Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
1 marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 2 Você acaba de adquirir o material de estudos para o concurso da Caixa Econômica Federal – CEF. Esse material é totalmente focado no certame e aborda os principais pontos do edital da disciplina de Língua Portuguesa. Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com. Bons Estudos! Rumo à aprovação!! marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 mailto:cadernomapeado@gmail.com 3 SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 7 ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................ 8 1) TONICIDADE .............................................................................................................................................. 8 2) ACENTUAÇÃO ........................................................................................................................................... 9 2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa ............................................................... 9 2.2) Outras regras.......................................................................................................................................... 9 3) HÍFEN ........................................................................................................................................................ 10 3.1) Hífen com prefixos ............................................................................................................................. 11 3.2) Hífen entre palavras ........................................................................................................................... 12 3.3) Hífen: mal/bem ................................................................................................................................... 12 3.4) Hífen: não/quase ................................................................................................................................. 13 CLASSES DE PALAVRAS ............................................................................................................................. 13 1) EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ........................................................................................... 13 1.1 Classificação das classes de palavras ............................................................................................... 14 1.2) Formação de Palavras ........................................................................................................................ 16 1.3) Formação de Derivação ..................................................................................................................... 17 2) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS ......................................................................................... 18 2.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos ................................................................................. 19 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ................................................................................................. 20 1) CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................................... 20 2) CONCORDÂNCIA NOMINAL ................................................................................................................ 22 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL .............................................................................................................. 24 1) REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................................. 24 2) REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................................................ 24 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 25 1) COESÃO TEXTUAL .................................................................................................................................. 25 2) TIPOS DE COESÃO TEXTUAL ................................................................................................................ 25 2.1) Coesão referencial .............................................................................................................................. 25 2.2) Coesão por substituição .................................................................................................................... 25 2.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical) ..................................................................................... 26 2.4) Coesão sequencial ............................................................................................................................... 26 2.5) Coesão por elipse ................................................................................................................................ 26 2.6) Coesão por Conjunção ....................................................................................................................... 27 marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 4 3) CONECTORES TEXTUAIS ....................................................................................................................... 27 3.1) Conectores Coordenativos ................................................................................................................ 27 3.2) Conectores Subordinativos .............................................................................................................. 27 4) RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO ................ 28 4.1) Orações Coordenadas Assindéticas ................................................................................................ 28 4.2) Orações Coordenadas Sindéticas: ................................................................................................... 28 5) RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO .............. 29 5.1) Orações Subordinadas Substantivas .............................................................................................. 29 5.2) Orações Subordinadas Adjetivas ..................................................................................................... 30 5.3) Orações Subordinadas Adverbiais .................................................................................................. 30 6) EMPREGO DE TEMPOS VERBAIS ......................................................................................................... 30 6.1) Pretérito ................................................................................................................................................ 31 6.2) Futuro .................................................................................................................................................... 31 7) EMPREGO DE MODOS VERBAIS .......................................................................................................... 31 7.1) Formas nominais do verbo ............................................................................................................... 32 ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................... 32 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................................................................... 33 1) SEMÂNTICA E A SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ........................................................................... 33 1.1) Sinonímia e Antonímia .................................................................................................................. 34 1.2) Paronímia e Homonímia ............................................................................................................... 34 1.3) Polissemia ......................................................................................................................................... 34 1.4) Conotação e Denotação ................................................................................................................ 34 2) SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO ........................................................ 35 2.1) Sinônimos ......................................................................................................................................... 35 2.2) Antônimos ........................................................................................................................................ 35 2.3) Locução verbal ................................................................................................................................. 35 2.4) Verbo por substantivo e vice-versa ............................................................................................ 35 2.5) Voz verbal ......................................................................................................................................... 35 2.6) Conectivos com mesmo valor semântico .................................................................................. 35 3) REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO ....................... 36 3.1) Frase ................................................................................................................................................... 36 3.2) Oração................................................................................................................................................ 36 3.3) Período .............................................................................................................................................. 37 3.4) Funções sintáticas dos termos ..................................................................................................... 37 4) REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE .................... 37 marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 5 USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ................................................................................................. 37 1) EMPREGO DO SINAL DE CRASE .......................................................................................................... 38 1.1) Utilizações da crase ........................................................................................................................ 38 1.2) Não utilizações da crase ................................................................................................................ 38 1.3) Crase facultativa .............................................................................................................................. 38 PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................ 39 1) Ponto (.) .................................................................................................................................................... 39 2) Vírgula (,) ................................................................................................................................................. 39 3) Ponto e Vírgula (;) .................................................................................................................................. 39 4) Dois Pontos (:) ......................................................................................................................................... 40 5) Ponto de Exclamação (!) ....................................................................................................................... 40 6) Ponto de Interrogação (?) .................................................................................................................... 40 7) Reticências (...) ........................................................................................................................................ 40 8) Aspas (" ") ................................................................................................................................................ 40 9) Parênteses ( ( ) ) ...................................................................................................................................... 41 10) Travessão (—) ....................................................................................................................................... 41 TIPOLOGIA TEXTUAL .................................................................................................................................. 41 1) TIPOS TEXTUAIS ..................................................................................................................................... 41 1.1) Narrativo ............................................................................................................................................... 41 1.2) Descritivo .............................................................................................................................................. 41 1.3) Expositivo (informativo) ................................................................................................................... 42 1.4) Argumentativo (dissertativo) .......................................................................................................... 42 1.5) Injuntivo ................................................................................................................................................ 42 ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................... 42 2) GÊNEROS TEXTUAIS .............................................................................................................................. 43 2.1) Crônica ................................................................................................................................................... 43 2.2) Conto ..................................................................................................................................................... 43 2.3) Artigo de opinião ................................................................................................................................ 43 2.4) Editorial ................................................................................................................................................. 44 2.5) Notícia ................................................................................................................................................... 44 2.6) Reportagem.......................................................................................................................................... 44 ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................... 44 ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS ............................................................................. 44 1) INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 45 2) DESENVOLVIMENTO ............................................................................................................................. 45 marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 6 3) CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 46 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................. 47 1) COMPREENSÃO DE TEXTOS ................................................................................................................ 47 2) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .............................................................................................................. 47 REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS ..................................................................................... 47 1) REDAÇÃO OFICIAL ................................................................................................................................. 47 2) CARACTERÍSTICAS ................................................................................................................................. 48 3) PRONOMES DE TRATAMENTO ........................................................................................................... 48 4) O PADRÃO OFÍCIO ................................................................................................................................. 51 marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 7 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Pessoal! Antes de iniciarmos o estudo de Língua Portuguesa, apresentaremos os assuntos que foram cobrados no edital da CEF. CONTEÚDO 1 - Compreensão e interpretação de textos. 2 - Tipologia textual 3 - Ortografia oficial. 4 - Acentuação gráfica. 5 – Emprego de classes de palavras. 6 - Emprego do sinal indicativo de crase. 7 - Sintaxe da oração e do período. 8 - Pontuação 9 - Concordância nominal e verbal. 10 - Regência nominal e verbal. 11 - Significação das palavras. 12 - Redação Oficial: Manual de Redação da Presidência da República (disponível no sítio do Planalto na internet). 13 - Colocação do pronome átono. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 8 ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1) TONICIDADE Tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa sílaba chama de tônica ou acentuada. As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando ditas de maneira mais sutil, como átonas. Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos: Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica; Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica; Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica. Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade: 25% 62% 12% 1% Palavras da língua portuguesa (USP, 2017) Oxítonas Paróxitonas Proparóxitona Monossílabos marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 9 2) ACENTUAÇÃO A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são: Acento agudo (´); Acento grave (`); Acento circunflexo (^). Importante! O til (~) não se trata de acento, é um sinal. 2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas ( ex.: exército, árvore, ácaro); Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - ( ex.: após, cafés, jiló, armazéns); Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - ( ex.: cadeira, parede, quadro, itens, polens, himens). Importante! Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas ( ex.: bactéria, série, necessário). Ademais outras regras acerca da acentuação gráfica: 2.2) Outras regras Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de S ( ex.: chás, fé, só); Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como “de” e “com” NÃO são acentuados. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 10 Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona. ( ex.: chapéu, pastéis, herói). Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato ( ex.: saúde, país). Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes gramaticais iguais têm o acento mantido: Retirados Mantidos Para Tem/Têm Pelo Vem/Vêm Pera Pode/Pôde Polo Por/Pôr Regra 5: NÃO são acentuadas palavras com vogais redobradas ( ex.: voo, veem, leem, enjoo). Regra 6: NÃO são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são seguidos de M, N, NH, R ou Z. ( ex.: juiz, ruim, ruir, constituinte, rainha). 3) HÍFEN O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função: Unir elementos de palavras compostas; Separar sílabas em final de linha; Marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (colocações de pronomes). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 11 3.1) Hífen com prefixos Prefixos: são elementos que formam palavras a partir de um morfema que antecede o radical, alterando o sentido básico da palavra. Regra 1: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo (terminado em r, b ou vogais) somado com uma palavra que inicia com a letra H ( ex.: Anti-histamínico, super-homem, sub-hepático). Tome nota! A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como possibilidade o uso da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras. Regra 2: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em vogal + palavra base em que as vogais são iguais ( ex.: micro-ondas, anti-inflamatório), mas se as vogais são diferentes, NÃO se usa o hífen ( ex.: autoescola). Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo, NÃO se usa o hífen ( ex.: coocupar, preenchimento, reescrever) Regra 3: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em consoante + palavra base em que as consoantes são iguais ( ex.: inter-racial, super-revista, sub-brigadeiro), mas se as consoantes são diferentes, NÃO se usa o hífen ( ex.: supermercado). Exceção: A palavra “Sub-raça”, apesar de haver consoantes diferentes, utiliza-se o HÍFEN, porque o B com o R forma uma nova sonoridade, o que prejudicaria a escrita da palavra. Regra 4: Utiliza-se o HÍFEN para os Prefixos sem, além, ex, sota, soto, aquém, recém, pós, pré, pró, vice, independentemente do que vier na palavra base ( ex.: pré-história, vice-presidente, ex- namorado). Regra 5: NÃO se utiliza o HÍFEN quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso, duplicam-se as consoantes ( ex.: antirreligioso, minissaia, ultrassom). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 12 Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, nestes casos deve-se utilizar o HÍFEN ( ex.: hiper-realista, super-racional, inter-racial) Regra 6: Utiliza-se o HÍFEN quando o primeiro elemento terminado em “m” ou “n” e o segundo elemento começa com vogais, “h”, “m” ou “n” ( ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum- meridiano, circum-navegação). Regra 7: Utiliza-se o HÍFEN com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige ( ex.: capim- açu, amoré-guaçu, anajá-mirim). 3.2) Hífen entre palavras O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como exemplo: A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana. Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à palavra, que é o debate. 3.3) Hífen: mal/bem MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L. ( ex.: mal-estar; mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso). BEM: emprega-se o hífen ( ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem- nascido). Exceção 1: as palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo), porém são formas alternativas, sendo facultativo. Exceção 2: outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são: benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido. Exceção 3: quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra seguinte não caberá hífen ( ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós”, não há hífen porque “bem” marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 13 não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem) modificando um verbo/particípio (educada). 3.4) Hífen: não/quase Sempre dispensam o hífen ( ex.: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado). CLASSES DE PALAVRAS 1) EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS As classes de palavras se dividem em variáveis e invariáveis. Logo, podem se alterar em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo, comparativo e superlativo). E os verbos variam em: tempo (presente, pretérito e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva), conforme demonstrado a seguir: CLASSE CONCEITO/FUNÇÃO FLEXÕES Substantivo Nomear os seres em geral, ações, aspectos emocionais e psicológicos, fenômenos, lugares, qualidades, e etc. Variável: gênero, número e grau Verbo São ações, estados ou fenômenos da natureza Variável: modo, tempo, número, pessoa e voz Adjetivo São as características dos substantivos Variável: gênero, número e grau Pronome Relação das pessoas do discurso Variáveis: gênero, número, pessoa e caso Artigo Vem antes do substantivo e sereve para o especificar ou generalizar Variável: gênero e número Numeral Indica posição ou número de elementos Variável: gênero, número e grau (alguns) Preposição Liga dois elementos da oração Invaríavel Conjunção Liga dois termos ou duas orações de mesmo valor gramatical Invaríavel marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 14 Interjeição Exprime emoções e sentimentos Invaríavel Advérbio Exprime circustâncias de tempo, modo, intensidade, etc. Variável: grau (alguns) 1.1 Classificação das classes de palavras a) Substantivos Comuns: nomeiam algo na sua generalidade ( ex.: bola). Próprios: nomeiam algo específico ( ex.: Brasil). Simples: formados por um radical ( ex.: sol). Compostos: formados por dois ou mais radicais ( ex.: guarda-chuva). Primitivos: NÃO são formados por outra palavra ( ex.: casa). Derivados: são formados por outra palavra ( ex.: casebre). Concretos: nomeiam seres reais ou imaginários ( ex.: cachorro). Abstratos: nomeiam qualidades, sentimentos, estrados ou ações ( ex.: felicidade). Coletivos: nomeiam seres que pertencem ao mesmo conjunto ( ex.: alcateia). b) Verbos Regulares: conjugados de acordo com um paradigma. Isso quer dizer que existe um modelo de terminação seguido pelos verbos, sem que haja alteração no seu radical ( ex.: canto, cantei, cantarei). Irregulares: não obedecem um modelo de conjugação, e tanto o radical como a terminação do verbo pode ser alterados ( ex.: sei, soube, saberei). Defetivos: não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos, ou seja, quando não têm conjugação completa ( ex.: abolir - eu ***, tu aboles, ele abole). Abundantes: têm particípio duplo, ou seja, quando apresentam uma forma de conjugação regular e uma irregular ( ex.: secado/seco, entregado/entregue). c) Adjetivos marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 15 Primitivos: NÃO são formados por derivação de outra palavra ( ex.: rosa, mal). Derivados: formados por derivação de outra palavra ( ex.: rosado, maldoso). Simples: formados por um radical ( ex.: verde). Compostos: formados por dois ou mais radicais ( ex.: verde-esmeralda). Pátrios: caracterizam algo conforme sua origem ( ex.: mineiro, holandês). d) Pronomes Pessoais: indicam as pessoas do discurso e dividem-se em: do caso reto (eu, tu, ele/ela (s), nós, vós); do caso oblíquo (átonos: me, te, o/a (s), se, lhe (s), nos, vos); tônicos (mim, ti, ele/ela (s), si, nós, vós). de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Senhoria)). Possessivos: indicam posse (meu (s), minha (s), teu (s), tua (s), seu (s), sua (s), nosso/a (s), vosso/a (s)). Demonstrativos: indicam as posições dos seres (este (s), esta (s), isto, esse (s), essa (s), isso, aquele (s), aquela (s), aquilo). Relativos: se referem a um termo anterior e dividem-se em variáveis (o qual, os quais, a qual, as quais, cujo (s), cuja (s), quanto (s), quantas) e invariáveis (que, quem, quando, como, onde). Indefinidos: se referem de forma imprecisa à terceira pessoa do discurso dividem-se em variáveis (o qual, os quais, a qual, as quais, cujo (s), cuja (s), quanto (s), quantas) e invariáveis (que, quem, quando, como, onde). Interrogativos: utilizados em interrogações diretas ou indiretas (que, quem, qual, quais, quanto/a (s)). e) Artigos Definidos: especifica ou particulariza algo (o, a, os, as). Indefinidos: generaliza algo (um, uma, uns, umas). f) Numerais Cardinais: indicam quantidade determinada de seres ( ex.: um, dois). Ordinais: indicam posição relativa de um ou mais seres numa sequência ( ex.: primeiro, segundo). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 16 Multiplicativos: indicam o número de vezes em que o ser é multiplicado ( ex.: duplo, triplo). Fracionários: indicam em quantas partes se divide uma quantidade ( ex.: meio, terço). g) Preposições Essenciais: só atuam como preposição ( ex.: Não o vejo desde o último inverno). Acidentais: pertencem a outras classes gramaticais, mas assumem o papel de preposição em determinado contexto ( ex.: A conta só pode ser fechada mediante entrega dos documentos) h) Conjunções Coordenativas: Unem termos semelhantes ou orações independentes ( ex.: Já passei, portanto, posso falar). Subordinativas: Unem orações dependentes de outras ( ex.: Se ele for, eu vou). i) Interjeições São classificadas em advertência (Cuidado!), alegria (Uhu!), alívio (Ufa!), ânimo (Vamos!), apelo (Socorro!), chamamento (Psiu!), desejo (Tomara!), dor (Ai!), espanto (Nossa!), satisfação (Oba!), saudação (Oi!), silêncio (Psiu!). j) Advérbios São classificados em lugar (aqui), tempo (sempre), modo (bem), afirmação (realmente), negação (não), intensidade (muito), dúvida (talvez), entre outros. 1.2) Formação de Palavras As palavras da língua portuguesa são formadas principalmente por dois processos morfológicos: derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria) e composição (justaposição e aglutinação). Preliminarmente, apresenta-se alguns conceitos importantes para o estudo de formação das palavras: Palavras primitivas e derivadas: as palavras primitivas originam outras, já as palavras derivadas são aquelas formadas a partir das palavras primitivas ( ex.: dente/dentista sol/solar). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 17 Afixos e radical: os afixos são morfemas, noutras palavras, as menores partículas significativas da língua que somadas a um radical (elemento que contém o significado básico de um vocábulo) formam uma palavra. Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra: os sufixos vêm após o radical ( ex.: folhagem e livraria), já os prefixos são incluídos antes do radical ( ex.: desleal e ilegal). Há ainda os infixos que aparecem no meio da palavra, que são representados por uma consoante ou vogal ( ex.: cafeteria e cafezal). A seguir alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, tais línguas foram as que mais influenciaram o léxico da língua portuguesa: 1.3) Formação de Derivação Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco formas sempre com um radical e os afixos (sufixos e prefixos): Prefixal (Prefixação): acréscimo de prefixo à palavra primitiva ( ex.: incapaz, antebraço, desleal, refazer). Sufixal (Sufixação): acréscimo de sufixo à palavra primitiva ( ex.: dentista, beleza, entrevistar). Radicais Gregos Prefixos Gregos Prefixos Gregos Prefixos Gregos Aero: ar anti-: ação contrária Ambi: ambos, duplicidade ad- (a-): proximidade, direção Antropo: homem dia-: movimento através Arbori: árvore ambi-: duplicidade Hidro: água hiper-: excesso, posição superior Bi, bis: duas vezes bi-: dois Psico: alma peri-: em torno de Ego: eu inter-: entre, posição intermediária Sofia: sabedoria pro-: anteriormente Equi: igual intra-: posição interior marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 18 Parassintética (Parassíntese): acréscimo de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva, simultaneamente ( ex.: amanhecer, emagrecer, abençoar). Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma parte da palavra primitiva ( ex.: debater/debate, perder/perda). Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra ( ex.: O jantar estava muito bom (substantivo); Fui jantar ontem à noite com Luís. (Verbo)) 1.4) Processos de Composição Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais de palavras, sendo classificados em: Justaposição: é a união de dois ou mais radicais, e não sofrem qualquer alteração em sua estrutura fonética (som). ( ex.: pé-de-meia; guarda-chuva, pontapé). Aglutinação: é a união de dois ou mais radicais, e pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura fonética. ( ex.: figalgo (filho+ de+algo), aguardente (água+ardente)). Neologismo: neste processo são criados novos termos para suprir alguma lacuna de significação. ( ex.: "internetês", que se refere à linguagem da internet). Hibridismo: neste processo há termos que são formados com elementos de idiomas diferentes. ( ex.: “sociologia” - do latim, “sócio” e do grego “logia”)). 2) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS Pronomes oblíquos átonos ou pronome pessoal oblíquo átono são pronomes que indicam pessoas e funcionam nas orações como objeto direto, objeto indireto ou complemento nominal. Pelo fato de serem pronunciados com menos força são átonos, sendo assim chamados de pronomes oblíquos átonos. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 19 Os pronomes oblíquos podem ter funções sintáticas de complemento verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal, e assim são divididos e classificados: PRONOMES FUNÇÃO EXEMPLOS me, te, nos, vos de objeto direto ou de objeto indireto Deu-me os parabéns. Isto não vos pertence. Já te chamei várias vezes. Conhece-nos? o, a, os, as apenas de objeto direto Foi ele quem o (os) convidou. Não a (as) chamei. lhe e lhes apenas de objeto indireto Atirem-lhe a bola! Eu disse-lhes a verdade. se de objeto direto ou de objeto indireto, mas é sempre usado na voz reflexiva Ela penteou-se. Ele olhou-se no espelho. 2.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos Os pronomes oblíquos átonos podem assumir as seguintes posições com relação ao verbo: Próclise - quando o pronome é colocado antes do verbo. ( ex.: Não me fale isso!). É usada quando a oração contém: palavras que expressam negação (não, ninguém), pronomes relativos (que, quem), indefinidos (alguém, tudo) e demonstrativos (este, essa), advérbios (muito, ali), conjunções subordinativas (embora, conforme). Mesóclise - quando o pronome é colocado no meio do verbo. ( ex.: Contar-te-ei uma história). É usada com verbos que estejam no futuro do presente ou no futuro do pretérito (contarei, contaria). Ênclise - quando o pronome é colocado depois do verbo. ( ex.: Falaram-te algo?). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 20 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL A concordância verbal e nominal é a relação que garante que as palavras concordem umas com as outras. 1) CONCORDÂNCIA VERBAL A concordância verbal se pauta na ideia de que os verbos concordem com os sujeitos. De tal forma é necessário respeitar as relações de número e pessoa entre verbo e sujeito, a seguir algumas regras: Regra 1: Concordância de sujeito composto antes do verbo Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural. ( ex.: Pedro e Lúcia conversaram até de madrugada). Regra 2: Concordância de sujeito composto depois do verbo Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo pode ficar tanto no plural como pode concordar com o sujeito mais próximo ( ex.: Discursaram coordenador e professores/ Discursou coordenador e professores). Regra 3: Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade. Ou seja, a 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em relação à 3.ª (ele, eles). ( ex.: Nós, vós e eles vamos ao encontro). Regras Especiais a) Expressão “Mais de um”: o verbo concorda com o núcleo do sujeito. ( ex.: Mais de um senador será candidato à reeleição). b) Expressões partitivas (uma parte de, a metade de, uma porção de etc.) marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 21 O verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o seu especificante, quando o núcleo do sujeito estiver no singular e o especificante do núcleo estiver no plural. ( ex.: Uma parte das mulheres reclamou/reclamaram da festa). O verbo concorda com o núcleo do sujeito e com o seu especificante, quando ambos estiverem no singular. ( ex.: A maioria da torcida torce por nossos amigos). c) Quantidades aproximadas O verbo concorda com o núcleo do sujeito. ( ex.: cerca de 10 pessoas falaram os prisioneiros). d) SE = partícula apassivadora O verbo concorda com o sujeito. ( ex.: solicitaram-se os documentos). e) Sujeito = QUE (pronome relativo) “que” é um pronome neutro que tem função de sujeito, logo o verbo concorda com o pronome relativo. ( ex.: Os moradores que reclamaram são novos aqui). f) Sujeito = QUEM (pronome relativo): “quem” não é um pronome neutro e tem embutida a terceira pessoa do singular, tendo mais uma possibilidade de concordância. Quando o “quem” é antecedido de um pronome pessoal do caso reto, também é possível fazer a concordância com ele. ( ex.: Fomos nós quem fez/fizemos a comida). g) Sujeito com numerais percentuais e fracionários O verbo concorda com o percentual ou com o especificante. ( ex.: 10% de todo o montante serão dados/será doado àquela instituição). Na fração, o verbo concorda com o numerador ou com o especificante. ( ex.: 1/3 dos dentistas está/estão em greve). i) Verbos impessoais Verbo sempre no singular. ( ex.: Há uma cadeira vaga na sala). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 22 j) Verbo SER, quando O sujeito é um dos pronomes o, isto, isso, aquilo, tudo: o verbo ser concorda com o predicativo. ( ex.: Tudo era felicidade quando morava na roça). O predicativo for um pronome pessoal: o verbo concorda com este pronome pessoal. ( ex.: O presente que comprei hoje é para você). O sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal: o verbo ser concordará com o sujeito. ( ex.: Paola é a aluna mais aplicada da sala). O sujeito for uma expressão numérica que dá ideia de conjunto: o verbo ficará no singular. ( ex.: Quatro horas é pouco tempo para fazer as provas de vestibular). A oração se iniciar com os pronomes interrogativos (Que, Quem): o verbo concorda com o sujeito. ( ex.: Quem é a pessoa que consegue fazer justiça com as próprias mãos?). A oração indicar o dia do mês: o verbo concorda no singular ou no plural, dependerá da intenção. ( ex.: Hoje é (dia) 14 de agosto. (dia específico) / Hoje são 14 de agosto. (dias decorridos até a data)). 2) CONCORDÂNCIA NOMINAL A concordância nominal impõe que os substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais e pronomes. Diante disso, é necessário respeitar as relações de gênero e número entre substantivos, adjetivos, artigos, numerais e pronomes. A seguir algumas regras: Regra 1: Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar: Colocar o artigo ANTES do último adjetivo. ( ex.: A língua francesa e a italiana são encantadoras). Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. ( ex.: As línguas francesa e italiana são encantadoras). Regra 2: Concordância entre substantivos e um adjetivo Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar: Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo. ( ex.: Lindo filho e bebê) marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 23 Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou com todos os substantivos. ( ex.: Pronúncia e vocabulário perfeito. Vocabulário e pronúncia perfeitos). Regras Especiais a) Concordância entre números ordinais Quando há números ordinais ANTES do substantivo, este pode ser usado tanto no singular como plural. ( ex.: A primeira e a terceira sala / A segunda e a terceira salas). Quando há números ordinais DEPOIS do substantivo, este pode ser usado tanto no singular como plural. ( ex.: As salas segunda e terceira / Os lugares primeiro e segundo). b) Anexo/em anexo A palavra "anexo" concorda em gênero e número com o substantivo. ( ex.: Segue anexo o documento/Segue anexa a fatura). Porém, a expressão "em anexo" não varia. (ex.: Segue em anexo o documento/ Segue em anexo a fatura). c) Bastante (s) Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" concorda em gênero e número com o substantivo. ( ex.: Recebemos bastantes ligações). Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não varia. (ex.: Eles dançam bastante bem/ Fomos bastante amigos) d) Meio Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" concorda em gênero e número com o substantivo. ( ex.: Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo/ Atrasado, tomou meia xícara de leite e saiu correndo). Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia. ( ex.: Ele é meio doido/ Ela é meio doida). e) Menos marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 24 A palavra "menos" não varia. (ex.: Hoje, tenho menos alunos/ Hoje, tenho menos alunas). f) É proibido, é bom, é necessário Estas expressões não variam, exceto que sejam acompanhadas por determinantes que as modifiquem. ( ex.: É proibido entrada/ É proibida a entrada; Verdura é bom/ A verdura é boa; Paciência é necessário/ A paciência é necessária). REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL Entende-se por regência à relação estabelecida, na oração, entre um termo regente e um termo regido. A regência pode ser classificada em regência verbal ou regência nominal, de acordo com a natureza do termo regente: Na regência verbal o termo regente é um verbo, e o termos regidos são: objeto e objeto indireto. Na regência nominal o termo regente é um nome., e o termo regido é um complemento nominal. O termo regente depende do termo regido. O sentido do termo regente permanece incompleto sem a presença do termo regido. 1) REGÊNCIA VERBAL Se o verbo regente for transitivo direto, o termo regido será um objeto direto (não preposicionado). ( ex.: Bebeu o vinho.) Se o verbo regente for transitivo indireto, o termo regido será um objeto indireto (preposicionado). ( ex.: Desobedeceu aos avós). Quando a regência verbal é estabelecida por meio de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de, com, em, para, por, sobre. ( ex.: agradar a / trocar por / alertar sobre). 2) REGÊNCIA NOMINAL O nome que atua como termo regente pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. O complemento nominal, que atua como termo regido, pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral. ( ex.: acessível a todos/ mau para a saúde/ ansioso por férias). A regência nominal é estabelecida por meio de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as preposições mais utilizadas ( ex.: livre de/ pronto para/ descontente com). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 25 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO A sintaxe é o ramo da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período. 1) COESÃO TEXTUAL Coesão textual é o mecanismo linguístico que permite uma conexão lógico-semântica entre trechos de um texto. Assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um texto por meio de conjunções, preposições, advérbios ou locuções adverbiais. É notada ao verificar que as frases e os parágrafos estão amarrados no texto, de forma que um elemento é sequencial ao outro, ocasionando a transição das ideias presentes no texto. Importante ainda diferenciar coesão textual de coerência textual. Em suma, a coesão se trata da estrutura e organização de um texto. Logo, todas as suas partes devem estar interligadas por meio de elementos conectivos. De outro lado, a coerência refere-se ao encadeamento lógico de ideias e ao sentido interno e externo ao texto. 2) TIPOS DE COESÃO TEXTUAL 2.1) Coesão referencial É uma das mais usadas e consiste na menção de anáforas (refere-se aos termos já citados no texto) e catáforas (refere-se aos termos que serão citados na sequência do texto); Anuncia ou retoma as frases, sequências e palavras presentes em um texto, por meio de termos conectivos (pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar); Evita o uso de diversas repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro. Reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra que possui com ela alguma relação semântica. 2.2) Coesão por substituição Consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial; Emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora, conforme outros tipos de coesão; marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 26 Acontece ao passo que substantivos, verbos, períodos ou trechos de textos são substituídos por conectivos ou expressões que resumem ou fazem menção ao que já foi dito. 2.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical) Ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto. Estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, por meio de sinônimos, pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido fazendo remissão às mesmas ideias por meio de diferentes termos; Usa palavras ou expressões análogas para substituir termos já utilizados e para identificar e nomear elementos textuais que já forma citados; É essencial para manutenção da unidade temática do texto que necessita de uma carga de redundância; Constrói uma cadeia de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões. 2.4) Coesão sequencial Faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma continuidade em relação ao que já foi dito; Usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações, embora, logo, com o fim de, diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre outras; Dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que ligam as orações. 2.5) Coesão por elipse Ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o entendimento das ideias da oração seja comprometido; Consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já tenham sido mencionados no texto; A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser usada em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 27 2.6) Coesão por Conjunção Estabelece relação entre os elementos do texto através de conjunções. 3) CONECTORES TEXTUAIS Conectores textuais são palavras ou locuções empregadas para ligar ou articular ideias, expressas em palavras ou orações: 3.1) Conectores Coordenativos RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES Adição e, nem, não só, mas/como, ou Adversidade mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, e Alternativa ou, ou ... ou, ora ... ora, quer... quer, seja .... seja Conclusão logo, portanto, por conseguinte, destarte/ dessarte, então, pois Explicação que, pois, porque, porquanto 3.2) Conectores Subordinativos RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES Causa pois, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, na medida em que, como, por + infinitivo Comparação como, mais/menos... que/ do que, tanto... quanto Concessão embora, conquanto, posto que, mesmo que, ainda que, não obstante, apesar de, malgrado Condição se, caso, desde que, contato que, a menos que, a não ser que marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 28 Conformidade como, conforme, segundo, consoante Consequência tão/tanto... que, de modo que, de maneira que Finalidade para que, a fim de que, para + infinitivo, a fim de + infinitivo Proporcionalidade à medida que, à proporção que, quanto mais... mais Tempo quando, enquanto, desde que/quando, ao + infinitivo 4) RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO A frase, oração e período são compostos por coordenação quando têm orações equivalentes, mas sem dependência uma da outra. São sintaticamente independentes e são classificadas em dois tipos: 4.1) Orações Coordenadas Assindéticas São caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, NÃO são ligadas através de nenhum conectivo. ( ex.: Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos). 4.2) Orações Coordenadas Sindéticas: São caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução coordenativa. Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas são classificadas em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, conforme ilustrado na tabela a seguir: Classificação Função Conectivos Exemplo Aditiva transmite uma ideia de adição, soma e, nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim, etc. Chegamos à praia e nadamos. Adversativa transmite uma ideia de oposição ou de contraste. e, mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão, etc Trabalha, mas nunca guarda dinheiro. Alternativa enfatiza uma escolha dentre as opções existentes ou, ou … ou; ora … ora; quer … quer; seja … seja, etc. Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 29 Conclusiva expressam conclusões logo, portanto, por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc. São adolescentes, logo irão namorar. Explicativa expressam uma explicação sobre algo que foi referido anteriormente isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, etc. Descemos do carro, porque o trânsito estava parado. 5) RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO As orações subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração que subordina ou depende da outra. A depender da função que desempenham, os tipos de oração subordinada são substantivas, adjetivas ou adverbiais. 5.1) Orações Subordinadas Substantivas São aquelas que exercem função de substantivo. São classificadas em: Subjetiva, Predicativa, Completiva Nominal, Objetiva Direta, Objetiva Indireta e Apositiva: CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLO Subjetiva Sujeito É provável que ela venha jantar. Predicativa Predicativo do sujeito Meu desejo era que me dessem um presente. Completiva Nominal Complemento nominal Temos necessidade de que nos apoiem. Objetiva Direta Objeto direto Nós desejamos que sua vida seja boa. Objetiva Indireta Objeto indireto Recordo-me de que tu me amavas. Apositiva Aposto Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 30 5.2) Orações Subordinadas Adjetivas São aquelas que exercem função de adjetivo. São classificadas em: Explicativa - Destaca um detalhe do termo antecedente. Exemplo: A África, que é o terceiro maior continente, tem um alto índice de pobreza. Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente. Exemplo: As pessoas que são alegres vivem melhor. 5.3) Orações Subordinadas Adverbiais São aquelas que exercem função de advérbio. São classificadas em: Causal - Exprime a causa. Ex.: Já que está nevando ficaremos em casa. Comparativa - Estabelece comparação entre a oração principal e a oração subordinada. Ex.: Maria era mais estudiosa que sua irmã. Concessiva - Indica permissão (concessão) entre as orações. Ex.: Alguns se retiraram da reunião apesar de não terem terminado a exposição. Condicional - Exprime condição. Ex.: Você fará uma boa prova desde que se esforce. Conformativa - Exprime concordância. Ex.: Realizamos nosso projeto conforme as especificações da biblioteca. Consecutiva - exprime a consequência referente a oração principal. Ex.: Gritei tanto, que fiquei sem voz. Final - Exprime finalidade. Ex.: Todos trabalham para que possam vencer. Temporal - Indica circunstância de tempo. Ex.: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe. Proporcional - Exprime proporção entre as orações: principal e subordinada. Ex.: À medida que o tempo passa, a chuva aumenta. 6) EMPREGO DE TEMPOS VERBAIS Os tempos verbais são recursos da gramática que indicam o momento da fala Auxiliam o interlocutor a indicar, na fala, se algo já ocorreu, acontece enquanto se fala ou ainda vai ocorrer; marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 31 Há três tempos verbais: Pretérito (passado): Ocorreu antes do instante que se fala. ( ex.: Ontem fui ao futebol mais cedo). Presente: Ocorre no instante da fala. ( ex.: Eu treino neste lugar). Futuro: Ocorrerá depois do instante da fala. ( ex.: Irei à loja daqui umas três horas). 6.1) Pretérito Pretérito perfeito: O acontecimento passado foi concluído totalmente ( ex.: Ele estudou toda a matéria ontem). Pretérito imperfeito: O acontecimento passado não foi concluído totalmente ( ex.: Ele conversava muito durante a explicação. Pretérito mais-que-perfeito: O acontecimento passado é anterior a outro acontecimento também passado e terminado ( ex.: Quando eu cheguei no clube, ele já tinha saído). 6.2) Futuro Futuro do presente: O acontecimento acontece após o momento da fala, mas já terminado antes de outro acontecimento futuro - ( ex.: Quando seu pai chegar, eu contarei tudo para ele). Futuro do pretérito: Um acontecimento futuro que pode ocorrer depois de um acontecimento passado - ( ex.: Se eu tivesse um computador, trabalharia nas férias). 7) EMPREGO DE MODOS VERBAIS Os modos verbais indicam a posição da pessoa falante face a ação verbal. Os verbos podem ser utilizados de diferentes maneiras, conforme a significação que se quer transmitir. Existem três modos verbais: Indicativo: demonstra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o acontecimento. ( ex.: Eu gosto de pizza). Subjuntivo: demonstra incerteza. A pessoa que fala mostra dúvida sobre o acontecimento. ( ex.: Talvez eu viaje no final do ano). Imperativo: demonstra uma atitude de ordem ou solicitação. ( ex.: Não jogue bola agora). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 32 7.1) Formas nominais do verbo O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio. Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc. ( ex.: É preciso amar). Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação for correspondente: 1ª pessoa do singular: sem desinências (eu) - ( ex.: estudar) 2ª pessoa do singular: radical + ES (tu) - ( ex.: aprenderes) 3ª pessoa do singular: sem desinências (eles) - ( ex.: partir) 1ª pessoa do plural: radical + MOS (nós) - ( ex.: estudarmos) 2ª pessoa do plural: radical + DES (vós) - ( ex.: aprenderdes) 3ª pessoa do plural: radical + EM (eles) - ( ex.: partirem) Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que se fala. ( ex.: eu estou falando com você). Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e grau. É usado na formação dos tempos compostos. ( ex.: O João tem dormido cedo nas últimas semanas). ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO Tempos e modos verbais: marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 33 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 1) SEMÂNTICA E A SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS A semântica (do grego: semantiká = “sinal”) é a área da linguística que estuda os significados e/ou sentido das palavras da língua e é dividida em: Semântica Descritiva (sincrônica): indica o estudo da significação das palavras na atualidade. Semântica Histórica (diacrônica): se encarrega de estudar o significado das palavras em determinado espaço de tempo. A fim de conhecer as palavras apropriadas para inseri-las em determinados discursos, recorremos à semântica, ou seja, a significação dos termos. Indicativo Presente Pretérito perfeito Pretérito imperfeito Pretérito mais- que-perfeito Futuro do presente Futuro do pretérito Subjuntivo Presente Pretérito imperfeito Futuro Imperativo Imperativo afirmativo Imperativo negativo marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 34 Diante disso, alguns conceitos são base para o estudo das significações, a saber: 1.1) Sinonímia e Antonímia Os sinônimos (do grego = “semelhante nome”) designam as palavras que possuem significados semelhantes e são classificados de acordo com a semelhança que compartilham com o outro termo: Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário). Já os sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho). Os antônimos (do grego = “nome oposto, contrário) designam as palavras que possuem significados contrários ( ex.: claro e escuro / triste e feliz) 1.2) Paronímia e Homonímia Homônimos são palavras que ou possuem a mesma pronúncia (palavras homófonas), ou possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados diferentes. São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que têm a mesma grafia e a mesma sonoridade na pronúncia ( ex.: O pelo do gato é curto / Pelo caminho da cidade). Parônimos são palavras que têm significados diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na escrita ( ex.: soar (produzir som) e suar (transpirar); acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar); acender (dar luz) e ascender (subir)). 1.3) Polissemia A polissemia retrata a multiplicidade de significados de uma palavra. Com o decorrer do tempo, determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o original ( ex.: O garoto quebrou a perna no acidente/ A perna da cadeira é preta). 1.4) Conotação e Denotação A conotação caracteriza o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, aumentando o seu campo semântico. Logo, depende do contexto. No geral, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o objetivo de produzir sensações no leitor. ( ex.: Agiu como um porco). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 https://www.todamateria.com.br/polissemia/ 35 A denotação caracteriza o sentido real, literal e objetivo da palavra. E estuda uma linguagem mais informativa, ao contrário de uma linguagem mais poética (conotativa). É frequentemente utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, e outros. ( ex.: No sítio do meu avô há um porco). 2) SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO A Reescrita pode ser feita por meio de substituição de palavras ou de trechos de textos utilizando: 2.1) Sinônimos Palavras que têm significados iguais ou semelhantes ( ex.: Aquele carro está com problema / Aquele automóvel está com defeito). 2.2) Antônimos Palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significados opostos ( ex.: O homem estava bravo / O sujeito não estava tranquilo). 2.3) Locução verbal É a união de verbos com a função de apenas um. ( ex.: Vou ler este livro para minha neta / Lerei este livro para minha neta). 2.4) Verbo por substantivo e vice-versa Você transforma uma oração verbal em oração nominal ou vice-versa. ( ex.: O trabalho é essencial para a vida / Trabalhar é essencial para a vida). 2.5) Voz verbal Voz assumida pelo verbo que indica se o sujeito é agente ou paciente da ação. ( ex.: Eu vi a mulher na festa/ A mulher foi vista por mim na festa). 2.6) Conectivos com mesmo valor semântico Conjunção, preposição e advérbio são conectivos que auxiliam a dar sentido às orações. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 36 Conectivos de adição: além disso, ainda mais, também, e… Conectivos de certeza: por certo, certamente, com certeza… Conectivos de condição: caso, eventualmente, se. Conectivos de conclusão: em suma, em conclusão, enfim… Conectivos de tempo: enfim, logo, então, logo depois, logo após… Dentre outros conectivos: por certo, eu vencerei este duelo / certamente, eu vencerei este duelo. 3) REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO Sintaxe da oração e do período É uma parte da gramática que estuda a relação entre as palavras de uma frase, ou seja, é a função das palavras na formação dos períodos para que as frases tenham sentido. 3.1) Frase É uma sequência de palavras (pode ser formada por uma palavra apenas) com sentido completo, que pode expressar emoções, ordens, ideias e etc. Tipos de frases: Frases interrogativas: Uma pergunta ( ex.: Você vai jogar futebol?) Frases imperativas: Ordem ou pedido ( ex.: Hoje à noite você vai lavar a louça). Frases exclamativas: Mostra um momento afetivo ( ex.: Bons ventos o levem!). Frases declarativas: constatação de um fato, ou seja, afirmam ou negam algo de maneira concreta. ( ex.: Ela acabou de sair/ Ele não foi trabalhar). Frases optativas: expressam desejo ( ex.: Espero que você consiga o trabalho). 3.2) Oração É uma frase que contém um verbo ou uma locução verbal. ( ex.: Minha tia está brava comigo). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 37 3.3) Período É uma frase com uma ou mais orações, podendo ser: Período simples: é formado por uma única oração. ( ex.: O jantar hoje será pizza). Período composto: é formado por duas ou mais orações. ( ex.: Comprarei aquela cadeira para dar para meu filho). 3.4) Funções sintáticas dos termos Termos essenciais da oração: São considerados fundamentais e são formados pelo sujeito e predicados na oração. Termos integrantes da oração: Completam o sentido da oração (verbos e nomes); São formados pelo complemento verbal (objeto direto e indireto); Complemento nominal e o Agente da passiva. Termos acessórios da oração: Tem uma função secundária na oração e são formados pelo adjunto adnominal, adjunto adverbial e o aposto. 4) REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE Para reescrever frases e parágrafos de um texto, deve-se ter muita atenção na gramática, ou seja, nos erros de pontuação, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, o uso da crase e a colocação pronominal ( ex.: uma troca de posição da vírgula, pode alterar o sentido da frase). Os termos reescritos devem manter a informação essencial do texto utilizando vocabulários e expressões do texto original, mantendo a ordem das palavras para que o texto conserve seu sentido. Deve-se, por fim, também se atentar ao tempo verbal. USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE A crase é assinalada pelo acento grave (`), e serve para evitar a repetição (a + a) nas situações em que precisamos utilizar “a”, com a função de artigo, juntamente com “a”, com a função de preposição (a + a = à). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 38 1) EMPREGO DO SINAL DE CRASE 1.1) Utilizações da crase Antes de palavras femininas. ( ex.: Fui à escola). Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir). ( ex.: Vou à padaria). Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas. ( ex.: À medida que o tempo passa as amizades aumentam). Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele. ( ex.: No verão, voltamos àquela praia). Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida. ( ex.: Dribla à (moda de) Pelé). Na indicação das horas. ( ex.: Termino meu trabalho às cinco horas da tarde). Antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas ( ex.: Saio da escola às 12h30). 1.2) Não utilizações da crase Horas exatas quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se utiliza a crase ( ex.: Ficamos na reunião desde as 12h); Entre palavras repetidas ( ex.: dia a dia, frente a frente, cara a cara, gota a gota, ponta a ponta). Antes de palavras masculinas ( ex.: Jorge tem um carro a álcool). Antes de verbos que não indiquem destino ( ex.: Estava disposto a salvar a menina) Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo ( ex.: Falamos a ela sobre o ocorrido) Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa ( ex.: Era a isso que nos referíamos.) 1.3) Crase facultativa Depois da preposição “até” ( ex.: fui até à praça, ou fui até a praça). Antes de nomes próprio femininos ( ex.: entrega à Lara, ou entrega a Lara). Antes de pronomes possessivos ( ex.: Mandou presentes de natal à sua família, ou mandou presentes de natal a sua família). Ressalta-se que não se usa crase antes da maior parte dos pronomes. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 39 Tome nota! Macete para identificar se há crase nos verbos de destino: “Vou a, volto da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê? ” Vou à Europa, volto da Europa Vou a Roma, volto de Roma PONTUAÇÃO Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística. São eles e suas respectivas funções: 1) Ponto (.) É utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. ( ex.: Eu comi ontem.) Ainda, utilizado nas abreviações ( ex.: Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.) 2) Vírgula (,) Indica uma pausa no discurso ( ex.: Gritei tanto, que fiquei sem voz). Separa termos com a mesma função sintática ( ex.: Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar). Separa o aposto ( ex.: Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas vegetarianas). Separa o vocativo ( ex.: Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você). Obs.: Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado quando não utilizada ou utilizada de modo incorreto 3) Ponto e Vírgula (;) Separa várias orações dentro de uma mesma frase. ( ex.: Os empregados, que ganham pouco, reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 40 Separa uma relação de elementos. ( ex.: Os conteúdos da prova são: Geografia; História; Português). Obs.: É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto. 4) Dois Pontos (:) É utilizado antes de uma explicação, para: Introduzir uma fala ( ex.: Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque). Iniciar uma enumeração. ( ex.: Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição, subtração, multiplicação e divisão). 5) Ponto de Exclamação (!) É utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto. ( ex.: Que horror! Ganhei! Quieto!) 6) Ponto de Interrogação (?) É utilizado para interrogar, perguntar. ( ex.: Quer ir ao cinema comigo?). 7) Reticências (...) Suprime palavras, textos. ( ex.: Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…). Indica que o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase. ( ex.: "A vida é uma tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas)). 8) Aspas (" ") Enfatiza palavras ou expressões ( ex.: Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”). Delimita citações de obras. ( ex.: Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas."). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 41 9) Parênteses ( ( ) ) Isola explicações ( ex.: Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha. Acrescenta informação acessória. ( ex.: Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco) e adormeci no sofá). 10) Travessão (—) Indica os diálogos do texto no início de frases diretas. ( ex.: Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?) Substitui os parênteses ou dupla vírgula. ( ex.: Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me que fizesse assim). TIPOLOGIA TEXTUAL 1) TIPOS TEXTUAIS Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais, em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta. Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo (dissertativo) e injuntivo. 1.1) Narrativo O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos: personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos). É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo sempre uma progressão temporal. No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos. 1.2) Descritivo O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa. Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a natureza de um ser ou coisa a serem descritos. A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente, um processo, ou uma cena, de forma simultânea. marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 42 1.3) Expositivo (informativo) O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese. Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao objeto apresentado, e não ao sujeito em questão. 1.4) Argumentativo (dissertativo) No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos expositivos ou informativos para compor uma análise. Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos (desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos. Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados. 1.5) Injuntivo O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir. Frequentemente há verbos no imperativo. Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos. ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS Narrativo Retratar uma sucessão de fatos Apresenta uma progressão temporal Descritivo Retratar uma realidade estática Apresenta fatos e ações simultaneamente marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 43 Expositivo (informativo) Informar Linguagem objetiva, sem opinião do autor Argumentativo (dissertativo) Desenvolver um tema a partir da perspectiva do autor Apresenta fatos e argumentos a fim de fundamentar uma tese Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa 2) GÊNEROS TEXTUAIS Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo. São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto. Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos: 2.1) Crônica É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos. A linguagem utilizada é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor). Geralmente produzido para meios de comunicação (jornais, revistas, etc.). 2.2) Conto É um texto de narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço. 2.3) Artigo de opinião Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação (televisão, rádio, jornais ou revistas). marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 44 2.4) Editorial Dispõe sobre a opinião de um jornal ou revista em relação a um relevante assunto. 2.5) Notícia Texto que informa sobre fatos e acontecimentos da atualidade. 2.6) Reportagem Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de interesse de todos. Apresenta reiteradamente polifonia (participação de outras pessoas em entrevistas, além do autor). As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados. ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado: ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS Para estruturar um texto, deve-se primeiramente entender o tema escolhido e os detalhes de cada tópico apresentado. Em seguida para estabelecer uma estrutura coesa e coerente, o texto deve ser dividido em: ✅ Introdução; ✅ Desenvolvimento; e ✅ Conclusão. Narrativo Conto, crônica e romance Notícia Biografia / Autobiografia Descritivo Cardápio Relato descritivo Reportagem Expositivo Texto didático Palestra Reportagem Argumentativo Carta aberta Tese, editorial e crônica Artigo de opinião/ científico Injuntivo Manual de instrução Propaganda Receita marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 45 1) INTRODUÇÃO A introdução está no primeiro parágrafo do texto e deve ser utilizado para apresentar e contextualizar a problemática do tema, utilizando as palavra-chave. É um parágrafo curto, com, aproximadamente, quatro ou cinco linhas, não sendo o momento adequado para desenvolver ideias, e sim antecipar os tópicos a serem desenvolvidos. Portanto, a dica é: seja econômico na introdução e guarde espaço para falar dos aspectos do roteiro que são, de fato, os “potes de ouro” da sua redação. 2) DESENVOLVIMENTO Primeiramente, para estruturar o desenvolvimento do texto, é fundamental que as ideias apresentadas sejam claras e coerentes, sendo necessário realizar antes uma seleção das ideias a serem desenvolvidas. Para desenvolver uma ideia, podem ser utilizadas diversas estratégias auxiliadoras como a comparação, autoridade, exemplificação e dados estatísticos entre outras. Tais estratégias de argumentação serão tratadas posteriormente neste material. No desenvolvimento deverá constar o tópico frasal, que é a oração que traz a ideia central a ser desenvolvida em um parágrafo, a comprovação teórica, e a conclusão (finalização) da ideia apresentada. Cumpre-se ressaltar que para cada ideia mencionada na introdução, a mesma deverá ser desenvolvida em um parágrafo diferente. Introdução Problematização Contextualização Posicionamento Antecipação dos argumentos marcely silveira - marcely_silveira@hotmail.com - CPF: 014.998.545-28 46 Por fim, conforme exposto, deverá conter no desenvolvimento os itens relacionados no esquema abaixo: 3) CONCLUSÃO A conclusão é o ponto final do texto, e, obviamente, está no último parágrafo. Sua estrutura deve ser mais compactada e objetiva (dica: 1 parágrafo contendo entre 5 e 8 linhas). A conclusão traz uma síntese da problemática citada, mas com considerações que expressam o resultado do que foi abordado ao longo do texto. Também, pode ou não trazer uma solução hipotética para o problema discutido. Desta forma, deve-se fazer uma prévia da perspectiva a respeito do assunto abordado na redação, mantendo sempre uma relação com os argumentos desenvolvidos, para que essas perspectivas apontadas não contradigam o que foi desenvolvido nos tópicos de argumentação, ou seja, deve-se basear nos conteúdos já analisados. Neste interim, não é possível apresentar propostas de solução para problemas que não foram discutidos ou perspectivas futuras que não estejam embasadas em dados presentes. Por fim, a conclusão deve ser concisa, sem apresentar expressões clichês, sem deixar de concluir uma ideia, e sempre coesa com o restante do texto. Tome Nota Por fim, retomando a estrutura de um texto, lembre-se que, no primeiro parágrafo, deve-se contextualizar o tema, se posicionar e selecionar dois tópicos a serem desenvolvidos