou independência para uma área descrita como “um terço da ilha” de Sri Lanka, sobre as bases do nacionalismo tâmil. Ela obscurece o fato de que a habitação territorial consiste de duas áreas, geograficamente separadas, habitadas por pessoas de diferentes origens que falam tâmil (a população nativa e a recente imigração de trabalhadores indianos, respectivamente); que a área de povoamento tâmil contínua é também, em certas zonas, habitada por algo equivalente a um terço dos cingaleses e a aproximadamente 41% de pessoas que falam tâmil mas que se recusam a se identificar como tâmeis, preferindo a identidade de muçulmanos (os “mouros”). A “entidade linguística” esconde o fato inquestionável de que tâmeis indígenas, indianos, imigrantes e mouros são – até agora – uma população homogênea apenas no sentido filológico e, provavelmente, como veremos ainda, nem sequer nesse sentido. Quanto ao “passado histórico distinto”, a frente é quase certamente anacrônica, problemática e tão vaga que chega a ser sem sentido. * * * Seguramente, pode-se objetar que manifestos abertamente propagandísticos não deveriam ser inquiridos como se fossem contribuições às ciências sociais, mas o fato é que quase toda classificação de alguma 3 Em 1951, Colombo era a capital do Ceilão, atual Sri Lanka. 4 Ilankai Tamil Arasu Kadchi, “The case for a federal constitution for Ceylon”, Colombo, 1951, in: Robert N. Kearney, “Ethnic conflict and the Tamil separatist movement in Sri Lanka” (Asian Survey, 25, 9.9.1985, p. 904). Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 3 comunidade como “nação”, com base em tais critérios, seria suscetível de objeções semelhantes, a menos que o fato de ser uma “nação” pudesse ser estabelecido em outras bases. * * * Todavia, quais outras bases? A alternativa para uma definição objetiva de nação é uma definição subjetiva, seja ela coletiva, seja individual, de se considerara “nacionalidade” como passível de aderir às pessoas, onde elas vivessem. Ambas as definições subjetivas são sujeitas à objeção de que definir uma nação pela consciência que têm seus membros de a ela pertencer é tautológica e fornece apenas um guia a posteriori sobre o que é uma nação. Além disso, pode levar os incautos a extremos do voluntarismo para o qual tudo o que é necessário para criar ou recriar uma nação é a vontade de sê-la: se um número suficiente de habitantes da ilha de Wight5 quiser ser uma nação wightiana, lá haverá uma nação. Insistir na consciência ou na escolha como o critério de existência de nações é subordinar sem discernimento os muitos modos pelos quais os seres humanos se definem e se redefinem como membros de grupos a uma opção única: a escolha de pertencer a uma “nação” ou a uma “nacionalidade”. Política ou administrativamente, essa escolha deve hoje ser feita pela condição de se viver em Estados que fornecem passaportes ou inquirem sobre línguas em censos. Mesmo hoje, entretanto, é perfeitamente possível para uma pessoa que vive em Slough, a oeste de Londres, pensar em si mesma, dependendo das circunstâncias, como um cidadão britânico, ou (diante de outro cidadão de cor diferente) como um indiano, ou (diante de outros indianos) como um gujarati (indo-ariano), ou ainda de muitos outros modos. Na verdade, também não é possível reduzir nem mesmo a “nacionalidade” a uma dimensão única, seja política, cultural ou qualquer outra (a menos, é certo, que se seja obrigado a isso pela force majeure [força maior] dos Estados). Há pessoas que podem identificar-se como judeus mesmo que não partilhem da religião, língua, cultura, tradição, herança histórica, padrões grupais de parentesco, ou de uma atitude em relação ao Estado judeu. * * * Assim, nem a definição subjetiva nem a objetiva são satisfatórias, e ambas são enganosas. Em qualquer caso, o agnosticismo6 é a melhor postura inicial de um estudioso nesse campo, e portanto este livro não possui uma definição a priori do que constitui uma nação. (...) A abordagem deste livro (...) concede atenção particular às mudanças e às transformações do conceito [de nação], especialmente em relação ao fim do século XIX. Conceitos certamente não são parte de discursos filosóficos flutuantes, mas são histórica, social e localmente enraizados e, portanto, devem ser explicados em termos dessas realidades. De resto, minha posição pode ser sumarizada no seguinte: 1. Uso o termo “nacionalismo” no sentido definido por Gellner,7 ou seja, significando “fundamentalmente um princípio que sustenta que a unidade política e nacional deve ser congruente”. (...) 2. Como a maioria dos estudiosos rigorosos, não considero a “nação” como uma entidade social originária ou imutável. A “nação” pertence exclusivamente a um período particular e historicamente recente. Ela é uma entidade social apenas quando relacionada a uma certa forma de Estado territorial moderno, o “Estado- 5 Ilha inglesa ao sul da Inglaterra, que faz parte do Reino Unido. 6 Agnosticismo = o estado de não saber; ant. gnóstico, o sabedor das coisas. 7 Ernest Gellner (1925-1995). Escreveu Nations and Nationalism, publicado pela primeira vez em 1983. Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 4 nação”; e não faz sentido discutir nação e nacionalidade fora desta relação. Além disso, com Gellner, eu enfatizaria o elemento do artefato, da invenção e da engenharia social que entra na formação das nações. Diz ele: “As nações, postas como modos naturais ou divinos de classificar os homens, são um mito; o nacionalismo, que às vezes toma culturas preexistentes e as transforma em nações, algumas vezes as inventa e frequentemente oblitera8 as culturas preexistentes, é que é uma realidade.” Em uma palavra, para os propósitos da análise, o nacionalismo vem antes das nações. As nações não formam os Estados e os nacionalismos, mas sim o oposto. 3. (...) 4. As nações são, do meu ponto de vista, fenômenos duais, construídos essencialmente pelo alto, mas que não podem ser compreendidas sem serem analisadas de baixo, ou seja, em termos das suposições, esperanças, necessidades, aspirações e interesses das pessoas comuns, as quais não são necessariamente nacionais e menos ainda nacionalistas. (...). Essa visão de baixo, isto é, a nação vista não por governos, porta-vozes ou ativistas de movimentos nacionalistas (ou não nacionalistas), mas sim pelas pessoas comuns que são o objeto de sua ação e propaganda, é extremamente difícil de ser descoberta. (...). Todavia, três coisas estão claras. Primeiro, as ideologias oficiais de Estados e movimentos não são orientações para aquilo que está nas mentes de seus seguidores e cidadãos, mesmo dos mais leais entre eles. Segundo, e mais especificamente, não podemos presumir que, para a maioria das pessoas, a identificação nacional – quando existe – exclui ou é sempre superior ao restante do conjunto de identificações que constituem o ser social. Na verdade, a identificação nacional é sempre combinada com identificações de outro tipo, mesmo quando possa ser sentida como superior às outras. Terceiro, a identificação nacional e tudo o que se acredita nela implicado pode mudar e deslocar-se no tempo, mesmo em períodos muito curtos. 5. Houve nos anos recentes um grande desenvolvimento no estudo de movimentos nacionais que aspiram a ser Estados, seguindo principalmente os inovadores estudos comparativos de Hroch9 sobre pequenos movimentos nacionais europeus. Incorporo [um] ponto da análise desse excelente escritor: que a “consciência nacional” se desenvolve desigualmente entre os grupos e regiões sociais de um país; essa diversidade regional e suas razões foram notavelmente esquecidas no passado. (...) 6. Finalmente, não posso deixar de acrescentar que nenhum historiador sério das nações e dos nacionalismos pode ser um nacionalista político comprometido. O nacionalismo requer muita crença naquilo que, obviamente, não é assim. Como disse Renan,10 “o erro histórico é parte da formação de uma nação”. Historiadores estão profissionalmente obrigados a não compreender a história de modo errado, ou ao menos fazer um esforço. Alguns historiadores nacionalistas são incapazes de abandonar suas convicções quando entram numa biblioteca ou quando fazem sua pesquisa. Felizmente, ao começar a escrever este livro, não precisei deixar minhas convicções não históricas de lado. 8 Oblitera = faz desaparecer. 9 Miroslav Hroch, cientista político tcheco. 10 Ernest Renan (1823-1892), historiador, filósofo e filólogo francês, que, no ensaio Qu’est que c’est une nation? (1882), escreveu: “O esquecimento e – eu diria – mesmo o erro histórico são um fator essencial para a formação de uma nação; tanto é assim que o progresso dos estudos históricos é muitas vezes um perigo para a nacionalidade.” Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 5 I – AVALIE SE VERDADEIRO OU FALSO, DE ACORDO COM O TEXTO VERDADEIRO OU FALSO? AFIRMAÇÃO Nações sempre existiram, na história. O que chamamos hoje de nação surgiu no século XVIII. Não é possível definir a priori o que é uma nação. Temos alguns critérios para identificar um pássaro e também temos critérios para distinguir um rato de um lagarto. O mesmo acontece com nações: é possível saber com antecedência quais critérios distinguem uma nação de outras entidades. Os critérios tidos como objetivos para definir nações – língua, etnicidade etc. – são ambíguos e mutáveis e, por isso mesmo, propensos a serem usados para fins propagandísticos. A nacionalidade é sempre mais importante, para uma pessoa, do que outra(s) identidade(s) que ela tenha. Para definirmos nação é precisocombinar as definições objetiva e subjetiva. Não existe “nação” como uma entidade social originária ou imutável. Nações são sempre histórica e politicamente construídas. O nacionalismo, isto é, a ideia de que existe uma unidade política nacional congruente, vem antes da formação de uma nação, e não o contrário. A identificação nacional, isto é, a identificação de uma pessoa como fazendo parte de determinada nação, não muda. A “consciência nacional” se desenvolve desigualmente entre os grupos e regiões sociais de um país. Essa diversidade regional deve ser considerada quando se estudam nações. Ser historiador sério não combina com ser nacionalista político comprometido. Ao afirmar que “o erro histórico é parte da formação de uma nação”, o historiador Ernest Renan quis dizer que as nações aprendem com seus erros, como, por exemplo, as guerras e outros conflitos. Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 6 II – INSIRA AS PALAVRAS NO QUADRO CORRETO CONSCIÊNCIA DE FAZER PARTE – CULTURA COMUM – ESCOLHA PESSOAL OU COLETIVA – ETNIA COMUM – HISTÓRIA COMUM – LÍNGUA COMUM – TERRITÓRIO COMUM – VONTADE DE FAZER PARTE SÃO TIDOS COMO CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA DEFINIR NAÇÃO SÃO TIDOS COMO CRITÉRIOS SUBJETIVOS PARA DEFINIR NAÇÃO III – CONSTRUA UM ESQUEMA GRÁFICO, PARA CADA CASO TÂMEIS E CINGALESES, SEGUNDO O TEXTO PROPAGANDÍSTICO DE 1951 TÂMEIS E CINGALESES, SEGUNDO INFORMAÇÕES DE HOBSBAWM Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 7 IV – COMPLETE O TEXTO. USE AS PALAVRAS DO QUADRO ABAIXO AGNOSTICISMO – ALTO – A POSTERIORI – ASPIRAÇÕES – BRITÂNICO – CONGRUENTE – CONSCIÊNCIA – CULTURA – CURTO – IDEOLOGIAS OFICIAIS – INDIANO – LÍNGUA – MÚLTIPLAS – OBJETIVOS – PESSOAS COMUNS – PROPAGANDA – SATISFATÓRIAS – SUFICIENTE – TAUTOLÓGICA – TERRITÓRIO – UNIDADE – VISÃO – VOLUNTARISMO Muitas pessoas pensam que uma nação é uma comunidade que tem _____________, _______________ e _______________ comuns. Esses são tidos como critérios __________ para se definir uma nação. Contudo, esses supostos critérios objetivos não são suficientes para se definir uma nação. De um lado, porque existem nações em que não há uma única língua, um único território ou uma única cultura comuns. Por exemplo: _________________________________________________________________[preencha com um exemplo]. De outro lado, porque existem muitas entidades que têm língua, território e cultura comuns e que não são nações; muitas delas nem possuem ______________ nacionais. Por exemplo: _____________________ ________________________________________[preencha com um exemplo]. Muitas pessoas consideram que critérios subjetivos são eficazes para definirmos uma nação: basta examinar a _________________ que seus habitantes têm de pertencer à nação. Contudo, essa definição é ________________ (me sinto brasileira, portanto, minha nação é o Brasil) e só fornece um guia ________________ sobre o que é uma nação, pois as pessoas só terão consciência de pertencer a uma nação depois de a nação existir (me sinto brasileira pois fui formada num país que é o Brasil e aprendi a ser brasileira). Além disso, essa definição considerada subjetiva não se sustenta, pois fica parecendo que basta um grupo querer ser uma nação para que ela exista: se um número ___________________ de habitantes de certo local quiser ser uma nação, assim será. É o que Hobsbawm chama de “__________________”. Reflita: por que não basta a vontade para que uma entidade coletiva seja considerada uma nação? O que é preciso para que uma entidade coletiva seja considerada nação? _______________________________ __________________________________________________ [escreva aqui uma breve resposta] Atividade em torno de texto de Hobsbawm Profas. Iamara da Silva Viana e Verena Alberti 8 As identidades de uma pessoa são _____________, e a nacionalidade não é a mais importante. Um exemplo é o cidadão _____________ (nacionalidade) indiano que fala gujarati: diante de outro britânico, pode pensar em si mesmo como ____________ e, diante de outro indiano, pode pensar em si mesmo como gujarati. Como nem a definição objetiva de nação nem a subjetiva são _________________, a melhor postura de um estudioso é o _______________: reconhecer que não sabemos e que será preciso investigar o assunto. Podemos dizer, com base em Ernest Gellner, que uma pessoa nacionalista é aquela que considera que a ______________ política e nacional é _________________. As nações são construídas pelo _______, ou seja, por governos, porta-vozes ou ativistas, mas não podem ser compreendidas sem considerarmos as suposições, esperanças, necessidades, aspirações e interesses das _______________. As pessoas comuns são alvo da _________________ nacionalista. Assim, as ______________ de Estados e movimentos – ou seja, aquilo que está escrito em documentos oficiais e aquilo que é dito em discursos – não refletem o que se passa na cabeça de seus cidadãos. É muito difícil descobrir a _________ das pessoas comuns. A identificação nacional está sujeita a mudanças, mesmo em período muito __________. Por exemplo: __________________________________________________________________[preencha com um exemplo]. V – REFLITA E EXPLIQUE COM SUAS PALAVRAS Ernest Renan (1823-1892), historiador, filósofo e filólogo francês, que, no ensaio Qu’est que c’est une nation? (1882), escreveu: “O esquecimento e – eu diria – mesmo o erro histórico são um fator essencial para a formação de uma nação; tanto é assim que o progresso dos estudos históricos é muitas vezes um perigo para a nacionalidade.” Qual é o significado da frase de Renan? [escreva aqui a resposta]