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PRAKKEN, Henry. On the problem of making autonomous vehicles conform to traffic law, Artificial Intelligence and Law, volume 25, p 341–363, 2017. DOI 10.1007/s10506-017-9210-0. Dentre os problemas a serem resolvidos para veículos autônomos possam participar plenamente no trânsito, um é programá-los de forma que respeitem as leis de trânsito. Tal tarefa pode tornar-se complexa, pois alguns países, como a Holanda , possuem leis com características desafiadoras para IA, como exceções, conflito de regras, regras vagas e necessidade de senso comum. A solução para tal problema poderia vir em parte de programas de raciocínio legal, mas até então a área de IA & Lei pouco tratou desse problema. É necessário que leis de trânsito sejam incluídas na programação de VA, mesmo que esse não raciocine diretamente sobre elas, pois seu comportamento não é totalmente especificado pelo programador, mas sim resultado de habilidades amplas, tanto cognitivas quanto físicas. No tocante à aplicabilidade de "representação de conhecimento" (knowledge representation) e técnicas de raciocínio desenvolvidas em IA & Lei, técnicas baseadas em lógica para raciocínio baseado em regras são amplamente aplicáveis para representar a lógica e hierarquia das leis de trânsito, mas é incapaz de resolver problemas derivados de textos vagos e exceções. Já técnicas argumentativas, para resolver problemas relativos a textos vagos e exceções se mostrou amplamente inaplicável. Uma abordagem promissora foca no desenvolvimento de padrões e diretrizes para a implementação de comportamento adequado à lei com colaboração entre governo, indústria e possivelmente seguradoras. Tal abordagem, entretanto, não dispensa a representação de leis de trânsito. Conclusão É necessário dar maior atenção à situações mundanas envolvendo veículos autônomos, como a inclusão de leis de trânsito em sua programação. O método mais promissor para alcançar tal objetivo é o desenvolvimento de padrões e diretrizes com colaboração entre governo, indústria e possivelmente seguradoras, sendo ainda assim necessário a aplicação da "representação de conhecimento" (knowledge representation) .