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República Oligárquica
HISTÓRIA DO BRASIL 
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
HISTÓRIA DO BRASIL
BRASIL REPUBLICANO: REPÚBLICA OLIGÁRQUICA
A República Oligárquica, com o governo de Prudente de Moraes, iniciou quando a 
República da Espada findou, com o governo de Floriano Peixoto.
Houve transição do projeto positivista para o projeto liberal republicano.
Projetos: liberal, jacobino e positivista.
Política dos Governadores
Uma das grandes sustentações desse regime (1894-1930) é o que pode ser chamado 
de “política dos governadores”.
A política dos governadores, formulada por Campos Sales, funcionava da seguinte 
maneira: o liberalismo estava marcado na pessoa do governador, o qual não sofre inter-
venções do presidente, ou seja, baseia-se na não intervenção nos estados, por essa 
razão, os governadores controlavam uma questão estadual, que não tinha interferência 
do Presidente, mas se devolve para esse apoio político muito importante.
Surge, no Brasil, a política do café com leite:
• café (forte em São Paulo) – poder econômico de São Paulo muito acima da média 
brasileira.
• leite (característico de Minas Gerais) – poder parlamentar do estado de Minas, com 
a maior bancada eleitoral.
Alternava-se: ora um presidente paulista ora um presidente mineiro; havia outros 
estados que participavam dessa perspectiva.
O governador garante o poder das oligarquias dos deputados eleitos no estado, para 
apoiarem o presidente. Além disso, o governador libera verba para os municípios.
O prefeito entrega favores para o coronel, o qual tem um “curral’ eleitoral e voto de 
“cabresto”.
Na Constituição de 1891, o voto ficou instituído como aberto, ou seja, o indivíduo 
devia mostrar em quem ela votava.
Os coronéis dominavam as partes rurais do Brasil, como 70% da população brasileira 
morava no campo, eles possuíam grande influência.
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Os favores que o coronel recebe das verbas para os municípios permite que ele inau-
gure escolas, igrejas e se torne padrinho. Desse modo, ele devolve votos para o prefeito, 
que devolve para o governador e deputados, assim, o apoio chegava ao presidente.
O liberalismo da política dos governadores atende bem os cafeicultores paulistas, 
descentralização política, autonomia dos estados, da república federativa e da adminis-
tração do estado. O setor jacobino não é atendido.
https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/politica-dos-governadores
O sutil equilíbrio entre municípios, estados da federação e governo federal pode 
então armar-se com a forte politização de uma instância – os estados – que, durante 
todo o século XIX, quando ainda eram chamados de províncias, tivera uma função, sobre-
tudo, de mediação administrativa. Agora, com base no peculiar federalismo da primeira 
República brasileira, era possível fazer funcionar a chamada política dos governadores, 
que garantia ao governo federal o apoio necessário – traduzido acima de tudo no forne-
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cimento de uma base eleitoral –, enquanto este oferecia em troca as verbas necessárias 
para a manutenção do prestígio da situação nos estados e municípios e, para casos de 
necessidade, o mecanismo da Comissão de Verificação de Poderes, encarregada de cor-
roborar os resultados eleitorais. Nas raras ocasiões em que as eleições escapavam das 
rédeas da situação, a Comissão simplesmente impedia a titulação dos eleitos.
Obs.: � geralmente, o imperador nomeava os presidentes de província para manter seu 
apoio político.
Quando, mesmo com voto de “cabresto” e “curral” eleitoral, os candidatos não ven-
ciam, mas eram da situação do governo, havia uma forma, pela Comissão de Verificação 
de Poderes, de permitir o resultado político que fosse benéfico para a oligarquia. 
• Oligarquia – grupos de poderes que se alternam, mas em um único grupo político.
Esse período, conhecido como República Oligárquica, se dá, justamente, pelo forte 
controle e influência dos cafeicultores em inúmeros conflitos sociais e participação 
na política.
O Tempo do Liberalismo Oligárquico
Da Proclamação da República à Revolução de 1930. Primeira República (1889-1930) 
Jorge Ferreira e Lucilia de Almeida Neves Delgado (Organizadores).
• Período conhecido como República Oligárquica devido à forte participação e con-
trole do governo por parte dos grandes latifundiários, principalmente cafeicultores;
• Influência dos cafeicultores no comando do país gerou inúmeros conflitos sociais, 
que desestabilizaram o governo;
• Política do Café com Leite (1898 – Formulada por Campos Sales);
• Revezamento entre as oligarquias de SP e MG na linha sucessória do governo;
• SP com a sua riqueza econômica pautada pelo café;
• MG com sua numerosa bancada eleitoral, a maior do Congresso;
 – O poder financeiro e político manteve, por muito tempo e sem questionamentos, 
a autonomia de São Paulo e Minas Gerais.
 – Era uma política excludente e corrupta, que atentava contra a privacidade e liber-
dade das pessoas que votaram.
 – Embora fosse uma política de São Paulo e Minas Gerais, não significa que não exis-
tiu, em algum momento, outro presidente da república. Exemplo: Epitácio Pessoa 
(paraibano).
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• Estabilizar e impedir opositores de chegarem ao poder;
• O Sul, mesmo inferior à SP e MG, sempre fez frente à política do café com leite, por 
sua tradição política e importância econômica;
 – Época da aliança liberal: Rio Grande do Sul, Paraíba e Minas Gerais.
• Clientelismo e a política dos governadores (troca de favores).
 – Uso de poder político estabelecido para que as pessoas se tornem dependentes 
desse governo.
 – Compra de apoio, relação de dependência.
• Patrimonialismo – uso do bem público como algo particular.
• Executivo federal (presidentes) e executivo estadual (governadores).
 – Mandonismo também é uma característica da ideia republicana oligárquica.
A “Degola”: cassação de mandatos de parlamentares ou invalidação de eleições que 
pusessem em risco a hegemonia da Política do café com leite; 
Depois da Constituição de 1891, não havia mais o voto censitário, mas também não 
existia o voto do analfabeto, da mulher, pessoas em situação de ruas, entre outros esta-
mentos sociais.
Desse modo, há amplitude do voto, pois não mais se cobra renda, mas ainda há exclu-
são do voto, por retirar os analfabetos da condição de votantes, falta do voto da mulher 
etc. Esses padrões excludentes eram similares aos vistos no império. Assim, é um bene-
fício, porém, traz um prejuízo em razão da nova fórmula de organizar o Estado.
Na república oligárquica, não era necessário comprovar renda para votar, mas era preciso 
comprovar a alfabetização.
O padrão do voto de”cabresto”, chefiado pelo coronelismo, era também um padrão corrupto.
CORONELISMO E O VOTO DE CABRESTO
• Coronelismo: termo que define o regime de controle e fraude eleitoral empregado 
pelos grandes proprietários rurais, denominados coronéis (desde a criação da guarda 
nacional em 1831), sobre seus trabalhadores;
• Liderança de famílias ricas (grandes proprietárias de terras);
• Ao realizar uma cronologia reversa, muitos fazendeiros atuais são donos de terras 
improdutivas.
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• Mandonismo baseado no grau de subalternidade da massa, miserável e analfabeta 
que dependia dos coronéis;
 – O mandonismo, clientelismoe patrimonialismo mostram que a política oligár-
quica brasileira (política dos governadores) privilegiou os coronéis.
• A legislação beneficiava a concentração latifundiária (oligarquização da terra);
• Padrões excludentes e antidemocráticos do império;
 – Quando não há justiça eleitoral, transparência nas eleições, além de haver domí-
nio de classes mais altas e enriquecidas em detrimento das menos favorecidas, 
não há democracia. 
• Voto de cabresto: roubo e fraude de urnas, votos forjados, uso da violência contra 
votantes etc.;
 – Princípio extremamente excludente, desonesto, corrupto e centralizador dos 
benefícios na mão de uma pequena parte da sociedade brasileira.
• Integrantes de ordens religiosas, militares de baixa patente (praças), mulheres e 
analfabetos eram impedidos de votar:
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• Analfabetos eram retirados da condição de cidadãos, isentando o Estado da res-
ponsabilidade de fornecer ensino público a eles.
 – Em outros termos, se o indivíduo não era um cidadão, o Estado não governava 
para ele. Esse pensamento gerou descontentamentos.
 – É proposital a falta de cidadania para os analfabetos e demais cidadãos brasileiros.
 – Ao tirar o analfabeto da condição de cidadão e não o fornecer ensino, garante-se 
uma pequena participação política nas eleições, que torna mais fácil o controle 
dos resultados.
 – Ao excluir a mulher, militares e analfabetos das eleições, certamente, a maioria da 
população não vota, assim, todo o controle torna-se mais fácil de ser executado 
pelos coronéis e políticos oligárquicos brasileiros da República Velha. 
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��������������������������������� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.