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HISTÓRIA COMPILADO PROVA FINAL Imperialismo e Neocolonialismo Processos de Unificação Primeira Guerra Mundial Revolução Russa A Crise de 1929 Regimes Totalitários Segunda Guerra Mundial Guerra Fria HISTÓRIA IMPERIALISMO E NEOCOLONISALISMO Introdução Neocolonialismo da África Neocolonialismo da Ásia ▪ Introdução Como já vimos em geografia, ao longo da história, os europeus submetiam os demais povos, como os africanos e os asiáticos, a diversas práticas colonialistas com o pretexto de os levar à civilidade. Com a explosão da revolução industrial e do capitalismo monopolista, várias potências, como a França, Inglaterra, Alemanha, Itália, entre outras nações, interviram nessas regiões inferiorizadas, principalmente na África e na Ásia, com o intuito de suprir suas vontades império-capitalistas. Dentre elas, tem-se a procura por mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas, por mão de obra barata para as indústrias, colônias para instalar o excedente populacional e novas áreas para investimentos de capitais – muito acumulado com o modelo em série taylorista. Tais disputas agravaram os conflitos e estimularam o armamentismo – o que levou à criação de uma conjuntura tensa e propícia para o desencadeamento da 1ª Guerra Mundial, motivada pelas muitas divisões do continente africano e a impossibilidade de se conquistar novas áreas. Consequências HISTÓRIA PROCESSOS DE UNIFICAÇÃO Introdução Unificação Italiana Unificação Alemã ▪ Introdução Ambos os processos tardios de unificação, ocorridos entre as décadas de 60 e 70 do século XIX, tiveram como desdobramentos fatores que levaram o desencadeamento da 1ª Guerra Mundial. No caso da italiana, o reino de Piemonte-Sardenha, administrado por Cavour, conquistou regiões nortistas, enquanto Garibaldi conquistou regiões sulistas – permitindo a então unificação da Itália. No caso da alemã, as vitórias das tropas modernas prussianas, administradas por Bismarck, em três guerras que veremos adiante, permitiram a anexação de territórios e a unificação da Alemanha. Esses processos também contribuíram para romper com o equilíbrio europeu, estabelecido pelo Congresso de Viena, e redesenhar configuração geopolítica da Europa, que, nessa época, vivia uma onda nacionalista. Ambas nações formadas se inserirão na corrida imperialista para ocupação de territórios na África, o que desequilibrava os interesses de potências já construídas, como a França, nutrida pelo revanchismo contra a Prússia na guerra Franco-prussiana, e a Inglaterra, ao passo que aproximava nações recentes como a Alemanha, Itália e Áustria – mais tarde a Tríplice Aliança. Consequências HISTÓRIA 1ª GUERRA MUNDIAL Introdução Causas do conflito Principais batalhas ▪ Introdução Primeiramente, devemos entender as causas que desencadearam este primeiro conflito mundial → Imperialismo e colonialismo refletidos na busca por matérias primas e mercados consumidores (Principalmente após a partilha da África, uma das consequências da Conferência de Berlim) → Revanchismo francês pela perda de territórios para a Alemanha na Guerra Franco-Prussiana → Corrida imperialista da Alemanha, Itália e de outros países após seus processos de unificação → Investimento maciço dos países no desenvolvimento de armas (2ª Revolução Industrial) → Aumento na concorrência industrial, comercial e marítima entre Inglaterra e Alemanha → Ascensão dos ideais nacionalistas com a Primavera dos Povos (Revoluções Liberais) Antes da guerra, os europeus viviam um período de prosperidade socioeconômica, de otimismo no futuro, de avanços tecnológico e de relativa tranquilidade refletidos na chamada “Belle Époque” Os Balcãs, contudo, viviam em constantes conflitos pelos nacionalismos austríaco, sérvio e russo → Império Austro-húngaro ameaçado pelas manifestações separatistas de suas minorias étnicas → Sérvios queriam uma grande sérvia: incorporar povos eslavos que viviam em regiões austríacas → Russos tinham a missão de libertação dos eslavos do domínio dos turcos e austríacos Consequências HISTÓRIA Em 1914, ocorre o assassinato do herdeiro austríaco por um nacionalista sérvio, o que serviu como pretexto para o início dos conflitos da chamada grande guerra. Na Primeira Guerra, formam-se 2 tríplices: → Aliança: Inglaterra, Império Russo e França → Entente: Alemanha, Império Austríaco e Itália Posteriormente, Estados Unidos integram à Aliança E teremos 3 fases distintas: → Guerra de Movimento (1914) → Guerra de Trincheiras (1915 até 1917) → 2 Guerra de Movimento ou Fase Final (1918) ▪ Guerra de Movimento Tanques de guerra, encouraçados, submarinos e aviação foram artefatos bélicos de grande poder de destruição durante a guerra, que, nesse primeiro momento, foi marcada pelo posicionamento estratégico dos exércitos adversários visando garantir frentes de combate nos campos de batalha. Na Batalha do Marne, houve avanço dos alemães sobre as fronteiras francesas e rumo à capital; entretanto, esse confronto valeu-se de uma estratégia antiga de combate, marcado pelos ataques em cavalarias poucos eficientes, e estabeleceu a transição e adoção do mecanismo das trincheiras. ▪ Guerra de Trincheiras Esse momento marcou o posicionamento defensivo dos soldados em escavações com péssimas condições de sobrevivência: dormindo e acordando com os mortos, contraíram diversas doenças. Apesar das trincheiras terem metralhadoras e serem compostas por estacas e arames farpados, não se verificou conquistas de posições significativas para, apenas depois com tanques de guerra. As batalhas sangrentas de 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒖𝒎, 𝑺𝒐𝒎𝒎𝒆 e 𝑱𝒖𝒕𝒍𝒂𝒏𝒅𝒊𝒂 refletem bem esses anos da guerra. A Batalha naval de Jutlândia envolveu a Alemanha e a Inglaterra numa disputa no Mar do Norte → Confronto entre as marinhas alemã e britânica numa corrida para construção de encouraçados → Inglaterra barrava a passagem para o Atlântico da Alemanha, que visava expansão comercial → Então, Alemanha coloca em prática a guerra submarina irrestrita contra a esquadra inimiga Ameaçado então pela possibilidade de perda do mercado consumidor britânico e pela suposição do México estar se aliando à Alemanha, os EUA entram na guerra a fim de barrar os afundamentos dos navios britânicos pelos navios submarinos alemães e conter um possível ataque mexicano. Na verdade, essa batalha teve um resultado inconclusivo pela ocultação da informação de baixas em meio ao confronto: taticamente, os alemães venceram, mas, estrategicamente, os britânicos. ▪ Segunda Guerra de Movimento A entrada dos Estados Unidos na guerra e a eclosão da Revolução Russa marcaram essa fase. Embora o governo alemão insistisse na guerra, seus recursos já haviam se esgotado e a população estava cansada e com fome; assim, insatisfeitos, os alemães forçaram a abdicação do imperador e instalaram a República de Weimar, um governo provisório que assinou a rendição da Alemanha. Essa rendição foi estabelecida no Tratado de Versalhes, que culpou a Alemanha por todos danos da guerra e estabeleceu altas indenizações, concessão de várias terras e diminuição do exército. → Houve milhares de mortes pelo emprego de gases químicos, metralhadoras e tanques de guerra → As instabilidades política e sociais dos países favoreceu o surgimento de regimes totalitários → Criação da Liga dasnações visando discussões diplomáticas antes da declaração de guerras → Reconstrução do mapa da Europa e do Oriente Médio com o surgimento de novos países → Ascensão estadunidense: comercializaram armas e se tornaram credores das nações HISTÓRIA REVOLUÇÃO RUSSA Introdução Revoluções Guerra Civil ▪ Introdução Em primeiro momento, devemos entender as condições sociais, políticas e econômicas russas → Maioria da população vivendo no campo, pobre, com fome e sem acesso a terras → Viviam um regime de servidão devido ao sistema de produção semifeudal → Economia muito agrária, com poucas indústrias e poucos empregos → Eram submetidos à repressão do absolutismo de Nicolau II Descontentes com tais condições, um grupo de operários participou d’uma manifestação pacífica que pedia melhorias sociais, em frente ao palácio do czar – mas a guarda massacrou o movimento; o episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento e aumentou a impopularidade de Nicolau. Ainda em 1905, tem-se a derrota russa na guerra Russo-japonesa – o que culminou na concessão de terras para os japoneses e o aumento de impostos a fim de compensar os gastos do conflito. Em oposição ao governo, os trabalhadores criaram o Partido Operário Socialdemocrata Russo, que se fragmentou em outros dois pelas divergências no modo de como solucionar os problemas → Mencheviques (Minoria): liderados por Martov, defendiam chegar ao poder por vias normais e pacíficas, como as eleições, e uma transição agrária, seguida da capitalista e depois socialista. Governos Soviéticos HISTÓRIA → Bolcheviques (Maioria): liderados por Lenin, defendiam chegar ao poder por uma luta armada e uma transição direta da Rússia agrária para uma Rússia socialista, sem intermédios. Diante da insatisfação popular, Nicolau estabeleceu a 𝒅𝒖𝒎𝒂, um parlamento, e convocou eleições – mas, na prática, o governo ainda concentrava parte do poder, essa tinha uma atuação limitada e só serviu para o czar ganhar tempo contra as reações dos sovietes, uma assembleia de operários. Entrando no contexto da 1ªGM, como membro da Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia), o exército russo estava despreparado para o confronto e perdeu várias batalhas que culminaram com a perda de mais terras russas para a Alemanha e o agravamento das condições já existentes. Nicolau queria insistir na guerra e isso acelerou o processo revolucionário russo ▪ Revolução de Fevereiro de 1917 pelos Mencheviques → Abdicação de Nicolau II e instituição de um governo provisório → Estabelece anistia aos prisioneiros e exilados durante o governo absolutista Contudo, este governo não aderiu à reforma agrária e não tirou o país da 1ªGM, o que permitiu aos bolcheviques, liderados por Lenin e Trotsky, avançarem com seu exército vermelho ao poder ▪ Revolução de Outubro de 1917 pelos Bolcheviques → Uso do discurso de “𝒑𝒂𝒛, 𝒕𝒆𝒓𝒓𝒂 𝒆 𝒑𝒂𝒐” publicado nas teses de abril de Lenin Em outras palavras, a paz representava a saída imediata da guerra, o pão representava a solução do problema da fome, e a terra representava a necessidade de uma distribuição de terras no país → 𝑻𝒓𝒂𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑩𝒓𝒆𝒔𝒕 − 𝑳𝒊𝒕𝒐𝒗𝒔𝒌: saída da Rússia da 1ªGM e concessão de terras à Alemanha → Execução da reforma agrária, nacionalização de empresas e controle de fábricas pelos sovietes A fim de evitar qualquer tentativa de restauração monárquica, houve fuzilamento de Nicolau II e sua família – o que demonstrou a aproximação dos bolcheviques com a Revolução Francesa ▪ Guerra Civil O Exército Vermelho, dos bolcheviques, derrotou o Exército Branco, dos mencheviques, através do Comunismo de Guerra, uma política que redirecionou as produções nacionais para o combate. Após o término da guerra, a Rússia funda a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e adota o sistema do unipartidarismo, ou seja, o Partido Bolchevique se torna o Partido Comunista. ▪ Governo Lenin ✓ Nova Política Econômica (NEP) – “𝒖𝒎 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒓á𝒔, 𝒅𝒐𝒊𝒔 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒇𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆” Contrariando os princípios socialistas, usou medidas capitalistas para ascender a economia → Entrada de capitais estrangeiros e funcionamento de empresas pequenas privadas A morte de Lenin desencadeou uma disputa dentro da URSS pelo poder entre Trotsky e Stalin → Trotsky defende uma revolução permanente pautada na expansão do socialismo para o mundo → Stalin defende primeiro a consolidação do socialismo na URSS antes de sua expansão ▪ Totalitarismo Stalin → Perseguição severa aos opositores e censura dos meios de comunicação → Sociedade russa sofria forte repressão e falta de liberdade de expressão → Planos Quinquenais objetivavam o desenvolvimento de determinados setores durante 5 anos Com isso, Stalin focou na coletivização de terras cultiváveis e na expansão das industrias de bases, orientadas especialmente para o setor bélico, permitindo o fortalecimento do poder militar russo. É importante ressaltar que a Crise de 1929 praticamente se restringiu ao mundo capitalista, não afetando com tamanha proporção a autossuficiência e independência externa da União Soviética. HISTÓRIA A CRISE DE 1929 Introdução Crash da bolsa NY Governo Roosevelt ▪ Introdução Terminada a 1ª Guerra Mundial, os Estados Unidos viviam um momento de grande prosperidade socioeconômica, visto que eram quem fornecia os produtos industriais bélicos aos demais países durante as batalhas e quem também concedia os créditos para restruturação de tais no pós-guerra. Toda essa euforia estadunidense se refletiu no chamado “American Way of Life”, um estilo de vida marcado pelo aumento do consumismo, estimulando o mercado interno e a expansão industrial. Esse momento de otimismo se denominou “Loucos Anos Vinte” e contribuiu para a superprodução das empresas, que passaram a ser valorizadas e a vender parte de si em ações na bolsa de valores. Entretanto, em dado momento, a oferta dos produtos se tornou tão grande que a demanda acabou não acompanhando – o que acabou culminando na desvalorização do preço de mercado de tais. Essa pouca demanda ocorreu também devido à rápida reestruturação das economias europeias, que passaram a não depender mais tanto assim das exportações norte-americanas. Naquela época, o sistema vigente era o liberalismo e a mão invisível, que acreditava na capacidade de autorregulação da economia; assim, em vez das indústrias pararem as produções, continuaram. Como ponto agravante, o governo dos EUA iniciou uma política de combate à inflação econômica (aumento de preços) ao invés de combater uma crise de deflação econômica (queda de preços). Em outubro de 1929, milhões de investidores revenderam suas ações na bolsa de valores temendo que tais não valorizassem mais, mas isso desvalorizou tanto elas que a Bolsa de New York quebrou. Breves conclusões HISTÓRIA Esse crash de NY provocou um efeito em cadeia, derrubando as bolsas de diversos outros países, já que os EUA, principal concessor internacional de créditos, reivindicava os seus empréstimos. Em pânico, os investidores, que nos L𝑜𝑢𝑐𝑜 A𝑛𝑜𝑠 V𝑖𝑛𝑡𝑒 eram desde empresários a trabalhadores domésticos, tentaram sacar todos seus depósitos bancários – contudo, os próprios bancos estavam “quebrados” economicamente, já que eles também investiam os depósitos na bolsa de valores. Ou seja, a população nãotinha mais emprego com a falência das empresas, nem acesso ao próprio dinheiro e, consequentemente, não conseguia comprar produtos básicos, como comida; por causa disso, algumas pessoas não viam mais saída e cometiam suicídio (Período da Grande Depressão). ▪ Eleição de Roosevelt ✓ Plano econômico do “New Deal” → Intervenção do Estado na economia pelo controle da produção industrial e agrícola ✓ “Estado de bem-estar social” → Concessão de créditos a empresas, geração de empregos e elevação de salários → Assistências econômicas, aumento do consumo, movimentação de capitais → Investimentos em setores sociais, como saúde, educação e obras públicas Com essa política, o presidente americano conseguiu ascender o status econômico dos EUA, mas ainda sim a taxa de desempregados era grande; foi somente com o fim da 2ªGM que se conseguiu recuperar a prosperidade financeira que o país carregava no antigo estilo de vida americano. Em outras palavras, essa crise evidenciou o fracasso do liberalismo econômico como solução da crise capitalista e a necessidade de um intervencionismo moderado para regular a economia. HISTÓRIA REGIMES TOTALITÁRIOS Introdução Fascismo Nazismo ▪ Introdução Em primeiro lugar, devemos entender que o totalitarismo consistiu numa reação conservadora à democracia e ao liberalismo político econômico que entrou em crise no período entreguerras. Entre outros aspectos, esse sistema tinha como características marcantes um governo centrado, forte, unipartidarista, que restringe a oposição política e as liberdades individuais dos cidadãos. Os exemplos que veremos também contarão com um culto exacerbado ao líder, uso da propaganda de massa, sentimentos ultranacionalista, anticomunista e direitista, e forte repressão militarista. ▪ Fascismo italiano Nos primeiros momentos da 1ªGM, a Itália era aliada da Alemanha, mas acabou trocando de lado já que a Inglaterra prometeu ceder territórios ao final do conflito pelo 𝑻𝒓𝒂𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒅𝒆 𝑽𝒆𝒓𝒔𝒂𝒍𝒉𝒆𝒔. Entretanto, o determinado não foi cumprido e a Itália, além de estar destruída economicamente após a guerra, também contavam com a presença e o controle inglês em seu território. Assim, mergulhado numa crise, o país passou se tornou palco de diversos movimentos da extrema direita e da extrema esquerda a fim de que os problemas sociais fossem solucionados. Em 1919, formou-se um fascio (feixe) de combate liderado por Benito Mussolini com o propósito de expulsar os ingleses, tentar estabelecer uma ordem no país e definir sua identidade nacional. • Antissemitismo HISTÓRIA O movimento anticomunista tinha como membro os “camisas negras”, valeu-se de meios violentos para pregar o que acreditava, e, tomando maiores proporções, originou o Partido Nacional Fascista, que passou a agrupar nacionalistas, desempregados, contrarrevolucionários e ex-combatentes. Em 1922, ocorreu a “Marcha sobre Roma” em que os camisas negras se dirigiram à capital italiana e pressionaram o Estado, cujo rei Vitor Emanuel III convidou Mussolini para ser chefe de governo. Detendo plenos poderes, o líder fascista Mussolini instituiu seu regime totalitarista → Declara ilegais todos os demais partidos e restringe as liberdades individuais → Cria uma polícia encarregada pela repressão aos opositores políticos → Investe em propagandas para divulgar sua imagem e seus ideais Além disso, vale ressaltar que a Igreja tinha sua sede em Roma e não concordava com o fascismo – o que culminou na criação da cidade-estado independente do Vaticano pelo Tratado de Latrão, o mesmo que resolveu a Questão Romana vista no resumo sobre os processos de unificação. Entretanto seus ideais não se restringiram à Itália, sendo outras nações também influenciadas. ▪ Nazismo alemão Sem dúvidas, a Alemanha foi o país que mais sofreu com as determinações do Tratado de Versalhes que, em outras palavras, humilhou e a culpou por todos os danos causados nas nações envolvidas: → Pagamento de altas indenizações, cessão de muitos territórios, redução de seu exército militar Mergulhado em uma crise econômica, com muitos desempregos e hiperinflações, fome e miséria, o país, dotado de uma república parlamentarista, abrigou a insurgência de diversos partidos. Dentre eles, tinha-se o “Partido Nacional-socialista dos Trabalhadores Alemães” (NAZI), cujo líder, Adolf Hitler, com sua oratória, pregava o bem-estar da população e o fim do pagamento de dívidas. Posteriormente, foi incorporado ao partido a AS (Seções de Assalto) e as SS (Brigadas de Segurança), movimentos encarregados de perseguições aos opositores: judeus, esquerdistas e estrangeiros... Em 1923, os nazistas fracassaram num golpe de Estado em Munique e Adolf Hitler foi condenado à 5 anos de prisão – período em que escreveu seu livro, dotado de características marcantes e → Racistas: os alemães pertenciam a uma raça superior, a ariana, e que, sem se misturar a outras, deveria comandar o mundo e as demais deveriam ser extintas, como os judeus (antissemitismo) → Nacionalistas: necessita-se de uma revanche frente às humilhações sofridas pelo T. Versalhes e a Alemanha deveria se expandir e conquistar outros territórios (Teoria do Espaço Vital) Instalada a Crise de 1929, o descontentamento tomou conta da Alemanha e as camadas sociais e a burguesia, temerosa com o crescimento do “Partido Comunista Alemão”, começam a apoiar os discursos de Adolf Hitler sobre o reerguimento da economia alemã e plena garantia de empregos. Assim, com o aumentou da popularidade do Partido Nazista, eles conseguiram vencer as eleições e o presidente alemão Hindenburg convidou o líder nazista para ocupar o cargo de 1º ministro. No ano seguinte, o presidente morre e o parlamento fornece os poderes a Hitler, que instalou o 3º Reich, sangrento regime nazista sustentado pela AS, pela SS e pela Gestapo, uma polícia do Estado. Posteriormente, o incendeio nazista do parlamento serviu como pretexto para seu fechamento e cancelamento de eleições e dos demais partidos políticos. Além disso, atribuiu-se aos comunistas a culpa do crime, sendo severamente perseguidos, presos e mortos pelos guardas da Gestapo. Prosseguindo com suas práticas, Hitler promulga as “Leis de Nuremberg”, que, entre outros atos, reprimiu duramente os direitos civis dos judeus, e destruiu seus símbolos e sinagogas na chamada “Noite dos Cristais”, em alusão à quantidade de fragmentos de vidros encontrados no chão. Hitler também investiu na propaganda de massa e o ministro Goebbels ficou encarregado disso, retratando sempre o culto ao líder, a raça ariana como superior e as demais como impuras. HISTÓRIA Além disso, outras medidas marcaram seu regime → Investimento na educação pautada nos ideais nazistas → Criação de obras públicas e investimento na indústria bélica → Anexação da Áustria, Checoslováquia e Polônia (Origina 2ªGM) ▪ Teorias Raciais A eugenia se inspirou na teoria darwiniana da seleção natural, que estabelece a existência de raças de animais inferiores e superiores; assim, com o desenvolvimento da genética, tentou-se adaptar os seres humanos a esse pensamento a fim de “aperfeiçoar” a sociedade e espécie humanas. ▪ Holocausto Representou o extermínio em massa dos judeus nos campos de concentração da Alemanha, que eram locais para onde eram dirigidos os indivíduos considerados de “raça inferior” ▪ Segunda Guerra A Segunda Guerra Mundial representouuma disputa entre as pretensões imperialistas dos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França e URSS) e dos Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Com o intuito de conquistar territórios e se tornar a grande potência mundial, o conflito se inicia no momento em que os soldados nazistas invade a Polônia, região que lhes pertenciam antes da 1ªGM, e termina em com a morte de Hitler, no mesmo ano que os EUA lançou as bombas atômicas sobre o Japão. Crianças aprendendo os ideais nazistas de antissemitismo Perigo do contato com Judeus por serem “doentes” e disseminarem Judeu estereotipado conspirando com aliados britânicos, americanos e soviéticos HISTÓRIA 2ª GUERRA MUNDIAL Introdução Vitórias do Eixo Vitórias dos Aliados ▪ Introdução Primeiramente, devemos entender as causas que desencadearam este segundo conflito mundial → A vontade de revanchismo dos alemães e seu descontentamento com o Tratado de Versalhes → Os reflexos da Grande Depressão impulsionou os EUA a entrarem no conflito para sair da crise → Crescimento do nacionalismo econômico e aumento da disputa por mercados consumidores → A ascensão de regimes totalitários e a motivação do nazismo baseado na Teoria do Espaço Vital → A ascensão da URSS pela Revolução Russa e a aversão nazista alemã ao socialismo soviético Como mencionado, a Alemanha pretendia se expandir mundialmente e unir todos os arianos. Nações como Inglaterra e França, temendo a guerra, assinam o Acordo de Munique (1938) com a Alemanha, permitindo com que os Sudetos da Checoslováquia fossem anexados pelos alemães. De mesmo modo, a URSS assina com a Alemanha o Pacto Nazi-Soviético (1939), determinando a não-agressão entre as nações e a divisão do leste europeu em domínios alemão e soviético. No mesmo ano, os alemães invadem a Polônia com auxilio soviético para dividirem entre si, e a Inglaterra e a França, saturadas com as incursões excedentes da Alemanha, declararam a guerra. Com o desenrolar da Segunda Guerra Mundial, se formarão duas alianças: → Os Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Estados Unidos, Inglaterra, França e URSS) Consequências HISTÓRIA ▪ Vitórias do Eixo Essa primeira fase se caracterizou pelas conquistas da Alemanha através da estratégia Blitzkrieg pela força aérea alemã (Luftwaffe), que consistiu em bombardeios noturnos nos países alvos. Em 1940, os alemães dominam o norte francês com o intuito de estabelecer um ponto estratégico e avançar sobre a Inglaterra, e acabam firmando a França Colaboracionista, apoiadora do nazismo. No mesmo ano, Hitler ordenou um bombardeio à Inglaterra, mas a artilharia antiaérea britânica neutralizou os ataques e o governo deliberou invasões em solo alemão, enfraquecendo a Alemanha. Em 1941, Hitler invadiu a URSS, cujo Exército Vermelho Soviético conteve as tropas alemães. Em paralelo aos conflitos na Europa, as tensões no Oceano Pacífico aumentavam cada vez mais. Senhores, atenção ao voo histórico: antes da guerra, os EUA comerciavam produtos para o Japão. Entretanto, os americanos decretaram um embargo comercial aos japoneses após a aliança deste com os países do eixo e, como reposta, o Japão bombardeou a base naval americana de Pearl Harbor – esse bombardeio serviu como justificativa/pretexto para os EUA entrarem na Segunda Guerra. ▪ Vitórias dos Aliados É alterado o curso do conflito em 1942 com a Batalha de Stalingrado, em que a União Soviética resistiu aos avanços alemães e partiu para o contra-ataque rumo à Berlim, capital da Alemanha – a partir desta batalha, os países Aliados passaram a ter êxito em seus ataques nos confrontos. Em dado momento, Mussolini é destituído do governo italiano e assume o rei Vítor Emanuel III, que firmou acordos com os Aliados, mudou de lado do conflito e declarou guerra à Alemanha. No Dia “D” (1944), as tropas aliadas partem da Inglaterra em direção ao norte francês ocupado pelos alemães e desembarcam na Normandia, obrigando o exército nazista a recuar para Berlim. Essa operação na Itália contou com milhares de soldados e paraquedistas desembarcando nas praias normandas e recebeu esse nome pois foi o dia decisivo para iniciar a gradual derrota alemã. Resumindo, a Alemanha estava encurralada ocidentalmente e orientalmente pelas tropas aliadas e, em dado momento, ocorreria um choque entre o socialismo soviético e o capitalismo americano. Em 1945, o Exército Soviético liberta a Polônia, conquista Berlim e derrota o terceiro Reich. Apesar da guerra ter se encerrado na Europa, ainda continuava no Pacífico entre os EUA e Japão. Com isso, no mesmo ano, os americanos lançam bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki – dessa forma, a Segunda Guerra Mundial termina com a rendição alemã e, depois, com a japonesa. É importante ressaltar, que os Estados Unidos não queriam apenas render os japoneses com esse ataque, mas sim mostrar seu poder bélico aos soviéticos, que haviam rendido primeiro a Alemanha. HISTÓRIA ▪ Consequências → Causou morte de milhões de pessoas, principalmente dos judeus nos campos de concentração → Embora os países saíssem com seus territórios e economias destruídos, os Estados Unidos saiu da guerra lucrando e consolidando sua posição de Potência Mundial, já que esta nação não foi regionalmente atacada e, portanto, não precisou destinar recursos para sua reconstrução. → Além do surgimento de novos países, outros tiveram suas fronteiras redesenhadas e os países do leste europeu, libertados pela União Soviética, passam a sofrer influência socialista, ao passo que, os países ocupados pelos Estados Unidos, sofreram influência capitalista – “Guerra Fria” → A Alemanha passou por um processo de “desnazificação”, desmilitarização e desarmamento, e alguns oficiais alemães foram julgados no Tribunal de Nuremberg. Além disso, o país se dividiu em uma república democrática, de influência socialista, e em república federal, capitalista – motivando, portanto, a construção do Muro de Berlim, a expressão máxima do mundo bipolar → Os Estados Unidos através do Plano Marshall cederam créditos para reconstrução europeia → As cidades japonesas massacradas pelo ataque atômico também receberam apoio dos EUA → Surgimento da ONU: um instrumento diplomático entre as nações para se evitar novas guerras HISTÓRIA GUERRA FRIA Introdução Desdobramentos Principais conflitos ▪ Introdução Primeiramente, devemos entender que esta guerra foi um confronto cultural, político, tecnológico e militar, sem embates diretos (daí vem o nome) entre os Estados Unidos e a União Soviética. Essa disputa estava presente desde os embates militares até às olimpíadas, cinemas e jogos. Como vimos anteriormente, o desfecho da Segunda Guerra dividiu a Europa em duas vertentes ideológicas: os países ocidentais tinham influências capitalistas e os orientais tinham socialistas. Temendo que os países europeus em crise adotassem o capitalismo, o presidente dos EUA, Harry Truman instituiu sua doutrina e lançou o plano Marshall – ajuda econômica para Europa Ocidental. Como resposta, a União Soviética criou o Cominform, órgão encarregado de unir países europeus socialistas, e a Comecon, órgão que buscava ajudar economicamente os países da Europa Oriental. Em 1949, fundou-se a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que consistiu em umaaliança política e militar entre as potências capitalistas a fim de conter o avanço do comunismo. Como resposta, a União Soviética assina o Pacto de Varsóvia, que consistiu também numa aliança política e militar entre as potências socialistas a fim de conter a progressão do capitalismo. Em 1961, teve-se a construção do Muro de Berlim e a consequente divisão dessa cidade a fim de impedir a saída da população que deixava o lado socialista em busca de melhores condições de vida no lado capitalista – além disso, o muro também foi o símbolo máximo da bipolarização mundial. Desfecho & Consequências HISTÓRIA ▪ Desdobramentos As tensões internacionais aumentavam com a Crise dos Mísseis (1962), pois havia uma pretensão soviética de instalar bases e lançamento de mísseis em Cuba, o único país socialista da América. Em outras palavras, isso seria uma ameaça constante aos Estados Unidos, que estabeleceram um bloqueio naval sobre Cuba e propuseram acordo aos soviéticos: em troca de abandonarem a ideia, os americanos retirariam suas bases e mísseis da Turquia, um país capitalista do leste europeu. Além disso, tem-se a Corrida Armamentista, que consistiu no maciço investimento em pesquisas e construção de armamentos para demonstração do poder bélico, e Corrida Espacial, que consistiu numa disputa tecnológica para a conquista do espaço e para o desenvolvimento de armas de longo alcance, como os mísseis intercontinentais. Os soviéticos saíram na frente com os satélites Sputnik e foram os primeiros a estarem no espaço através de Gagarin e da cadela Laika, mas os americanos superaram e foram os primeiros a pisarem na Lua através de Neil Armstrong. ▪ Principais Conflitos Os conflitos que veremos foram usados pelos EUA e União Soviética para mostrarem o seu poder e as vantagens dos seus sistemas políticos para outros países; em vários momentos, por exemplo, os EUA justificam suas intervenções através da Doutrina Truman (suporte contra o comunismo). Como dito, os Estados Unidos e a URSS nunca se confrontaram diretamente, mas havia intensas interferências deles nesses conflitos dos países capitalistas e socialistas, vejamos os exemplos: A Guerra da Coreia remonta aos desfechos da Segunda Guerra, em que os soviéticos se instalaram ao norte da península coreana e os americanos ao sul, tendo como limite entre eles o paralelo 38; Apesar de ambas nações encerrarem suas ocupações no país, o contato com elas garantiu grande suporte econômico-militar aos líderes coreanos; assim, o líder da Coreia do Norte, juntamente com os soviéticos, invadiu a do Sul com o intuito de unificar os dois países, mas a ONU condenou esse ato e aprovou uma interferência estrangeira, comandada pelos EUA, para solucionar o conflito. Esse conflito é inacabado, pois anos depois foi assinada uma trégua, mas não um tratado de paz. A Guerra do Vietnã também remonta aos desfechos da Segunda Guerra, em que os vietnamitas se levantam contra o domínio francês em seu território e instauram a República do Vietnã do Norte, com um regime socialista apoiado pela URSS (Este conflito inicial se chamou de Guerra Indochina); anos depois convoca-se um plebiscito para unificar o país e, diante da possibilidade do socialismo ganhar, os EUA intervêm apoiando o Vietnã do Sul, iniciando-se, assim, um conflito que durou anos e que culminaria com a derrota estadunidense pelos vietcongues, guerrilheiros do Vietnã Norte. A Revolução Cubana remonta à Doutrina Monroe, em que os americanos ajudaram os cubanos a conquistarem sua independência contra os espanhóis e passaram a ter influência sobre o país. A partir disso, os EUA começaram a reivindicar territórios e a controlar a produção dos cubanos e o presidente Fulgêncio Batista, com apoio americano, instalou um regime corrupto e violento. No ano seguinte, os líderes revolucionários Fidel Castro e Che Guevara, apoiados pelos soviéticos, treinam guerrilheiros e iniciam os embates militares contra o exército do governo, que foi rendido na capital Havana. Além disso, esta revolução também implantou o regime socialista em Cuba. A Guerra do Afeganistão remonta às sucessivas disputas pela tomada do poder no Afeganistão; com a ascensão dos socialistas, várias reformas foram implantadas e diversas facções começaram a reagir contra o governo. Assim, a URSS oferece suporte militar para sustentar o governo afegão, ao passo que os Estados Unidos passam a treinar e armas os opositores, como Osama Bin Laden. Os soviéticos se retiram derrotados do Afeganistão em 1988 e as guerras civis continuam até hoje com a ascensão de grupos terroristas e fundamentalistas ao governo afegão, como os talibãs. HISTÓRIA ▪ Desfecho & Consequências A União Soviética estava passando por sérias dificuldades financeiras e não podia mais socorrer seus aliados socialistas. Assim, a Alemanha Oriental, imersa em problemas econômicos, anuncia a abertura das fronteiras: milhares de pessoas precipitadas se dirigem ao muro, que cai em 1989. Gorbachev, presidente da URSS, tenta remediar as dificuldades aplicando algumas medidas: → Perestroika: abertura da economia, redução do controle estatal, autonomia de empresas privadas → Plano político: adoção do multipartidarismo permite o crescimento de partidos liberais → Glasnost: maior liberdade de expressão e fim das censuras dos meios de comunicação → Plano Militar: encerramento da corrida armamentista para redução de gastos Em 1991, Gorbachev renuncia ao cargo, Yeltsin se elege como presidente e declara a Rússia como um país independente à URSS, influenciando os outros países socialistas em crise a romperem. Nesse contexto, a queda do Muro de Berlim representou a crise do socialismo e a fragmentação da União Soviética em Estados Independentes pôs fim às décadas de Guerra Fria. Uma vez acabada a bipolaridade do mundo, tem-se algumas consequências: → Expansão do capitalismo a todos os países do mundo, com a exceção da Coreia do Norte e Cuba → Separação das duas coreias e da Checoslováquia, Unificação da Alemanha, Guerra da Iugoslávia → Aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e ao fortalecimento de ameaças, como o terrorismo e o tráfico de drogas → Mudança dos objetivos da OTAN para combate ao terrorismo e ao narcotráfico → Fim do Pacto de Varsóvia e criação da CEI (Comunidade dos Estados Independentes) Guerra da Coreia Cachorra Laika Guerra do Vietnã Guerra do Afeganistão OTAN Agradeço a confiança de vocês em mim para monitoria desses dois anos, bons estudos!