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Atividade 5 - Sarah Sandrin

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ARTES E ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO JORNALISMO
Aluna:
Sarah Sandrim 
Apresentada a professora: Marina Paula Darcie, da disciplina de 0003029B - História da Comunicação em Jornalismo, da turma do terceiro ano, turno noturno da UNESP Bauru.
SETEMBRO
2021
A atividade fotojornalística nos dias atuais
Estudando a história da fotografia, é possível classificar a sua função e definir como um retrato fiel ou espelho da realidade, devido à verossimilhança com o mundo real. Por isso, com a introdução quase que instantânea desse recurso digitalizado nas redes sociais, a fotografia ganhou um papel de entretenimento na sociedade.
O que antes era um recurso com finalidades documentais e comprobatórias, hoje passa a fazer parte do nosso cotidiano, em registro de diversos momentos importantes ou não. Passar 24 horas sem tirar ao menos um selfie ou fotografar alguma cena do dia parece um enorme desafio para a geração Z, e assim notamos o impacto que isso causa em geral.
Tanto o mundo virtual em geral quanto as redes sociais se configuram como canais de comunicação repletos de ideias, opiniões, exibições do eu, mas também ações coletivas, conteúdos e diversos projetos. São esses projetos, tanto individuais como coletivos, uma das principais razões para o sucesso das redes sociais, em especial o Instagram que busca crescer ao incentivar a ideia de comunidade.
Como rede social desenvolvida especificamente para dar enfoque na fotografia, o Instagram se tornou uma das redes sociais mais acessadas tomando o posto do Facebook. A facilidade de divulgação da fotografia, juntamente com a disposição celulares equipados com câmeras melhores ou com a mesma capacidade de um equipamento profissional, causa a impressão de que qualquer fotografia amadora pode ganhar tanto destaque quanto um fotógrafo especializado, o que de fato é possível.
Dessa maneira, a facilidade tecnológica e o consumo exagerado de imagens através das redes sociais impacta diretamente o fotojornalismo. Dentre tantos estilos de fotografia, como a arquitetônica, a publicitária, de moda ou ainda a macro fotografia, o fotojornalismo é caracterizado como a produção de imagens com valor jornalístico/ informativo, especificamente imagens produzidas com o intuito de informar ou analisar um acontecimento. 
Sabendo disso é possível realizar dois apontamentos: 1) Primeiro que com a facilidade de captura de imagens com qualidade razoável por qualquer cidadão facilita a divulgação de informações quase que em tempo real em diversos veículos de comunicação. Neste contexto, fotos de amadores são usadas até mesmo em publicações impressas, indo de encontro ao novo consumidor na internet que exige notícias cada vez mais expressas.
2) Em contrapartida, apesar de muitos celulares serem capazes de produzir fotos incríveis, o trabalho de contar uma história através de imagens passa por vários processos de estudo e preparação. É isso o que diferencia um cidadão com um celular de um fotojornalista. 
Unindo os prós e os contras do impacto das redes sociais no fotojornalismo, a conclusão mais assertiva, é que os fotojornalistas tiveram que se render ao digital, e elevar mais o nível para se diferenciarem no mercado. Isso se comprova com a existência de perfis de fotojornalistas no Instagram que compartilham e explicam um pouco do dia-a-dia dos fotógrafos e como se dá a concepção de cada imagem. 
Pensando nesses desdobramentos e no futuro do fotojornalismo, a popularidade conseguida por fotojornalistas no Instagram, pode representar um novo caminho para esta vertente da fotografia, que há tempos estava desestimulada. Desafios como baixa remuneração, direitos autorais negligenciados e concorrência de amadores constroem uma cena de desesperança para fotojornalistas.
No entanto, enfrentando também a indiferença popular perante suas fotos, consequência de imagens previsíveis apresentadas pelo fotojornalismo preso à linhas editoriais, as novas tecnologias podem ser uma fonte de esperança para esses profissionais. Assim, a compreensão sobre o papel das redes sociais neste processo de reinvenção do
fotojornalismo se faz necessária, uma vez que se comunicar mais diretamente com a
audiência se tornou um requisito para os profissionais que desejam ser bem-sucedidos independentemente da área.
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