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Arte Indígena e Afro-Brasileira

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ARTE INDIGENA E A ARTE AFRO-BRASILEIRA 
 
 
Faculdade de Minas 
2 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 
Máscara ....................................................................................................... 5 
Cerâmica ...................................................................................................... 6 
Dança e Músicas .......................................................................................... 8 
Cestaria ........................................................................................................ 9 
Arte Plumária ............................................................................................. 10 
ARTE AFRO-BRASILEIRA ............................................................................ 11 
Capoeira .................................................................................................... 12 
Culinária ..................................................................................................... 14 
Máscaras.................................................................................................... 15 
Danças ....................................................................................................... 18 
Cantores Afro-Brasileiros ........................................................................... 19 
Esculturas .................................................................................................. 20 
As artes indígenas ..................................................................................... 22 
A CULTURA AFRICANA E A EDUCAÇÃO AFRO-BRASILEIRA .................. 24 
Educação, África e história e cultura afro-brasileira ................................... 24 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................. 29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
3 
FACUMINAS 
 
A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo 
de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a Facuminas, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética.Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
4 
INTRODUÇÃO 
 
A arte indígena brasileira é um tipo de arte produzida pelos povos nativos brasileiros, 
antes, durante e depois da colonização portuguesa. Devido à grande diversidade dos 
índios brasileiros, é difícil definir um padrão artístico. Outro aspecto importante, é que 
a arte indígena é a representação de uma tribo, e não da personalidade de quem o 
faz. Por isso, essa arte é tão diversificada. Eles também usam apenas elementos 
naturais na composição da arte: madeira, palhas, cipós, resinas, ossos, dentes, couro, 
conchas, pedras, sementes, plumas, tintas, e etc. 
A arte africana chegou ao Brasil através dos negros, que foram trazidos pelos 
colonizadores portugueses. A partir daí, os elementos artísticos africanos fundiram-
se (misturaram-se) com os elementos já presentes nas culturas indígenas e na 
portuguesa, para gerar novos componentes artísticos de uma arte sincrética, a arte 
afro-brasileira. É no Brasil, por exemplo, que supostamente surge a capoeira. A partir 
de danças africanas, acrescentada a um caráter marcial. É na música e na dança em 
que provavelmente está a maior influência africana na arte brasileira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
5 
 
 
ARTE INDÍGENA 
 A arte indígena brasileira é um tipo de arte produzida pelos povos nativos 
brasileiros, antes, durante e depois da colonização portuguesa, que começou no 
século XV. 
A grande diversidade dos índios brasileiros é difícil definir um padrão artístico, 
porém, a cerâmica, o trançado, os enfeites do corpo, as danças e os rituais merecem 
destaque. É importante saber que quando falamos que um objeto indígena é artístico, 
provavelmente estaremos lindando com conceitos da nossa civilização, porém, 
estranhos aos índios. Para eles, o objeto precisa ser perfeito ao produzido, e não na 
sua utilização. 
A arte indígena é a representação de uma tribo, e não da personalidade de 
quem o faz. Por isso, essa arte é tão diversificada. Eles também usam apenas 
elementos naturais na composição da arte: madeira, palhas, cipós, resinas, ossos, 
dentes, couro, conchas, pedras, sementes, plumas, tintas, e etc. As peças de 
cerâmica mostram os muitos costumes dos povos indígenas. 
 
Máscara 
 
 Fonte: http://pluralreligioso.blogspot.com/2015/08/plano-de-aula-arte-africana-e-suas.html 
http://pluralreligioso.blogspot.com/2015/08/plano-de-aula-arte-africana-e-suas.html
 
 
Faculdade de Minas 
6 
 
As máscaras para os índios são produzidas pelo homem comum, mas ao 
mesmo tempo, é a figura viva do sobrenatural. São feitas com troncos de árvores, 
cabaças, palhas, e são normalmente usadas em danças cerimoniais. As cores mais 
usadas pelos índios são: o vermelho muito vive o negro esverdeado, e o branco. A 
importância desse tipo de cor, é que ao fazerem a pintura corporal, os eles tem a 
intenção de transmitir a alegria com cores vivas e intensas. Além do mais, através 
dessa pintura corporal, as tribos se organizam socialmente, como por exemplo: 
guerreiros, nobres e pessoas comuns. 
 
Cerâmica 
 
Fonte:https://www.museudoindio.org.br/arte-indigena-pinturas-ceramicas-e-plumagem/ 
 
 A fabricação de artefatos de cerâmica não é característica de todas as tribos 
indígenas. Entre os Xavantes, por exemplo, ela falta totalmente. Em algumas sua 
confecção é bastante simples, mas o que é importante ressaltar é que por mais 
elaborada que seja a cerâmica sua produção é sempre feita sem a ajuda da roda de 
oleiro. As cerâmicas são utilizadas na fabricação de bonecas, panela, vasos e outros 
recipientes. Muitas são produzidas visando atender a demanda dos turistas. 
 A cerâmica Marajoara foi desenvolvida por índios que habitavam a Ilha do 
https://www.museudoindio.org.br/arte-indigena-pinturas-ceramicas-e-plumagem/
 
 
Faculdade de Minas 
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Marajó. No Pará, a cerâmica do período de 400 a 1350 D.C. é a que tem mais 
registros de pesquisa. 
Os grupos indígenas que desenvolveram essa cerâmica a utilizavam com fins 
utilitários (como para a armazenagem de alimentos) e também decorativos. As peças 
desenvolvidas eram vasilhas, potes, urnas funerárias, apitos, bonecas, cachimbos, 
tangas para cobrir as genitálias das moças, além de outros. Muitas das peças 
representam homens e animais ou a mistura das características dos dois. 
 A cerâmica Marajoara é caracterizada pelos traços simétricos e pelas cores. A 
resistência da peça era obtida através da inclusão de outros materiais como cascas 
de árvores e de ossos, pó de pedra, entre outras substâncias minerais na argila 
utilizada para a fabricação. Para a coloração, eram utilizados pigmentos vegetais 
como o urucum, o jenipapo, o carvão e o caulim. 
As descobertas das peças na ilha permitiram pesquisas sobre como viveram 
seus antigos habitantes.As descobertas de novas peças são dificultadas pelas 
características físicas e climáticas da ilha, já que ela tem o solo muito úmido e é 
inundada constantemente. 
O material já encontrado constitui riquíssimo acervo em diversos museus, 
como o Museu Emilio Goeldi, em Belém do Pará, o Museu Arqueológico da USP, o 
Museu Nacional do Rio de Janeiro, entre outros. 
Atualmente, no estado do Pará, busca-se manter a tradição da produção da 
cerâmica Marajoara através da formação de novos artesãos que produzem a 
cerâmica para a venda no mercado externo e interno, o Museu Nacional do Rio de 
Janeiro, entre outros. 
Atualmente, no estado do Pará, busca-se manter a tradição da produção da 
cerâmica Marajoara através da formação de novos artesãos que produzem a 
cerâmica para a venda no mercado externo e interno. 
 
 
Faculdade de Minas 
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Dança e Músicas 
 
 Fonte:https://www.escoladigital.pb.gov.br/odas/danca-pataxo-1 
 
 O índio dança para celebrar atos, fatos e feitos relativos à vida e aos costumes. 
Dançam enquanto preparam a guerra; quando voltam dela; para celebrar um cacique, 
safras, o amadurecimento de frutas, uma boa pescaria; para assinalar a puberdade 
de adolescentes ou homenagear os mortos em rituais fúnebres; espantar doenças, 
epidemias e outros flagelos. 
As danças indígenas podem ser realizadas por um único individuo ou em grupo 
e, salvo raras exceções no alto Xingu, não é executada em pares. As mulheres não 
participam de danças sagradas, executadas pelos pajés ou grupos de homens. São 
utilizados, ainda, símbolos mágicos, totens, amuletos, imagens e diversos 
instrumentos musicais e guerreiros em danças religiosas, dependendo do objetivo da 
cerimônia. 
Em algumas delas muitos usam máscaras, denominadas dominós, que lhes 
cobrem o corpo todo e lhes servem de disfarce. A linguagem do corpo em movimento, 
sua organização estética e coreográfica, além do canto, ocupam um lugar 
fundamental no desempenho do ritual indígena. 
Entre os rituais e danças mais conhecidos dos índios brasileiros estão o toré e 
o kuarup. 
A dança do toré apresenta variações de ritmos e toadas dependendo de cada 
povo. O maracá – chocalho indígena feito de uma cabaça seca, sem miolo, na qual 
se colocam pedras ou sementes – marca o tom das pisadas e os índios dançam, em 
geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do toré é considerado o símbolo maior de 
https://www.escoladigital.pb.gov.br/odas/danca-pataxo-1
 
 
Faculdade de Minas 
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resistência e união entre os índios do Nordeste brasileiro. Faz parte da cultura 
autóctone dos povos Kariri-xocó, Xukuru-Kariri, Pankararú Tuxá, (índios de 
Pernambuco) Pankararé, Geripancó, Kantaruré, Kiriri, Pataxó, Tupinambá, 
Tumbalalá, Pataxó Hã-hã-hãe, Wassu Cocal entre outros. 
A dança do kuarup (nome de uma árvore sagrada) – um ritual de reverência 
aos mortos – é própria de povos indígenas do Alto Xingu, em Mato Grosso. Iniciada 
sempre aos sábados pela manhã, os índios dançam e cantam em frente a troncos de 
kuarup, colocados no local onde os mortos homenageados foram enterrados. 
São amantes da música, que praticam em festas de plantação e de colheita, nos ritos 
da puberdade e nas cerimônias de guerra e religiosas. Os instrumentos musicais são: 
toró (flauta de taquara), boré (flauta de osso), o nimbe (buzina) e o uaí (tambor de 
pele e de madeira). 
Podemos comparar o homem indígena com o homem pré-histórico, pelo fato 
de eles terem sua própria maneira de viver, de construir seu próprio mundo, assim 
como o homem pré-histórico o índio constrói seus próprios adereços e etc. 
Ele também não tem obrigação de se casar, podem ter varias mulheres ao 
mesmo tempo (em algumas aldeias), criam suas próprias tintas para fazer suas 
pinturas tanto no corpo como em suas roupas, fazem suas próprias roupas, panelas, 
armas e etc. 
 
Cestaria 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/381680137172824667/ 
https://br.pinterest.com/pin/381680137172824667/
 
 
Faculdade de Minas 
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 A cestaria diz respeito ao conhecimento tecnológico, à adaptação ecológica e 
à cosmologia, forma de concepção do mundo daquelas sociedades. O conjunto de 
objetos incorporados à vivência de uma determinada sociedade indígena expressa 
concretamente significados e concepções daquela sociedade, bem como a 
representa e a identifica. Enquanto arte, em cada peça produzida existe também uma 
preocupação estética, identificando o artesão que a produziu e aquela sociedade da 
qual ela é cultura material. 
Para uso e conforto doméstico, podem-se citar os cestos-coadores, que se 
destinam a filtrar líquidos; os cestos-tamises, que se destinam a peneirar a farinha e 
os cestos-recipientes, que se destinam a receber um conteúdo sólido ou armazená-
lo, sendo também utilizados para a caça e a pesca, para oprocessamento da 
mandioca, para o transporte e para a guarda de objetos rituais, mágicos e lúdicos. 
Os cestos cargueiros, como diz o nome, destinados ao transporte de cargas, 
apresentam uma alça para pendurar na testa e têm o formato paneiriforme, com base 
retangular e borda redonda, sendo conhecido pelo nome de aturá. Também são muito 
utilizados os cestos- cargueiros de três lados, jamaxim, que dispõem de duas alças 
para carregar às costas, tipo mochila. Em geral, esse cesto suporta até dez quilos de 
mandioca. 
Arte Plumária 
 
 
Fonte: http://www.imagensdobrasil.art.br/produtos/3512/20/4/Cocar#.Xj8j9zJKh1s 
 
http://www.imagensdobrasil.art.br/produtos/3512/20/4/Cocar#.Xj8j9zJKh1s
 
 
Faculdade de Minas 
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 Existem dois grandes estilos na arte plumária, são eles, os trabalhos 
majestosos e grandes, como os diademas, e os delicados adornos de corpo, que está 
no colorido e na combinação dos matizes, que seriam um tipo de colar. 
 
 
ARTE AFRO-BRASILEIRA 
 
 
 
Fonte: https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_I.php 
 A arte africana chegou ao Brasil através dos negros, que foram trazidos pelos 
colonizadores portugueses - inicialmente, durante o período colonial, prática que se 
estendeu até o Império - para trabalhar como mão de obra escrava. A partir daí, os 
elementos artísticos africanos fundiu-se (misturaram-se) com os elementos já 
presentes nas culturas indígenas e na portuguesa, para gerar novos componentes 
artísticos de uma arte sincrética, a arte afro-brasileira. 
É no Brasil, por exemplo, que supostamente surge a capoeira. A partir de 
danças africanas, acrescentada a um caráter marcial, a fim de auxiliar os escravos a 
defender-se e atacar. É na música e na dança em que provavelmente está a maior 
influência africana na arte brasileira, em expressões como maracatu, coco, jongo, 
carimbo, lambada, maxixe, injeta e inclusive o samba, a principal ou mais conhecida 
forma de música de raízes africana surgida no Brasil. 
https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_I.php
 
 
Faculdade de Minas 
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A arte do negro (africano ou brasileiro) foi inicialmente desprezada e mantida 
na marginalidade, até que ganhou reconhecimento e passou a ser devidamente 
valorizada no início do século XX a partir do movimento modernista. 
 
Capoeira 
 
Fonte: http://fabianaeaarte.blogspot.com/2012/10/danca-afro-brasileira.html 
 
A capoeira é uma expressão cultural afro-brasileira que ritualiza movimentos 
de artes marciais, jogo, dança e música. A origem cultural do que se transformaria 
capoeira foi trazida de Angola para o Brasil depois do século 16 em regiões da Bahia, 
Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Participantes da capoeira 
formam uma roda e revezavam tocando instrumentos musicais como o berimbau, 
cantando e fazendo a luta ritual em pares no centro do círculo. 
A capoeira é marcada por acrobacias e uso extensivo de rasteiras e chutes. 
A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical 
de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na épocada escravidão, é a 
capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, 
golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. 
O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com 
o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, 
sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o 
http://fabianaeaarte.blogspot.com/2012/10/danca-afro-brasileira.html
 
 
Faculdade de Minas 
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contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de 
capoeira é o mais praticado na atualidade. 
Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de 
desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores 
brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores 
de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-
mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. 
Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de 
luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, 
adaptando a um tipo de luta. Surgia assim à capoeira, uma arte marcial disfarçada de 
dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos 
brasileiros. 
A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que 
serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à 
manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde 
física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, 
chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome 
desta luta. 
Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista 
como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender 
os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista 
brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. 
O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional 
brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Minas 
14 
 
Culinária 
 
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=-ulBVxztjdw 
O negro introduziu na cozinha o leite de coco-da-baía, o azeite de dendê, 
confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre a do reino, deu ao Brasil o feijão 
preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, angu e pamonha. 
A cozinha negra, pequena, mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a 
sua maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo ingredientes; 
fez a mesma coisa com os pratos da terra; e finalmente criou a cozinha brasileira, 
descobrindo o chuchu com camarão, ensinando a fazer pratos com camarão seco e 
a usar as panelas de barro e a colher de pau. 
O primeiro negro pisou no Brasil com a armada de Martin Afonso. Negros e 
mulatos (da Guiné e do Cabo Verde) chegaram aqui em 1549, com o Governador 
Tomé de Souza, que comia mal e era preconceituoso: entre outras coisas, não admitia 
sopa de cabeça de peixe, em honra a São João Batista. 
Bem que o Padre Nóbrega tentou convencê-lo de que era bobagem, mas Tomé 
de Souza resistiu, até que o jesuíta mandou deitar a rede ao mar e ela veio só cabeça 
de peixe, bem fresca e o homem deixou a mania, entrou na sopa. 
Da guiné vieram, principalmente, fulas e mandingas, islamitas e gente de bem 
comer.As fulas eram de cor opaca, o que resultou no termo “negro fulo” (entrando 
depois na língua a expressão “fulo de raiva”, para indicar a palidez até do branco). 
https://www.youtube.com/watch?v=-ulBVxztjdw
 
 
Faculdade de Minas 
15 
Os mandingas também entraram na língua como novo sinônimo para 
encantamentos e artes mágicas. Mas os iorubanos ou nagôs, os jejues, os tapas e os 
haussás, todos sudaneses islamitas e da costa oeste também, fizeram mais pela 
nossa cozinha porque eram mais aceitos como domésticos do que a gente do sul, o 
povo de Angola, a maioria de língua banta, ou do que os negros cabindas do Congo, 
ou as minas, ou os do Moçambique, gente mais forte, mais submissa e mais 
aproveitada para o serviço pesado. 
O africano contribuiu com a difusão do inhame, da cana de açúcar e do 
dendezeiro, do qual se faz o azeite-de-dendê. O leite de coco, de origem polinésia, 
foi trazido pelos negros, assim como a pimenta malagueta e a galinha de Angola. 
 
 
Máscaras 
 
Mascara Gelede do Benin no Brasil 
 
 
Fonte: https://www.pinterest.ch/pin/544302304960152072/ 
 
https://www.pinterest.ch/pin/544302304960152072/
 
 
Faculdade de Minas 
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As "máscaras" são as formas mais conhecidas da plástica africana. Constituem 
síntese de elementos simbólicos mais variados se convertendo em expressões da 
vontade criadora do africano. 
Foram os objetos que mais impressionaram os povos europeus desde as 
primeiras exposições em museus do Velho Mundo, através de milhares de peças 
saqueadas do patrimônio cultural da África, embora sem reconhecimento de seu 
significado simbólico. 
A máscara transforma o corpo do bailarino que conserva sua individualidade 
e, servindo-se dele como se fosse um suporte vivo e animado, encarna a outro ser; 
gênio, animal mítico que é representando assim momentaneamente. 
Uma máscara é um ser que protege quem a carrega. Está destinada a captar 
a força vital que escapa de um ser humano ou de um animal, no momento de sua 
morte. A energia captada na máscara é controlada e posteriormente redistribuída em 
benefício da coletividade. 
Como exemplo dessas máscaras destacou as Era e as Guelede é ou Gelede. 
 
Religião 
 
Fonte:https://oglobo.globo.com/sociedade/condenada-record-tera-de-transmitir-quatro-programas-sobre-religioes-de-matriz-
africana-23415498 
As únicas religiões que tem relação com a arte africana no Brasil são o 
Candomblé, e o Culto aos Gunguna efetivamente de origem africana. 
O Culto de Irá em menor número no Brasil é o maior responsável pela divulgação da 
https://oglobo.globo.com/sociedade/condenada-record-tera-de-transmitir-quatro-programas-sobre-religioes-de-matriz-africana-23415498
https://oglobo.globo.com/sociedade/condenada-record-tera-de-transmitir-quatro-programas-sobre-religioes-de-matriz-africana-23415498
 
 
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Ioruba Art. em todo mundo, Estados Unidos, Cuba, Alemanha, França, Inglaterra, 
Espanha, são os países onde o maior número de peças pode ser encontrado, em 
museus e coleções particulares. 
Literatura Africana-Dança Na dança africana, cada parte do corpo movimenta-
se com um ritmo diferente. Os pés seguem a base musical, acompanhados pelos 
braços que equilibram o balanço dos pés. 
O corpo pode ser comparado a uma orquestra que, tocando vários 
instrumentos, harmoniza-os numa única sinfonia. Outra característica fundamental é 
o poli centrismo que indica a existência no corpo e na música de vários centros 
energéticos, assim como acontece no cosmo. A dança africana é um texto formado 
por várias camadas de sentidos. Esta dimensionalidade é entendida como a 
possibilidade de exprimir através e para todos os sentidos. No momento que a 
sacerdotisa dança para Oxum, ela está criando a água doce não só através do 
movimento, mas através de todo o aparelho sensorial. 
A memória é o aspeto ontológico da estética africana. É a memória da tradição, 
da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam 
diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e os dos deuses. 
A repetição do padrão-musical manifesta a energia que os fieis estão 
invocando. A repetição dos movimentos produz o efeito de transe que leva ao 
encontro com a divindade, muito usado em rituais. O mesmo ato ou gesto é praticado 
num número infinito de vezes, para dar à ação um caráter de atemporalidade, de 
continuação e de criação continua. Nas dançasafricanas o contato contínuo dos pés 
nus com a terra é fundamental para absorver as energias que deste lugar se 
propagam e para enfatizar a vida que tem que ser vivida agora e neste lugar, ao 
contrario das danças ocidentais pré-formadas sobre as pontas a testemunhar a 
vontade de deixar este mundo para alcançar outro. 
 
 
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Danças 
 
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/355854808048116523/ 
Existem várias danças. Entre elas destacam-se: lundu, batuque, Ijexá, 
capoeira, Coco (dança) congadas e jongo. 
Tipos de Danças Africanas mais comuns: Quizomba Ritmo quente, originário 
de Angola, não para de conquistar cada vez mais praticantes. É uma das danças 
sempre tocadas nas discotecas, não só africanas. Quente, suave, apaixonante… 
Vário estilo, técnicas, influencia. Toda variedade ediversidade de Quizomba. 
Samba É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com 
passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente 
largos onde o malabarismo da cavalheira conta muito em nível de improvisação. O 
Samba caracteriza-se como uma dança de passadas. Não é ritual nem guerreira, mas 
sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Samba. 
Danças Cabo-verdianas Toda a variedade de ritmos originários de Cabo Verde: 
Funána, Mazurca, Morna, Coladeira, Batuque. Danças Tribais Uma forte 
característica trazida para o Estilo Tribal das danças tribais é a coletividade. Não há 
performances solos no Estilo Tribal. 
As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo. Dentre 
as várias disposições cênicas do Estilo Tribal estão à roda e a meia lua. No grande 
círculo, as bailarinas têm a oportunidade de se comunicarem visualmente, de 
dançarem umas para as outras, de manterem o vínculo que as une como trupe. Da 
https://br.pinterest.com/pin/355854808048116523/
 
 
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meia lua, surgem duetos, trios, quartetos, pequenos grupos que se destacam para 
levar até o público esta interatividade. 
Cantores Afro-Brasileiros 
 
Fonte:http://www.esquinamusical.com.br/14-musicas-brasileiras-contra-o-racismo/ 
 Gilberto Gil: (1942-) nasce em Salvador, Bahia, em 26 de junho. Gilberto 
Passos Gil Moreira ingressa na Universidade Federal da Bahia, em 1960, para cursar 
administração de empresas. Participa de vários festivais, apresentando composições 
que rompem com a linha tradicionalista da música popular brasileira. Uma delas é 
Domingo noparque, arranjada pelo maestro experimentalista Rogério Duprat e 
apresentada por Gil e Os Mutantes. 
Participa de um show ao lado de Caetano Veloso no teatro Castro Alves, em 
Salvador, pouco antes de exilar-se em Londres (1969). Sua música Aquele abraço, 
mostrada na ocasião, transforma-se em um de seus maiores sucessos. Nos anos 80, 
Gil torna-se grande divulgador da música jamaicana no Brasil. Sua música é 
caracterizada pela riqueza rítmica e melódica. 
Milton Nascimento: (1942-) nasce no Rio de Janeiro em 26 de outubro. Os pais 
adotivos levam-no para Três Pontas, Minas Gerais. Aos 15 anos organiza um 
conjunto vocal, o Luar de Prata, com Wagner Tiso. Em 1966, Elis Regina grava 
Canção do sal. No ano seguinte, obtém o segundo lugar no 2o FIC, da TV Globo, com 
Travessia, em parceria com Fernando Brant. Sua música resgata tradições do barroco 
mineiro (com temas árcades e religiosos), da música vocal dos escravos africanos, e 
as mistura ao rock, notadamente dos Beatles. 
http://www.esquinamusical.com.br/14-musicas-brasileiras-contra-o-racismo/
 
 
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 Também pesquisa elementos indígenas brasileiros. É admirado por influentes 
jazzistas internacionais. Grava numerosos sucessos em LPs: Clube da Esquina 
(1972), Milagre dos Peixes (1974), Minas (1976), Gerais (1977), Clube da Esquina 2 
(1978), Sentinela (1981), Anima (1984), Milton (1988), entre outros. 
Pixinguinha: Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha (1898-1973), nasce 
no Rio de Janeiro, em 23 de abril. Seu apelido vem do cruzamento de "pixídio" 
(menino bom, no dialeto africano falado por suaavó) e "Pixinguinha", ironia dos 
vizinhos do bairro suburbano de Catumbi à sua aparência quando contrai varíola. 
Grava seus primeiros discos entre 1910 e 1911, integrando o grupo Pessoal do Bloco. 
Em 1920 se apresenta para a corte da Bélgica. 
Em 1928, grava o samba-choro Carinhoso, ainda em versão instrumental. A 
primeira gravação com letra, escrita por João de Barro, é de 1937, com Orlando Silva. 
 
 
Esculturas 
 
Fonte:https://babaojeleke.wordpress.com/2016/06/11/de-africano-a-afro-brasileiro-etnia-identidade-religiao/ 
Escultura da tribo Makonde, da África Oriental, c. 1974. 
 
Esculturas em madeira 
A escultura em madeira é a fabricação de múltiplas figuras que servem de 
atributo às divindades, podendo ser cabeças de animais, figuras alusivas a 
acontecimentos, fatos circunstanciais pessoais que o homem coloca frente às forças. 
Existem também objetos que denotam poder, como insígnias, espadas e lanças com 
https://babaojeleke.wordpress.com/2016/06/11/de-africano-a-afro-brasileiro-etnia-identidade-religiao/
 
 
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ricas esculturas em madeira recoberta por lâminas de ouro sempre denotando um 
motivo alusivo à figura dos dignitários. Os utensílios de uso cotidiano, portas e portais 
para suas casas, cadeiras e utensílios diversos sempre repetindo os mesmo 
desenhos estilísticos. 
A cultura Afro-brasileira e a Arte Indígena na educação Desde 2008, uma lei 
tornou obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena no sistema 
de ensino do Brasil. A norma, de número 11.645/2008, inclui o trabalho de conteúdos 
referentes às contribuições dessas duas culturas na formação da sociedade 
brasileira. 
Em Santa Maria, essa lei é aplicada através de um projeto de oficinas de arte-
educação nas áreas de dança, teatro e música chamado “Somos Todos Um Para 
Uma Cultura de Paz”, realizado pela organização Oca Brasil, além do trabalho regular 
das escolas na inclusão desses temas em seus currículos. 
Conforme relata a professora e antropóloga Maria Rita Py Dutra, coordenadora 
pedagógica da Oca Brasil, essa regulamentação aponta para a necessidade de se 
dar visibilidade aos feitos relacionados ao povo negro e indígena, bem como para a 
importância do convívio respeitoso com pessoas de diferentes grupos étnicos e a 
eliminação do discurso racista, tanto em livros didáticos, quanto no convívio diário na 
escola ou sala de aula. 
Maria Rita conta que esse direcionamento contrasta com a forma como era 
tratado o ensino dessas culturas antes de sua obrigatoriedade: “O ensino daHistória 
e Cultura Indígena era voltado para um índio idealizado, que vivia na taba, caçando 
e pescando, totalmente deslocado da situação atual do índio brasileiro. No que diz 
respeito aos Afro-brasileiros, ocorria duas situações: ou sua presença era negada, 
através da invisibilidade (não se falava nele), ou quando se falava, era para reforçar 
os estereótipos existentes no imaginário social da sociedade brasileira, associados à 
inferioridade”. 
Deste modo, a professora e antropóloga explica que a lei está ajudando a se 
pensar estratégias de mudanças na abordagem, mas que não se pode negar a 
resistência e falta de subsídios para o trabalho com essa temática. Por outro lado, é 
possível notar que alunos de ascendência Indígena e Afro-brasileira passam a se ver 
com mais segurança e autoestima, orgulhosos de suas origens. 
 
 
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Ao abordar a atuação do Projeto “Somos Todos Um Para Uma Cultura de Paz”, 
que realiza suas oficinas com aproximadamente 150 crianças de escolas públicas de 
Santa Maria desde março, Maria Rita comenta que a iniciativa está sendo bem 
recebida nas escolas por onde passa: “A Oca trabalha com arte-educação e já tem 
acúmulo na área da educação das relações étnico-raciais. Os alunos são levados 
acantar, tocar,construir instrumentos. É um novo paradigma, eles adoram. Agora, 
eles estão preparando-se para o espetáculo Roda da Terra, que acontecerá no mês 
de agosto, no Teatro Treze de Maio”. 
 
As artes indígenas 
 
 “Arte” é uma categoria criada pelo homem ocidental, mas o que deve ou não 
deve ser considerado arte não é um consenso. Os objetos indígenas que 
consideramos arte ou artesanato são produzidos por eles para uso no cotidiano ou 
nos rituais, de acordo com as categorias de sexo, idade e posição social. 
As formas de manipular pigmentos, plumas, fibras vegetais, argila, madeira, pedra e 
outros materiais conferem singularidade à produção indígena. Mas não podemos falar 
em uma única arte indígena, e sim em “artes indígenas”, já que cada povo possui 
particularidades na maneira de se expressar e de conferir sentido às suas produções. 
Outra questão interessante que muitas pessoas não sabem é que as artes 
produzidas pelos indígenas vão além dos objetos exibidos nos museus e feiras, como 
cuias, cestos, cabaças, redes, remos, flechas, bancos, máscaras, esculturas, mantos 
e cocares. 
Os índios também se manifestam com expressividade por meio da dança, da 
música e da pintura, seja no próprio corpo, seja nas construções rochosas, árvores 
ou outras formações naturais. 
Em todos esses casos, não se trata apenas de uma questão estética, mas de 
meios e ferramentas de comunicação e expressão – entre homens e mulheres, entre 
povos e entre mundos. 
Os objetos também são instrumentos de troca entre os povos indígenas, 
inclusive com o “homem branco”. Hoje em dia, o comércio é uma alternativa de 
geração de renda, ao mesmo tempo em que divulga e valoriza a produção cultural 
 
 
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indígena. 
 
Movimento Hip Hop 
 
Fonte: https://circularcultural.com.br/soul-breaking-fortalece-movimento-hip-hop-em-fortalece-movimento-hip-hop-em-maringa/ 
Os negros africanos trouxeram muitos ritmos, instrumentos maneiros, 
batuques e danças pra lá de animadas. O som vindo da África é irado! Tem samba 
de roda, maracatu, capoeira e muito mais. Tem o HIP HOP. Sente só, moleque, o 
movimento! Sou doido por HIP HOP e RAP. Você sabe o que é? O hip hop é um 
movimento cultural iniciado nos Estados Unidos e muito apreciado aqui no Brasil. 
Ele foi adotado, principalmente, pelos jovens negros e pobres de algumas 
cidades grandes como forma de discussão e protesto contra o preconceito racial, a 
miséria e a exclusão. O RAP faz parte desse movimento. É um ritmo musical que 
combina texto e rimas . 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://circularcultural.com.br/soul-breaking-fortalece-movimento-hip-hop-em-fortalece-movimento-hip-hop-em-maringa/
 
 
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A CULTURA AFRICANA E A EDUCAÇÃO AFRO-
BRASILEIRA 
“A educação é o meio mais forte que você pode usar para mudar o mundo” 
Nelson Mandela 
Esta apostila visa reafirmar as medidas adotadas pelo estado, para 
implementar uma educação inclusiva e igualitária, respeitando a cultura trazida do 
seio familiar para o ambiente de ensino. 
Para tanto, sustentaremos este trabalho, na implementação da lei 10639/03, 
lei esta que completa 11 anos e muito pouco foi feito para efetivar sua implementação, 
tornando o ambiente escolar, muitas vezes, hostil a nossas crianças. 
O Ministério da Educação (MEC), a representação da UNESCO no Brasil, em 
parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), produziram o livro 
“História e cultura africana e afro-brasileira na educação infantil”, com o objetivo de 
construir um sistema de ensino que vise a inserção de conteúdos que relacionem a 
história e a cultura da África e afro-brasileiros no currículo da educação básica, 
transmitindo o real valor cultural, civilizatório e epistemológico em nossa sociedade.“é 
significativo para o desenvolvimento humano, para a formação 
da personalidade e aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, os 
espaços coletivos educacionais que a criança pequena frequenta são privilegiados 
para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito,discriminação 
e racismo. 
As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas a se envolverem 
em atividades que conheçam, reconheçam e valorizem a importância dos diferentes 
grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras”. 
(BRASIL, 2009b). 
Educação, África e história e cultura afro-brasileira 
A história e educação africana fazem parte da cultura brasileira, de uma forma 
velada as contribuições dos descendentes africanos foram sendo mascadas por um 
sistema colonialista ao qual fomos impostos e impomos a nossas crianças. 
 
 
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“Convivemos e conhecemos literaturas, materiais didáticos e de apoio 
pedagógico eivados de estereótipos raciais, sem a devida mediação pedagógica do 
professor e sem a necessária revisão e atualização das editoras. Em outros 
momentos, nós mesmos podemos ter sido sujeitos realizadores ou destinatários de 
tais práticas” Visamos a construção de um ambiente que reconheça e demonstre o 
real valor étnico-cultural de todas as crianças da classe, que não reproduza práticas 
de discriminação e preconceito racial, mas que, antes, eduque para e na diversidade, 
escola essa de direito social e não de desconstrução civilizatória, para todos, sem 
negar as diferenças e sim acolhendo-as. 
Temos como principio a lei 10639/03 e os parecer CNE/CP n° 03/04 e na 
Resolução CNE/CP n° 01/04, são iniciativas eesforços governamentais importantes, 
que podem ser considerados marcos na efetivação da democracia, do direito à 
educação e do respeito à diversidade étnico-racial. 
A lei, parecer e a resolução representam aqui a luta de anos de uma categoria 
até então esquecida pelo poder público e que a partir de então passam a ter políticas 
públicas voltadas única e exclusivamente a eles. 
Levando em conta que a História da África é muito complexa, como 
aplicaremos esta nova face a educação brasileira? Partiremos da educação infantil, 
ou seja na primeira infância é onde a criança, material bruto a ser lapidado e não 
racista, precisa ser tratada e educada de uma nova forma. 
“O papel da educação infantil é significativo para o desenvolvimento humano, 
para a formação da personalidade e aprendizagem. Nos primeiros anos de vida, os 
espaços coletivos educacionais os quais a criança pequena frequenta são 
privilegiados para promover a eliminação de toda e qualquer forma de preconceito, 
discriminação e racismo. As crianças deverão ser estimuladas desde muito pequenas 
a se envolverem em atividades que conheçam, reconheçam, valorizem a importância 
dos diferentes grupos étnico-raciais na construção da história e da cultura brasileiras”. 
Aos professores da educação infantil, cabe a árdua tarefa de realizar praticas 
pedagógicas que valorizem e não omitam adiversidade sócio cultural, desde muito 
cedo, podemos mostrar aos alunos que as diferenças culturais, podem tornar-se 
fascinantes, se apresentadas de forma adequada, mostrando que as experiências do 
mundo são muito maiores e ricas, que nossas experiências locais. 
 
 
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Uma sociedade igualitária é formada por civilizações, histórias, grupos sociais, etnias 
e raças diversas, reeducando-os a lidar com preconceitos aprendidos no ambiente 
familiar e nas relações sociais. 
No entanto, sabemos que o reconhecimento da diversidade não é uma tarefa 
simples, pois requer a valorização das diferentes culturas, ou seja, a compreensão 
dos meandros da construção cultural situados na dinâmica das relações sociais e 
políticas que constituem nossa sociedade. 
Atingir esse objetivo se torna uma difícil tarefa, quando se trata de culturas 
produzidas por grupos sociais e étnico-raciais, cuja participação social e política é 
ainda pouco estudada e conhecida no campo educacional, quando não omitida – e 
em nossa sociedade como todo –, em decorrência de um processo históricode 
dominação e silenciamento. Esse é o caso das culturas de matriz africana em 
diferentes partes do mundo e, em nosso caso específico, no Brasil. 
Para evitar equívocos que venham a ser considerados preconceito ou ate mesmo 
racismo, se faz necessário um conhecimento mais profundo da cultura africana e de 
outras culturas que compõem a nossa sociedade e venham a interferir no cotidiano 
de nossas vidas, quais os reais valores culturais, quer sejam negros, pardos, mulatos 
ou de outra etnia. 
Por isto, se faz necessário recontar a história, para dar visibilidade ao sujeito e 
suas praticas, enfatizando o papel protagonista da população negra de todo o mundo, 
e suas contribuições na construção do mundo em que vivemos. 
Cabe lembrar que a educação é um dever do Estado, da família e da escola, e 
um direito da criança. Como tal, deve ser ofertada dignamente a todas as crianças 
brasileiras, independentemente de classe social, raça, etnia, sexo, gênero, região e 
religião, garantido pelo artigo 227 da Constituição Federal de 1988. (BRASIL, 1988) 
Existem casos em que as profissionais se negam a tocar no corpo da criança 
negra pequenininha, trocar suas fraldas e carregá-la; pesquisas mostraram situações 
em que os docentes se negaram a cuidar dos cabelos crespos das crianças negras, 
rejeitaram receber sua família, atribuíram xingamentos e apelidos pejorativos e foram 
agressivos. Tais atitudes não somente ferem princípios da ética profissional, mas 
também são casos de racismo e, portanto, devem ser punidos na forma da lei. Como 
profissionais da educação, somos responsáveis pelas ações pedagógicas que 
 
 
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realizamos e pelas marcas negativas que podemos imprimir na história de vida e na 
auto estima dos estudantes. 
Não se pode esquecer de que as crianças são diversas e possuem níveis 
distintos de desenvolvimento humano. Contudo, todas se desenvolvem. Nesse caso, 
é importante atentar para a presença, no interior do espaço infantil, de crianças com 
deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. 
Para cada atividade proposta, essa particularidade do humano deve ser considerada, 
e as propostas devem ser reorganizadas de forma a garantir o direito à participação 
e à aprendizagem dessas crianças. 
Para que tais praticas se efetivem positivamente, é necessário planejar, evitando 
praticas improvisadas, ter objetivos claros, adequar o espaço físico tornando-o 
confortável, levar ao conhecimento da família as praticas a serem desenvolvidas em 
sala de aula. 
Ao reconhecer que essa questão ainda é tratada de forma desigual em nossa 
sociedade, é importante que tais práticas, expressas por meio de elementos culturais 
de matriz africana, não sejam realizadas de maneira fragmentada e estereotipada, 
sob o risco de perderem o seu potencial histórico formador, nossas crianças quando 
ingressão a educação infantil têm poucos vícios, desconhecem o racismo e suas 
praticas, são puras e inclusivas. 
Ao implementar qualquer projeto em nossa comunidade ou escola, devemos 
levar em conta que nossos valores culturais não são os únicos, que os demais 
indivíduos e seus valores culturais, também ajudam, dando sentido a sua realidade, 
temos também que ter a percepção de que muitos problemas interpessoais nascem 
nas diferenças culturais: a negação do outro por sua origem social, étnica, religiosa 
ou de gênero. 
Como sugestão, oriento os colegas a conhecerem o Projeto Espaço Griô e o 
Projeto Capoeira que tematizam as culturas afro-brasileira e africana na educação 
infantil, transmitindo seus valores civilizatórios e sua transmissão oral. Ambos os 
temas podem ser enriquecidos a partir das experiências do professor e da professora 
da educação infantil, e do conhecimento de cada turma e demais integrantes da 
comunidade escolar. 
 
 
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Os dois projetos, Espaço Griô e Capoeira, foram produzidos para abarcar as 
especificidades de dois grupos etários, de crianças de 0 a 3 anos e de crianças de 4 
a 5 anos. Cada projeto encontra-se assim organizado: 
a) Com as mãos na massa – esta seção apresenta o projeto e, logo após o 
título, localiza o professor e a professora sobre o tema abordado. Nesta parte, propõe-
se um diálogo teórico com as especificidades das culturas afro-brasileira e africana, 
com indicações para a formulação de práticas pedagógicas na educação das relações 
étnico-raciais na educação infantil; 
b) O que se desenvolve noprojeto – esta seção trata das principais dimensões 
da formação humana que se pretende trabalhar nas atividades propostas; 
c) O que se aprende – esta seção apresenta os objetivos de aprendizagem 
previstos no projeto, que podem ser incrementados pelo professor de cada turma e 
escola de educação infantil; 
d) O que as crianças já sabem – esta seção apresenta os saberes construídos 
que as crianças podem ter sobre temas e assuntos tratados nos projetos, e também 
alerta sobre capacidades que elas possuem no ciclo de vida em que se encontram. 
e) Atividade – esta seção apresenta o desenvolvimento do projeto. Cada 
projeto encontra-se organizado por grupo etário e subdivide-se em atividades. Cada 
atividade proposta reúne um conjunto de etapas com sugestões de propostas e 
orientações didáticas para o desenvolvimento dos projetos. Além disso, em cada 
projeto há explicações, informações e dicas organizadas em caixas de texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 
Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: 
BRASIL. Decreto nº 65.810, de 8 de dezembro de 1969. 
 
Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
Racial. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 9 dez. 1969. Disponível em: . 
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e 
do Adolescente e dá outras providências. 
 
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 14 jul. 1990. Disponível em: . 
BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para 
incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História 
e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. 
 
Diário Oficial da União. Brasília, DF, 10 jan. 2003. Disponível em: . 
NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Brasília: Ministério 
das Relações Exteriores, Ministério da Justiça, 1948. Disponível em: . 
UNESCO. História geral da África. Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2010. 8v. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, 
Diversidade e Inclusão. História e cultura africana e afro-brasileira na educação 
infantil / Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, 
Diversidade e Inclusão. --Brasília : MEC/SECADI, UFSCar, 2014. 
 
PRANDI, Reginaldo - REVISTA USP, São Paulo, n.46, p. 52-65, junho/agosto 2000 
 
www.arteindigena.com 
 
www.suapesquisa.com/artesliteratura/arte_africana.htm 
http://www.arteindigena.com/
 
 
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30 
 
www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/3_I.php 
 
www.abordo.com.br/inabra/texto5.htm 
 
culinaria-afro-brasileira.blogspot.com/p/culina.html 
 
culturaafrobrasil.blogspot.com/2008/08/capoeira.html 
 
www.suapesquisa.com/educacaoesportes/historia_da_capoeira.htm