Prévia do material em texto
Mecanismos de defesa do corpo humano FISIOPATOLOGIA ESTÔMAGO, INTESTINO E FÍGADO Profa. Helena Pazos SISTEMA DIGESTÓRIO SISTEMA DIGESTÓRIO Esôfago Tubo muscular, controlado pelo sistema nervoso autônomo. Por meio de ondas de contrações, conhecidas como peristaltismo ou movimentos peristálticos, o conduto musculoso vai espremendo os alimentos e levando-os em direção ao estômago. O esfíncter esofágico inferior relaxa na presença do bolo alimentar e permite a passagem deste para o estomago. SISTEMA DIGESTÓRIO Esôfago SISTEMA DIGESTÓRIO Estômago Grande bolsa que se localiza no abdôme Responsável pela digestão de proteínas A mastigação já ativa a produção do suco gástrico no estômago. SISTEMA DIGESTÓRIO Estômago A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege de agressões do suco gástrico, que é bastante corrosivo. Por isso, quando ocorre um desequilíbrio na proteção, o resultado é uma inflamação da mucosa (gastrite) ou o surgimento de feridas (úlcera gástrica). SISTEMA DIGESTÓRIO Estômago As células parietais produzem e liberam cerca de 2 litros de ácido clorídrico (HCl) por dia, o que confere ao estômago um pH em torno de 1 a 2,5. Além disso, essas células secretam fator intrínseco, fundamental para a absorção de vitamina B12. Nas células principais ocorre a secreção de pepsinogênio, uma enzima inativa que, quando exposta a um pH baixo, é convertida em pepsina. A pepsina é responsável por acelerar a digestão das proteínas, em especial, do colágeno, o que permite fragmentar a carne em pequenos pedaços. Outra substância secretada por essa célula é a lipase gástrica, que tem ação na degradação de triglicerídeos. SISTEMA DIGESTÓRIO Estômago Na base das glândulas gástricas existe um grupo de células denominadas mucosa do cólon, que produzem dois tipos de substâncias, o muco e o bicarbonato (HCO3−). O primeiro é responsável por proteger a parede gástrica da ação do HCl, e o segundo contribui como um “tampão”, para neutralizar o ácido em excesso (HALL, 2011; WIDMAIER; RAFF; STRANG, 2017). As células semelhantes às enterocromafins produzem histamina (H2) e são responsáveis por estimular as células parietais a produzirem HCl (HALL, 2011; WIDMAIER; RAFF; STRANG, 2017). SISTEMA DIGESTÓRIO Intestino delgado Revestido por uma mucosa enrugada que apresenta inúmeras projeções. No intestino delgado, ocorre a maior parte da digestão e absorção do que foi ingerido. Esse órgão é compartimentado em duodeno, jejuno e íleo. SISTEMA DIGESTÓRIO SISTEMA DIGESTÓRIO Intestino grosso Região com função de reabsorver água. É no intestino grosso que haverá a formação das fezes. É dividido em: ceco, cólon e o reto. SISTEMA DIGESTÓRIO Intestino grosso Região com função de reabsorver água. É no intestino grosso que haverá a formação das fezes. É dividido em: ceco, cólon e o reto. SISTEMA DIGESTÓRIO HIPERMOTILIDADE Pode ser causada por um aumento da sensibilidade aos neurotransmissores excitatórios (acetilcolina) da musculatura esofágica, a hormônios (como a gastrina) ou por uma diminuição da sensibilidade aos neurônios inibitórios (como o peptídeo vasoativo intestinal). Outra possível causa é o aumento na atividade dos neurônios excitatórios ou a diminuição da atividade dos neurônios inibitórios. ACALASIA ESPASMO ESOFÁGICO DIFUSO ESÔFAGO EM QUEBRA NOZES SISTEMA DIGESTÓRIO HIPERMOTILIDADE ACALASIA - Redução no número de neurônios inibitórios intramurais, que ocasiona um aumento na pressão do esfíncter esofágico inferior, com retardamento e diminuição da intensidade do relaxamento receptivo para que o alimento passe ao estômago. Em consequência, a pressão no esfíncter fica maior que no estômago, e os alimentos se acumulam no esôfago, aumentando a pressão e, algumas vezes, dilatando a parede do esôfago SISTEMA DIGESTÓRIO HIPERMOTILIDADE ESPASMO ESOFÁFICO DIFUSO - contrações esofágicas de longa duração que aparecem entremeadas por contrações normais. Pode estar associado a distúrbios musculares e nervosos. Sua causa, geralmente, envolve estímulos como o refluxo do ácido estomacal, a ingestão de alimentos com temperatura muito alta ou muito baixa, o estresse, além de poder ser desencadeado por estímulos olfativos. SISTEMA DIGESTÓRIO HIPERMOTILIDADE ESÔFAGO EM QUEBRA NOZES - Peristalse normal, mas com contrações de amplitude muito alta (>180 mmHg), principalmente, no terço final do esôfago. A contração das camadas musculares longitudinal e circular fica assincrônica. Alguns pacientes apresentam dor torácica, mas nem todos apresentam sintomas. SISTEMA DIGESTÓRIO HIPOMOTILIDADE ESCLERODERMIA- Doença autoimune com reflexo na musculatura esofágica, gerando diminuição na atividade dos neurônios motores e posterior atrofia muscular. Como resultado, a peristalse na porção distal do esôfago cessa. SISTEMA DIGESTÓRIO HIPOMOTILIDADE DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO SISTEMA DIGESTÓRIO ANÉIS, MEMBRANAS OU DIVERTÍCULOS São estruturas que obstruem parcial ou totalmente o esôfago. Sua prevalência é de, aproximadamente, 15% da população. Não costumam apresentar sintomas, mas pode ocorrer disfagia eventual com alimentos sólidos. Os divertículos são definidos como evaginações na parede esofágica SISTEMA DIGESTÓRIO ANÉIS, MEMBRANAS OU DIVERTÍCULOS SISTEMA DIGESTÓRIO GASTROPARESIA É caracterizada pelo retardo no esvaziamento gástrico, que gera náusea, empachamento, vômitos e constipação ou diarreia. SISTEMA DIGESTÓRIO DIARRÉIA É definida como a eliminação de fezes não moldadas ou líquidas com maior frequência que o normal. Para adultos, um peso de fezes >200 g/dia já é considerado diarreia. Ela pode ser aguda (menos de duas semanas de duração), persistente (2 a 4 semanas) ou crônica (mais de quatro semanas) CONSTIPAÇÃO É definida como a defecação difícil, infrequente ou, aparentemente, incompleta de forma persistente. Em geral, é causada por baixa ingestão de fibras ou de líquidos, mas também pode ter como causa os distúrbios neurogastrenterológicos, alguns fármacos, idade avançada e algumas doenças sistêmicas que afetam a função intestinal SISTEMA DIGESTÓRIO DOENÇA DE CROHN Afeta a região transmural e tem características granulomatosas, podendo ocorrer ao longo de todo o TGI. Ocorre mais frequentemente no íleo distal. Apresenta áreas de ulceração e inflamação em toda a espessura da parede intestinal. Pode haver perfuração, formação de fístulas, abscessos e obstruções. Também pode haver sangramento e enteropatia com perda de proteínas. Esses pacientes apresentam aumento na incidência de câncer intestinal. Podem manifestar sintomas fora do TGI, como artrite, eritema nodoso, uveíte, irite, formação de úlceras aftosas na boca, colangite esclerosante e hepatite crônica autoimune. SISTEMA DIGESTÓRIO DOENÇA DE CROHN SISTEMA DIGESTÓRIO COLITE ULCERATIVA — Superficial e limitada à mucosa do cólon. Pode apresentar sintomas semelhantes à doença de Crohn, contudo, por afetar somente a mucosa, não apresenta perfuração ou formação de fístulas. A maioria dos casos é leve. Entretanto, o risco de adenocarcinoma de cólon é aumentado, e a doença crônica pode levar a dano nas camadas musculares, causando dilatações e megacólon. A lesão e ulceração crônicas podem ocasionar a formação de pseudopólipos de tecido de granulação SISTEMA DIGESTÓRIO SISTEMA DIGESTÓRIO DIVERTICULITE SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS As náuseas e vômitos ocorrem em resposta a determinadas condições que afetam o centro do vômito. Alguns desses quadros se originam no trato gastrintestinal ou no sistema nervoso central (SNC), ou podem resultar de várias doenças sistêmicas As causas mais comuns de náuseas e vômitos são: Gastroenterite Fármacos Toxinas SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMADIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO NÁUSEAS E VÔMITOS SISTEMA DIGESTÓRIO PANCREATITE AGUDA SISTEMA DIGESTÓRIO PANCREATITE AGUDA SISTEMA DIGESTÓRIO PANCREATITE SISTEMA DIGESTÓRIO PANCREATITE SISTEMA DIGESTÓRIO PANCREATITE AGUDA SISTEMA DIGESTÓRIO PANCREATITE AGUDA SISTEMA DIGESTÓRIO FÍGADO SISTEMA DIGESTÓRIO FÍGADO A esteatose hepática acomete cerca de 30% da população mundial e é classificada em dois grandes grupos: causada pelo consumo excessivo e crônico de bebidas alcoólicas; causada por outros fatores de risco e denominada Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA). Recentemente uma nova nomenclatura tem sido dada à doença: doença hepática gordurosa associada ao metabolismo (MAFLD). Esteatose caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado denominadas hepatócitos. Ela pode permanecer estável por muitos anos e até regredir, se suas causas forem controladas. Se não o forem, a doença pode evoluir para a esteatohepatite. Nessa fase a esteatose se associa à inflamação e morte celular, fibrose (cicatrização) e tem maior potencial de progressão, ao longo dos anos, para cirrose e para o carcinoma hepatocelular (CHC) ou câncer de fígado. SISTEMA DIGESTÓRIO FÍGADO – ESTERATOSE HEPÁTICA Na ausência de consumo importante de bebidas alcoólicas, os seguintes fatores estão muitas vezes presentes: Obesidade e sobrepeso com obesidade central Triglicerídeos elevados Glicemia acima do normal ou Diabetes Vírus da Hepatite C Medicamentos: amiodarona, corticosteroídes, estrógenos, tamoxifeno Toxinas ambientais: produtos químicos Esteróides anabolizantes Cirurgias abdominais: bypass jejuno-ileal, derivações bilio-digestivas SISTEMA DIGESTÓRIO FÍGADO – ESTERATOSE HEPÁTICA SISTEMA DIGESTÓRIO FÍGADO – ESTERATOSE HEPÁTICA Esteatose também ocorre em pessoas magras, podendo estar associada à alta ingesta de alimentos ricos em frutose e colesterol, bebidas alcóolicas, alguns medicamentos, perda rápida de peso (cirurgia bariátrica), desnutrição, nutrição parenteral total, doença celíaca, doença de Wilson, hemocromatose, ovários policísticos ou hipopituitarismo. NECROSE E APOPTOSE image1.png image2.png image3.gif image4.png image5.png image6.png image7.png image8.png image9.png image10.png image11.png image12.png image13.png image14.png image15.png image16.png image17.png image18.png image19.png image20.png image21.png image22.png image23.png image24.png image25.png image26.png image27.png image28.png image29.png image30.png image31.png image32.png image33.png image34.png image35.png image36.png image37.png image38.png image39.png image40.png image41.png image42.png image43.png image44.gif image45.png image46.png image47.png image48.png image49.png image50.gif image51.gif