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1 COLÉGIO ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PRETEXTATO DA COSTA ALVARENÇA ANEXO II – BOA VISTA DO CUÇARI A DIVERSIDADE LÍNGUISTICA BOA VISTA DO CUÇARI – PRAINHA/PA 2024 2 COLÉGIO ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PRETEXTATO DA COSTA ALVARENÇA ANEXO II – BOA VISTA DO CUÇARI GEYVER TAINÁ OLIVEIRA DE JESUS IANNY SILVA FELIX MARIA CARLA MORAES VIANA A DIVERSIDADE LÍNGUISTICA Trabalho apresentado para obtenção de como requisito parcial para obtenção de nota no Componente Curricular de Língua Portuguesa, do C.E.E.M Pretextato da Costa Alvarenga – Anexo II, orientado pela Prof.ª Adriane Corrêa da Silva BOA VISTA DO CUÇARI – PRAINHA/PA 2024 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4 2. LINGUAGEM .................................................................................................................. 5 2.1. LÍNGUA E IDENTIDADE ............................................................................................. 6 3. CULTURA E AS VARIAÇÕES ......................................................................................... 7 4. O QUE É DIVERSIDADE LINGUÍSTICA? ...................................................................... 8 4.1. A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NO MUNDO ............................................................ 8 4.2. A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NO BRASIL ............................................................. 9 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 10 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................. 11 4 1. INTRODUÇÃO A diversidade refere-se à abundância de coisas diferentes, à variedade e à diferença. A linguística, por sua vez, é aquilo que pertence ou que está relacionado com a linguagem (o sistema de comunicação que nos permite abstrair e comunicar conceitos) ou com a língua (o sistema de comunicação verbal próprio dos seres humanos). A diversidade linguística, neste caso, está relacionada com a existência e a convivência de línguas diferentes. O conceito defende o respeito por todas as línguas e promove a preservação daquelas que se encontram em vias de extinção por falta de falantes. A diversidade linguística e cultural é um fato inevitável e de extremo valor para a natureza relativismo cultural tem ganhado cada vez mais atenção devido às consequências da digitalização global humana. Dessa forma, o acesso a novas experiências e conhecimentos estimulam a nossa curiosidade e desenvolvem a nossa capacidade de compreender outras realidades para explorar novos significados para a vida humana. Existem diversas maneiras de lidar com a diversidade linguística e cultural. Uma das mais comuns é a assimilação, processo no qual nós nos adaptamos a outros costumes. Para isso, é necessário ter tolerância para respeitar diferenças entre valores de diferentes formações culturais. O estudo da diversidade linguística, também conhecido como estudo da diversidade das línguas, tem por objetivo fazer a ligação entre a aprendizagem e o respeito as diferenças de vocabulário de cada país ou região, por exemplo. Uma língua desaparece quando morre o último integrante do grupo social que a fala. Nestes casos, falha a transmissão de geração para geração através da qual os pais ensinam a língua materna aos seus filhos. O desaparecimento da língua implica uma perda importantíssima e irrecuperável de conhecimentos: por isso, a diversidade linguística é igualmente relevante. A promoção da diversidade é uma forma de lidar com as diferenças para desenvolver o diálogo de uma forma que o resultado tenha valor para o entendimento e desenvolvimento de ambas as culturas. A diversidade linguística e cultural sempre esteve presente na humanidade e, agora no mundo contemporâneo, ganha destaque. 5 É importante, portanto, que aprendamos a conviver com as diferenças e a valorizar a diversidade que ainda existe no mundo. 2. LINGUAGEM Ao longo de muito tempo buscou-se identificar as funções do ser humano, quanto sendo um ser possuidor de pensamento e linguagens, com caráter comunicativo, para Gomes (2011), “ser humano tem poder de entrar na mente de outro ser humano”, isso dado a partir do uso da apalavra. Na busca de explicações entre a linguagem, a mente e o cérebro Aristóteles defendiam que o conhecimento estava no coração e que o cérebro era para esfriar o sangue. Com visão contraria o médico Britânico William Harvey defendia que o coração era responsável por bombear o sangue, logo o conhecimento estaria em outro lugar. A aquisição da linguagem é um processo contínuo de variações determinantes no reconhecimento dela, muitas vezes cultural, em uma abordagem teórica a aquisição da linguagem pode estar dividida em: uma dotação genética, algo passado a parte de sua estruturação específica de cada ser humano; ou com o contato com o ambiente, os diferentes pensadores que estudam o desenvolvimento da linguagem tendem escolher um ou outro conceito. O estudo linguístico busca explicar as diversas forma de comunicação ou a maneira como são usados os vocábulos, ligando as diversas palavras e seus significados com a interação que ocorre em diferentes ambientes com diferentes pessoas de culturas distintas, segundo alguma definição Gomes (2011) nos situa das principais áreas que tem a incumbência de desvendar os diferentes conceitos. O primeiro seria a fonética que para a autora “estuda os sons da fala, preocupando-se com os mecanismos de produção e audição”, sendo a partir desse estudo que se pode entender e identificar as diferentes formas, ou variedades linguísticas existentes em diferentes agrupamentos sociais e geográficos. O segundo seria a fonologia que busca identificar distinções nos sons da língua, para Gomes (2011) essa área “preocupa-se também com os sons da língua, mas do ponto de vista da função”. Existe ainda a morfologia, sintaxe, semântica, pragmática, linguística textual, análise do discurso, neolinguística, psicolinguística e o sociolinguismo que é uma área que visa estudar as relações que existe entre a 6 linguagem e a sociedade, segundo Gomes (2011), “a sociolinguística trata da língua em suas variedades descrevendo os fatos linguísticos, sem avaliação do que é certo ou errado”. Para a autora independente da variação linguística que se é usada na comunicação ela é legitima. 2.1. LÍNGUA E IDENTIDADE A língua é um aspecto importante para a identidade subjetividade de um indivíduo. A língua que falamos diz muito sobre quem somos e de onde viemos. É uma parte fundamental da cultura e da história de um povo, sendo também um fator decisivo para contar boa parte da sua história. A antropologia linguística tem contribuído para a compreensão da relação entre língua e identidade. Os estudos antropológicos mostram que a língua é uma expressão da cultura de um povo, que está diretamente ligada às suas tradições, história e identidade cultural. Assim, aprender a língua de outro povo pode nos ajudar a entender melhor a sua cultura para estabelecer uma conexão coerente com novas perspectivas de vida. Existem vários estudos que embasam a relação entre língua e identidade. A teoria sociocultural de Vygotsky, por exemplo, defende que a linguagem é uma ferramenta essencial para a construção do pensamento e da identidade. Através da interação com outras pessoas, as crianças aprendem a usar a língua para expressar suas emoções, pensamentos e necessidades, o que influencia diretamente a forma como elas se percebem e são percebidas pelos outros. Só que contrapondo essa ideia René Descartes acreditavaque o cérebro era responsável por bombear um fluido animador, para René Descartes citado por Gomes (2011) esse fluido era distribuído através de nervos que consequentemente movimentaria os músculos e que o cérebro seria apenas uma máquina sem nenhuma realçam com o pensamento, mas acreditava que a mente o pensamento e a linguagem estaria em um único conjunto. Contradizendo Rene, Nietzsche defendia que a linguagem seria uma interpretação inspirada com uma “mentira”. Outro autor que buscava explicações para linguagem era Bacon, filósofo de pensamento empirista defendia uma tríade, que segundo Gomes (2011) seriam elas: “a alma, a mente e a matéria”, já para Locke filósofo dela correte de Bacon a mente 7 humana seria como uma “tabula rasa”, onde a partir da interação com meio que se tornaram experiências, criando a mente de cada um. Em desencontro as ideias aqui vistas dos filósofos pensadores Chomsky foi um crítico as ideias empiristas para o filósofo a estrutura do cérebro é dada a partir do código genético, portanto, segundo om autor citado por Gomes (2011) “o cérebro é programado para analisara a experiência e construir saberes a partir dela”, ainda segundo Gomes o ato de falar e compreender o que está sendo dito é “habilidade especializada e complexa”. 3. CULTURA E AS VARIAÇÕES A cultura é responsável pelo tipo/modelo de comunicação e expressão de cada indivíduo ou grupo social, responsável por refletir valores e possibilitar nas descobertas e novos conhecimentos. A cultura envolve movimentos artísticos, populares e comunicativos. A forma que cada ser humano usa a linguagem pode ou não determinar os seus valores sociais, a cultura envolve a todos seja de um mesmo grupo ou de uma mesma comunidade. Desta forma, ao depararmos com certas “diferenças” em sua maioria, julgamo-las como erros ou até como falhas, isso dado a partir da cultura como homogênea. Na perspectiva do “erro”, a forma de comunicação oral e escrita elegeu uma variedade linguística como a melhor devendo ser seguida de forma incontestada. No entanto, o Brasil é formado a partir da miscigenação dessa forma o português brasileiro não tem forma estática o que torna a gramática normativa apresentar regras que geralmente não são mais utilizadas em nosso território não representa de forma efetiva a língua português-brasileira, O que é tratado como “erro de português” quando foge de determinados termos arcaicos que não fazem parte do processo de evolução da linguística. No consistente a percepção de “erros” as pessoas que partilham de uma mesma cultura têm grande tendência à igualdade de pronúncia vocabular, no modo de escrita, e até mesmo no vestir-se e alimentarem-se de um mesmo modo, esses indivíduos dividem principalmente o conhecimento informal que este ligado a fala a escrita e a interpretação/compreensão, por tanto o que estiver fora dessa “cultura”, de determinada sociedade (grupo/etnia) é considerado “erro”. 8 A linguagem ela pode ser dividida em culta, que tem relações com a construção literária, a coloquial, a qual é usada no dia a dia e a popular que tem seu vocabulário limitado acompanhado de gírias. A partir da concepção de linguagem buscamos identificar o preconceito linguístico, o qual é fruto da prescrição de uma gramática normativa para Gomes (2011) o preconceito “é fruto de uma tradição de tratamento da língua como um sistema rígido de leis a serem cumpridas e aquilo que não se cumpre é (julgado e condenado)”. Contudo a autora diz que é muito relativo à concepção de certo ou errado, pois para a mesma “o que é certo hoje pode não o ser amanhã”. Entre o que é certa ou errada está a posição de cada indivíduo ocupa socialmente para a autora “uma pessoa normalmente é julgada pela forma como fala, mas, principalmente, pelo papel que representa na sociedade”. 4. O QUE É DIVERSIDADE LINGUÍSTICA? A diversidade linguística é a existência de várias línguas dentro de um determinado espaço geográfico. Essa diversidade pode ser encontrada em todo o mundo e em todos os lugares. Para estudá-la, podemos adotar um ponto de vista abrangente, que considera a diferença entre as línguas das nações, por exemplo; ou podemos adotar um ponto de vista restrito, que considera as diferentes manifestações que uma mesma língua tem em diferentes regiões, que produzem sotaques, por exemplo. A diversidade linguística foi um fenômeno estudado, principalmente, por sociólogos e linguistas do período contemporâneo, que fundaram a área do conhecimento da sociolinguística. Desde então, a diversidade tem sido vista como uma fonte de riqueza e criatividade para o desenvolvimento das nossas vidas pessoais e sociais. 4.1. A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NO MUNDO A diversidade linguística é um dos aspectos da diversidade cultural, que é um tesouro da humanidade que deve ser mantido. Existem muitos estudiosos que se dedicam ao estudo da linguística no mundo. Alguns dos mais renomados incluem: • Noam Chomsky – linguista e filósofo americano que desenvolveu a teoria da gramática generativa. • Edward Sapir – antropólogo e linguista americano que foi um dos fundadores da linguística estrutural. 9 • Ferdinand de Saussure – linguista suíço que é considerado o pai da linguística moderna e desenvolveu a teoria do signo linguístico. • William Labov – linguista americano que é conhecido por seu trabalho sobre a variação linguística e a sociolinguística. • Jane H. Hill – antropóloga americana que é conhecida por seu trabalho sobre a diversidade linguística e a etnolinguística. • Michael Silverstein – linguista americano que é conhecido por seu trabalho sobre a diversidade linguística e a antropologia linguística. Esses são apenas alguns exemplos de estudiosos que se dedicam ao estudo da diversidade linguística no mundo. Há muitos outros pesquisadores que contribuem para essa área fascinante da linguística e antropologia. 4.2. A DIVERSIDADE LINGUÍSTICA NO BRASIL A diversidade linguística no Brasil é uns principais pontos de observação no nosso país. Isto porque, com cerca de 274 línguas indígenas diferentes, o Brasil é um país muito visado para o estudo da sociolinguística para escolas do mundo inteiro. No entanto, apesar de toda a diversidade, a história do Estado-Nação do Brasil assumiu uma postura rígida contra a diversidade linguística e cultural no nosso país, sendo o principal motor para extinguir a diversidade cultural existente no Brasil. A diversidade linguística do Brasil é um reflexo da diversidade cultural violenta do país. Como resultado de séculos de mistura de povos e culturas, o Brasil é um país extremamente diverso e conflituoso, já que em grande parte dos casos a diversidade existente no país passa longe de ser harmônica. Ironicamente, apesar de todas as forças para neutralizar a diversidade cultural do país, o Brasil ainda é visto como um dos países com maior diversidade linguística e cultural do mundo. Mas, se não cuidarmos desse aspecto, podemos extinguir expressões importantes da humanidade. Incentivar o respeito à diversidade linguística deve ser um dos princípios fundamentais dá para o ensino de português nas escolas, já que, como podemos deduzir, há diversas variações do português que podem ser estudadas nas escolas que vão muito além do ensino da gramática normativa que o ensino tradicional 10 pretende fazer. Fazer isso é uma das formas de ressaltar a importância de outros grupos sociais para a construção da sociedade brasileira. No Brasil, há muitos estudiosos que se dedicam ao estudo da diversidade linguística do país. Alguns dos mais renomados incluem: • Antônio Houaiss – linguista brasileiro que é conhecido por seu trabalho sobre a língua portuguesa e a diversidade linguística do Brasil. • Ataliba Teixeira de Castilho – linguista brasileiro que é conhecido por seu trabalho sobre a variação linguística e a sociolinguística.• Yonne Leite – linguista brasileira que é conhecida por seu trabalho sobre a diversidade linguística do Brasil, especialmente no que diz respeito às línguas indígenas. • Aryon Dall’Igna Rodrigues – linguista brasileiro que é conhecido por seu trabalho sobre a diversidade linguística das línguas indígenas no Brasil. • Carlos Vogt – linguista brasileiro que é conhecido por seu trabalho sobre a diversidade linguística do Brasil e a relação entre linguagem e tecnologia. • José Luiz Fiorin – linguista brasileiro que é conhecido por seu trabalho sobre a diversidade linguística do Brasil, especialmente no que diz respeito ao português falado no país. • Esses são apenas alguns exemplos de estudiosos que se dedicam ao estudo da diversidade linguística no Brasil. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo realizado permite-nos concluir que as variações linguísticas é um fenômeno natural de toda língua, não significando inferioridade linguística, mas sim a certeza e a importância que a ligue têm e a sua capacidade de continuar evoluído, já que é um organismo vivo imprescindível na comunicação. Além disso, essas mudanças são motivadas pelo uso identificador indenitário do grupo que a utiliza. Desde o início da história, as pessoas têm usado a linguagem para se comunicar. A linguagem é o que nos torna capazes de compartilhar nossos pensamentos e sentimentos uns com os outros. Sem ela, seríamos incapazes de nos comunicar e, portanto, de nos relacionar uns com os outros. A linguagem é a nossa principal ferramenta de expressão e de conexão com o mundo ao nosso redor. Embora 11 todas as pessoas usem a linguagem, não todas as pessoas que articulam a linguagem em uma mesma língua. O preconceito linguístico existe faz parte da formação mental do ser humano, resultado de gramáticas normativas ou até mesmo discriminação linguística, pôr na ser um termo usado por todo mundo, mas por um grupo. É necessário combater esse tipo de preconceito desde cedo, isso dado com a discussão de temas pertinentes voltados ao conhecimento linguístico em sala de aula e fora dela. Dessa forma promove a conscientização dos aprendizes, fazendo com que quebre o preconceito, formando pessoas críticas, discutido as relações sociais e culturais de cada grupo ou de toda sociedade. Infelizmente, a diversidade linguística está ameaçada. Muitas línguas estão sendo esquecidas e deixadas de lado em favor das línguas mais faladas. Isso é um problema, pois cada língua representa uma forma única de ver o mundo. A perda de qualquer uma dessas línguas seria uma tragédia, pois seria como perder um pedaço da nossa própria história. Por isso, em agosto de 2022 o Inventário Nacional de Diversidade Linguística incluiu mais seis idiomas para reconhecer manifestações diversas como Referência Cultural Brasileira. Mostrando a tendência de valorizar a diversidade linguística e cultural no Brasil. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-educacao-diversidade- linguistica.htm https://brasil.bettshow.com/bett-blog/diversidade-lingu%C3%ADstica-no-brasil https://www.gov.br/iphan/pt-br/patrimonio-cultural/patrimonio-imaterial/diversidade- linguistica https://humanizae.com.br/diversidade-linguistica-e-cultural/ https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-educacao-diversidade-linguistica.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-educacao-diversidade-linguistica.htm https://brasil.bettshow.com/bett-blog/diversidade-lingu%C3%ADstica-no-brasil https://www.gov.br/iphan/pt-br/patrimonio-cultural/patrimonio-imaterial/diversidade-linguistica https://www.gov.br/iphan/pt-br/patrimonio-cultural/patrimonio-imaterial/diversidade-linguistica https://humanizae.com.br/diversidade-linguistica-e-cultural/