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Gestão Sustentável nas Organizações

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UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO – PÓS- GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
SAMUEL PESSANHA MARINHO
GESTÃO SUSTENTÁVEL: PRÁTICAS DE GESTÃO SUSTENTÁVEL E SEU IMPACTO NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL
Rio de Janeiro/RJ
Março/2024
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO – PÓS- GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL. TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SAMUEL PESSANHA MARINHO
GESTÃO SUSTENTÁVEL: PRÁTICAS DE GESTÃO SUSTENTÁVEL E SEU IMPACTO NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Castelo Branco como requisito parcial para conclusão do Custo de Pós-Graduação em Gestão Empresarial.
Professor Orientador: Me. Raul Fonseca Silva
Rio de Janeiro/RJ
Março/2024
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO – PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EMPRESARIAL TCC – TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO.
SAMUEL PESSANHA MARINHO
GESTÃO SUSTENTÁVEL: PRÁTICAS DE GESTÃO SUSTENTÁVEL E SEU IMPACTO NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Castelo Branco como requisito parcial para conclusão do Curso de Pós-Graduação em Gestão Empresarial
Professor Orientador: Me. Raul Fonseca Silva 
Aprovada em: ........... / ...................... / .............. Nota: ........ ( ...............)
RESUMO
Ações e práticas organizacionais desenvolvidas a partir do conceito de Sustentabilidade e Responsabilidade, por meio das estratégias organizacionais, são fortes aliadas para alcançar a sustentabilidade nas dimensões tanto social, quanto econômica e, principalmente ambiental das organizações empresariais, além de auxiliar em um determinado diferencial competitivo dentro do mercado. A ampla exploração e escassez dos recursos naturais fizeram com que essa temática passasse a se tornar uma das maiores preocupações em âmbito global. A extinção de inúmeras espécies tanto da fauna quanto da flora decorrente da degradação, além do desenfreado aquecimento global com a expressiva emissão de gases poluentes na atmosfera, tornou esse mesmo tema um verdadeiro ambiente destaque em debates em todos os países do mundo. Com o desenvolvimento da consciência ambiental e da importância da sustentabilidade tão debatida, surgiram consumidores preocupados com a preservação do Meio Ambiente, e desde então as organizações e empresariais se depararam com problemas relacionados às suas ações causadoras de tal grave dano. O objetivo desta pesquisa é analisar como a produção científica internacional vem abordar as práticas e iniciativas sustentáveis e, consequentemente, o seu desempenho nas organizações. Para o a elaboração desta pesquisa, foi utilizado um levantamento bibliográfico em monografias, artigos e em livros de autores renomados. A relevância desta pesquisa é exatamente a de poder oferecer informações úteis para as organizações a respeito da importância de incorporar a sustentabilidade nas organizações.
Palavras-chave: Gestão; Sustentabilidade; Organização.
ABSTRACT
Organizational actions and practices developed based on the concept of Sustainability and Responsibility, through organizational strategies, are strong allies to achieve sustainability in both social, as economic and, mainly, environmental of business organizations, in addition to helping to create a certain competitive advantage within the market. The widespread exploitation and scarcity of natural resources has meant that this The topic becomes one of the biggest discussions globally. The extinction of countless species of both fauna and flora resulting from manipulation, in addition to rampant global warming with significant emission of polluting gases in the atmosphere, made this same topic a real environment highlighted in debates in all countries of the world. As development of environmental awareness and the importance of sustainability debated, consumers became concerned about the preservation of the environmen environment, and since then organizations and businesses have come across problems related to your actions causing such serious harm. The goal of this research is to analyze how international scientific production approaches sustainable practices and initiatives and, consequently, their performance in organizations. To carry out this research, a bibliographical survey in monographs, articles and books by authors renowned. The relevance of this research is precisely that of being able to offer useful information for organizations regarding the importance of incorporating a sustainability in organizations.
Keywords: Management; Sustainability; Organization.
SUMÁRIO
1. Escolha do tema
2. Problematização
3. Justificativa
4. Objetivos Gerais 
5. Objetivos Específicos 
6. Fundamentação Teórica 
7. Metodologia de Pesquisa 
8. Introdução 
9. Desenvolvimento 
10. Conclusão 
11. Referência Bibliográfica 
1. Escolha do Tema 
A enorme exploração e escassez de recursos naturais fez com que a questão ambiental se tornasse uma das grandes preocupações de todos nós. A extinção de espécies da fauna e da flora decorrente da degradação e o aquecimento global com a expressiva emissão de gases, fez com que esse problema se destaca-se em intensos debates em todo o mundo. 
2. Problematização
Assim sendo, a principal questão desta pesquisa é: quais são os principais desafios na incorporação da prática de Sustentabilidade e os seus reflexos no desempenho das organizações empresariais?
3. Justificativa
	A escolhe desse tema, foi por observarmos uma maior decorrência da no que tange à conscientização ambiental da sociedade. Toda essa importância se deu porque o homem percebeu que ao destruir a natureza está destruindo a si mesmo e comprometendo as gerações vindouras.
‘Uma significativa parcela da degradação do Meio Ambiente é proveniente do “progresso a todo custo”. Como não é possível reverter esse progresso, estudiosos buscam respostas e soluções para os problemas ambientais gerados por ele.
Tentar encontrar instrumentos de gestão que possam a vir comprovar que os recursos demandados com ações de sustentabilidade corporativa podem ser convertidos em lucro, é o grande desafio, pois isso gera estímulo e motivação com relação à expansão da consciência ecológica, além também de conseguir reduz a degradação do Meio Ambiente.
4. Objetivos gerais
Analisar as práticas entre gestão sustentável e responsabilidade social corporativa no que concerne às organizacionais empresariais.
5. Objetivos específicos
1. Entender como o desenvolvimento sustentável contribui com o equilíbrio do Meio Ambiente;
1. Analisar como o desenvolvimento sustentável reduz os custos na organização; 
1. Identificar como o desenvolvimento sustentável atrai o consumidor.
6. Metodologia de pesquisa: 
Como metodologia de pesquisa, iremos utilizar uma pesquisa de abordagem bibliográfica, com o objetivo de entender o que a literatura mostra a respeito deste tema. 
A pesquisa de cunho bibliográfico é o estudo sistematizado e desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais e redes eletrônicas, ou seja, é um material acessível a todo o público. O seu objetivo consiste em colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado a respeito de determinada temática. (KNECHTEL, 2014, p. 146).
Esta pesquisa será utilizada em pesquisas futuras, por si só não esgota por completo o conteúdo do tema proposto, que é amplo e complexo, mas aborda seus principais pontos de discussão. 
7. Fundamentação teórica
Por causa globalização nas últimas décadas, vêm aumentando de maneira considerável as conexões entre diferentes áreas do conhecimento humano. Pautado nisso, muito tem se debatido a respeito de como se devem mesclar conhecimentos em todo o planeta com o objetivo de se tentar alcançar resultados mais satisfatórios para todos. E uma das principais pautas debatidas nos âmbitos acadêmico, empresarial e político é a denominada Gestão Sustentável.
A temática a respeito da Gestão Sustentável vem sendo cada vez mais debatida e praticada em todo o mundo. Porém, ao se considerar as iniciativassustentáveis como uma verdadeira necessidade para os dias atuais, as organizações empresariais acabam por escolher pelo Desenvolvimento Sustentável, talvez por reconhecer como uma real necessidade ou então pelo fato de se buscar atender um público crescente de consumidores desse segmento.
Para Dias, Filho, Pereira (2019, p.19):
A procura pela Gestão Sustentável veio se tornar um princípio tanto para o bem estar da sociedade e preservação ambiental, como também para a evolução organizações. Os avanços sociais mostram a necessidade da adaptação da sociedade ao chamado Desenvolvimento Sustentável’, uma vez que tanto os organizações quanto a questão da Sustentabilidade se encontram diretamente interligados na preservação do Meio Ambiente e também na evolução econômica e social. 
Capra, Estende, Pitta (2021, p.45) vêm afirmar que: “determinados hábitos de compras dos consumidores têm sido severamente alterados através da substituição de produtos e de serviços antigos por outros considerados como mais novos, ou seja, reinventados”. 
Ainda conforme os autores supracitados, as organizações que tratam das questões de sustentabilidade talvez estejam criando uma inovação sustentável no seu nicho de mercado. Esses mesmos autores ainda destacam que o crescimento do ponto de vista organizacional são considerados fundamentais na questão do Desenvolvimento Sustentável. 
Na opinião de Dias, Filho, Pereira (2019) através das inovações, os mercados seriam moldados e isso afetaria inclusive a própria sociedade, ao ocasionar melhorias organizacionais. Nesse sentido, esses autores afirmam que: “atores e empresas, percebendo o sucesso no mercado de massa, e garantindo ao mesmo tempo, o progresso do Meio Ambiente e social em suas atividades, são chamados de empreendedores sustentáveis”, os quais são responsáveis por destruir o padrão de consumo considerado como mais tradicional e substituí-lo por outros com níveis de qualidade sociais e ambientais mais altos, criando assim a denominada “dinâmica do progresso sustentável.
É importante afirmar que conforme Gonçalves (2020, p.30): “uma organização que venha adotar um sistema de Gestão Sustentável pode obter uma certificação que venha comprovar a sua relação positiva com o Meio Ambiente, obtendo dessa forma uma significativa credibilidade”. 
Segundo Rodrigo Filho (2020, p.88):
Por ser um processo de certificação reconhecido internacionalmente, possibilita que essas mesmas organizações se destaquem perante àquelas que atendem apenas à legislação ambiental, o que gera um diferencial competitivo perante o todo o mercado.
Assim sendo, esta pesquisa visa, antes de tudo, o papel das organizações e a sua relação com a Sustentabilidade, para propor sugestões para que essas tenham um consumo mais sustentável. Isso com certeza irá gerar uma produção mais sustentável que poderá minimizar de forma considerável o impacto ambiental da inconsequência econômica das últimas décadas.
9. INTRODUÇÃO
O modelo do atual desenvolvimento, modelo esse que vem se basear nos inúmeros avanços das tecnologias, da significativa elevação da produtividade e do avanço da economia intangível, tem a capacidade de conseguir cria bens, serviços e padrões de comportamento e de consumo compatíveis com a sua estrutura.
Conforme Fabi; Lourenço; Silva (2020, p.88): “o consumismo desenfreado em todo o planeta é um traço peculiar marcante da sociedade contemporânea que causa impactos profundos sobre o ambiente natural e também o ambiente já construído”. 
A sociedade capitalista industrial institui o mito do consumismo como sinônimo de bem-estar e de meta prioritária do processo de civilização humana. A capacidade de aquisição de bens e de serviços vai se transformando em medida para valorizar os indivíduos e fonte de respeito social (FABI; LOURENÇO; SILVA, 2020).
A necessidade da ostentação como também da diferenciação dos demais indivíduos da sociedade que a compõem, traz em si um individualismo cada vez mais exacerbado (FABI; LOURENÇO; SILVA, 2020).
. Dessa forma, segundo Baudrillard (2019), a ostentação precisa ser encarada como uma verdadeira ode à riqueza e ao luxo, um comportamento, um estilo de vida, onde o indivíduo concentra no luxo e poder, o complemento imagético para conduzi-lo ao caminho de uma pseudo felicidade, como também a realização do sonho e da autoestima.
A necessidade de consumir, na visão de Oliveira (2018) representa poder investir na avaliação social de si próprio, o que, em uma sociedade de consumidores, vem se traduzir em “vendabilidade”. 
O consumo conforme Baudrillard (2019) é considerado como sendo um fenômeno cultural. Porém, o consumo costuma ser moldado e dirigido em todos os aspectos por considerações culturais e também econômicas. Consumir parece ser a origem de múltiplas mudanças sociais, assim como, conseqüência. 
Ainda segundo Baudrillard (2019) os bens de consumo são carregados de simbologias e de significados no qual todos os consumidores utilizam para expressar categorias e princípios culturais, cultivar idéias, criar estilos de vida, construir noções de si mesmo e sobreviver às mudanças sociais. Fatos que independem das fases do desenvolvimento humano. Isso explica porque consumir é uma atividade presente em toda sociedade humana.
Conforme Capra; Estende; Pitta (2021):
O consumo exacerbado se transforma em um consumismo verdadeiramente irresponsável, onde os indivíduos passam a adquirir produtos e serviços além do que seria considerado essencial para a sua existência. A produção em grande escala, aliada à prática da obsolescência programada, tem agravado a situação do planeta graças à grande quantidade de lixo eletroeletrônico e à exploração indiscriminada dos recursos naturais. [...]. O consumismo, é um fator indispensável para a movimentação da economia de um país, mas desde que de forma mais consciente, responsável e sustentável. O consumismo, embora possa constituir certo estímulo à felicidade, é capaz de provocar patologias crônicas, uma vez que a felicidade é algo considerado como muito efêmero (CAPRA; ESTENDE; PITTA, 2021).
O processo do consumo, conforme Capra; Estende; Pitta (2021, p.55): “é uma prática exercida por indivíduos, independentemente de situação econômica, raça, credo, gênero ou cor. Porém, entre elas, é recorrente a rotulagem, principalmente econômica, sob uma enorme influência dos meios de propaganda”. 
Ainda consumo conforme Capra; Estende; Pitta (2021, p.59): “é muito importante para a vida de todos os seres humanos, visto que cada um de nós é considerado como sendo um consumidor em potencial, não estando o problema no consumo, mas sim nos padrões e nos efeitos referente às pressões sobre o Meio Ambiente”.
De um lado o consumo abre oportunidades para o atendimento das necessidades individuais de alimentação, habitação e desenvolvimento humano, mas, necessário se faz uma análise constante da capacidade de suporte do planeta em contrapartida ao consumo contemporâneo.
Conforme filósofo e sociólogo Bauman (2008), muitas vezes existe a prática do puro consumismo entre as pessoas, simplesmente para poder se comparar a outras pessoas. Muitas vezes sem as condições financeiras exigidas. Por esse anseio, é sacrificado não apenas a sua vida particular, mas também a vida de todo um grupo de pessoas que o cercam e que dependem dele.
Ainda conforme esse mesmo teórico: “os membros da sociedade de consumo são eles próprios mercadorias de consumo, sendo exatamente a qualidade de ser uma mercadoria de consumo que os tornam membros autênticos dessa mesma sociedade”. 
Sendo assim, deve-se afirmar que: “a preocupação maior dos indivíduos está exatamente na satisfação de suas necessidades humanas. Um dos fatores que contribuiu enormemente para o consumismo desenfreado, com certeza, foi a Revolução Industrial” (BAUMAN; 2008, p.55). 
Iniciado na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII, Revolução Industrial foi a transição para novos processos de fabricação em grande quantidade. Segundo Rodrigo Filho (2020, p.85): “a Revolução Industrial conseguiuprovocar profundas transformações dentro das diferentes sociedades, gerando um leque de oportunidades para consumo em massa, mudando os costumes das pessoas no que tange à aquisição de bens”. 
As cidades industriais, especialistas e reformadores locais, especialmente no final do século XIX, assumiram a liderança na identificação da degradação e dando início assim a movimentos de base para exigir e realizar profundas reformas. Observa-se então ai a preocupação com o Meio Ambiente, e consequentemente com a Gestão Sustentável (FABI; LOURENÇO; SILVA, 2020).
A Gestão Sustentável conforme Rodrigo Filho (2020) possui a plena capacidade de gerar inúmeros benefícios para as organizações empresariais, pois o consumidor passa então a se sentir mais atraído pelas empresas denominadas de “empresas verdes”, uma vez que estes mesmos consumidores se encontram cada vez mais informados, e assim passam a escolher por consumir produtos e por serviços de organizações consideradas como ambientalmente corretas.
Uma organização empresarial considerada como sendo “verde” na visão de Capra; Estende; Pitta (2021, p.66): “é aquela empresa que é conhecida por ter uma postura mais sustentável e mais responsável nos seus processos de produção ou até mesmo na sua gestão”. Ou seja, essas organizações possuem uma série de ações que se baseiam em uma cultura “verde” mais responsável. Essas empresas também podem ser chamadas de “empresas ecológicas”.
Ainda para Capra; Estende; Pitta (2021, p.88): “a sustentabilidade se baseia não só em fatores ambientais, mas também em fatores sociais e algumas estratégias de liderança que são adotadas por essas mesmas organizações”.
 Assim sendo, temos então a política do denominado 5 R’s, como instrumento eficaz para a solução dos problemas do lixo. Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2017) esses 5 R's fazem parte de um processo educativo que visa uma mudança radical dos hábitos dos cidadãos. Porém, é muito importante que o cidadão repense todos os seus valores e todas as suas práticas, reduzindo o consumo exagerado, como também o desperdício. 
Trata-se, portanto de uma alternativa que faz com que o indivíduo repense os seus hábitos a favor de um objetivo comum, que é exatamente o de tentar preservar ao máximo o Meio Ambiente.
· Reduzir: a prática da redução da poluição no Meio Ambiente, tem como objetivo a diminuição do consumo de bens e de serviço, sempre usando apenas o necessário e tentar evitar o desperdício. Uma das alternativas é não desperdiçar sacolas plásticas usando sacolas retornáveis. Isto significa reduzir o quantitativo de sacolas plásticas e praticar a racionalização de embalagens. Esta prática de redução tem como pontos positivos o fato de que a produção de resíduos e a emissão de poluentes sofreriam uma alta redução. No que concerne ao quesito “diminuição de energia” têm-se o uso correto e somente o tempo necessário das lâmpadas, aparelhos elétricos.
· Reutilizar: na questão da reutilização, tem como maior ponto positivo o prolongamento da vida útil dos produtos, reciclando os produtos e eles voltando ao mercado e comercialização, para o uso dos consumidores. Aqui, o desenvolvimento sustentável seria colocado em prática, pois diminuiria o consumo de energia para a fabricação de muitos produtos e também redução da extração de matéria-prima. Simples mudanças colocariam inúmeros projetos em prática, atitudes simples que teriam de ser tomadas nas casas dos consumidores e na produção dos produtos nas grandes fábricas. A reutilização colaboraria em muito na gestão do lixo, ao reaproveitar um material que poderia ser descartado, bem como na exploração de recursos naturais, já que evita o consumo de produtos;
· Reciclar: o termo Reciclagem é um termo muito utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria prima para um novo potencial. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração. O termo Reciclagem veio a se difundir na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de resíduos e de outros dejetos na natureza. A expressão vem do inglês recycle.
· Repensar: é de enorme importância que cada indivíduo venha repensar todas as suas práticas em relação ao Meio Ambiente. Devemos repensar, por exemplo, nosso consumo e como fazemos o descarte dos nossos resíduos. Repensar é o início dessa mudança.
· Recusar: quando recusamos produtos que prejudicam a saúde e o meio ambiente está contribuindo para um mundo mais limpo. Devemos preferir produtos de empresas que tenham compromisso com o Meio Ambiente e sempre devemos ficar atentos às datas de validade dos produtos. Devemos recusar sacos plásticos e embalagens não recicláveis, aerossóis e lâmpadas incandescentes.
	Conforme Rodrigo Filho (2020, p.55):
Ser uma organização preocupada com o Meio Ambiente, ou seja, ser uma organização considerada “verde”, que respeita esse Meio Ambiente, é uma postura que vem sendo valorizada pelo mercado em todo o planeta. E não se trata apenas de reduzir o consumo de água, de energia, ou de utilizar determinados produtos considerados como sendo não poluentes. Trata-se, antes de tudo, de assumir uma determinada postura de respeito para com o Meio Ambiente e com a vida como parte de um conceito maior, de sustentabilidade (RODRIGO FILHO, 2020, p.55).
Assim sendo Fabi; Lourenço; Silva (2020) vem afirmar que: “existe uma enorme preocupação de que a degradação do Meio Ambiente e a possibilidade do esgotamento dos recursos naturais possam comprometer o desenvolvimento econômico, principalmente se considerarmos a interdependência entre economia e ecologia.
É exatamente dentro desse contexto a sociedade de consumo, o qual segundo Rodrigo Filho (2020, p. 66) vem afirmar: “são pessoas que compram bens e serviços para si mesmos ou para outros, e não para revendê-los ou usá-los como insumos”, torna-se crucial para exercer essa pressão sobre as organizações, se constituindo em uma das partes interessadas que vêm a forma de existir das organizações, haja visto o fato de que todo o produto produzido ou serviço oferecido tem como destino o consumidor final.
Podemos então concluir que a educação concernente ao Meio Ambiental, como componente de uma cidadania abrangente, está ligada a uma nova forma de relação entre o ser humano e a natureza, e a sua dimensão cotidiana leva a pensá-la como um verdadeiro somatório de práticas e, conseqüentemente, entendê-la na dimensão de sua potencialidade de generalização para o conjunto da sociedade.
Podemos então concluir que a educação concernente ao Meio Ambiental, como componente de uma cidadania abrangente, está ligada a uma nova forma de relação entre o ser humano e a natureza, e a sua dimensão cotidiana leva a pensá-la como um verdadeiro somatório de práticas e, conseqüentemente, entendê-la na dimensão de sua potencialidade de generalização para o conjunto da sociedade.
10. DESENVOLVIMENTO
A Gestão Sustentável dentro do âmbito organização empresarial reúne um conjunto de práticas com o objetivo de garantir um desenvolvimento sustentável para essas organizações a partir de ações mais conscientes e políticas socioambientais mais responsáveis.
O conceito de Gestão Sustentável ou Desenvolvimento Sustentável segundo Barbieri (2019, p.66): “vai muito além das atitudes visando a preservação do Meio Ambiente”. 
A Gestão Sustentável possui a plena capacidade de envolver também iniciativas econômicas e sociais, que podem trazer benefícios tanto internos quanto externos às organizações.
Umas das premissas do desenvolvimento sustentável é a dimensão ambiental, a mesma volta-se para o Meio Ambiente, a preservação domesmo, deve haver uma sustentabilidade ecológica e ambiental as quais irão tratar da preservação dos recursos naturais, de maneira que haja o uso adequado e limitado de recursos não renováveis e o consumo consciente dos recursos naturais renováveis, assim como substituir o uso de materiais que prejudicam o meio ambiente através da poluição por outros que não agridam o mesmo (RODRIGO FILHO 2020).
O compromisso com a utilização adequada dos recursos naturais é a ideia principal do desenvolvimento ambiental, havendo com isso o equilíbrio entre as atividades produtivas e o ambiente, de forma a diminuir os impactos ao Meio Ambiente. 
Para Rodrigo Filho (2020, p.33): “o conceito de “Impactos Ambientais” passa a ser utilizado mais precisamente após a conferência de Estocolmo, sendo utilizada para definir os efeitos do homem e do seu processo de desenvolvimento sobre o meio ambiente”.
Fabi; Lourenço; Silva (2020, p.47) vem afirmar que:
O foco da Gestão Sustentável nas organizações empresariais é o de tentar garantir o crescimento sem comprometer o Meio Ambiente, como também tentar compensar possíveis impactos relacionados ao Meio Ambiente, isso através de iniciativas que venham promover a sustentabilidade saudável e equilibrada (FABI; LOURENÇO; SILVA, 2020, p.47).
É de extrema relevância, elencarmos os três pilares que servem como norte das ações sustentáveis, que são: 
O pilar ambiental, que objetiva, a redução dos impactos da organização empresarial dentro do Meio Ambiente, sempre envolvendo ações voltadas à preservação da natureza. 
Segundo Siqueira (2020, p.55): “a ação ambiental representa um conjunto de ações capazes de envolver políticas públicas, o setor produtivo e a sociedade de forma a incentivar o uso racional e sustentável dos recursos do Meio Ambiente”. 
Dentre esse conjunto de ações, Fabi; Lourenço; Silva (2020) vêm citar como sendo os principais: a doção de sistemas de reciclagem de resíduos sólidos; o treinamento de funcionários para que conheçam o sistema de sustentabilidade da empresa, sua importância e formas de colaboração; e o tratamento e reutilização da água e outros recursos naturais dentro do processo produtivo.
A ideia principal do pilar ambiental é fazer com que estes impactos ambientais não existam ou ocorram em menor proporção, de maneira que garanta a sustentabilidade, isso ocorre quando há o uso inteligente dos recursos naturais.
Também temos o pilar social, que corresponde às práticas criadas com foco no desenvolvimento de toda uma sociedade organizada; Oliveira; Mendes; Hansel (2022) vêm afirmar que são necessários novos arranjos nas políticas públicas, de forma a estimular o desenvolvimento sustentável. 
A desigualdade social é um enorme problema nos dias atuais, capazes de conseguir afetar profundamente inúmeras cidades e também inúmeros países e uma de suas causas é devido a uma má distribuição de renda da população, o desenvolvimento social busca uma melhor distribuição de renda ou o que podemos chamar de equidade social, desta maneira melhorando as condições de vida da população, assegurando a qualidade de vida e o maior acesso a recursos e serviços sociais
Barbieri (2019) afirma que uma narrativa política da economia interligada aos desafios do desenvolvimento sustentável está ameaçando a dimensão social. O crescimento populacional e aumento das necessidades básicas, desigualdade de renda, desenvolvimento e expansão urbana está em declínio e é evidente a escassez dos recursos públicos.
E por fim temos o chamado pilar econômico, que tem como meta tentar conciliar o crescimento econômico de uma organização empresarial com a sustentabilidade. 
Para Oliveira; Mendes; Hansel (2022), a adoção de medidas sustentáveis por parte das empresas faz com que suas possibilidades de sucesso econômico sejam aumentadas. 
Tal fenômeno vem ocorrer através de um planejamento de gastos e de organização de suas condutas éticas e também morais. Ao mesmo tempo, estes artifícios do pensamento sustentável são capazes de proporcionar uma maior eficiência nos processos, reduzindo profundamente os impactos dos mesmos.
Barbieri (2019) vem frisar que além de gerar impactos considerados como positivos para o todo o Meio Ambiente e para toda a sociedade, as ações de sustentabilidade também trazem inúmeros benefícios para as próprias organizações. Assim sendo, é completamente possível gerar valor para o negócio e para a sociedade a curto e também a longo prazo, com práticas que prezam pelo desenvolvimento sustentável.
Uma Gestão Sustentável, conforme Barbieri (2019, p.33): “tem a capacidade de conseguir gerar enormes benefícios, porém a implementação de procedimentos mais sustentáveis também pode ser algo desafiador em alguns pontos”. 
A preocupação com os impactos da produção em escala industrial e dos comportamentos das diferentes sociedades no Meio Ambiente conforme Barbieri (2019) teve a sua fase embrionária há muito tempo atrás. 
Assim sendo, ainda segundo esse mesmo autor, diante de tal situação, as organizações empresariais foram obrigados a se atentar aos três principais escopos do processo de descarbonização:
•	operações diretas, que tinham como principal objetivo tentar identificar as emissões de gases poluentes no processo produtivo, por exemplo, nas fábricas;
•	início do processo da transição energética nas organizações empresariais. As energias renováveis, como eólica e solar, se tornam as principais aliadas no processo de descarbonização;
•	criação do mapeamento dos seus fornecedores e também a verificação da adesão das práticas consideradas como mais sustentáveis.
Segundo Barbieri (2019, p.88): “são inúmeros os benefícios da prática de uma gestão Sustentável responsável e eficiente. O autor vem apontar aqui as principais, dentre eles estão”:
•	reforça e melhora a imagem da marca, fornecendo às empresas uma vantagem competitiva;
•	minimiza custos e aumenta a produtividade;
•	torna mais fácil para a empresa cumprir os regulamentos;
•	é atrativo aos colaboradores e investidores;
•	benefícios fiscais;
•	melhora a retenção de funcionários;
•	os consumidores são atraídos por empresas com propósito ambiental;
•	há a diminuição de resíduos;
•	garante a continuidade dos negócios.
Ainda conforme Barbieri (2019), os desafios relacionados à Gestão Sustentável envolvem uma série de exigências, sempre desenvolvendo e explorando determinados recursos, beneficiando tanto as organizações empresariais quanto o Meio Ambiente, de maneira que um não leve à degradação do outro.
Temos como exemplos, conforme Berlim (2018): 
•	Introdução de práticas de Educação Ambiental como ferramentas de fomento para a Gestão Ambiental, uma vez que qualquer ação de proteção ambiental precisa passar pela educação ambiental;
•	Desenvolvimento de novos produtos, serviços e processos; 
•	Simplificação do processo de produção e a redução dos custos de conformidade e de responsabilidade ambiental;
•	Prevenção do impacto ambiental de longo prazo, com uma visão objetiva e sustentável do futuro;
•	Investimento em novas tecnologias ou adaptações para tornar a produção mais sustentável; 
•	Criação e gestão de políticas, ações e programas voltados para a sustentabilidade; 
•	E as mudanças na cultura organizacional e na filosofia da organização.
 
Podemos então perceber através do interesse por práticas sustentáveis das organizações empresarias, uma enorme reocupação no sentido de se conseguir criar uma imagem mais positiva para os seus acionistas, no qual a implementação de programas para estimular uma governança corporativa mais voltada para as questões ambientais pode ser interpretada também como uma estratégia de mercado.
Visando no auxílio de uma estratégia de mercado, existem inúmeras ferramentas que podem ser usadas, tanto na elaboração quanto na definição de estratégia de uma organização empresarial.
Pode-se perceber claramente que na medida que as organizações conseguem se envolver com os problemas ligados ao Meio Ambiente, é adquirida a uma importância estratégica.
Devemos destacar a enorme relevânciada denominada “onda verde”. Esse novo hábito de consumo veio para ficar e cabe às organizações tentar se adaptar e se integram as preocupações ambientais em cada aspecto da administração. O imperativo ambiental envolve toda a cadeia produtiva, portanto, todas as organizações envolvidas no processo de produção necessitam de uma nova postura a qual incorporem ao meio ambiente em suas decisões. 
11. CONCLUSÃO 
Desta forma, a gestão ambiental não se restringe ao simples aspecto interno de uma organização empresarial, muito pelo contrário, vai além, é capaz de romper barreiras e impor profundas mudanças de atitudes 
Podemos então concluir que a intensa preocupação com produtos e processos que respeitam os limites do Meio Ambiente tem sido considerado como algo crescente em todo o cenário mundial. Determinadas ações tem sido realizadas através de projetos e de estratégias de responsabilidade social e sustentabilidade para sensibilizar todos os consumidores, a indústria e o mercado.
É mais do que natural afirmarmos que investir na educação ambiental e na sustentabilidade vem assim se constituir um dos mais importantes meios de alerta social dos riscos que correm toda a humanidade. 
Uma discussão pertinente vem explicar que graças ao advento dos movimentos dentro da nossa sociedade em favor da preservação do Meio Ambiente, fizeram surgir consumidores que passaram a ponderar os impactos de seu padrão de consumo na natureza. Este novo consumidor mais responsável e consciente foi denominado de consumidor ecologicamente correto e seu comportamento de compra foi denominado, consumo sustentável.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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