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CONCURSO IFRO 2024 - EDITAL Nº 20/2024/REIT - CEA/IFRO, DE 11 DE ABRIL DE 2024 LINGUA PORTUGUESA 1. COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. São habilidades essenciais para uma comunicação eficaz e uma compreensão profunda do conteúdo. Compreensão de Textos: • Envolve a capacidade de extrair informações significativas de um texto, identificar ideias principais e detalhes relevantes. • Requer habilidades como leitura, interpretação de vocabulário, compreensão de estrutura textual e reconhecimento de ideias implícitas. Interpretação de Textos: • Vai além da simples compreensão, envolvendo a análise crítica e a atribuição de significados mais profundos aos conteúdos do texto. • Implica em examinar o texto em seu contexto mais amplo, considerando fatores como o propósito do autor, público-alvo e contexto sociocultural. Estratégias para Compreensão e Interpretação: • Leitura ativa: envolve o engajamento ativo com o texto, fazendo perguntas, sublinhando pontos importantes e fazendo anotações. • Identificação de palavras-chave: reconhecer termos essenciais que ajudam a entender o significado geral do texto. • Análise de estrutura textual: compreender a organização do texto, como introdução, desenvolvimento e conclusão, para identificar a sequência lógica das ideias. • Inferências e previsões: fazer suposições baseadas nas informações do texto e antecipar o que pode acontecer a seguir. • Relacionar com conhecimento prévio: conectar o texto com experiências pessoais, conhecimentos prévios e outras leituras para ampliar a compreensão. Abordagem de Gêneros Variados: • Reconhecer diferentes tipos e gêneros textuais, como narrativos, argumentativos, informativos e poéticos, e entender suas características específicas. • Adaptar as estratégias de compreensão e interpretação de acordo com o gênero do texto, reconhecendo suas convenções e propósitos específicos. • Considerar o contexto cultural, histórico e social do texto para uma interpretação mais completa e precisa. Em resumo, a compreensão e interpretação de textos de gêneros variados são habilidades complexas que envolvem não apenas entender as palavras, mas também entender o significado por trás delas. Isso requer prática, pensamento crítico e uma abordagem ativa à leitura. 2. TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS referem-se às diferentes categorias e formas que os textos podem assumir, dependendo de seu propósito, estrutura e características linguísticas. 1. Tipos de Textos: • Literários: São textos que têm como objetivo principal o entretenimento e a expressão artística. Exemplos incluem contos, romances, poemas e peças teatrais. • Não-literários: Englobam textos que têm uma finalidade comunicativa ou informativa. Podem ser subdivididos em: • Informativos: Transmitem informações sobre fatos, eventos ou conhecimentos. Exemplos incluem notícias, artigos de enciclopédias e relatórios técnicos. • Argumentativos: Têm o objetivo de persuadir ou convencer o leitor sobre uma determinada ideia ou ponto de vista. Exemplos incluem ensaios, crônicas, discursos e debates. • Expositivos: São textos que explicam ou apresentam informações de forma clara e organizada. Exemplos incluem exposições, aulas expositivas e palestras. • Instrucionais: Possuem o propósito de orientar o leitor sobre como fazer algo. Exemplos incluem manuais, tutoriais e receitas culinárias. • Persuasivos: Buscam influenciar as opiniões, atitudes ou comportamentos do leitor através de argumentos persuasivos. Exemplos incluem anúncios publicitários, cartas de vendas e campanhas políticas. 2. Gêneros Textuais: • Narrativos: Contam uma história, geralmente com personagens, cenários e uma sequência de eventos. Exemplos incluem contos, romances, novelas e fábulas. • Dramáticos: São textos escritos para serem encenados, apresentando diálogos entre personagens e descrevendo ações. Exemplos incluem tragédias, comédias e dramas teatrais. • Poéticos: São textos caracterizados por sua linguagem estilizada e expressiva, frequentemente focados na criação de imagens e na exploração de emoções. Exemplos incluem poemas líricos, épicos e sonetos. • Argumentativos: Apresentam uma tese ou ponto de vista sobre um determinado tema, apoiado por argumentos e evidências. Exemplos incluem ensaios, editoriais e artigos de opinião. • Informativos: Transmitem informações factuais de forma objetiva e clara. Exemplos incluem notícias, reportagens e textos científicos. • Instrucionais: São textos que fornecem instruções passo a passo sobre como realizar uma determinada tarefa. Exemplos incluem manuais de instrução, guias de uso e tutoriais. • Persuasivos: Têm o objetivo de persuadir o leitor a adotar um determinado ponto de vista ou agir de uma certa maneira. Exemplos incluem anúncios publicitários, discursos políticos e cartas de vendas. Esses tipos e gêneros textuais abrangem uma ampla gama de formas de expressão escrita e desempenham papéis distintos na comunicação humana, adaptando-se a diferentes propósitos e contextos de uso. 3. NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA, implementado no Brasil em 2009, trouxe algumas mudanças importantes na ortografia da língua. Aqui está um resumo das principais alterações, com exemplos: 1. Acentuação Gráfica: • Abolição do acento circunflexo nas vogais "i" e "u" tônicas seguidas de "m" ou "n" e precedidas de vogal, como em "ideia", "rainha". • Abolição do acento diferencial em palavras homógrafas, como "pára" (verbo parar) e "para" (preposição). • Permanência dos acentos nos ditongos abertos "éi" e "ói" das palavras paroxítonas, como "heróico", "jóia". 2. Hifenização: • Eliminação do hífen em palavras compostas formadas por prefixos terminados em vogal seguidos de palavras iniciadas com "r" ou "s", como "antirreligioso", "semirreta". • Manutenção do hífen em palavras compostas formadas por prefixos seguidos de palavras iniciadas com "h", como "anti-higiênico". 3. Uso do "h": • Supressão do "h" em palavras como "haver", "havemos", "enxofre". 4. Uso do "s": • Substituição do "ss" por "s" em algumas palavras, como "direto" (antes "directo"), "transação" (antes "transacção"). 5. Uso do "c" e "ç": • Eliminação do uso do "ç" em palavras como "acção", "correcção", que passaram a ser escritas como "ação" e "correção", respectivamente. 6. Grafia de Palavras Estrangeiras: • Adaptação da grafia de palavras estrangeiras ao português, como "hobby" que passou a ser escrito sem o acento, "quórum" que perdeu o acento circunflexo, etc. Essas são apenas algumas das principais mudanças promovidas pelo Novo Acordo Ortográfico. É importante ressaltar que o objetivo do acordo é padronizar a ortografia da língua portuguesa, facilitando a comunicação entre os países lusófonos e tornando a língua mais acessível e uniforme. EXTRA - Palavras Oxítonas, paroxitonas e proparoxitonas. As palavras podem ser classificadas de acordo com a posição da sílaba tônica em relação ao final da palavra. As principais classificações são oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. 1. Palavras Oxítonas: • São aquelas em que a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. • Exemplos: café, feliz, sofá, também, cipó. • Observação: Na língua portuguesa, as palavras oxítonas acentuadas têm acento gráfico quando terminadas em vogal, "s" ou "m". Exemplo: café, armazém. 2. Palavras Paroxítonas: • São aquelas em que a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. • Exemplos: banana, lápis, fácil, câmera, livro. • Observação: Na língua portuguesa, a maioria das palavras paroxítonas é acentuada graficamente. Exemplo: fácil, câmera. 3. Palavras Proparoxítonas: • São aquelas em que a sílaba tônica é a antepenúltima sílaba da palavra. • Exemplos: álbum, música, plástico, câncer, bússola. • Observação: Todas as palavras proparoxítonassão acentuadas graficamente na língua portuguesa. Exemplo: álbum, música. Essas classificações são importantes na ortografia e na acentuação gráfica das palavras na língua portuguesa. O conhecimento sobre a posição da sílaba tônica ajuda na correta escrita e pronúncia das palavras, além de facilitar a compreensão e a comunicação em geral. 4. O EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA NA LÍNGUA PORTUGUESA segue regras específicas que ajudam a distinguir a pronúncia e o significado das palavras. 1. Acento Agudo (´): • Indica a tonicidade da sílaba. • Utilizado nas vogais "á", "é", "í", "ó" e "ú". • Exemplos: • Café • Pé • Avó • Álcool • Vírus 2. Acento Circunflexo (^): • Pode indicar a tonicidade da sílaba, assim como o acento agudo. • Utilizado nas vogais "â", "ê", "ô". • Exemplos: • Câmera • Crê • Vôo 3. Acento Grave (`): • Utilizado em casos específicos como nos casos de crase. • Indica a contração da preposição "a" com o artigo definido feminino "a". • Exemplos: • Vou à escola. • Refiro-me à carta. 4. Acentuação de Palavras Oxítonas: • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em "a", "e", "o", seguidas ou não de "s". • Exemplos: • Sofá • Café • Parabéns 5. Acentuação de Palavras Paroxítonas: • São acentuadas as palavras paroxítonas que não terminam em "a", "e", "o", "em", "ens". • Exemplos: • Fácil • Cômodo • Táxi 6. Acentuação de Palavras Proparoxítonas: • Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas. • Exemplos: • Cômodo • Fácil • Álgebra 5. OS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL são recursos linguísticos utilizados para garantir a conexão e a fluidez entre as diferentes partes de um texto. Eles são essenciais para que o texto apresente uma estrutura coesa e faça sentido para o leitor. 1. Referenciação: • Consiste no uso de pronomes, advérbios e expressões para fazer referência a elementos já mencionados no texto. • Exemplo: "Maria comprou um livro. Ela o leu rapidamente." 2. Substituição: • Refere-se à substituição de uma palavra ou expressão por outra que já foi mencionada anteriormente no texto. • Exemplo: "O carro era vermelho. Ele estava em boas condições." 3. Ellipsis: • Consiste na omissão de uma palavra ou expressão já mencionada, mas que pode ser facilmente identificada pelo contexto. • Exemplo: "Pedro gosta de futebol; Maria, de vôlei." 4. Conectores: • São palavras ou expressões que estabelecem relações lógicas entre as diferentes partes do texto, como adição, comparação, causa, consequência, entre outras. • Exemplo: "Além disso, estudou para a prova." 5. Coesão Lexical: • Refere-se ao uso de palavras com significados relacionados para garantir a continuidade temática do texto. • Exemplo: "A floresta estava densa. Árvores altas e frondosas cobriam o céu." 6. Repetição: • Consiste na repetição de palavras ou expressões para enfatizar determinados pontos ou conceitos. • Exemplo: "A educação é a chave para o desenvolvimento. É importante investir na educação." Esses mecanismos são fundamentais para que um texto apresente uma estrutura coesa e seja compreendido de forma clara e fluente pelo leitor. Ao utilizá-los de forma adequada, o escritor é capaz de estabelecer uma sequência lógica de ideias e criar uma narrativa coesa e consistente. 6. O EMPREGO DE ELEMENTOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, REPETIÇÃO, CONECTORES 1. Referenciação: • Consiste no uso de pronomes, advérbios e expressões para fazer referência a elementos já mencionados no texto. • Exemplo: "João comprou um carro novo. O veículo era vermelho." 2. Substituição: • Refere-se à substituição de uma palavra ou expressão por outra que já foi mencionada anteriormente no texto. • Exemplo: "Ana comprou um carro. Ela estava feliz com a compra." 3. Repetição: • Consiste na repetição de palavras ou expressões para enfatizar determinados pontos ou conceitos. • Exemplo: "A educação é fundamental. Investir na educação é investir no futuro." 4. Conectores: • São palavras ou expressões que estabelecem relações lógicas entre as diferentes partes do texto, como adição, comparação, causa, consequência, entre outras. • Exemplo de adição: "Além disso, é importante estudar para a prova." • Exemplo de comparação: "Da mesma forma que os pássaros voam, os peixes nadam." • Exemplo de causa: "Como choveu muito, as ruas estão alagadas." • Exemplo de consequência: "Portanto, é necessário agir com cautela." 5. Outros Elementos de Sequenciação Textual: • Expressões de tempo: indicam a ordem cronológica dos eventos. • Exemplo: "Primeiro, vamos ao mercado. Depois, iremos ao cinema." • Expressões de conclusão: indicam o encerramento de um argumento ou ideia. • Exemplo: "Em suma, é preciso agir com responsabilidade." • Expressões de comparação: estabelecem relações de semelhança ou diferença entre elementos. • Exemplo: "Assim como o sol, ela iluminava o ambiente." Esses elementos contribuem para a coesão textual, facilitando a compreensão do texto pelo leitor e proporcionando uma sequência lógica e fluida das ideias apresentadas. Ao utilizá-los de forma adequada, o escritor torna o texto mais claro, organizado e coeso. 7. O EMPREGO E A CORRELAÇÃO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS são aspectos fundamentais na construção de uma comunicação clara e coerente em um texto. Tempo Verbal: • Refere-se ao momento em que a ação ocorre: passado, presente ou futuro. • Exemplo: • Passado: "Ontem eu estudei para a prova." • Presente: "Eu estudo para a prova todos os dias." • Futuro: "Amanhã eu estudarei para a prova." 2. Modo Verbal: • Refere-se à atitude do falante em relação à ação verbal, como indicativo, subjuntivo e imperativo. • Exemplo: • Indicativo: "Ele estuda todos os dias." • Subjuntivo: "Espero que ele estude todos os dias." • Imperativo: "Estude todos os dias!" 3. Correlação de Tempos e Modos: • Consiste na escolha adequada dos tempos e modos verbais para garantir a coerência e a precisão das relações temporais no texto. • Exemplo: • "Se ele estudasse mais, passaria na prova." (subjuntivo no condicional) • "Ele estudou muito e passou na prova." (indicativo no passado simples) 4. Concordância Verbal: • Refere-se à adequação entre o verbo e o sujeito em número e pessoa. • Exemplo: • "Ela estuda." (sujeito singular) • "Elas estudam." (sujeito plural) 5. Regência Verbal: • Refere-se às relações entre o verbo e os complementos que o acompanham. • Exemplo: • "Gosto de estudar." (verbo transitivo indireto) • "Preciso de ajuda." (verbo transitivo direto e indireto) 6. Emprego do Subjuntivo: • Utilizado para expressar possibilidade, desejo, dúvida, entre outros sentimentos. • Exemplo: • "Espero que ele estude para a prova." • "Tomara que ela passe no vestibular." O emprego e a correlação adequados de tempos e modos verbais são essenciais para transmitir com precisão as informações e nuances de significado no texto. Ao utilizá-los de maneira correta, o escritor assegura a clareza e a coesão do seu texto, garantindo uma comunicação eficaz com o leitor. 8. A ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO se refere à organização gramatical das palavras e das frases dentro de uma unidade de sentido completa, chamada de período. 1. Sujeito e Predicado: • O sujeito é o termo da oração que realiza ou sofre a ação verbal. • O predicado é o termo da oração que contém a ação verbal. • Exemplo: "Maria (sujeito) comprou (predicado) um livro." 2. Termos Integrantes do Verbo: • Complementam o sentido do verbo e são indispensáveis para a compreensão da mensagem. • Exemplo de objeto direto: "Ela comprou um livro." • Exemplo de objeto indireto: "Ela deu um presente para ele." 3. Adjunto Adnominal e Adjunto Adverbial: • O adjunto adnominal é um termo que acompanha o nome, qualificando-oou especificando-o. • O adjunto adverbial é um termo que modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio advérbio. • Exemplo de adjunto adnominal: "O livro interessante foi lido por ela." • Exemplo de adjunto adverbial: "Ela estudou para a prova com dedicação." 4. Complemento Nominal e Agente da Passiva: • O complemento nominal completa o sentido de um nome transitivo, atribuindo-lhe uma qualidade ou característica. • O agente da passiva indica quem realiza a ação expressa pelo verbo na voz passiva. • Exemplo de complemento nominal: "Ela tinha orgulho do seu trabalho." • Exemplo de agente da passiva: "O livro foi escrito pelo autor." 5. Voz Verbal: • Indica a relação entre o sujeito e o verbo na oração, podendo ser ativa, passiva ou reflexiva. • Exemplo de voz ativa: "Ele escreveu um livro." • Exemplo de voz passiva: "O livro foi escrito por ele." • Exemplo de voz reflexiva: "Ela se preparou para a prova." 6. Orações Subordinadas: • São orações que dependem de outra (oração principal) para completar seu sentido. • Exemplo de oração subordinada substantiva objetiva direta: "Ele disse que estudaria para a prova." Esses são alguns dos elementos que compõem a estrutura morfossintática do período, contribuindo para a organização e a compreensão das ideias expressas na frase ou no texto. A correta utilização desses elementos é fundamental para garantir a clareza e a coesão do discurso. 9. AS RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO são responsáveis por conectar elementos de igual valor sintático em um texto, proporcionando fluidez e coesão à linguagem escrita. 1. Coordenação entre Orações: • Ocorre quando duas ou mais orações independentes são ligadas por meio de conjunções coordenativas. • Exemplo: "Ela estudou para a prova e passou com sucesso." • "Ela estudou para a prova" é uma oração independente. • "Passou com sucesso" é outra oração independente. • A conjunção coordenativa "e" conecta as duas orações, indicando uma relação de adição. 2. Conjunções Coordenativas: • São palavras que conectam orações ou termos equivalentes. • Exemplos: e, mas, ou, nem, porém, todavia, contudo, portanto, logo, pois, porque. • Exemplo: "Ele queria ir ao cinema, mas não tinha dinheiro." 3. Coordenação entre Termos da Oração: • Ocorre quando dois ou mais termos de mesma função sintática são ligados por meio de conjunções coordenativas. • Exemplo: "Eu gosto de café e de chá." • "De café" e "de chá" são dois complementos nominais da preposição "de". • A conjunção coordenativa "e" os une, indicando uma relação de adição. 4. Termos Equivalentes: • São termos que desempenham a mesma função sintática na frase. • Exemplo: "Maria e João foram ao parque." • "Maria" e "João" são sujeitos da oração. • A conjunção "e" coordena os dois sujeitos. 5. Paralelismo Sintático: • Consiste na repetição de uma mesma estrutura sintática ao longo do texto. • Exemplo: "Ele gosta de nadar, correr e saltar." • Os três verbos (nadar, correr e saltar) estão na mesma forma verbal (infinitivo) e desempenham a mesma função na frase, criando um paralelismo sintático. 6. Elipse: • É a omissão de termos já mencionados, mas que podem ser facilmente inferidos pelo contexto. • Exemplo: "Ela prefere estudar à tarde; ele, pela manhã." • O sujeito da segunda oração ("ele") é omitido, mas pode ser inferido a partir do contexto. Esses são alguns dos principais aspectos das relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. A correta utilização desses recursos contribui para a clareza, a harmonia e a fluidez do texto. 10. AS RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES ocorrem quando uma parte do texto depende diretamente de outra para completar seu sentido. Essa dependência cria uma hierarquia na estrutura da frase, onde uma parte desempenha uma função principal (oração principal) e outra parte desempenha uma função secundária (oração subordinada). 1. Subordinação entre Orações: • Ocorre quando uma oração depende de outra para completar seu sentido, sendo chamada de oração subordinada. • Exemplo: "Ela estudou muito porque queria passar no vestibular." • "Ela estudou muito" é a oração principal. • "Porque queria passar no vestibular" é a oração subordinada, que expressa a causa da ação da oração principal. 2. Conjunções Subordinativas: • São palavras que introduzem orações subordinadas, estabelecendo uma relação de subordinação entre elas. • Exemplos: que, se, como, quando, porque, embora, enquanto, conforme, desde que. • Exemplo: "Ele só sairá quando terminar o trabalho." • "Quando terminar o trabalho" é uma oração subordinada temporal introduzida pela conjunção "quando". 3. Tipos de Orações Subordinadas: • Substantivas: desempenham função de substantivo na frase. • Exemplo: "Ele sabe que precisa estudar." • Adjetivas: desempenham função de adjetivo, modificando um substantivo. • Exemplo: "O livro que comprei é muito interessante." • Adverbiais: desempenham função de advérbio, modificando um verbo, adjetivo ou outro advérbio. • Exemplo: "Vou sair quando terminar o trabalho." 4. Subordinação entre Termos da Oração: • Ocorre quando um termo depende diretamente de outro para completar seu sentido dentro da oração. • Exemplo: "Ela gosta de estudar." • "De estudar" é uma subordinação do verbo "gostar", funcionando como complemento nominal. 5. Orações Reduzidas: • São orações subordinadas que não possuem conectivo subordinativo e, muitas vezes, omitem o sujeito. • Exemplo: "Estudando muito, ela passou no vestibular." • "Estudando muito" é uma oração reduzida de gerúndio, subordinada à oração principal "ela passou no vestibular". Esses são alguns dos principais aspectos das relações de subordinação entre orações e entre termos da oração. A correta utilização desses recursos contribui para a coesão e a coerência do texto, além de permitir uma expressão mais rica e variada das ideias apresentadas. 11. O EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO é fundamental para organizar e estruturar a escrita, garantindo a clareza e a fluidez do texto. 1. Ponto Final (.): • Utilizado para indicar o final de uma frase declarativa ou imperativa. • Exemplo: "Ela foi ao mercado." 2. Vírgula (,): • Empregada para separar elementos dentro da frase, indicar pausas e dar clareza à estrutura sintática. • Exemplo: "Eu gosto de estudar, ler e escrever." 3. Ponto e Vírgula (;): • Utilizado para separar orações coordenadas entre si ou para separar itens em uma enumeração. • Exemplo: "Ela foi à escola; ele, ao trabalho." 4. Dois-Pontos (:): • Empregados para introduzir citações, listas, esclarecimentos ou consequências. • Exemplo: "Ele disse: 'Estou pronto.'" "Ela tinha três opções: estudar, trabalhar ou viajar." 5. Ponto de Interrogação (?): • Indica uma pergunta. • Exemplo: "Você vai à festa?" 6. Ponto de Exclamação (!): • Indica entonação enfática, exclamação ou surpresa. • Exemplo: "Que belo dia!" 7. Aspas (" "): • Utilizadas para destacar citações, títulos, palavras estrangeiras, ironias ou neologismos. • Exemplo: Ele disse: "Estou cansado de estudar." 8. Parênteses (( )): • Empregados para inserir comentários, explicações ou informações adicionais. • Exemplo: "Ela saiu para correr (ela faz isso todos os dias)." 9. Travessão (—): • Utilizado para indicar interrupção abrupta no discurso, introduzir falas em diálogos ou destacar elementos. • Exemplo: "Ela começou a falar — mas foi interrompida." 10. Reticências (...): • Indicam uma pausa, uma continuação, uma hesitação ou uma suspensão do pensamento. • Exemplo: "Eu não sei... Talvez..." 11. Barra (/): • Empregada para indicar alternativas, separar datas, horas, números e expressões. • Exemplo: "Ele gosta de estudar/trabalhar." 12. A CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL são aspectos fundamentais da gramáticada língua portuguesa, que se referem à harmonização entre os elementos da frase, garantindo que estejam em concordância em relação ao gênero, número e pessoa. 1. Concordância Verbal: • Refere-se à concordância entre o verbo e o seu sujeito em número e pessoa. • Exemplo: "Ele estuda (verbo na terceira pessoa do singular)." • Exemplo com sujeito composto: "João e Maria estudam (verbo na terceira pessoa do plural)." 2. Concordância Nominal: • Refere-se à concordância entre o substantivo (ou pronome) e seus modificadores (adjetivos, artigos, etc.) em gênero e número. • Exemplo: "A casa é bonita (adjetivo concorda com o substantivo feminino singular)." • Exemplo com plural: "As casas são bonitas (adjetivo concorda com o substantivo feminino plural)." 3. Casos Especiais de Concordância: • Particípio como adjetivo: O particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere quando utilizado como adjetivo. • Exemplo: "As crianças estão cansadas (particípio concorda com o substantivo feminino plural)." • Verbo haver no sentido de existir: Quando o verbo haver é usado como verbo impessoal, fica no singular. • Exemplo: "Há muitas pessoas na festa." • Verbos ser e estar com predicativo: O predicativo do sujeito concorda em gênero e número com o sujeito quando o verbo ser indica estado permanente e com o sujeito quando o verbo estar indica estado transitório. • Exemplo: "Ela é feliz (predicativo concorda com o sujeito feminino singular)." • Exemplo com estar: "Ela está feliz (predicativo concorda com o sujeito feminino singular)." 4. Concordância com Pronomes Pessoais: • Os pronomes pessoais do caso reto devem concordar em número e pessoa com o verbo. • Exemplo: "Nós vamos ao cinema (pronome na primeira pessoa do plural concorda com o verbo na primeira pessoa do plural)." A correta aplicação da concordância verbal e nominal é essencial para a clareza e a correção gramatical do texto. Erros de concordância podem comprometer a compreensão da mensagem e prejudicar a qualidade da comunicação escrita. 13. O SINAL INDICATIVO DE CRASE (`) é um dos aspectos mais complexos da gramática portuguesa e ocorre quando há a fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a" ou com os pronomes demonstrativos "aquela(s)" e "aquilo". 1. Antes de Palavras Femininas: • Ocorre quando a preposição "a" se funde ao artigo definido feminino "a". • Exemplo: "Vou à escola." • "à" = a (preposição) + a (artigo feminino) 2. Antes de Pronomes Demonstrativos Femininos: • Também ocorre quando a preposição "a" se funde ao pronome demonstrativo feminino "a(s)". • Exemplo: "Refiro-me àquela ideia." • "à" = a (preposição) + aquela(s) (pronome demonstrativo feminino) 3. Antes de Locuções Femininas: • A crase também é utilizada antes de locuções femininas que exigem o uso da preposição "a". • Exemplo: "Ele foi à pé." • "à" = a (preposição) + a (locução "a pé") 4. Antes de Nomes Próprios Femininos: • O uso da crase antes de nomes próprios femininos é facultativo e depende da presença ou não de determinantes. • Exemplo (com determinante): "Vou à Maria." • Exemplo (sem determinante): "Vou a Maria." 5. Locuções Prepositivas: • A crase não ocorre antes de locuções prepositivas que não exigem o uso da preposição "a". • Exemplo: "Ele foi até a casa dela." • "até a" é uma locução prepositiva que não requer a preposição "a" antes do termo feminino "casa". 6. Antes de Verbos: • A crase não é utilizada antes de verbos. • Exemplo: "Ele se referiu a ela." O emprego do sinal indicativo de crase requer atenção, pois seu uso inadequado pode gerar erros gramaticais. É importante lembrar que a crase só ocorre quando há a fusão da preposição "a" com o artigo ou pronome demonstrativo feminino, antes de palavras femininas específicas. 14. A COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS R efere-se à posição desses pronomes em relação ao verbo na frase. Os pronomes átonos são os pronomes oblíquos que não possuem tonicidade própria e, por isso, se ligam diretamente ao verbo ou a outras palavras da frase. Aqui está um resumo sobre a colocação dos pronomes átonos, com exemplos: 1. Colocação Próclise: • A próclise ocorre quando o pronome átono vem antes do verbo. • Exemplo: "Ele se lembra da infância." • "Se" é o pronome átono colocado antes do verbo "lembra". 2. Colocação Ênclise: • A ênclise ocorre quando o pronome átono vem depois do verbo. • Exemplo: "Lembrar-se da infância é importante." • "Se" é o pronome átono colocado depois do verbo "lembrar". 3. Colocação Mesóclise: • A mesóclise ocorre quando o pronome átono é colocado no meio do verbo, entre o radical e a desinência verbal. Este caso é específico para os verbos no futuro do presente ou do pretérito, desde que não estejam no imperativo afirmativo. • Exemplo: "Ele se lembrará da infância." • "Se" é o pronome átono colocado entre o radical "lembr" e a desinência verbal "ará". 4. Fatores Determinantes da Colocação: • A ênclise é a colocação mais comum e é utilizada principalmente: • Em verbos no imperativo afirmativo: "Dê-me um exemplo." • Após as formas verbais no infinitivo, gerúndio e particípio: "Vou-me embora." • A próclise é usada em várias situações, incluindo: • Quando há palavra atrativa, como negações, advérbios, conjunções subordinativas: "Não se esqueça." • Em frases iniciadas por pronomes relativos ou interrogativos: "Quem se importaria?" • A mesóclise é menos comum e geralmente é reservada para situações formais ou literárias. A correta colocação dos pronomes átonos é importante para a clareza e a correção gramatical da frase. A escolha entre próclise, ênclise e mesóclise depende de fatores como o tipo de verbo, a presença de palavras atrativas e o contexto linguístico. 15. REESCRITURA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO A reescrita de frases e parágrafos é uma habilidade crucial para escritores, editores e qualquer pessoa envolvida na produção de textos. Essa prática envolve a reformulação de partes do texto para melhorar sua clareza, coesão, fluidez e impacto. 1. Simplificação e Clarificação: Simplificar frases complexas e substituir vocabulário obscuro por termos mais simples e acessíveis, tornando o texto mais compreensível. Exemplo: Original: "A eficácia da intervenção foi comprovada através da observação de uma diminuição significativa na incidência de complicações pós-operatórias." Reescrita: "A intervenção foi eficaz, pois houve uma redução significativa nas complicações após a cirurgia." 2. Reorganização da Estrutura: Alterar a ordem das palavras ou cláusulas para melhorar o fluxo e a coerência do texto. Exemplo: Original: "Após o treino intenso, os atletas sentiram-se exaustos e, consequentemente, tiveram um desempenho inferior na competição." Reescrita: "Os atletas sentiram-se exaustos após o treino intenso, o que resultou em um desempenho inferior na competição." 3. Eliminação de Redundância: Remover informações repetitivas ou desnecessárias que não contribuem para o significado do texto. Exemplo: Original: "O novo plano estratégico foi desenvolvido com o propósito de traçar novas estratégias e planos para o futuro." Reescrita: "O novo plano estratégico foi desenvolvido para traçar estratégias e planos futuros." 4. Correção de Ambiguidade: Esclarecer frases ambíguas que podem levar a interpretações diferentes. Exemplo: Original: "Ele disse ao amigo que seu irmão deu-lhe o presente." Reescrita: "Ele disse ao amigo que o irmão dele deu-lhe o presente." 5. Substituição de Expressões Ineficazes: Trocar expressões fracas ou clichês por alternativas mais precisas e expressivas. Exemplo: Original: "A situação foi muito ruim para todos os envolvidos." Reescrita: "A situação foi desastrosa para todos os envolvidos." Essas são apenas algumas das técnicas comuns utilizadas na reescrita defrases e parágrafos. Cada texto e contexto podem exigir abordagens diferentes, mas o objetivo principal é sempre aprimorar a qualidade e a eficácia da comunicação escrita. 16. SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO A substituição de palavras ou trechos de texto é uma prática essencial na escrita para diversificar o vocabulário, evitar repetições e tornar o texto mais interessante e expressivo. 1. Sinônimos: Substituir uma palavra por um sinônimo adequado para evitar repetições e enriquecer o vocabulário. Exemplo: Original: "O gato era muito grande." Substituição: "O gato era muito volumoso." 2. Reformulação: Alterar a estrutura ou a forma de uma frase sem alterar seu significado básico. Exemplo: Original: "Ela decidiu ir ao parque para passear com o cachorro." Substituição: "Decidiu-se que ela iria ao parque para passear com o cachorro." 3. Expressões Idiomáticas: Utilizar expressões idiomáticas ou frases feitas para adicionar cor e vivacidade ao texto. Exemplo: Original: "Ele estava muito feliz." Substituição: "Ele estava nas nuvens." 4. Ampliação do Contexto: Adicionar informações adicionais para ampliar o contexto e enriquecer a descrição. Exemplo: Original: "Ela comprou um carro." Substituição: "Ela comprou um carro vermelho brilhante." 5. Inversão: Trocar a ordem das palavras ou cláusulas para criar uma variação na estrutura da frase. Exemplo: Original: "O sol brilhava no céu azul." Substituição: "No céu azul, o sol brilhava." 6. Metáforas ou Figuras de Linguagem: Usar metáforas, comparações ou figuras de linguagem para tornar o texto mais vívido e expressivo. Exemplo: Original: "O mar estava calmo." Substituição: "O mar era um espelho tranquilo." Essas são apenas algumas das técnicas comuns utilizadas na substituição de palavras ou trechos de texto. Cada texto e contexto podem exigir abordagens diferentes, mas o objetivo principal é sempre enriquecer a linguagem e melhorar a comunicação escrita. 17. A ANÁLISE DO DISCURSO (AD) é uma abordagem teórico-metodológica que visa compreender como os discursos produzidos socialmente constroem sentidos e representações. Dentro desse campo, os pressupostos, subentendidos e implícitos desempenham papéis fundamentais na interpretação dos discursos. Aqui está um resumo sobre cada um desses conceitos, com exemplos: 1. Pressupostos: • Os pressupostos são elementos implícitos presentes nos discursos que são tomados como verdadeiros ou conhecidos pelo falante e pelo interlocutor. Eles não são explicitamente afirmados, mas são fundamentais para a construção de sentidos. • Exemplo: "A reunião foi cancelada." O pressuposto implícito aqui é que a reunião estava previamente agendada. 2. Subentendidos: • Os subentendidos são sentidos que podem ser inferidos a partir do texto, mas que não são expressos diretamente pelas palavras utilizadas. Eles dependem da interpretação contextual e cultural para serem compreendidos. • Exemplo: "Ele comprou um carro novo." O subentendido aqui pode ser que o carro anteriormente utilizado não era novo. 3. Implícitos: • Os implícitos são significados que estão contidos no discurso de forma velada, requerendo uma análise mais profunda para serem identificados. Eles não estão explícitos no texto, mas podem ser inferidos a partir de pistas linguísticas e contextuais. • Exemplo: "Ela é uma estudante muito dedicada." O implícito pode ser que a pessoa que está falando está elogiando a dedicação da estudante. Esses conceitos são centrais na Análise do Discurso porque destacam a complexidade e a riqueza dos discursos, mostrando que o sentido não está apenas nas palavras explicitamente utilizadas, mas também nas entrelinhas, nos contextos sociais e nas relações de poder. A compreensão dos pressupostos, subentendidos e implícitos é essencial para uma análise crítica e profunda dos discursos e das práticas sociais.