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M4 Tratamento de Água e Efluentes na Indústria

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Unidade 4
Livro Didático 
Digital
Hannah de Oliveira Santos Bezerra
Tratamento da 
Água e Efluentes
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autor 
HANNAH DE OLIVEIRA SANTOS BEZERRA
Hannah de Oliveira Santos Bezerra 
Olá. Meu nome é Hannah de Oliveira Santos Bezerra. Sou doutora 
em Administração de empresas pela Universidad de Salamanca, Espanha. 
E atualmente faço parte de uma fundação de apoio à pesquisa. Minha 
experiência morando fora por sete anos me fez aprender não somente 
sobre Administração de empresas, mas também sobre idiomas, cultura, 
comidas, pessoas. Durante meu doutorado, pude realizar um curso sobre 
gestão ambiental no tratamento de águas, o que me permitiu adquirir 
conhecimentos suficientes para produzir este e-book. Sou apaixonada 
por transmitir conhecimentos e minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
A AUTORA
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Gerenciamento da água na indústria..........................................12
Gestão da água industrial.......................................................................................12
Números na gestão industrial ...........................................................................13
ISO 14046: 2014 sobre recursos hídricos..................................................14
Como economizar água na indústria.............................................................15
As 4 chaves para trabalhar no futuro...........................................................17
Tratamentos convencionais e emergentes das águas 
industriais................................................................................................20
Águas residuais industriais: necessidade e benefícios...............20
Tratamentos convencionais.................................................................................25
 Técnicas de oxidação direta.............................................................25
 Processos avançados de oxidação.............................................27
 Processos sem entrada de energia...........................................28
 Processos com aporte de energia..............................................30
 Processos com entrada de energia...........................................31
Amostragem de águas superficiais e efluentes....................33
Uso da água na indústria........................................................................................33
Procedência das águas residuais industriais........................................34
Tipos de águas residuais industriais............................................................35
Tipos genéricos de poluição de águas residuais..............................35
Classificação da indústria de acordo com desperdício.................37
 Indústrias com efluentes principalmente orgânicos:....37
 Indústrias com efluentes orgânicos e inorgânicos:......38
 Indústrias com efluentes, principalmente 
inorgânicos:........................................................................................................................38
 Indústrias com efluentes com matéria em 
suspensão:..........................................................................................................................38
 Indústrias com efluentes de refrigeração:............................38
 Métodos de classificação tratamento......................................39
Orientações a seguir no tratamento da água residual 
industrial...............................................................................................................................39
Resíduos sólidos nas indústrias.....................................................41
Resíduos Sólidos............................................................................................................41
 Gerador de resíduos.................................................................................41
Classificação de resíduos sólidos...................................................................41
Gestão de Resíduos Sólidos...............................................................................46
Tratamento da Água e Efluentes 9
UNIDADE
04
Tratamento da Água e Efluentes10
Como consta no primeiro relatório de Nações Unidas sobre o 
desenvolvimento de recursos hídricos do mundo, Água para todos, água 
para a vida (março de 2003), 59% do consumo total de água nos países 
afetados para uso industrial, 30% em consumo agrícola e 11% em consumo 
doméstico. Sendo assim, o tratamento de águas residuais industriais e sua 
reutilização posterior para múltiplos usos contribuem para um consumo 
sustentável da água e para a regeneração ambiental do domínio público 
hidráulico e marítimo e dos ecossistemas. Ao longo desta unidade 
vamos aprender sobre a importância do tratamento das águas residuais 
industriais e as técnicas utilizadas para realizar esse tratamento. Animado? 
Vamos nessa!
INTRODUÇÃO
Tratamento da Água e Efluentes 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
1. Aplicar os principais métodos de tratamento de águas industriais;
2. Analisar amostragens de águas superficiais e efluentes;
3. Discernir sobre tratamentos convencionais e emergentes das 
águas industriais;
4. Aplicar métodos de minimização da geração, do tratamento e da 
disposição de efluentes e resíduos industriais. 
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! 
OBJETIVOS
Tratamento da Água e Efluentes12
Gerenciamento da água na indústria
INTRODUÇÃO:
Nessa unidade, você conhecerá mais sobre como acontece 
a gestão da água industrial, alguns números relacionados 
a gestão da água no mundo e um pouco sobre o que 
diz a Organização Internacional de Normalização que 
regula sobre recursos hídricos. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 
Gestão da água industrial
Os setores industriais e agrícola monopolizam a maior parte 
da água consumida na sociedade hoje. Segundo o Plano Nacional 
de Resíduos Sólidos (MMA, 2012) no setor agrícola, mais de 60% da 
quantidade de água é desperdiçada devido a má gestão, infraestrutura 
ineficiente, más condições, etc. Por sua vez, na indústria, os problemas 
vêm de seu gerenciamento, uma vez que a maior parte da água utilizada 
é contaminada sem ser purificada ou purificada novamente. É grande a 
porcentagem de água desperdiçada, verdade?
Atualmente,estima-se que a agricultura consuma 70% e a indústria 
20% do consumo mundial de água. Infelizmente, as previsões apontam 
para um aumento nas necessidades de água da indústria. A UNESCO 
alerta no Programa Mundial de Recursos Hídricos que, se as medidas 
não forem tomadas a tempo, será muito difícil para o planeta enfrentar o 
déficit hídrico. em 40% nos próximos 15 anos. A ONU insiste que a água e 
as águas residuais são extremamente importantes para alcançar muitos 
dos objetivos do desenvolvimento sustentável (AGÊNCIA NACIONAL DE 
ÁGUAS E SANEAMENTO BÁSICO, 2019). 
A gestão da água nas organizações continua a ser realizada de 
maneira insustentável em grande parte do mundo. Um aspecto importante 
a ser levado em consideração nesse aspecto é o uso indevido das 
explorações de águas subterrâneas. Hoje, praticamente todos os países 
adotam práticas abusivas de gestão da água. As principais razões para 
essas más práticas se devem, principalmente, aos fatores como: irrigação 
Tratamento da Água e Efluentes 13
intensiva da terra, descargas, pesticidas, produtos químicos nos cursos 
d’água e falta de tratamento de águas residuais.
Números na gestão industrial 
Na maioria das empresas industriais, a água é usada, em maior 
ou menor grau. É muito difícil encontrar uma indústria que atualmente 
não funcione com água. O volume utilizado constitui entre 10% e 20%. 
No entanto, essas atividades exercem grande pressão sobre todos os 
recursos hídricos, não tanto no consumo, mas nos impactos ambientais 
decorrentes dessas atividades, como derramamentos e poluição. 
Interessante, não é?
Além disso, a produção industrial continua a crescer, e paralelamente 
a isso, o mesmo ocorre com o consumo de água para essas práticas. 
Embora os níveis de consumo nos países em desenvolvimento estejam 
começando a se estabilizar e mesmo em alguns tenham começado a 
declinar, esses casos ainda são muito poucos. Logicamente, atualmente, 
a indústria é um setor muito importante no desenvolvimento dos países, 
uma vez que desempenha um papel fundamental em seu progresso 
econômico. No entanto, a necessidade de maximizar os resultados 
econômicos deixou de levar em consideração a proteção ambiental em 
seus processos e planejamento. 
Diante disso, é interessante saber alguns dados, como os seguintes 
elencados pelo Instituto Trata Brasil (2012), que nos mostram esse aspecto:
 • Investimentos em água potável e efluente contribuem 
para o crescimento econômico. Segundo cálculos 
da Organização Mundial da Saúde, para cada dólar 
investido são recuperados entre 3 e 30 dólares de lucro, 
dependendo do País. 
 • A África é o continente que experimenta a maior perda 
econômica causada pela falta de água para consumo. 
Isso equivale a aproximadamente 30 bilhões de dólares, 
equivalente a 5% do PIB.
Tratamento da Água e Efluentes14
 • Fatores demográficos e aumento da demanda de consumo 
devido à maior renda per capita são fatores responsáveis 
pela pressão sobre os recursos hídricos.
 • A demanda de energia aumenta da mesma maneira que 
a demanda de água. A bioenergia pode ter um grande 
impacto na qualidade e no acesso à água.
 • Como já mencionado, o principal consumidor de água para 
consumo é o setor agropecuário. Mais de 70% da retirada 
de água é destinada à irrigação. Essa atividade produtiva 
pode ser limitada com a escassez de água, afetando 
diretamente a produção de alimentos, com efeito direto 
nos preços.
Muitos desses pontos você já deve ter visto no capítulo sobre 
gestão da água desse e-book, e é sempre bom recapitular esse tipo de 
informação.
ISO 14046: 2014 sobre recursos hídricos
A Organização Internacional de Normalização (ISO) aprovou em 
2015 a norma ISO 14046: 2014 que específica os princípios, requisitos 
e diretrizes relacionados à avaliação da pegada hídrica de produtos, 
processos e organizações com base na avaliação do ciclo de vida. 
O principal objetivo desta ISO é avaliar os impactos ambientais das 
atividades das organizações na água, favorecendo a melhoria na gestão 
desse recurso escasso.
Somente as emissões do ar e do solo que afetam a qualidade da 
água estão incluídas na sua avaliação e nem todas as emissões do ar e 
do solo estão incluídas. O valor resultante de uma avaliação da pegada 
hídrica é um valor único ou um perfil dos resultados do indicador de 
impacto.
Tratamento da Água e Efluentes 15
Observe que a ISO 14046: 2014 fornece princípios, requisitos e 
diretrizes para conduzir e relatar uma avaliação da pegada hídrica como 
uma avaliação independente ou como parte de uma avaliação ambiental 
mais abrangente. Portanto, se o que uma empresa deseja é certificar um 
regulamento mais geral, é recomendável que seja feito através da ISO 
14001.
Como economizar água na indústria
Com o avanço da tecnologia e maior atenção assuntos relacionados 
à economia de água nas indústrias, surgiram alternativas variadas que 
podem ajudar. Com alguns ajustes nos equipamentos e estrutura do local 
ou mudanças de hábito e comportamento, a redução no consumo de 
água pode ser até maior que o esperado. Vejamos a seguir algumas das 
soluções, elencadas pelo Instituto Trata Brasil (2014) que podem surgir 
efeito a curto e longo prazo:
 • Informar o pessoal da empresa sobre as medidas que 
foram executadas sobre a redução do consumo de água, 
tanto em processos industriais quanto na instalação 
sanitária.
 • Como a eficiência desses dispositivos está ligada ao 
conhecimento e uso dos usuários, é necessário um 
trabalho intensivo de treinamento pessoal.
 • Incentivo a equipe a adotar hábitos responsáveis ao usar 
a água.
 • Vigilância de gastos colocando medidores nos principais 
pontos de consumo.
VOCÊ SABIA?
A ISO 14046 faz parte da família de normas ISO 14000, 
desenvolvida para simplificar nas organizações a tarefa de 
implementar um Sistema de Gerenciamento Ambiental.
Tratamento da Água e Efluentes16
Figura 1 – Manutenção do equipamento de bomba de água do compensador
 Fonte: Freepik
 • Substituição de equipamentos de refrigeração de água 
em circuito aberto pelos de arrefecimento do ar ou, pelo 
menos, com água em circulação.
 • Uso de sistemas de lavagem eficientes.
 • Uso de dispensadores automáticos para reduzir a 
quantidade de substâncias adicionadas à água, como 
detergentes.
 • Escolha, instalação e manutenção corretas do 
equipamento refrigeração e aquecimento das instalações.
 • Melhoria dos procedimentos de tratamento de águas 
residuais, reciclagem até alguns resíduos a serem 
regenerados como matéria-prima e reciclagem água 
purificada no processo.
 • Escolhendo uma tecnologia eficiente em serviços para o 
uso de pessoal permite a sua consciência.
Tratamento da Água e Efluentes 17
 • Em cozinhas e lanchonetes, onde é feito uso intenso 
por uma grande quantidade horas por dia, a escolha de 
aparelhos eficientes (máquinas de lavar, máquinas de 
lavar louça, máquinas de café e máquinas de gelo) pode 
significar uma redução de consumo.
 • Com a ajuda do recibo, segue-se a evolução do consumo 
de água ao longo do tempo para detectar vazamentos, 
falhas ou picos de consumo.
 • Verifique a instalação que consome água e coloque 
os medidores independente em diferentes pontos do 
processo de produção.
 • Calcular e seguir as proporções específicas de água (por 
produto, por funcionário, etc.).
 • Utiliza circuitos fechados para a água, realizando uma 
análise e caracterização dos diferentes efluentes e os 
possíveis usos dessa água.
 • Algumas empresas realizam uma purificação parcial das 
águas (decantação, recuperação de matérias-primas, 
filtragem, redução de volume).
 • Realizar um projeto adequado do jardim, com técnicas de 
xero-jardinagem, valorizando sua localização e orientação, 
a escolha de espécies nativas e as técnicas de irrigação 
eficiente (gotejamento, exsudação, etc.).
Mesmo que não pareça, pequenas alterações podem trazer 
grandes economiasno final do mês, da mesma forma que mudanças de 
grande nível. 
As 4 chaves para trabalhar no futuro
Além das pequenas alterações dentro das indústrias para garantir 
a economia da água, alguns autores e instituições alegam para questões 
importantes sobre o gerenciamento da água. Vamos ver a seguir quatro 
Tratamento da Água e Efluentes18
pontos importantes, elencados pelo Instituto Trata Brasil (2016) que 
podem ser trabalhados no futuro. Animado?
1. Tratamento correto de águas residuais
Um tratamento de águas residuais deve estar em conformidade 
com os regulamentos relativos à sua purificação para evitar danos ao meio 
ambiente, mas também hoje é importante realizar esses processos da 
maneira mais eficiente possível. Nesse sentido, os avanços tecnológicos 
são essenciais, pois permitirão gastar menos com o tratamento e, em 
alguns casos, até recuperar essa água tratada para reutilização.
2. Aproveitando a reutilização da água
Como comentamos no ponto anterior, grande parte do segredo da 
economia de água está em sua reutilização; portanto, a indústria deve 
avançar nesse sentido para encontrar planos de gerenciamento de água 
nos quais o gerenciamento integrado de recursos é realizado, encontrar 
fórmulas para o melhor uso. Atualmente, a reutilização da água geralmente 
está mais relacionada às áreas de serviço público, mas já existem muitos 
setores, como os têxteis, que estão avançando nesse sentido.
3. Compromisso com o consumo sustentável global
Indústria e Agricultura têm a água como um dos seus recursos 
básicos. Além disso, no caso da indústria, muitos de seus produtos 
envolvem o uso de água em algumas fases de seu consumo; portanto, 
o objetivo deve se reduzir o consumo na própria produção e reduzir o 
consumo no uso de seus produtos é por isso que é importante olhar 
globalmente, vinculando o gerenciamento da água à visão estratégica da 
empresa.
4. Investimento em avanços tecnológicos
Todos sabemos que o gerenciamento da água é um processo 
intimamente ligado à tecnologia e, diante de um desafio como o 
apresentado a nós no futuro, é essencial recorrer a avanços tecnológicos 
para atender às demandas futuras que a sociedade exigirá de nós no 
futuro. Esse campo afeta praticamente todas as áreas de gerenciamento 
de água, desde o tratamento de resíduos até o próprio abastecimento. 
Tratamento da Água e Efluentes 19
Portanto, o investimento adequado nesse sentido se torna essencial para 
alcançar a sustentabilidade desejada.
Deu para notar que são quatro pontos considerados importantes no 
futuro que estar por vir e que devem ser levados em consideração pelos 
gerentes industriais e stakeholders das organizações industriais. 
RESUMINDO:
Nesse capítulo vimos a importância de se estudar sobre 
a gestão da água nas indústrias, visto que os setores 
industrial e agrícola monopolizam a maior parte da água 
consumida na sociedade hoje. Também aprendemos sobre 
a ISO 14046: 2014 que especifica os princípios, requisitos e 
diretrizes relacionados à avaliação da pegada hídrica de 
produtos, processos e organizações com base na avaliação 
do ciclo de vida. Algumas formas de economizar ou evitar 
os desperdícios nas indústrias e também elencamos 
quatro pontos a serem considerados futuramente, sendo 
eles: Tratamento correto de águas residuais, Aproveitando 
a reutilização da água, Compromisso com o consumo 
sustentável global, Investimento em avanços tecnológicos. 
Espero que você tenha aprendido muito nesse capítulo, 
e esteja preparado para adquirir mais conhecimento no 
próximo!
Tratamento da Água e Efluentes20
Tratamentos convencionais e emergentes 
das águas industriais 
INTRODUÇÃO:
O principal objetivo desse capítulo é discernir sobre 
tratamentos convencionais e emergentes das águas 
industriais. Para isso, trouxemos a definição de águas 
residuais Preparado para embarcar nesse mundo? Vamos 
lá!
Águas residuais industriais: necessidade e 
benefícios 
As águas residuais industriais são geradas como consequência da 
atividade industrial. A diversidade de águas residuais industriais pode ser 
muito grande (água de processo, limpeza, refrigeração, etc.), pois pode 
conter poluentes de natureza muito diferente.
DEFINIÇÃO:
Águas residuais industriais. Solos residuais coloridos 
gerados em nos processos industriais. Poses específicas, 
dependentes do tipo de indústria. Resultado do projeto 
de um processo produtivo, incluindo as atividades 
mineiras, agrícola, energética, agroindustrial, entre outras 
(MENDONÇA, 2000).
A maioria dos processos industriais usa a água de uma maneira 
ou de outra. Essa água, depois de usada, deve ser tratada antes de ser 
descartada, independentemente de ser devolvida ao ambiente natural ou 
de ser descarregada na rede de saneamento.
No primeiro caso, o tratamento deve ser suficiente para que a 
descarga não cause nenhum impacto ambiental no ambiente receptor; 
e se for descartada na rede pública de saneamento, a composição das 
Tratamento da Água e Efluentes 21
águas residuais deve obedecer a todos os parâmetros físicos e químicos 
dos regulamentos atuais. Existe uma terceira opção para águas residuais 
industriais já purificadas: reutilização.
Como a água é um recurso natural que não deve ser desperdiçado, 
a alternativa mais sustentável consiste em tratar as águas residuais até 
que sua qualidade seja compatível com a sua reutilização no processo. 
Os regulamentos ambientais cada vez mais exigentes levam à reutilização 
em muitos casos, sendo a opção mais competitiva.
IMPORTANTE:
Quando uma descarga zero não é possível, aplicamos 
os tratamentos necessários para adaptá-la aos limites de 
descarga estabelecidos por lei, a fim de evitar sanções ou 
outras consequências de graves repercussões econômicas, 
sociais e de perda de imagem.
O tratamento de águas residuais industriais, além de permitir o 
cumprimento da legislação ambiental vigente, oferece grande valor 
agregado para as empresas responsáveis e conscientes do meio ambiente.
Barceló et al. (2011) afirma que os poluentes emergentes podem ser 
classificados como:
Verdadeiramente novos, como:
 • Medicamentos ou pesticidas de nova geração;
 • Arseneto de gálio;
Substâncias já presentes no meio ambiente, mas que foram 
detectados recentemente por:
 • Avanços na análise química (sensibilidade dos métodos 
de análise, capacidade de detectar outros compostos 
além do alvo, etc.);
 • Análise de materiais nos quais não era “procurado” 
anteriormente, como comida.
Os principais grupos a que pertencem estes compostos são:
Tratamento da Água e Efluentes22
1. Fármacos (analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos, 
etc.);
Figura 2 – Rota de circulação de fármacos no ambiente
Fonte: Monteiro et al. (2001); Petrovic et al. 2003; Copel (2015)
Eles são lançados no ambiente a partir de várias rotas, e uma 
vez presentes nos corpos hídricos podem aparecer em pequenas 
concentrações na água tratada (potável). Isto acontece porque as estações 
de tratamento de efluentes e de água não conseguem remover de forma 
eficiente estas substâncias.
A figura 2 ilustra as possíveis rotas, de um grupo destes compostos, 
os fármacos, no ambiente. Os fármacos têm se apresentado como 
poluentes de difícil remoção em efluentes e águas, e são consumidos tanto 
Tratamento da Água e Efluentes 23
pelos seres humanos quanto por animais através dos usos veterinários, 
em quantidades significativas. 
Os medicamentos ingeridos por via oral ou parenteral sofrem 
reações químicas no organismo e são excretados através da urina e das 
fezes. A eliminação pode ser feita por compostos livres, conjugados ou 
através de seus metabólitos. Eles podem ser:
2. Produtos de cuidado pessoal (fragrâncias, etc.); 
3. Produtos químicos industriais (bisfenol-A, alquilfenóis,etc.), 
bem como seus produtos de degradação e metabólitos 
(Barceló, 2011).
Quadro 1 – Classificação das substâncias farmacêuticas 
Classe de substâncias ExemplosFármacos
Antibióticos
Analgésicos e drogas
Drogas psiquiátricas
Reguladoras lipídicos
-bloqueadores
Contrastes (raio X) 
Trimetropim, eritromicina, 
lincomicina, sufametazona
Codeína, ibuprofeno, 
acetaminofeno, ácido 
acetilsalicílico, diclofenaco, 
fenoprofeno
Diazepan 
Bezafibrato, ácido clofibrico, ácido 
fenofibrico
Metoprolol, propanolol, timolol
Iopromide, iopamidol, diatrizoate 
Esteróis e hormônicos 
(contraceptivos)
Estradiol, estrona, estriol, 
dietilestilbestrol.
Produtos de uso pessoal
Fragrâncias
Agentes de protetor solar
Repelentes
Nitropolicíclicos e macrociclicos
Benzofenona, cânfora 
metilbenzilideno
N.N-dietiloluarnida.
Tratamento da Água e Efluentes24
Antissépticos Triclosan, clorofeno.
Surfactantes
Alquílfenol etoxilados, alquilfenóis, 
alquilfenol carboxilados
Retardantes de chamas
Difenil éteres polibromados 
PBDEs, tetrabrmo, bisfenol A, Tris 
(2-cloroetilfosfato)
Agentes e aditivos industriais
Agentes quelantes (EDTA), 
sulfonatos aromáticos.
Aditivos de gasolina
dialquiléteres, metil t-butil éter 
(MTBE).
Produtos de desinfecção
Iodo THMs, bromoácidos, 
bromoacetonitrilas, 
bromoaldeoidos, bromatos, NDMA.
Fonte: Adaptado de Petrovic et al. (2003).
Como pôde ser visto, são várias as substâncias consideradas 
farmacêuticas, e mais uma vez atentamos para a importância de saber 
sobre elas, porque muitas vezes, mesmo sem ser uma organização 
industrial, descartamos, de forma incorreta, muitas dessas substâncias 
sem saber os danos que estes podem causar ao meio ambiente.
Tratamento da Água e Efluentes 25
Tratamentos convencionais
Os tratamentos convencionais são procedimentos que permitem 
a remoção de contaminantes que não podem ser eliminados através 
de tratamentos convencionais. Eles pertencem ao nível terciário de 
purificação.
Eles podem ser classificados em dois grandes grupos, dependendo 
do princípio em que se baseiam:
1. Produtos químicos: Através de reações químicas, 
fundamentalmente oxidação, a natureza química 
do contaminante é alterada para transformá-lo 
em uma substância inofensiva ou que pode ser 
facilmente removido por tratamentos convencionais.
2. Físico: A estrutura química do contaminante não é 
modificada, mas é eliminado por meio de técnicas como 
filtragem (principalmente com membranas), adsorção ou 
troca iônicas, que retêm e separam da água.
Os processos de oxidação eletroquímica podem ser divididos em 
duas categorias: oxidação direta e oxidação indireta. Vejamos o conceito e 
classificação dessas categorias a seguir:
Técnicas de oxidação direta 
Na oxidação direta, existe a transferência de elétrons do eletrodo 
para o composto a ser oxidado. Vejamos a seguir quais os tipos de 
oxidação direta existente.
a. Incineração 
1. Consiste em oxidação térmica na presença de oxigênio 
(ou seja, em combustão) do contaminante da fase gasosa.
2. É útil apenas quando se trata de pequenos fluxos de água 
residual e também a concentração do poluente a remover 
é alto (por exemplo, lodo de alto conteúdo em sólidos).
Tratamento da Água e Efluentes26
3. Caso contrário, será necessário secar anteriormente 
o resíduo, use combustível auxiliar ou ambos.
b. Oxidação não catalítica em úmido Método não catalítico 
(Wet Air Oxidação):
1. Esta é a oxidação da matéria orgânica na fase líquida 
usando ar ou oxigênio disperso (borbulhante) na água 
residual.
2. A química do processo é parcialmente radical, mas 
apesar da não é considerado um processo avançado de 
oxidação, porque as condições não favorecem a referida 
via oxidativa.
3. É realizado em altas temperaturas e pressões (até 350ºC e 
200 bar) e seu rendimento é de 75 a 90% do COD.
4. Os primeiros desenvolvimentos da WAO foram usados na 
indústria cesto de lixo (patente 1915), mas seu maior impulso 
foi o Processo ZIMPRO, implementado comercialmente na 
década de 1960.
5. Eles são adequados para o tratamento de efluentes com 
DBO elevado (acima de 5000 mg / L).
c. Oxidação Método catalítico de oxidação úmida (Catalítico 
Catalítico Oxidação por ar úmido):
1. Ao contrário da WAO, ela usa catalisadores (geralmente 
metais ou óxidos metálicos suportado).
2. Permite obter uma mineralização mais completa, até 99% 
de COD e sob mais condições pressão moderada (15 - 50 
bar) e temperatura (120-250 ° C).
3. O CWAO tem sido usado com catalisadores homogêneo, 
como Fe2 + ou sais de cobre. Processos catalisadores 
heterogêneos foram desenvolvidos por Dupont (1950) 
e várias empresas Japonesas (ARAÚJO ET AL. 2016; 
MENDONÇA.
Tratamento da Água e Efluentes 27
Veremos a seguir os outros tipos de processos de oxidação, os 
considerados avançados.
Processos avançados de oxidação
As características gerais dos processos avançados de oxidação são 
as seguintes (ARAÚJO ET AL. 2016; MENDONÇA, 2000). 
1. A alta reatividade do radical hidroxila os torna técnicos não 
muito seletivo, mas isso pode até ser uma vantagem para 
o tratamento de efluentes industriais.
2. Estes são processos normalmente caros, devido ao custo 
de reagentes (O3, H2O2) e, em alguns casos, energia 
necessário, por isso é necessário usá-los em conjunto 
com outros métodos, como adsorção ou tratamentos 
biológicos, para torná-los viáveis.
3. Eles são especialmente indicados para COD abaixo de 
5000 ppm, pois para valores mais altos o alto consumo 
de reagentes tornam os métodos de oxidação mais 
interessantes diretos em piso molhado.
4. A aplicação industrial de POAs ainda é encontrada, na 
maioria dos casos, na fase de desenvolvimento pré-
comercial. A maior parte dos processos implementados 
no nível comercial utiliza ozônio, peróxido de hidrogênio 
ou radiação UV.
5. Processos que não requerem contribuição energia direta.
6. Processos que precisam de entrada energia direta para 
obter a remoção de matéria orgânica.
Esta contribuição é feita através de Radiação UV, ultrassom ou 
eletricidade (ARAÚJO et al., 2016; MENDONÇA, 2000).
Tratamento da Água e Efluentes28
Processos sem entrada de energia
Como já mencionamos sobre os processos de oxidação direta e 
avançada, veremos a seguir os processos que não requerem a entrada 
de energia para acontecerem (ARAÚJO ET AL. 2016; MENDONÇA, 2000). 
Preparado? 
a. Ozonização em condições alcalinas:
1. Estas condições são ideais para favorecer a reação de 
oxidação por via radical, que é 106 a 109 vezes mais rápido 
que a oxidação direta pelo ozônio.
2. Dada a baixa estabilidade do ozônio, é necessário gerá-lo 
“in situ”, o que aumenta o custo dos processos de oxidação 
do ozônio.
Além disso, os ânions carbonato e bicarbonato, presentes nas 
águas naturais, eles podem neutralizar os radicais.
3. Todo sistema de ozonização consiste em:
 • Fornecimento de gás;
 • Gerador de ozônio;
 • Contator água-ozônio;
 • Sistema de destruição de ozônio sem reação.
b. Ozonização com peróxido de hidróxido de hidrogênio:
Neste caso, a reação é usada entre O3 e H2O2 para a formação de 
radicais hidroxila:
2O3 + H2O2→2HO + 3 O2
A dose de H2O2 deve ser especificada através de experiências 
anteriores.
c. Oxidação com peróxido de hidróxido de hidrogênio e 
catalisador (processo de Fenton) 
Tratamento da Água e Efluentes 29
1. Esses métodos aproveitam a reação entre H2O2 e o cátion 
ferroso (Fe2+) para formar radicais hidroxila.
2. A regeneração do ferro na forma ferrosa é normalmente 
produzida pela reação.
d. Processo de Fenton:
3. A velocidade da geração radical depende da concentração 
de ferro (II), pois é sua reação com H2O2, que determina 
sua formação.
4. Desvantagens da técnica: Os produtos da reação, como 
ácidos orgânicos, removam Fe2+ do ciclo catalítico; Possui 
alta sensibilidade ao pH, sendo o intervalo ideal está entre 
3 e 6; requer remoção subsequente do catalisador, que 
pode ser feito por floculação com limão.
5. É adequado como pré-tratamento ao carregar O conteúdo 
orgânico da água é superior a 500 ppm de COD.
6. Você pode eliminar80% do COD inicial.
e. Ozonização catalítica n catalítica heterogênea:
1. Use metais ou óxidos metálicos como catalisadores 
sistemas ou carvão ativado granular suportado 
mesoporoso.
2. O catalisador ajuda a decompor o ozônio, e, portanto, para 
a geração de radicais.
3. O carvão ativado é especialmente indicado em sistemas 
com contaminantes complexos e diluídos, como 
pesticidas.
4. Os resultados obtidos com este sistema são mais 
satisfatórios que o ozônio alcalino (ARAÚJO ET AL. 2016; 
MENDONÇA, 2000).
Tratamento da Água e Efluentes30
Muito interessante poder saber a definição e as características da 
ozonização em condições alcalinas. A seguir veremos os processos de 
tratamento que requerem aporte de energia.
Processos com aporte de energia
Nessa seção, veremos alguns processos que não requerem 
aporte de energia, como a radiação ultravioleta, ultrassom e métodos 
eletroquímicos (ARAÚJO ET AL. 2016; MENDONÇA, 2000). Pronto para 
adquirir mais conhecimento?
a. Radiação ultravioleta:
1. A foto-oxidação direta só é possível com substâncias que 
possuem absorvência a esses comprimentos de onda 
e geralmente forma misturas produtos intermediários 
complexos. Por que geralmente acompanhar com outros 
oxidantes que ajudam a melhorar a processo, já que o 
ozônio e o peróxido hidrogênio, absorve a radiação UV e 
forma radicais.
2. Combinações possíveis: O3 + UV, H2O2 + UV, O3 + H2O2 + 
UV ou Fe2 ++ H2O2 + UV (Foto-Fenton). 
3. Em relação ao processo Photo-Fenton, a radiação UV 
contribui para acelerar bastante a velocidade de processo 
convencional de Fenton, promovendo regeneração da 
forma reduzida de ferro.
b. Ultrassom: 
1. A aplicação do ultrassom causa a formação de bolhas de 
cavitação, que crescem, liberando muita energia.
2. Dentro dessas bolhas, as condições podem muito 
extremo (5000ºC e 1000 bar), o que significa que pode 
causar ruptura homolítica da molécula água, liberando os 
radicais OH • e H •.
Tratamento da Água e Efluentes 31
3. Eles funcionam melhor se houver moléculas que se 
formam facilmente radicais no meio, como ozônio ou 
peróxido de hidrogênio.
4. A maior desvantagem dessas técnicas é a alta custo 
de geração de ultrassom. Se encontram ainda em 
desenvolvimento.
c. Métodos eletroquímicos:
1. Eles usam energia elétrica para romper os laços do 
moléculas. As reações de oxidação da matéria orgânico 
ocorre nos eletrodos, onde além radicais são formados 
que contribuem para os processos de oxidação.
2. No ânodo, a alta concentração de água favorece 
decomposição, acima da própria matéria orgânica. No 
cátodo, no entanto, produz peróxido de hidrogênio a partir 
de oxigênio dissolvido em água.
3. Fe2+ Ás vezes é incorporado para aumentar a capacidade 
oxidante de H2O2 (processo Electro-Fenton).
4. Eles também são de alto custo e também se a água não é 
condutiva, forçaria a adicionar sais.
Veremos a seguir as características dos processos que requerem 
entrada de energia. Preparado? Vamos lá!
Processos com entrada de energia
E a ultima parte dos processos de tratamento são os processos 
que requerem entrada de energia. Veremos as características desses 
processos a seguir: 
1. Sólidos são semicondutores, que gostam absorver 
radiação eletromagnético, gerando altas lacunas 
eletrônicas poder oxidante em sua superfície.
Tratamento da Água e Efluentes32
2. Eles podem oxidar tanta matéria presente orgânico, quanto 
à própria água, gerando radicais que também contribuem 
para a oxidação do primeiro.
3. O principal fotocatalisador usado é o dióxido de titânio 
(TiO2), que pode ser ativado pela radiação solar. Os 
melhores resultados são obtidos em pH levemente ácido 
e combinação com outros geradores de hidroxila, como 
ozônio ou peróxido de hidrogênio (ARAÚJO et al., 2016; 
MENDONÇA, 2000).
Depois de ter visto todos esses processos, concluímos que os 
avanços das tecnologias alternativas para a remediação de efluentes, 
dentre elas os processos oxidativos avançados, vêm contribuindo para o 
desenvolvimento do controle da poluição ambiental. E acredito que cada 
vez mais surjam novas alternativas para tornar o tratamento de efluentes 
industriais cada vez mais eficiente. Gostou do conteúdo visto até aqui? No 
próximo capítulo tem mais!
RESUMINDO:
Nesse capítulo apresentamos o conceito de águas 
residuais industriais e aprendemos que o tratamento de 
águas residuais industriais, além de permitir o cumprimento 
da legislação ambiental vigente, oferece grande valor 
agregado para as empresas responsáveis e conscientes 
do meio ambiente. Vimos que o tratamento das águas 
industriais pode acontecer de duas formas, através de 
produtos químicos - reações químicas, fundamentalmente 
oxidação, e através do físico – no qual a estrutura química 
do contaminante não é modificada, mas é eliminado por 
meio de técnicas como filtragem (que inclusive já vimos 
detalhadamente esse processo nas unidades anteriores). 
Ufa! Foram muitos conhecimentos adquiridos até aqui, 
verdade? Mas ainda tem mais! No próximo capítulo 
aprenderemos sobre os processos físicos para o tratamento 
de águas.
Tratamento da Água e Efluentes 33
Amostragem de águas superficiais e 
efluentes 
INTRODUÇÃO:
Nesse capítulo veremos como se dá o uso da água na 
indústria, qual a procedência da água na indústria, os 
tipos de águas industriais e a composição das águas 
industriais. Além disso, classificamos a indústria de acordo 
com o resíduo que ela gera. Pronto para adquirir muito 
conhecimento? Vamos nessa!
Uso da água na indústria
As águas utilizadas na indústria podem vir de várias fontes que são 
principalmente (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2014):
 • Fornecimento público;
 • Poços;
 • Água da superfície;
 • Água do mar;
 • Recuperação de água de processos industriais.
Figura 3 – Processo de entrada da água nas indústrias e como elas saem como água 
residual
Fonte: Adaptado de Freepik 
Tratamento da Água e Efluentes34
Na estimativa nacional de usos do consumidor da água, a indústria 
de transformação representa o terceiro maior uso, atrás do abastecimento 
humano urbano e da agricultura irrigada. O estudo realizado pela Agência 
Nacional de Águas (ANA) revela que os setores de fabricação de alimentos; 
bebidas; papel, celulose e produtos de papel; metalurgia; produtos 
químicos e biocombustíveis são responsáveis por 85% da retirada de água 
e por 90% do consumo do recurso pela indústria da transformação (MMA, 
2012). Sabendo disso, a gente faz a seguinte pergunta: da onde essa água 
procede? Veremos a seguir a sua procedência. Vamos nessa! 
Procedência das águas residuais 
industriais
De acordo com o Instituto Trata Brasil (2014) as águas residuais 
industriais provêm principalmente de:
 • Operações de fabricação úmida;
 • Precipitação;
 • Lavagem e resfriamento de gases, líquidos e sólidos;
 • Produção de calor e energia;
 • Transporte;
 • Imersão ou inchaço de substâncias não solúveis;
 • Destilações;
 • Vazamentos;
 • Transformações químicas;
 • Limpeza de máquinas, garrafas, etc.;
 • Higiene pessoal;
A água pode vir realmente de muitos locais dentro da indústria, 
não é? Você já tinha imaginado todas essas situações? A seguir veremos 
os tipos de águas residuais industriais, que também pode assumir várias 
formas.
Tratamento da Água e Efluentes 35
Tipos de águas residuais industriais
Líquidos residuais: aqueles derivados diretamente da fabricação de 
produtos. Eles consistem em soluções contendo os produtos funcionários 
no processo de produção. 
Exemplo: licores pretos, banhos de curtimento de couro, alpechin, 
banhos de galvanoplastia, líquidos-mãe da indústria de alimentos, etc.
Águas residuais de processo: originam-se do uso da água como 
meio de transporte, lavagem, resfriamento direto etc. e está contaminado 
com produtos de fabricação ou com líquidos residuais. Sua concentração 
por agentes poluentes é dez vezes menor que a dos resíduos líquidos, 
mas seu volume podeser 10 a 50 vezes maior.
Águas de resfriamento: não entram em contato com os produtos 
e, portanto, a contaminação que transportam é a temperatura.
Águas de drenagem: elas vêm principalmente da água da chuva. 
Nesse caso, a contaminação é baixa e provêm de áreas de armazenamento 
de produtos ao ar livre, derramamentos, etc.
Tipos genéricos de poluição de águas 
residuais
As águas industriais são variáveis em volume e composição em 
cada ramo da indústria e até para cada estabelecimento do mesmo ramo.
A descarga pode ser contínua ou descontínua, durante todo o ano 
ou somente em uma determinada estação.
Do ponto de vista da contaminação, pode ser:
 • Física;
 • Química; 
 • Microbiológica; 
 • Radioativa.
Tratamento da Água e Efluentes36
Contaminantes:
 • Em dissolução;
 • Em suspensão;
Dependendo da natureza dos poluentes:
 • Orgânico;
 • Inorgânico.
O Quadro 1 apresenta a composição da água residual de alguns 
compostos da indústria para ilustrar alguns tipos de poluição que as 
águas residuais industriais podem gerar. Vejamos: 
Quadro 2 – Composição da água residual
Fonte: Adaptado de Copel (2015) e MMA (2010).
Tratamento da Água e Efluentes 37
Legenda: DBO - Demanda Biológica de Oxigênio; DQO - Demanda 
Química de Oxigênio (DQO); SST – Sólidos em Suspensão Total; NTK - 
Nitrogênio Total Kjeldahl.
A composição das águas residuais industriais varia consoante o tipo 
de indústria, mas também com a sua localização e dimensão. Veremos a 
seguir a classificação da indústria de acordo com o desperdício que ela 
produz.
Classificação da indústria de acordo com 
desperdício
Cada indústria gera um tipo de resíduo, concorda? Já que a 
produção varia de acordo com o produto ou serviço que ela fabrica. Sendo 
assim, é possível classificar as indústrias de acordo com os resíduos que 
elas geram. A classificação que veremos a seguir foi proposta no Plano 
Nacional de Resíduos Sólidos (MMA, 2011). Curioso para saber quais são 
essas indústrias? Vem comigo!
Indústrias com efluentes principalmente orgânicos:
A seguir indicarei os efluentes orgânicos considerados nesse tipo 
de indústria:
 • Lixeiras;
 • Taças de açúcar;
 • Matadouros;
 • Couro;
 • Conservas (legumes, carnes, peixe, etc.);
 • Laticínios (leite, manteiga, queijo, etc.);
 • Fermentação (fabricação de álcoois, leveduras, etc.);
 • Preparação de produtos alimentares (óleos, etc.);
 • Bebidas;
Tratamento da Água e Efluentes38
 • Lavanderias.
Aqui foram considerados resíduos puramente orgânicos.
Indústrias com efluentes orgânicos e inorgânicos:
Já nesse tipo de indústria, os efluentes serão orgânicos e inorgânicos. 
Veremos:
 • Refinarias e petroquímica;
 • Fornos de coque;
 • Fabricação de vários produtos químicos;
 • Têxteis.
Indústrias com efluentes, principalmente 
inorgânicos:
Já nessa indústria, os efluentes são, em sua maioria inorgânicos. 
Veremos:
 • Limpeza e revestimento de metais;
 • Obras mineiras e salinas;
 • Fabricação de produtos químicos inorgânicos.
Indústrias com efluentes com matéria em suspensão:
Os efluentes desse tipo de indústria já são mais distintos do que os 
anteriores, são considerados matéria em suspensão. Vejamos:
 • Lavanderias minerais e de carvão;
 • Corte e polimento de mármore e outros minerais;
 • Laminação a quente e fundição contínua.
Indústrias com efluentes de refrigeração:
E o último tipo de indústria considerado são efluentes de 
refrigeração. Veja só:
Tratamento da Água e Efluentes 39
 • Centrais térmicas;
 • Central nuclear.
Existem inúmeros outros exemplos de indústrias classificadas 
conforme o setor de atuação, como a indústria aeronáutica, a naval, a 
automotiva, entre outras.
Métodos de classificação tratamento
O tratamento de águas residuais consiste na aplicação de operações 
básicas cuja sequência e uso são definidos como:
 • Grau de purificação a ser alcançado;
 • Características da água a ser tratada;
 • Custo de instalação.
Orientações a seguir no tratamento da 
água residual industrial
 • Trate fluxos separados na origem, antes de misturar com 
outros fluxos;
 • Empregar técnicas que permitam recuperação;
 • Se a recuperação não for viável, use técnicas de descarte 
sem a necessidade de combustível adicional;
 • Quando não há outra maneira de eliminar toxicidade 
ou efeitos inibidores, use técnicas de eliminação com 
consumo de energia considerável.
A classificação da atividade industrial é realizada com base em um 
critério predeterminado e visa à diferenciação e agrupamento dos tipos 
de indústria existentes para, assim, possibilitar um melhor tratamento 
dos resíduos gerados. Por isso a classificação é tão importante, além dos 
métodos de classificação e as orientações a seguir no tratamento da água 
residual industrial.
Tratamento da Água e Efluentes40
RESUMINDO:
Nesse capítulo vimos como a água é usada na indústria, 
qual a procedência da água na indústria, a composição das 
águas industriais e que a água industrial pode ser líquidos 
residuais - aqueles derivados diretamente da fabricação de 
produtos, Águas residuais de processo: originam-se do uso 
da água como meio de transporte, lavagem, resfriamento 
direto, etc.; águas de resfriamento e águas de drenagem. 
Aprendemos que as águas industriais são variáveis em 
volume e composição em cada ramo da indústria e até 
para cada estabelecimento do mesmo ramo. Além disso, 
classificamos a indústria de acordo com o resíduo que ela 
gera. Espero que você tenha aprendido muito! Nos vemos 
no próximo capítulo!
Tratamento da Água e Efluentes 41
Resíduos sólidos nas indústrias 
INTRODUÇÃO:
Nesse capítulo definiremos e classificaremos os resíduos 
sólidos. E demonstraremos os métodos de minimização 
da geração, do tratamento e da disposição de efluentes e 
resíduos industriais. Preparado? Bom estudo!
Resíduos Sólidos
DEFINIÇÃO:
Resíduos sólidos é tudo aquilo que sobra de determinado 
produto, seja sua embalagem, casca ou outra parte do 
processo, que pode ser reutilizado ou reciclado. Em 
outras palavras, “todo material, substância, objeto ou 
bem descartado resultante de atividades humanas em 
sociedade” (MMA, 2011).
Em outras palavras, resíduos sólidos são todas aquelas substâncias 
ou produtos que não precisamos mais e que às vezes pode ser usado por 
terceiros.
Gerador de resíduos
É a pessoa singular ou coletiva que, em razão de suas atividades, gera 
resíduos sólidos, como produtor, importador, distribuidor, comerciante ou 
usuário (Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos, 2001).
Classificação de resíduos sólidos
Existem muitos tipos de resíduos sólidos, mas de acordo com a 
Lei nº 27314 ou a Lei Geral de Resíduos Sólidos (MMA, 2011), podemos 
classificá-lo como apresentado na figura 4.
Tratamento da Água e Efluentes42
Figura 4 – Classificação dos resíduos sólidos
Fonte: Adaptado de Copel (2015) e MMA (2010).
Os resíduos sólidos são classificados em três grupos: de acordo 
com sua origem, de acordo com seu gerenciamento e de acordo com 
sua periculosidade. Esses grupos são detalhados abaixo:
a. Resíduos sólidos de acordo com sua origem
Tratamento da Água e Efluentes 43
Quadro 3 – Tipos de resíduos de acordo com sua origem
Tipos de resíduos 
sólidos
Gerados por Descrição
Resíduo domiciliar
Atividades 
domésticas criado 
em domicílios.
Restos de alimentos, 
revistas, botellas, 
latas, etc.
Resíduo comercial
Estabelecimentos 
comerciais de bens e 
serviços.
Papéis, plásticos, 
embalagens diversas, 
desperdício de 
produto, higiene 
pessoal, latas, etc
Resíduo de limpeza 
de espaços público
Serviços de varredura 
e limpeza de faixas, 
calçadas, quadrados 
e outros áreas 
públicas.
Papéis, plásticos, 
envoltórios, restos de 
plantas etc.
Resíduo de 
estabelecimento 
atenção de Saúde
Processos e 
atividades para 
a atenção e 
investigação médica 
em estabelecimentos 
tais como: hospitais, 
clínicas, centros e 
postos de saúde, 
laboratórios clínicosescritórios, entre 
outro relacionado.
Agulhas, gaze, 
algodões, órgãos 
patológico, etc.
Tratamento da Água e Efluentes44
Resíduo industrial
Atividades de vários 
ramos industriais 
como fabricação, 
mineração, química, 
enérgico, pesca e 
outros semelhantes.
Lamas, cinzas, 
escória de 
metal, copos, 
plásticos, papéis 
que geralmente 
se encontram 
misturados com 
substâncias 
perigosas.
Resíduo de atividades 
de construção
Atividades de 
construção e 
demolição de obras.
Pedras, blocos, 
cimento, madeiras, 
entre outros, 
(liberação).
Resíduo agrícola
Atividades agrícola e 
pecuária.
Embalagem 
de fertilizantes, 
pesticidas, 
agroquímicos, etc.
Resíduo de 
instalações ou 
atividades especiais
Gerado em 
infraestruturas, 
normalmente de 
grande dimensão 
e risco em sua 
operação, com o 
objeto a emprestar 
certos serviços 
público ou privado.
Resíduos de plantas 
de tratamento de 
águas residuais, 
portos, aeroportos, 
entre outras.
Fonte: Adaptado de Monteiro (2001) e MMA (2010).
Estabelecendo normas regulatórias e provisões técnicas específicas 
relacionadas aos resíduos sólidos podem ser subclassificados de acordo 
com a sua periculosidade ou suas características específicas, como 
orgânica ou inorgânica, física, química ou seu potencial de reutilização 
(MMA, 2011).
b. Resíduos sólidos de acordo com sua gestão
Tratamento da Água e Efluentes 45
 • Resíduos de gestão municipal (a cargo dos municípios 
provinciais e distritais).
São de origem doméstica (restos de comida, papel, garrafas, 
latas, fraldas descartáveis, entre outros); comercial (papel, embalagem, 
restos de higiene pessoal e similares); limpeza urbano (varredura de ruas 
e estradas, arbustos, entre outros) e produtos de atividades que geram 
resíduos semelhantes, que devem ser descartados aterros sanitários.
Esses incluem:
 • Resíduos domésticos;
 • Resíduos comerciais;
 • Limpeza de resíduos de áreas públicas.
Resíduos de gestão não municipal.
São aqueles que, devido às suas características ou ao manejo a 
que devem ser submetidos, eles representam um risco significativo para a 
saúde ou o meio ambiente. Por exemplo, resíduos metais que contenham 
chumbo ou mercúrio, resíduos de pesticidas, herbicidas, entre outros. 
Todos eles devem estar dispostos nos enchimentos de segurança.
Segundo a OEFA (2014), entre eles estão:
 • Resíduos de estabelecimentos de saúde;
 • Resíduos industriais;
 • Resíduos das atividades de construção;
 • Resíduos agrícolas;
 • Resíduos de instalações ou atividades especiais.
c. Resíduos sólidos de acordo com a sua periculosidade
Resíduos sólidos perigosos.
Resíduos sólidos perigosos são aqueles que, devido às suas 
características ou ao manuseio a que são ou serão enviadas, representam 
um risco significativo para a saúde ou o meio ambiente (MMA, 2011).
Tratamento da Água e Efluentes46
Os resíduos com pelo menos um dos seguintes itens são 
considerados perigosos características: auto combustível, explosividade, 
corrosividade, reatividade, toxicidade, radioatividade ou patogenicidade 
(INDECOPI, 2005).
Resíduos sólidos não perigosos.
Resíduo sólido não perigoso é aquele produzido por pessoas de 
qualquer local e desenvolvimento de suas atividades, que não apresentem 
riscos à saúde e ao meio ambiente.
Esses resíduos são gerados em instalações ou por processos 
industriais que apresentar características perigosas, de acordo com as 
normas ambientais vigentes (MONTEIRO, 2001).
Gestão de Resíduos Sólidos
Qualquer atividade técnica operacional de resíduos sólidos 
que envolva manuseio, condicionamento, transporte, transferência, 
tratamento, disposição final ou qualquer outro procedimento técnico 
operacional usado desde a geração até o descarte final.
A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos (PNRS), o gerenciamento do RS, realizado por toda pessoa física 
ou jurídica, deve ser sanitário e ambientalmente adequado, a fim de evitar 
impactos negativos e garantir a proteção da saúde (MMA, 2011).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos do Ministério da Saúde do 
Brasil (2016) caracteriza o gerenciamento de resíduos sólidos através dos 
seguintes estágios:
 • Minimização: ação para reduzir ao mínimo possível o 
volume e a periculosidade de resíduos sólidos, por 
meio de estratégia, procedimento, método ou método 
preventivo técnica utilizada na atividade geradora.
 • Segregação: ação de agrupar certos componentes ou 
elementos físicos dos resíduos sólidos a serem tratados 
de maneira especial.
Tratamento da Água e Efluentes 47
 • Armazenamento: acumulação temporária de resíduos em 
condições técnicas como parte do sistema de gestão até 
sua disposição final.
 • Coleta: Ação para coletar os resíduos e transferi-los por 
meio de locomoção adequada e continue seu manuseio 
subsequente de forma higiênica, segura e ambientalmente 
saudável.
 • Reutilização: retorne para obter um benefício do bem, 
artigo, elemento ou peça do mesmo que constitui um 
resíduo sólido.
 • Marketing: Refere-se à compra e / ou venda de resíduos 
sólidos recuperáveis para obter um benefício econômico.
 • Transporte: atividade que desloca resíduos sólidos da 
fonte de geração para a estação de transferência, estação 
de tratamento ou aterro sanitário.
 • Transferência: instalação na qual os arquivos são baixados 
e armazenados temporariamente resíduos sólidos de 
caminhões ou contêineres de coleta e, em seguida, 
continue com seu transporte em unidades de maior 
capacidade.
 • Tratamento: Qualquer processo, método ou técnica 
que permita modificar a característica física, química ou 
biológica dos resíduos sólidos, a fim de reduzir ou eliminar 
sua Perigo potencial de causar danos à saúde e ao meio 
ambiente.
 • Provisão final: processos ou operações para tratar ou 
descartar resíduos em um só local sólido como a última 
etapa de sua gestão permanente, sanitária e ambiental 
seguro (MMA, 2016). A Figura 5 apresenta o layout final de 
uma cadeia de gerenciamento de resíduos.
Tratamento da Água e Efluentes48
Figura 5 – Cadeia de gerenciamento de resíduos
Fonte: Adaptado de Copel (2015).
É importante destacar que a realização de uma boa gestão da 
cadeia de gerenciamento de resíduos é benéfico não apenas para a 
sociedade, mas também para as indústrias que a realizam, pois esta irá 
minimizar os gastos, reduzir desperdícios, criar uma imagem positiva 
perante os clientes, garantirá o uso de matérias recicláveis e impactará 
positivamente no meio ambiente.
RESUMINDO:
No último capítulo desta unidade, aprendemos que os 
resíduos sólidos são classificados em três grupos: de 
acordo com sua origem, de acordo com seu gerenciamento 
e de acordo com sua periculosidade. Aprendemos como 
acontece a gestão de resíduos sólidos, acompanhando 
todos o processo desde a geração do resíduo até o 
descarte. Espero que você tenha aprendido muito sobre o 
tratamento da água e do esgoto, e que possa colocar seu 
conhecimento em prática. Até mais!
Tratamento da Água e Efluentes 49
REFERÊNCIAS
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contaminants in wastewater and drinking water. Trac-Trends in Analytical 
Chemistry. v. 30(6), 842-848.
 BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Plano nacional de 
resíduos sólidos. Brasília, 2011.
 BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Resíduos sólidos. 
Brasília, 2011.
 BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrumentos da 
Política de Resíduos. Brasília, 2010.
 MONTEIRO et al. Manual de Gerenciamento Integrado de 
resíduos sólidos. Rio de Janeiro: IBAM, 2001.
 COPEL. Manual para gerenciamento de resíduos sólidos. Curitiba, 
Paraná, 2015.
 INSTITUTO TRATA BRASIL. Diagnóstico da situação dos planos 
municipais de saneamento básico e da regulação dos serviços nas 100 
maiores cidades brasileiras. 2014.
 INSTITUTO TRATA BRASIL. Saneamento Básico enquanto Direito 
Fundamental e Direito Humano, 2015. MENDONCA, S. R. (2000). Sistemas de lagunas de estabilización: 
cómo utilizar aguas residuales tratadas en sistemas de regadío. McGraw 
Hill. Colombia: Edição única.
 PETROVIĆ, M. GONZALEZ, S. BARCELÓ, D. (2003). Analysis and 
removal of emerging contaminants in wastewater and drinking water, TrAC 
Trends in Analytical Chemistry, Volume 22, Issue 10.
Hannah de Oliveira Santos Bezerra
Tratamento da Água e 
Efluentes
	Gerenciamento da água na indústria
	Gestão da água industrial
	Números na gestão industrial 
	ISO 14046: 2014 sobre recursos hídricos
	Como economizar água na indústria
	As 4 chaves para trabalhar no futuro
	Tratamentos convencionais e emergentes das águas industriais 
	Águas residuais industriais: necessidade e benefícios 
	Tratamentos convencionais
	Técnicas de oxidação direta 
	Processos avançados de oxidação
	Processos sem entrada de energia
	Processos com aporte de energia
	Processos com entrada de energia
	Amostragem de águas superficiais e efluentes 
	Uso da água na indústria
	Procedência das águas residuais industriais
	Tipos de águas residuais industriais
	Tipos genéricos de poluição de águas residuais
	Classificação da indústria de acordo com desperdício
	Indústrias com efluentes principalmente orgânicos:
	Indústrias com efluentes orgânicos e inorgânicos:
	Indústrias com efluentes, principalmente inorgânicos:
	Indústrias com efluentes com matéria em suspensão:
	Indústrias com efluentes de refrigeração:
	Métodos de classificação tratamento
	Orientações a seguir no tratamento da água residual industrial
	Resíduos sólidos nas indústrias 
	Resíduos Sólidos
	Gerador de resíduos
	Classificação de resíduos sólidos
	Gestão de Resíduos Sólidos