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Batalha Espiritual - Possessão e Libertação

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Copyright©2008 por Paschoal Piragine Jr.
 
Todos os direitos reservados por:
A.D. SANTOS EDITORA
Al. Júlia da Costa, 215
80410-070
Curitiba – Paraná – Brasil
+55(41)3207-8585
www.adsantos.com.br
editora@adsantos.com.br
 
Tratamento editorial: Cleide da Silva Neto, Elly Claire Jansson Lopes
Revisão ortográfica: Elly Claire Jansson Lopes
Diagramação de epub: Editora Emanuel
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
PIRAGINE Jr. Paschoal,
BATALHA ESPIRITUAL - Ministrando libertação no Corpo de Cristo – Pastor Paschoal Piragine Jr.
/ Curitiba: A. D. SANTOS EDITORA, 2008.
ISBN – 978.85.7459-073-8
1. Experiência religiosa 2. Rearmamento moral 3. Normas de conduta cristã 4. Testemunhos de fé
CDD: 248
1ª edição de epub: Abril de 2016
 
Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com
indicação da fonte.
 
Edição e Distribuição:
Sumário
Capa
Página de créditos
Sumário
Apresentação
Possessão demoníaca e libertação
1. Conheça o inimigo
2. Possessão demoníaca
3. Opressão
4. Tentação
5. Armas do inimigo
6. Ministério de libertação
7. Manifestações satânicas no culto
8. Nossa energia: jejum e oração
9. Dicas práticas para o enfrentamento
10. Dúvidas e outras questões de interesse
Conclusão
file:///tmp/calibre_4.99.5_tmp_p3hbk8yn/kbcu_6zu_pdf_out/OEBPS/Text/cover.xhtml
Apresentação
Ao longo da história, a manifestação demoníaca é uma realidade, não
apenas nas narrativas bíblicas como na igreja atual.
O dinamismo da igreja e o crescente fluxo de pessoas que buscam
orientações e soluções para conflitos espirituais, existenciais e morais exige
que os líderes espirituais, atentos às necessidades que se evidenciam,
estejam preparados para corresponder a essa busca e cumprir, da melhor
maneira, a missão que o Senhor lhes deu.
Possessão demoníaca e libertação espiritual é um assunto delicado e
polêmico e, considerando que Satanás usa suas estratégias para dividir,
confundir e amedrontar, é preciso estarmos alerta e bem fundamentados
para não entrar no jogo do inimigo.
Por esse motivo, e também atendendo ao pedido de muitos líderes,
sentimos a necessidade de oferecer material específico sobre esse assunto
que tem sido objeto de interesse dos cristãos. Foi elaborado para clarear
pontos controversos e oferecer instrumento seguro de estudo à luz da
Bíblia, trazer esclarecimentos sobre o tema, promover a unidade do corpo
de Cristo e oferecer auxílio no trato com as pessoas que necessitam de
auxílio nesta área.
Pr. Paschoal Piragine Jr.
Possessão demoníaca e libertação
Introdução
A postura filosófica da pós-modernidade acata e absorve todas as
correntes, as concepções, os comportamentos, considerando válida toda e
qualquer manifestação, como expressão da individualidade e da realização
pessoal.
Entretanto, o que se vê com mais frequência no mundo de hoje é uma
sociedade mergulhada na depressão, na opressão e nos conflitos que
aprisionam a mente e o corpo. Onde está, então, essa realização pessoal?
Quais as consequências dessa atitude de aceitação indiscriminada de
conceitos e ideias?
Para o cristão, essa postura opõe-se frontalmente ao que Jesus ensinou
ao dizer “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (BÍBLIA, N. T.
João 8:36). Isso quer dizer que nossa libertação tem a ver, necessariamente,
com a aceitação da verdade de Cristo e obediência ao que Ele nos ensina.
Esse ensino pode até parecer radical, mas a missão de Jesus é salvar o ser
humano, libertando-o do poder do mal e, assim, redimir o universo. Sempre
que pregamos o Evangelho, estamos anunciando libertação. E aquele que
aceita a Cristo como Salvador e Senhor, crendo que a sua palavra é a
verdade, há de sentir o que é ser verdadeiramente livre.
Porém, como vivemos em constante luta entre o bem e o mal, entre a
verdade e a mentira (Rm. 6), precisamos saber que Satanás - o opositor e
opressor – é guerreiro astuto e não desiste de suas malévolas intenções.
Onde houver uma oportunidade, aí ele entra, para confundir, amedrontar,
dividir. É isso que ele tem feito até mesmo em algumas igrejas evangélicas,
deixando nelas as marcas de sua atuação. Paradoxal e visivelmente, uma
dessas marcas é a atitude de alguns cristãos que, julgando-se especializados
em expulsar demônios, começam a se sentir “mais espirituais” que aqueles
que não se sentem capacitados para esse tipo de atuação. Resultado: igrejas
divididas, inimizades, desarmonia porque a verdade bíblica não foi
compreendida na sua inteireza, ou foi desvirtuada.
O objetivo deste trabalho é apresentar um roteiro de estudo que facilite
a compreensão do que a Palavra de Deus ensina sobre possessão
demoníaca, opressão, e libertação.
1. Conheça o inimigo
Todo aquele que se propõe entrar numa batalha tem, necessariamente,
que saber quem é o seu inimigo, como ele se manifesta e age e qual o seu
sistema de trabalho.
O que se pensa a respeito de Satanás? Uma visão histórica, liberal,
supersticiosa? Quais as concepções que se tem sobre ele e suas ações?
Quem é Satanás?
A história da igreja e da sua doutrina revela que, até o final do século
19, não havia nenhuma dúvida a respeito da existência de Satanás, em
nenhum ramo do cristianismo, seja na Igreja Católica, Ortodoxa ou
Evangélica. Embora houvesse divergência quanto à maneira de atuar, todas
admitiam sua existência como uma pessoa e como inimigo dos santos,
trabalhando contra a vida deles e contra a igreja.
A partir do final do século 19 e meados do século 20, alguns teólogos,
influenciados pelas correntes modernas da psicologia e da psiquiatria,
começaram a publicar uma vasta literatura defendendo a ideia de que
Satanás não existe, não é uma pessoa nem uma força, mas um mito das
culturas antigas. O que a Bíblia relata como possessão demoníaca nada
mais seria do que doenças psicossomáticas ou psiquiátricas como
manifestações de epilepsia, dupla personalidade ou até mesmo ansiedade e,
como tais, deveriam ser tratadas.
Teólogos mais liberais abraçaram prontamente essa teoria e foram
além, tentando desmitificar Jesus: há um Jesus histórico e um Jesus dos
mitos da Bíblia. Os relatos bíblicos dos milagres, tanto do Velho como do
Novo Testamento, devem ser entendidos como consequências de
fenômenos naturais e não como intervenção direta de Deus.
Tais ideias atingiram muitas igrejas evangélicas, inclusive batistas que,
apesar de defenderem a plenitude da inspiração bíblica, deixaram-se
enredar por essas teorias. Chegaram ao ponto de afirmar que a oração é um
bom exercício de catarse, mas que Deus não vai intervir no mundo ou na
vida das pessoas por causa da oração, pois ele já fez todos os seus planos.
Entretanto, quem ler a Bíblia com sincero desejo de busca da verdade,
com certeza a encontrará.
O que a Bíblia diz sobre Satanás?
A Bíblia diz claramente, em dezenas de textos, que existe um ser
chamado Satanás. Quem ele é e a sua origem é uma doutrina construída em
cima de poucos textos bíblicos e necessário se faz estudá-los com muito
cuidado.
Em Ezequiel 28, entendemos sua origem como um anjo que se
revoltou contra Deus, sendo por isso expulso da corte celestial. Mas ele não
foi sozinho; levou consigo um terço das hostes celestiais, que são Satanás e
seus anjos ou demônios. Estes não são, portanto, espíritos desencarnados
como ensinam os espíritas; são anjos caídos com Satanás.
Na estrutura angelical, os anjos são ministros de Deus e fazem parte
dos exércitos celestiais. Assim, à semelhança de um exército, eles têm uma
estrutura hierárquica: anjo, arcanjo, serafim, querubim. Têm autoridade e
poder delegados por Deus, soberano e único Senhor. Nessa hierarquia,
Deus, na criação, confere autoridade a esses seres angelicais.
Ora, se um terço desses seres angélicos caíram liderados por Satanás,
isso significa que tais poderes, conferidos na criação, continuam com eles,
ainda que distorcidos. Encontram-se, assim, castas demoníacas mais
resistentes, conforme o relato de Marcos 9:28-29. Respondeu Jesus:
“Quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaramem particular:
Por que não podemos nós expulsá-lo? Respondeu-lhes; Esta casta não pode
sair senão por meio de oração e jejum”.
Então: Satanás e os demônios são anjos caídos. A Bíblia ensina sobre o
pecado e a queda de Satanás, mas não as razões desse fracasso. O livro de
Deus não foi escrito para satisfazer a curiosidade do homem, mas para
revelar o caráter de Deus. Pode-se inferir algumas ideias a partir de alguns
textos biblícos. Confira:
11Esta palavra do SENHOR veio a mim: 12“Filho do homem erga um
lamento a respeito do rei de Tiro e diga-lhe: Assim diz o Soberano, o
SENHOR: ”Você era o modelo da perfeição, cheio de sabedoria e de
perfeita beleza. 13Você estava no Éden, no jardim de Deus; todas as pedras
preciosas o enfeitavam: sárdio, topázio e diamante, berilo, ônix e jaspe,
safira, carbúnculo e esmeralda. Seus engastes e guarnições eram feitos de
ouro; tudo foi preparado no dia em que você foi criado. 14Você foi ungido
como um querubim guardião, pois para isso eu o designei. Você estava no
monte santo de Deus e caminhava entre as pedras fulgurantes. 15Você era
inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se
achou maldade em você. 16Por meio do seu amplo comércio, você encheu-
se de violência e pecou. Por isso eu o lancei, humilhado, para longe do
monte de Deus, e o expulsei, ó querubim guardião, do meio das pedras
fulgurantes. 17Seu coração tornou-se orgulhoso por causa da sua beleza, e
você corrompeu a sua sabedoria por causa do seu esplendor. Por isso eu o
atirei à terra; fiz de você um espetáculo para os reis. 18Por meio dos seus
muitos pecados e do seu comércio desonesto você profanou os seus
santuários. Por isso fiz sair de você um fogo, que o consumiu, e reduzi você
a cinzas no chão, à vista de todos os que estavam observando. 19Todas as
nações que o conheciam espantaram-se ao vê-lo; chegou o seu terrível fim,
você não mais existirá”. (BÍBLIA, V. T. Ezequiel 28:11-19)”. 13Você, que
dizia no seu coração: “Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das
estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembleia, no ponto mais
elevado do monte santo. 14Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei
como o Altíssimo”. (BÍBLIA, V. T. Isaías 14:13-14).
Assim, no ato da criação, Satanás e os demônios eram santos anjos.
Deus não os criou no mal ou imperfeitos, criou-os na estrutura angélica,
mas eles se rebelaram, caíram e passaram a ser imundos, abomináveis e
cujo intento é maligno.
Qual o propósito de Satanás contra a igreja e o
mundo?
Tomar o lugar que é exclusividade de Deus: o lugar da adoração.
Ele se infiltra na igreja, plantando o joio no meio do trigo. Importante
lembrar que fazer distinção entre joio e trigo é tarefa exclusiva de Deus; não
compete a homem nenhum julgar o seu próximo.
Qual a condição de Satanás e seus demônios hoje
no universo?
10Seus filhos se prepararão para a guerra e reunirão um grande
exército, que avançará como uma inundação irresistível e levará os
combates até a fortaleza do rei do sul. 11“Em face disso, o rei do sul
marchará furioso para combater o rei do norte, que o enfrentará com um
enorme exército, mas, apesar disso, será derrotado. 12Quando o exército for
vencido, o rei do sul se encherá de orgulho e matará milhares, mas o seu
triunfo será breve. 13Pois o rei do norte reunirá outro exército, maior que o
primeiro; depois de alguns anos voltará a atacá-lo com um exército enorme
e bem equipado. 14“Naquela época muitos se rebelarão contra o rei do sul.
E os homens violentos do povo a que você pertence se revoltarão para
cumprirem esta visão, mas não terão sucesso. (BÍBLIA, V. T. Daniel 10:10-
14). 13Então vi saírem da boca do dragão, da boca da besta e da boca do
falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. 14São espíritos de
demônios que realizam sinais miraculosos; eles vão aos reis de todo o
mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo-
poderoso. 15 “Eis que venho como ladrão! Feliz aquele que permanece
vigilante e conserva consigo as suas vestes, para que não ande nu e não seja
vista a sua vergonha”. 16Então os três espíritos os reuniram no lugar que,
em hebraico, é chamado Armagedom. (BÍBLIA, V. T. Apocalipse 16:13-
16).
Estes textos revelam que Satanás e os demônios estão se opondo a
todos os propósitos de Deus. Satanás não é onisciente, onipresente ou
onipotente como Deus o é. Ele trabalha conectado a sua rede de ação; tem
um exército com o qual troca informações. Por isso, esses demônios podem
revelar coisas que nos deixam intrigados: “Como ele sabe isso?”
O cristãos que está ministrando libertação a uma pessoa possessa ou
endemoninhada precisa saber como o inimigo age para não se intimidar
nem lhe dar oportunidade de intimidação.
Os demônios têm um projeto, que é afligir os homens e fazê-los cair na
fé, desanimar, abandonar os caminhos do Senhor e abraçar doutrinas falsas.
Esses são seus alvos nessa batalha espiritual porque Satanás quer o lugar de
Deus, quer ser adorado. Por isso, difundem doutrinas falsas. A Bíblía deixa
claro esse propósito. O Espírito diz claramente que nos últimos tempos
alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de
demônios. (BÍBLIA, N. T. 1 Timóteo 4:1).
Na história da igreja, aprendemos que os grandes pensadores
evangélicos como Lutero e Calvino entendiam que a verdadeira batalha
espiritual era uma cegueira que estava sendo lançada em todo o mundo,
tentando impedir que Jesus fosse reconhecido como único Salvador e
Senhor. A luta desses teólogos era contra as heresias que se alastravam e
tentavam matar a verdadeira fé.
A Bíblia também diz que o mundo jaz no maligno. O que significa
isso? Satanás criou seu reino próprio e se lançou neste mundo, sendo o
príncipe dele. Trabalha para controlar a cultura, os meios de comunicação,
para disseminar suas ideias de tal maneira que fortalezas se criem em nosso
entendimento, provocando uma cegueira espiritual tão grande cujo
resultado será o afastamento de Deus. “Ele cegou o entendimento dos
incrédulos”. (BÍBLIA, N.T. 2 Coríntios 4:4)
Uma observação atenta e criteriosa aos programas de televisão, aos
jornais, revistas, internet, música, cinema, teatro, leva-nos a concluir que
existe na cultura do mundo de hoje um movimento oculto, orquestrado pelo
mal, com o propósito de estabelecer um véu de cegueira que nos impeça de
ver para onde estamos indo. A Bíblia diz que ele é o príncipe deste mundo,
por isso, todas as vezes que o evangelho é pregado, nós tentamos rasgar
esse véu e muitas batalhas espirituais acontecem.
O livro “Quebrando Correntes” de Neil T. Anderson, esclarece esse
fato e diz que há em nossas igrejas muita gente inativa, inoperosa, oprimida
que se torna instrumento de rebeldia. Querem viver uma vida dupla: um pé
na igreja, um pé no mundo. Sexualidade corrompida, desonestidade,
mentira, libertinagem. Ora, a origem dessa perversidade no mundo cristão é
Satanás. Viver essa duplicidade é abrir a brecha para a destruição da fé e
afastamento da sã doutrina. Impossível viver essa duplicidade: ou estamos
nas trevas ou estamos na luz. Jesus diz: “eu sou a luz do mundo”.
Entenda os vocábulos bíblicos
“Daímon” - significa demônio; no grego aparece geralmente no
plural. Isso mostra que não se trata de um só, mas de uma casta. “Os
demônios imploravam a Jesus: “Se nos expulsas, manda-nos entrar naquela
manada de porcos”. (BÍBLIA, N. T. Mateus 8:31).
“Daimonion” é adjetivo neutro singular que também aparece no
plural, empregado aproximadamente 63 vezes no Novo Testamento.
“Daimonizomai” é um verbo, significa ser endemoninhado, ter
demônio, ou ser possesso por um demônio; também aparece muitas vezes
no Novo Testamento.
Outras expressões aparecem com frequência para definir essa situação:
espírito, espírito surdo, espírito mudo, espírito de enfermidade, espírito
maligno, espíritos enganadores.
No Velho Testamento, vários textos falam sobre espírito de
prostituição; um espírito de homicida e de discórdia estava atacando a vida
de Saul. Em todas essas passagens, a ideia bíblicaé de que há uma
influência satânica interferindo e gerando essas paixões. Veja os textos
abaixo:
“Eles pedem conselhos a um ídolo de madeira, e de um pedaço de pau
recebem resposta. Um espírito de prostituição os leva a desviar-se; eles são
infiéis ao seu Deus”. (BÍBLIA, V. T. Oséias 4:12). “No dia seguinte, um
espírito maligno mandado por Deus apoderou-se de Saul e ele entrou em
transe em sua casa, enquanto Davi tocava harpa, como costumava fazer.
Saul estava com uma lança na mão”... (BÍBLIA, V. T. 1 Samuel 18:10).
“Quando Deus enviou um espírito maligno entre Abimeleque e os cidadãos
de Siquém, e estes agiram traiçoeiramente contra Abimeleque”. (BÍBLIA,
V. T. Juízes 9:23).
Infere-se daí que os demônios são concebidos, segundo a Bíblia, como
espíritos, ou seja: poderes não físicos que incidem sobre as pessoas e lhes
causam malefícios.
Outro dado digno de nota é que o Novo Testamento todo emprega uma
só vez o termo “daimon” (demônio) no masculino plural, sendo as demais
formas no neutro: demônios.
Nas línguas primitivas, o gênero neutro designava, em geral, nomes de
seres inanimados, de coisas, diferentemente do masculino ou feminino que
designa pessoas. Essa distinção, mesmo nas línguas primitivas, não era
absoluta; por isso, a maioria das línguas modernas, em sua evolução
linguística, perdeu o gênero neutro.
Com base nesse fato, muitos teólogos, difundiram a ideia de que se
“daimon” é neutro, então não é uma pessoa, é uma coisa. Passaram assim a
desacreditar daquilo que a Bíblia ensina, afirmando que as manifestações
demoníacas seriam simples manifestações de coisas naturais.
Mas, segundo a Bíblia, os demônios e Satanás são espíritos, pessoas
incorpóreas capazes de possuir aqueles que os invocam e estão sem Cristo,
à mercê de suas artimanhas.
Muita literatura existe sobre o assunto, defendendo a ideia de que
demônios não existem. Padre Oscar Quevedo[1] é um nome bem conhecido
nessa linha. Alguns outros teólogos afirmam que sendo espíritos imundos,
espíritos da maldade, designá-los com o gênero neutro significa não lhes
atribuir dignidade.
Enfim, para nós, gênero neutro ou masculino não é o que mais
importa. A verdade é que demônios existem e possessão demoníaca
acontece.
Na cultura clássica
No grego clássico, no tempo de Homero, DAÍMOM designava o
divino. Não representava necessariamente o mal, representava uma
divindade. Em seu politeísmo, os gregos antigos criaram uma gama imensa
de deuses que, na sua concepção mitológica, habitavam o Olimpo (uma
espécie de céu) e que atuariam nas mais diversas esferas da vida. Havia,
assim, o deus da guerra, o da fertilidade, o da riqueza, o do mar, etc. Zeus
era o pai de todos os deuses. A cultura romana tinha também seus deuses,
com nomenclatura própria, numa estrutura semelhante à dos gregos.
Explica-se esse fato, não só na cultura greco–latina, mas em todas as
religiões politeístas, porque o homem, criado à imagem e semelhança de
Deus, tem em si o desejo inato de busca do sagrado, de busca do Ser
Superior – Deus. Entretanto, criar ídolos para satisfazer esse desejo é
substituir o verdadeiro culto pela idolatria e isso é obra de Satanás, que
deseja tirar o lugar de adoração de Deus desviando o sentimento de busca
do Deus verdadeiro para as paixões da carne, personificadas nos deuses
(DAÍMOM) dos panteões gregos e romanos.
A cultura cristã e o sincretismo religioso no Brasil
Algo semelhante acontece no cristianismo. Até cerca de 250 D.C., a
adoração era exclusivamente a Deus, em nome de Jesus. A partir daí,
começa a difundir-se a ideia de que Maria, sendo a mãe de Jesus, é mais
acessível ao homem. Deus é muito distante; então, Maria intercede junto a
Jesus e este, junto a Deus. Assim, começa o culto à virgem Maria, que foi
logo combatido pela igreja cristã, como heresia.
Este assunto tornou-se objeto de disputa nos concílios e abriu-se a
porta da idolatria católica, com adoração aos mais diversos santos. Quando
o Imperador Constantino converteu-se, ele decretou que o Cristianismo
seria a religião oficial. Todo pagão deveria tornar-se cristão. Ora, é óbvio
que ninguém se torna cristão por decreto. O que aconteceu então foi uma
espécie de transferência da estrutura mitológica greco romana para a
idolatria católica.
Explica-se assim o sincretismo religioso no Brasil. A influência dos
mitos e da cultura indígena e estando a porta aberta com a idolatria a Maria,
os negros escravos africanos implantaram seus deuses, associando-os aos
seus correspondentes: o santo da guerra, o casamenteiro, o das causas
impossíveis, etc. Cada santo é especialista em alguma coisa. Nada diferente
dos deuses dos panteões greco-romanos.
Período inter-bíblico e o Novo Testamento
No período entre Antigo Testamento e Novo Testamento, a concepção
passou a ser quase exclusivamente que os poderes espirituais ou os
demônios eram seres antidivinos. O conceito de batalha já começa a ser
identificado na literatura apocalíptica desse tempo. Eles eram os
responsáveis por uma série de desgraças físicas e morais que pervertiam a
religiosidade, geravam o pecado e a idolatria. Essa era, mais ou menos, a
ideia popular a respeito dos demônios no tempo do Senhor Jesus.
O ídolo, a estátua, em si mesma não é um demônio, mas atrás dessa
instituição, dessa cegueira espiritual, existe um demônio. A Bíblia é clara a
esse respeito (1 Co. 10), por isso, num processo de libertação, é necessário
quebrar esses vínculos. Não porque esses objetos tenham algum poder, mas
porque aquilo que eles representam tem um significado espiritual
demoníaco.
2. Possessão demoníaca
O que é possessão demoníaca?
Primeiramente, faz-se necessária uma distinção clara entre possessão,
opressão e tentação. São três armas de Satanás contra as criaturas, mas elas
são diferentes entre si. O cristão pode ser oprimido ou tentado; mas aquele
que foi realmente lavado no sangue de Jesus e está firmado em sua palavra
jamais será possuído. Importa lembrar que a simples condição de membro
de uma igreja evangélica não garante a condição de realmente salvo e
liberto em Cristo.
Possessão demoníaca é a ocupação da mente por uma entidade
espiritual maligna, que ofusca a personalidade do possuído e manipula
todas as suas faculdades sensoriais.
Como uma pessoa fica endemoniada?
O ser humano foi feito para honrar e glorificar o Criador. Nosso corpo
é templo do Espírito Santo. É justamente aí que se trava a batalha: Satanás
quer ocupar o lugar de Deus, quer ser glorificado, obter o domínio sobre a
criatura. Então, ele se apossa da mente, do corpo, das emoções, da vida do
ser humano, na tentativa de exprimir em nível físico suas intenções
blasfemas. Se ele consegue seu intento, a pessoa torna-se possuída por
Satanás, torna-se seu templo ou “ninho” e fica à mercê dele e de suas
intenções de destruição dos propósitos divinos.
Não sendo Satanás um ser onipresente, coloca em atuação seus
demônios, que agem interligados em uma vasta rede, em todas as regiões do
mundo. Em alguns locais onde é comum a prática animista, a invocação,
adoração e incorporação de espíritos, sua atuação é tão forte e a incidência
de possessão demoníaca é tanta que chega a aniquilar a fé. Esses espíritos
são demônios e essas práticas nada mais são do que satanismo velado por
trás das filosofias deste mundo.
O secularismo, o materialismo se tornaram tão fortes que o deus de
muitas pessoas é o dinheiro. Satanás é o príncipe e seus adeptos aniquilaram
a fé de suas vidas e não vivem qualquer tipo de espiritualidade.
Toda forma de invocação de espírito encarnado, desencarnado, guia de
luz, de trevas, não deixa de ser uma forma de satanismo, seja de umbanda
ou seja de mesa branca. A todo aquele que vai a esses rituais e práticas, a
primeira coisa que lhe é dita é que ele tem mediunidade e que precisa
desenvolver essa mediunidade, ou dom.
O que significa isso? Significa abrir o corpo e a alma a esses espíritos
e deixar-se controlar por eles. Ora, uma pessoa que invoca esses espíritos
para falarem com sua boca, agirem com suas mãos, controlarem sua mente,nada mais é que um endemoninhado, um possuído por demônios.
No Brasil, 40% da população transita entre catolicismo não praticante,
práticas espíritas, feitiçarias e bruxarias. Não é de se estranhar então que
haja tantas situações que necessitam de libertação, como se tem visto
ultimamente. Por isso, aquele que deseja ser instrumento de Deus na
libertação de alguém, precisa estar muito bem preparado para essa tarefa.
Causas da possessão demoníaca
Nem todas as pessoas que se envolvem com essas práticas ficam
possessas. Mas, todas as que ficam possessas foram de alguma forma
influenciadas por uma ou mais das seguintes causas:
Primeira causa - Envolvimento com macumba ou com espiritismo,
seja através da frequência aos rituais, da leitura de literaturas desse gênero
ou após algum relacionamento sentimental com pessoas envolvidas nessas
crenças. Não recorram aos médiuns, nem busquem a quem consulta
espíritos, pois vocês serão contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, o
Deus de vocês. (BIBLIA, V. T. Levítico 19:31)
Segunda causa - Consagração da pessoa, através dos pais, aos
demônios, antes do nascimento ou na infância mais tenra. Não entregue os
seus filhos para serem sacrificados a Moloque. Não profanem o nome do
seu Deus. Eu sou o SENHOR. (BÍBLIA, V. T. Levítico 18:21)
Terceira causa - O acolhimento no coração de pecados relacionados
ao sexo. A prostituição, o adultério, as relações extraconjugais, as relações
com irmãos de sangue, o homossexualismo, o lesbianismo, e os coitos com
animais. Essas coisas são abomináveis aos olhos de Deus e Satanás gosta de
tudo que é abominável. Mas o homem que comete adultério não tem juízo;
todo aquele que assim procede a si mesmo se destrói. (BÍBLIA, V. T.
Provérbios 6:32). 9Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino
de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem
adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos, 10nem ladrões, nem
avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o
Reino de Deus. (BÍBLIA, N.T. 1 Coríntios 6:9-10).
Quarta causa. O envolvimento místico com drogas alucinógenas. Elas
fazem parte dos rituais macabros da igreja de Satanás, debilitam o corpo e a
mente da pessoa. Como exemplo, na macumba utiliza-se a marafa
(cachaça).
Quinta causa - Não ter Cristo no coração. Há casos em que o possesso
vive uma vida reta, do ponto de vista humano e nunca se envolveu com o
espiritismo nem com qualquer dos outros motivos já apresentados, mas se
Cristo não é o Senhor de sua vida, corre perigo.
Como alguém fica endemoninhado?
Primeiro: invocando - fazendo pactos - idolatria
Uma das maneiras é invocar e fazer pacto com esses ídolos ou
símbolos, consciente ou inconscientemente. Quem vai a um centro
umbandista e se informa do processo ritual, fica sabendo que a primeira
coisa que ele deve fazer é uma oferenda a Exu. O umbandista explica que
Exu é um orixá, um espírito brincalhão que atrapalha tudo e desgraça a vida
de quem o busca se não lhe fizer a oferenda. Com medo, ele faz a oferenda,
faz o pacto, sabendo que o está fazendo com um demônio.
Para se tornar mãe ou filha de santo, o ritual é, no mínimo, repugnante:
a pessoa fica internada na tenda, presa a uma sela por sete dias. Raspa a
cabeça, faz uma série de oferendas de animais e bebe o sangue deles.
Durante o ritual, de tempos em tempos, a pessoa é banhada nas carnes
putrefatas e cobertas de vermes. Faz o pacto com algumas daquelas
entidades e então torna-se filha daquele santo. Por isso, a Bíblia diz que os
demônios são espíritos imundos.
Quais seriam as motivações para alguém fazer tais pactos? Desejo de
sucesso, de dinheiro, de casamento e de morte de alguém. Sempre há uma
motivação. As pessoas sabem o porquê dos pactos que estão fazendo e os
fazem deliberadamente.
Há também situações enganosas, veladas; manifestações e até pactos
satânicos são firmados em nome de entidades que se dizem de luz, de
bondade, algumas até se dizem enviadas por Jesus. A Bíblia diz que Satanás
se disfarça em anjo de luz para, se possível, enganar até os fiéis a Deus.
Algumas pessoas ficam possessas por demônios para obter bênçãos para a
família, consagram seus filhos ou os abençoam através dessas entidades.
Há também muita busca de cura espiritual, através de operações
mediúnicas. Muitos buscam apenas tomar um passe e consciente ou
inconscientemente, tais buscas são demoníacas, afastam as pessoas da
comunhão com o Deus verdadeiro e podem torna-lás possessas de espíritos
malignos que se apresentam como anjos de luz.
Segundo: Impiedade
Esta é uma maneira muito fácil de se iniciar uma possessão. Começa
com o acolhimento de pecados no coração, o que a Bíblia chama de
impiedade. Ímpio é o contrário de piedoso; o piedoso é uma pessoa temente
a Deus, disposta a viver debaixo da graça de Deus em Jesus Cristo. Ao
contrário, ímpio é aquele que entrou em mecanismos pecaminosos de
maneira tão descarada que perdeu a vergonha de Deus, tornou–se duro de
coração, obstinado em sua impiedade, de tal forma que abriu espaço para
que demônios da impiedade se manifestem em sua vida. Algumas vezes
como opressão, outras vezes como possessão.
É triste perceber que algumas situações de abuso sexual dentro de casa
acontecem por causa da impiedade. Há uma cadeia de impiedade nessas
vidas, caracterizadas pela dureza do coração e de atos de atrocidade, claras
manifestações demoníacas.
O único remédio que nos purifica e nos cura da impiedade é o sangue
de Jesus. Somente uma pessoa genuína, convertida, salva, que nasceu do
Espírito Santo de Deus está imune à possessão. (BIBLIA, N. T. 1João 5)
Tabela dos sintomas relacionados à possessão demoníaca.
Sintomas físicos: Força sobre-humana / Expressão facial alterada /
Mudança na voz (aspereza, zombaria, rouquidão) / Convulsões, prostração /
Insensibilidade à dor / Mt. 8:28; At. 19:16; Lc. 4:33; Mc. 9:18-22; 5:1-5
Sintomas psicológicos: Clarividência / Telepatia / Habilidade para
predizer o futuro / Habilidade para falar em línguas estrangeiras
desconhecidas da pessoa possuída / Estado de transe / At.16:16-18; Mc.
1:21-24, 34; Lc. 4:33; 1 Sm. 18:10; Mc. 9:18-22
Sintomas espirituais: Caráter imoral (ex. mudanismo, nudez,
linguagem obscena) / Ameaça verbal ou física a tudo que representa
Cristo/cristianismo / Entrar em estado de transe quando alguém ora /
Incapacidade de confessar Jesus de forma reverente / Fenômenos poltergeist
(ex. ruídos inexplicáveis, objetos em movimentos, odores desagradáveis) /
At. 13:4-11; Mc. 5:1-5; Lc. 9:41; 1 Jo. 4:1-6; 1 Co. 12:3, 1 Sm. 18:10
3. Opressão
O que é opressão satânica?
São ataques satânicos contra a nossa vida, que estão fora do controle
da nossa mente e das nossas emoções. Satanás oprime, isto é, pressiona,
esmaga.
Os servos de Deus também passam por batalhas espirituais e por
opressão nas suas mais variadas facetas. A opressão satânica é estratégia de
Satanás para nos colocar no canto da parede e nos impedir de caminhar.
Problemas, lutas, dificuldades, perseguições, enfrentamentos, problemas de
relacionamentos são exemplos de situações em que pode estar havendo
opressão demoníaca.
Como acontecem essas opressões?
Satanás as incita. Ele infunde, instiga ideias, preconceitos,
desconfiança, ciúme nas pessoas que estão à nossa volta e que começam a
ser instrumentos de opressão.
Mas a opressão não acontece apenas através de circunstâncias. Às
vezes são sentimentos, pressões interiores, acusações do diabo. Como
estrategista que é, está olhando para nossas vidas, para nosso ponto fraco e
é nesse ponto fraco que ele vai concentrar sua ação. Também em nossos
pontos fortes, gerando orgulho e soberba.
Temos, então, que aprender a usar as armas da graça de Deus, que está
pronto para nos libertar. Não precisamos viver oprimidos, como quem tem
uma tonelada de peso na cabeça, nem como aquele cristão que não sonha
com as maravilhas de Deus porque acha que tudo vai dar errado e perdeu a
fé, a confiança e segurança em Deus. Precisamos lembrar que a fé vem do
sonho, da esperança do coração. Sonhar com osprojetos de Deus e estar
constantemente em oração são armas para vencer as ciladas do diabo.
A opressão pode, às vezes, apresentar-se como uma percepção
demoníaca, fixação mental ou medo absurdo. É preciso, porém, ter muito
cuidado e não considerar todos os males, indiscriminadamente, como
manifestações demoníacas. Existem doenças, a depressão, por exemplo, que
não tem nada a ver com demônio, pois pode ser causada por deficiência
hormonal ou por outros fatores fisiológicos.
Opressão é Satanás do lado de fora, instigando coisas sobre a vida
das pessoas, no intuito de prejudicá-las.
A Bíblia ensina que: “Portanto, submetam-se a Deus. Resistam ao
Diabo, e ele fugirá de vocês.” (BÍBLIA, N.T. Tiago 4:7).
Sintomas da opressão maligna
Abrasamento sexual doentio. A tara sexual é fruto da rendição ao
pecado. Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de
vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância,
que é idolatria. (BÍBLIA, N.T. Colossenses 3:5).
Medo doentio e irracional. A opressão maligna infunde na mente do
oprimido medo de lugares escuros, medo de entidades espirituais, medo de
feitiço e de macumba.
Ódio e ressentimento. O ódio acirrado e vingativo quase sempre é
consequência de opressão maligna e muitas vezes constitui uma ponte para
a possessão. Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apaziguem a sua
ira antes que o sol se ponha e não deem lugar ao Diabo. (BÍBLIA, N. T.
Efésios 4:26-27); Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga e
ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo de
“sabedoria” não vem dos céus, mas é terrena; não é espiritual, mas é
demoníaca. Pois onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda
espécie de males. (BÍBLIA, N. T. Tiago 3:14-16).
Dores de cabeça diante da exposição da Palavra de Deus. Não se
deve chegar ao extremo de pensar que todas as dores de cabeça são
consequências de opressão.
Falta de ânimo para viver. O desânimo mórbido quanto à vida é, em
muitos casos, consequência de opressão maligna. O inimigo persegue-me e
esmaga-me ao chão; ele me faz morar nas trevas, como os que há muito
morreram. O meu espírito desanima; o meu coração está em pânico.
(BÍBLIA, V. T. Salmos 143:3-4).
Posições teológicas acerca da opressão
Doença e opressão
As doenças são demoníacas?
Não todas. Algumas sim. A Bíblia fala que Jesus curou do espírito de
enfermidade, expulsando os demônios. A doença produzida por eles é
consequência da opressão ou possessão. Devemos orar pela expulsão e
cura.
A oração da Fé
13Entre vocês há alguém que está sofrendo? Que ele ore. Há alguém
que se sente feliz? Que ele cante louvores. 14Entre vocês há alguém que está
doente? Que ele mande chamar os presbíteros da igreja, para que estes orem
sobre ele e o unjam com óleo, em nome do Senhor. 15A oração feita com fé
curará o doente; o Senhor o levantará. E se houver cometido pecados, ele
será perdoado. 16Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem
uns pelos outros para serem curados. A oração de um justo é poderosa e
eficaz. 17Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não
chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. 18Orou outra
vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos. 19Meus
irmãos, se algum de vocês se desviar da verdade e alguém o trouxer de
volta, 20 lembrem-se disso: Quem converte um pecador do erro do seu
caminho, salvará a vida dessa pessoa e fará que muitíssimos pecados sejam
perdoados. (BÍBLIA, N.T. Tiago 5:13-20).
A opressão pode vir sobre o cristão?
Um grupo teológico diz que sim; outro diz que não. Uma coisa é certa:
nada acontece na vida de um cristão sem a permissão de Deus. Ele está no
controle total e absoluto, Ele é Senhor.
Um exemplo é a palavra de Paulo: “Para impedir que eu me exaltasse
por causa da grandeza dessas revelações, foi-me dado um espinho na carne,
um mensageiro de Satanás, para me atormentar.” (BÍBLIA, N. T. 2
Coríntios12:7). Segundo alguns estudiosos, o espinho na carne era a
enfermidade dos olhos que o impediu de continuar suas viagens e que o
levava a lutar espiritualmente com aquela situação. Pode-se, então imaginar
alguém que viaja por tantos lugares, fazendo tantas curas e agora ele mesmo
enfermo não sendo curado? A resposta que Deus lhe dá – “A minha graça te
basta” – pode ser entendida como um recurso de Deus para lembrar a Paulo
que ele é homem e que a graça divina é maior e melhor que qualquer outra
coisa.
Outro exemplo é o caso de Jó: “Disse o Senhor a Satanás: Muito bem,
tudo o que ele tem está no teu poder, mas somente contra ele não estendas a
tua mão”. Logo adiante, Satanás pede para tocar-lhe nos ossos e na carne.
Deus permitiu, mas que lhe poupasse a vida. E Jó ficou coberto de chagas,
dos pés à cabeça.
Por que Deus permitiu isso a um servo fiel? A única resposta é: provar
a sua fé, mas também dar aos outros testemunho da fidelidade.
Um terceiro exemplo, no livro de Apocalipse: Este é um grande livro
de batalha espiritual. São os conflitos que ali estão sendo revelados, até a
vitória final e total do Senhor Jesus. A cada selo que vai sendo quebrado,
uma nova invasão demoníaca vai aparecendo na terra. Trata de perseguição,
de martírio, de morte. E o que se lê, algumas vezes: “não foi permitido tocar
nos santos”. Outras vezes lê-se: “foi permitido tocar nos santos, mas não na
vida”.
Esses textos dão a entender que, com a permissão divina, às vezes
podem vir ataques ou doenças oriundas de demônios. Porém nem toda
doença é demoníaca. A maioria tem causas bem conhecidas, como a
falência natural do corpo; outras vezes, doenças psicossomáticas, oriundas
de traumas, amarguras e deficiências emocionais. Desde que o pecado
entrou no mundo, nosso corpo está num processo de morte. Os
relacionamentos estão em decadência, as pessoas, precisam de cura e
restauração. A máquina humana tem essa semente de morte; isso significa
que as doenças representarão a falência natural do corpo e até distúrbios
cognitivos e emocionais.
Doença e pecado
Algumas doenças, é óbvio, têm a ver com a consequência natural e
direta do pecado, como as doenças sexualmente transmissíveis; o câncer do
pulmão, causado pelo cigarro; a cirrose hepática, causada pelo álcool e
muitas outras. Satanás opera o pecado, o pecado gera a doença. Há uma
cadeia, mas isso não isenta ninguém de culpa, pois podemos escolher pecar
ou não; não podemos, porém, escolher as consequências do pecado.
Doença e amargura
Raiz de amargura é outra causa de doenças, principalmente as
psicossomáticas. As doenças têm causas diversas. Por isso, o dom de cura
na Bíblia não está no singular, mas no plural; são os dons de cura. Algumas
curas só acontecerão pela confissão. Tiago diz: “confessai os vossos
pecados uns aos outros para serdes sarados”. Outras doenças poderão ser
espírito de enfermidade, tanto para o cristão como para o não cristão e
somente acontecem com a permissão de Deus (Neste ponto, há discordância
entre os teólogos).
Distúrbios psicológicos
Às vezes a pessoa a quem estamos ministrando não manifesta uma
possessão aparente. Mas, se descobrimos que há envolvimentos com
práticas demoníacas, precisamos ministrar libertação para que tais vínculos
sejam destruídos, pela graça de Deus.
Opressões malignas em membros da igreja
Um cristão no Senhor Jesus jamais se tornará possesso. Ele está
guardado da possessão demoníaca, porém, pode tornar-se oprimido por
demônios se der lugar ao diabo. Quatro causas podem dar acesso à opressão
maligna na vida de um cristão.
Primeira causa - Pecados. Quando um filho de Deus entrega-se à
prática do pecado, ele entristece o Espírito Santo. Não entristeçam o
Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da
redenção. (BÍBLIA, N. T. Efésios 4:30); Não apaguem o Espírito. (BÍBLIA,
N. T. 1 Tessalonicenses 5:19). Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo
de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa
devorar. (BÍBLIA, N. T. 1 Pedro 5:8).
Segunda causa - Ressentimento,ódio, inveja e amargura no coração.
São elementos utilizados por Satanás para oprimir a vida do filho de Deus.
Quando vocês ficarem irados, não pequem”. Apaziguem a sua ira antes que
o sol se ponha, e não dêem lugar ao Diabo. (BÍBLIA, N. T. Efésios 4:26-
27); Quem é sábio e tem entendimento entre vocês? Que o demonstre por
seu bom procedimento, mediante obras praticadas com a humildade que
provém da sabedoria. Contudo, se vocês abrigam no coração inveja amarga
e ambição egoísta, não se gloriem disso, nem neguem a verdade. Esse tipo
de “sabedoria” não vem dos céus, mas é terrena; não é espiritual, mas é
demoníaca. (BÍBLIA, N. T. Tiago 3:13-15).
Terceira causa - O abandono de uma vida de oração e leitura da
Palavra. Com frequência, esta situação é a causa da opressão maligna na
vida de certos cristãos. Sem a espada do Espírito, o cristão fica sem a arma
ofensiva para vencer as batalhas e permanecer inabalável. Por isso, vistam
toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer
inabaláveis, depois de terem feito tudo. Usem o capacete da salvação e a
espada do Espírito, que é a palavra de Deus. (BÍBLIA, N. T. Efésios 6:13
e17).
Quarta causa - Dúvida quanto ao poder que Jesus tem para livrar os
seus. As consequências de não se apropriar pela fé, da potencialidade das
promessas de Deus para a sua segurança é sempre o derrotismo e uma visão
espiritual maligna. Pessoas assim sentem-se derrotadas, vêem demônios em
tudo e se sentem atormentadas por eles em todo o tempo.
4. Tentação
O que é?
A ação mais direta de Satanás na vida do homem. É o principal campo
de batalha da luta do cristão contra o diabo.
Somos culpados pelos nossos pecados; não adianta querer colocar a
culpa em Satanás. A Bíblia diz que o desejo ardente dá à luz o pecado, gera
o pecado no coração.
Como Satanás trabalha na tentação?
Ele é astuto; prepara um cenário convidativo, com o objetivo de fazer
o cristão cair no processo, afastando-o de Deus e tornando-o inoperante no
reino de Deus por causa dos pecados em que se envolve.
Portanto, os desejos humanos conduzem ao pecado e Satanás coopera
com eles, prepara as astutas ciladas e cria a tentação. Assim, somos
culpados porque o desejo ímpio, o pecado já estava dentro de nós. Satanás
não é onisciente, onipresente e onipotente. Mas, ele tem a sua rede de
informação, que está atenta para armar o cenário da tentação. À vezes esse
cenário é armado de maneira muito sutil, através de um convite amigo ou
de uma situação aparentemente inocente, sem maldade. E a cilada
destrutiva nem é percebida até que as consequências comecem a aparecer.
Como pastor, acompanhei, há algum tempo, um caso impressionante.
A moça foi a primeira da família a se converter. Seus familiares tinham
envolvimentos com umbanda, não somente na prática, mas na
“ministração” em terreiros. Ela se mantinha firme na palavra de Deus. Mas
os demônios falavam através de seus familiares que iam lutar contra ela,
iam destruir sua vida.
Um dia, ela conheceu um rapaz, na igreja, namoraram, pensavam em
se casar. Antes que isso acontecesse, resolveram dormir juntos. Naquele
dia, enquanto se envolviam sexualmente, demônios que estavam naquele
rapaz se manifestaram, dizendo: “Está vendo com quem você está se
relacionando? Eu falei que ia destruir sua vida“. Resultado: baixa
autoestima, batalha interior intensa, afastamento do Evangelho, de Deus,
término do relacionamento com o rapaz. Dentro dela ficara um sentimento
profundo como uma maldição. Depois, enveredou-se para o caminho da
prostituição. Somente muitos anos depois, veio a se converter, mudou de
vida e entrou num processo de restauração e de transformação espiritual.
Essa história, mostra quão ardiloso Satanás é: coloca um jovem desse
no meio do rebanho para destruir uma vida. Pode-se imaginar as marcas
dessa tragédia?
Mostra também, que a tentação, às vezes, simplesmente aproxima os
desejos, monta o cenário, toca os pontos fracos, monta a armadilha. Por
isso, vigiar e orar é a nossa arma.
Advertências que nos ajudam a enfrentar as
tentações
Tiago preocupa-se em ajudar o amadurecimento e o crescimento
espiritual das pessoas e faz uma clara diferença entre as provações que
ajudam a amadurecer na fé, na perseverança, no caráter e na sabedoria e as
tentações que nos seduzem a pecar.
Primeira advertência: Entender como a tentação funciona. Tiago
apresenta quatro estágios:
Desejo
Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este
arrastado e seduzido. (BÍLBIA, N. T. Tiago 1:14)
Tiago nos ensina que toda tentação tem origem em nossos desejos; eles
não são maus em si mesmos e fazem parte da vida e da natureza da pessoa.
A tentação acontece quando se quer satisfazê-los fora da vontade de Deus.
Neste momento eles se tornam um problema na vida das pessoas.
Os desejos são como o vapor que impulsiona uma máquina. Sem eles
não há força para fazê-la funcionar, porém se estiverem descontrolados irão
gerar destruição, tragédia e angústia. Eles impulsionam a vida, mas
precisam ser controlados.
A Bíblia ensina que os desejos devem ser servos e não senhores. Por
isso, a ideia de que não temos controle é armadilha satânica.
Jesus ensina o valor e o controle sobre os desejos.
Engano
Satanás é o tentador, conhece os desejos das pessoas e os usa para
enganar e fazer com que se abandone a vontade de Deus. Ele faz com
astúcia, por isso, nenhuma tentação parece ruim, apresenta-se muito melhor
do que é.
Tiago usa duas ilustrações para nos ajudar a entender o engano. A caça
e a pesca. Ele usa duas palavras gregas que as caracterizam - atrair - isca -
de uma armadilha e engodar isca de um anzol.
A ideia é que a isca esconde a armadilha e o anzol. A isca (desejo)
usada por Satanás (o tentador) atrai e esconde as consequências que virão,
promovendo tristeza e sofrimento, quando se cai na armadilha.
Quando se está lidando com a tentação, descobre-se que, de alguma
maneira, a isca tenta esconder as consequências do pecado, assim como, se
cobre o anzol para pescar. Uma das ilusões que sempre acompanha a
tentação é que a queda não será descoberta e mesmo que seja não terá
maiores consequências. Deus perdoa, mas a dor provocada, como
consequência natural do pecado é inevitável e precisa ser enfrentada. Nem
sempre é possível retomar a mesma posição de onde se caiu. Líderes que
caíram, não conseguiram retomá-la.
Desobediência
Quando a mulher viu que a árvore parecia agradável ao paladar, era
atraente aos olhos e, além disso, desejável para dela se obter discernimento,
tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que comeu também.
(BÍBLIA, V. T. Gênesis 3:6).
A tentação caminha das emoções (desejos), para o intelecto (engano) e
para o nível da decisão (vontade). O desejo é o caminho que nos leva a
ansiar pela isca. Mas é a vontade e a decisão que a aprova e nos fazem agir,
mesmo sabendo que se contraria a vontade de Deus. Isto é pecado. É um ato
de rebeldia e desobediência deliberada contra a vontade de Deus. Não
importa se isto é perceptível ou não. No momento em que se deixa fisgar,
cai-se na armadilha.
Maturidade é saber que a vida cristã não é controlada, nem dirigida
pelos sentimentos, mas por decisões da própria vontade. As crianças agem
pelas suas vontades - Eu quero. Mas os adultos por decisões baseadas em
valores, pelo que creem ser correto e aceitável.
O cristão imaturo cai facilmente pois, como uma criança, toma as suas
decisões por impulsos volitivos e não pelas convicções provenientes de seus
valores espirituais. Quanto mais se diz não às tentações, mais os valores da
vontade de Deus se fortalecem na vida. Quanto mais se fortalece o desejo,
menos valor se dá à vontade de Deus.
O que tem alimentado a sua mente? Sua mente é alimentada com a
pornografia? Já pensou nas consequências dessa escolha?
Fortaleça sua mente e seu espírito com os salutares valores do
cristianismo e verá a diferença.
Morte
Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado,
após ter se consumado, gera a morte. (BÍBLIA, N. T. Tiago1:15)A Bíblia é clara quando afirma que a consequência natural do pecado é
a morte. A serpente foi usada (Satanás) para despertar o desejo em Eva.
Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e
vocês, como Deus , serão conhecedores do bem e do mal”. (BÍBLIA, V. T.
Gênesis 3:5).
O que há de errado em desejar obter maior conhecimento?
O que há de errado em comer algum tipo de comida? O desejo se
instalou. O processo do engano é claramente descrito por Paulo.
O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva
com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e
pura devoção a Cristo. (BÍBLIA, N. T. 2 Coríntios 11:3)
Satanás é o enganador que procura corromper, torcer, enganar a nossa
mente. Eva viu a isca, mas se esqueceu da advertência.
Mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no
dia em que dela comer, certamente você morrerá”. (BÍBLIA, V. T. Gênesis
2:17)
Morte é a consequência. A desobediência pode ser vista no tomar o
fruto, comer e repartir com o seu esposo. Quando se cai na isca, torna-se
isca viva.
A morte espiritual acontece imediatamente quando se perde a bênção
de habitar com Deus e desfrutar da sua intimidade; a morte física acontece
quando o processo de decadência se instala na vida humana dando início à
perda gradativa da saúde.
Visto que a morte veio por meio de um só homem, também a
ressurreição dos mortos veio por meio de um só homem. Pois da mesma
forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados.
(BÍBLIA, N. T. 1 Coríntios 15:21-22).
Os mortos são julgados
11Depois vi um grande trono branco e aquele que nele estava
assentado. A terra e o céu fugiram da sua presença, e não se encontrou lugar
para eles. 12Vi também os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do
trono, e livros foram abertos. Outro livro foi aberto, o livro da vida. Os
mortos foram julgados de acordo com o que tinham feito, segundo o que
estava registrado nos livros. 13O mar entregou os mortos que nele havia e a
morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e cada um foi
julgado de acordo com o que tinha feito. 14Então a morte e o Hades foram
lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. 15Aqueles
cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no
lago de fogo. (BÍBLIA, N.T. Apocalipse 20:11-15).
A consequência do pecado é o juízo de Deus. Há muitas pessoas que
brincam com o pecado, e não percebem as suas consequências, tanto
momentâneas quanto eternas. Também não crêem que o pecado não
somente os afasta de Deus quanto os conduz ao inferno. Esta é a realidade
das escrituras. Por isso, o temor do Senhor é o princípio da sabedoria, pois
levamos a sério a santidade de Deus que não somente não pode abençoar o
pecado, quanto não pode conviver com ele a eternidade no céu.
Conheça a natureza de Deus
16Meus amados irmãos, não se deixem enganar. 13Quando alguém for
tentado, jamais deverá dizer: “Estou sendo tentado por Deus”. Pois Deus
não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. 17Toda boa dádiva e todo
dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como
sombras inconstantes. (BÍBLIA, N. T. Tiago 1:13;16-17).
Um dos truques satânicos é convencer que Deus impede a pessoa de
ser feliz, não nos ama de verdade nem cuida de nós. Essa foi a tática usada
com Eva: “Se Deus verdadeiramente a amasse “permitiria que comesse o
fruto que poderia lhe dar conhecimento. Ele não quer que você seja tão
sábia quanto ele”. Isso era o que Satanás desejava incutir na cabeça de Eva.
O que podemos aprender desta lição bíblica é que, quando se desconfia da
bondade de Deus fica-se suscetível às ofertas de Satanás. Tiago apresenta
quatro fatos sobre a bondade de Deus que não podem ser esquecidos:
Deus é bom... Ele não induz ao mal, não é o tentador. Satanás o é.
Seus propósitos são bons... Ele não planeja o mal, todo o plano e
vontade dele para a vida das pessoas não podem ser para o mal. Se Deus
tem um plano para sua vida, ainda que lhe pareça desgraça, ele é o que há
de melhor para a sua vida. Não importa o que o inimigo tente convencê-lo,
não existe nada melhor do que o plano e propósito de Deus para você.
Seus atos são bons... Até quando nos disciplina.
Ele não pode deixar de ser bom... não muda a sua natureza. Se isso
fosse possível, não haveria luz, somente trevas. Ele é bom e não pode
mudar. Podemos ter a certeza de que não existe outro caminho melhor do
que continuar seguindo-o mesmo quando não se entende todas as coisas.
Jesus ama você muito mais do que você é capaz de entender. Confie no
seu amor cuidadoso e não nas palavras do tentador. Ele é mentiroso.
O propósito de Deus para sua vida
Por sua decisão ele nos gerou pela palavra da verdade, a fim de sermos
como que os primeiros frutos de tudo o que ele criou. (BÍBLIA, N. T.
Tiago1:18).
Construir em nós a sua salvação; para isso ele nos gerou novamente
pelo seu Espírito Santo, através de Jesus e mediante a sua palavra que nos
foi anunciada para que pudéssemos ser os primeiros entre as suas criaturas,
acima até mesmo dos anjos. Tudo o que ele faz tem o propósito de culminar
na nossa salvação eterna para que ele reparta conosco por toda a eternidade
a sua glória. Então por que não viver de um modo digno do Deus Santo?
Por que não deixar que os valores e propósitos do seu amor eterno
governem a nossa vida? Por que trocar o eterno por um prato de lentilhas?
O que são os nossos desejos comparados ao que ele tem preparado para
nós?
5. Armas do inimigo
Quem vai entrar numa batalha precisa conhecer as principais armas do
seu inimigo para não ser pego de surpresa.
Por que é necessário conhecê-las? Como ele trabalha e age? Quais são
as suas ferramentas mais comuns?
Sutileza
Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o
SENHOR Deus tinha feito. E ela perguntou à mulher: “Foi isto mesmo que
Deus disse: ‘Não comam de nenhum fruto das árvores do jardim’?”
(BÍBLIA, V. T. Gênesis 3:1).
Era isso que Deus tinha dito? Não. O que Deus realmente disse: 16E o
Senhor Deus ordenou ao homem: “Coma livremente de qualquer árvore do
jardim, 17mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal,
porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá”. (BÍBLIA, V.
T. Gênesis 2:16-17). É só comparar os textos e perceber como a expressão
foi distorcida O que Satanás estava induzindo na mente de Eva, de maneira
sutil, astuta, não declarada? Ele estava armando um sentimento de que Deus
não estava sendo verdadeiro, estava ocultando algo. Ele monta um cenário
para Eva pensar: “Deus não quer que eu pense, que eu seja inteligente, que
eu desfrute da vida”. É preciso, então estar atento às sutilezas, àquilo que
parece ser verdadeiro, mas, na realidade é engodo. Satanás não aparece
como tem sido pintado, com chifres, capa vermelha e tridente na mão. Essa
figura espantaria; então, ele se mascara.
Fortalezas do entendimento
Muitas vezes a batalha espiritual acontece por falta de discernimento
dessas sutilezas. O texto a seguir nos ajuda a entender esse processo, como
Satanás atua na mente, criando armadilhas. O que receio, e quero evitar, é
que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja
corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. (BÍBLIA, N.
T. 2 Coríntios 11:3). Aqui não se trata de possessão, mas de fortalezas do
entendimento. Ele induz pessoas a acreditarem em mentiras que afastam do
propósito de Deus e nos conduzem às heresias. Uma pesquisa realizada nos
Estados Unidos revelou que um grande número de pastores e líderes
evangélicos deixaram de acreditar na concepção virginal de Jesus e na
Trindade Divina. Essa atuação ardilosa de Satanás faz a pessoa crer que é
muito inteligente e capaz, afastando-a dos princípios da fé.
A história de Balaão, no livro de Números, é outro bom exemplo de
como Satanás usa de artimanhas para tentar confundir e tirar as pessoas do
caminho do Senhor. Por opção, ou escolhas erradas, alguns pecados vão se
tornando tão enraizados quepassam a ser considerados normais, naturais
até que as consequências danosas, como a dor, o sofrimento despertem a
pessoa para a verdade.
Impureza
Esta é uma batalha que se trava no dia-a-dia e no seio da família. A
permissividade com algumas situações que estão sendo consideradas
normais e pertinentes à cultura tem levado a degradação dos valores para
dentro de casa. A justificativa para essa permissividade é que “todo mundo
faz, não se pode ficar alienado dos valores da nossa época”.
Lamentavelmente, na maioria das vezes, só se vai perceber a sutileza do
diabo e seu engodo quando já se está no fundo do poço.
Muitos pais argumentam que se não deixarem o filho participar dos
programas de sua turma, ele se sentirá frustrado, fora do grupo. Então,
levam-no às danceterias e vão buscá-lo lá pelas cinco horas da manhã. Seria
muito bom que esses pais entrassem nos banheiros desses ambientes e
vissem o que acontece lá. Poderiam assim julgar o que é mais frustrante e
ajudar o filho a pensar no risco que corre, dando essa oportunidade ao
diabo.
Dúvida
Uma das maneiras de Satanás destruir nossa fé é semeando dúvidas em
nossa mente. Dúvidas sobre Deus, seu amor e bondade, seu poder de
interferir na nossa vida e sobre os propósitos do Senhor. Foi assim que
tentou a Jesus: “Se tu és o filho de Deus...” A única maneira de vencer essa
tentação é como Jesus mesmo o fez: responder com a própria palavra de
Deus: “Está escrito...”.
Medo
Relacionado com a dúvida está o medo. Muitas vezes, não
enfrentamos as batalhas espirituais por causa do medo; medo de sermos
derrotados, de não termos autoridade ou conhecimento suficientes para
tanto; do futuro; de sermos mal interpretados, enfim, medo de tantas coisas
que inibem a nossa atitude diante de situações que exigiriam de nós uma
atitude segura. Entretanto, ...no amor não há medo; ao contrário o perfeito
amor expulsa o medo, porque o medo supõe castigo. Aquele que tem medo
não está aperfeiçoado no amor. (BÍBLIA, N. T. I João 4:18). A Bíblia nos
diz que o verdadeiro amor lança fora o medo. Então, se temos em nós o
amor de Deus, podemos nos deixar conduzir por esse amor que liberta.
Mentira
Disse a serpente à mulher: “Certamente não morrerão!” (BÍBLIA, V. T.
Gênesis 3:4) “Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar
o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade,
pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é
mentiroso e pai da mentira”. (BÍBLIA, N. T. João 8:44).
Este texto diz que ele é mentiroso e pai da mentira. Satanás cria o
cenário, arma situações, gera dúvida e medo; semeia discórdia, gera
desconfiança. Tudo isso porque é o grande mentiroso. E nós temos que
entender essas armas do inimigo.
Quando se vive uma batalha espiritual ou mesmo ajudando alguém, é
necessário discernir bem o que está acontecendo.
• Qual é a sutileza de Satanás nisso?
• Ele está gerando dúvida quanto ao poder da graça de Deus em minha
vida?
• Está ele mentindo sobre alguma coisa que gera angústia em meu
coração?
• E o poder do Espírito em meu viver?
Fortalezas de Satanás fazem com que se acredite em mentiras.
Algumas pessoas ficam tão bloqueadas, sentindo–se fora do alcance da
misericórdia divina, acreditando estar fadadas ao infortúnio, que não
conseguem ver a graça de Deus e seu poder transformador. Precisamos
lembrar que fomos criados pelo seu amor e que nosso Pai Eterno não quer
nos ver fora da sua misericórdia.
A Bíblia usa uma série de metáforas para descrever a “luta da fé”, bem
como, as armas que o Senhor colocou a nossa disposição para dar-nos
vitória.
O Boxeador - Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e
não luto como quem esmurra o ar. (BÍBLIA, N. T. I Coríntios 9:26).
O Soldado - “3Suporte comigo os meus sofrimentos, como bom
soldado de Cristo Jesus. 4Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios
da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou.” (BÍBLIA, N. T. 2
Timóteo 2:3-4).
O Lutador - “Pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra
os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais. (BÍBLIA, N. T.
Efésios 6:12)
Efésios 6:12 descreve a armadura de Deus, na figura do lutador, para
enfrentar o dia mau. Algumas pessoas pensam que o cristão não tem lutas,
nem doenças e nem problemas. Isso não é verdade. Jesus mesmo disse que
no mundo teríamos aflições. O dia mau vem; situações e momentos difíceis
vão oscilar em aspectos diferentes da vida. Algumas situações, permitidas
por Deus, têm propósitos de crescimento, de fortalecimento da fé ou de
transformação. Às vezes são problemas com os quais não queremos lidar e
Deus usa essas situações para nos abençoar. A regra bíblica para enfrentar
essas batalhas quer sejam interiores ou exteriores, de enfrentamento de
possessão demoníaca com alguém é estarmos revestidos dessa armadura.
Convém, pois, fazer um bom estudo deste texto: “10Finalmente
fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder. 11Vistam toda a armadura de
Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo, 12pois a nossa
luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades,
contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais
do mal nas regiões celestiais. 13 Por isso, vistam toda a armadura de Deus,
para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de
terem feito tudo. 14Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto
da verdade, vestindo a couraça da justiça 15e tendo os pés calçados com a
prontidão do evangelho da paz. 16Além disso, usem o escudo da fé, com o
qual vocês poderão apagar todas as setas inflamadas do Maligno. 17Usem o
capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
18Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo
isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.
(BÍBLIA, N. T. Efésios 6:10-18). “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós”.
(BÍBLIA, N. T. Tiago 4:7).
Uma questão pode surgir:
• Por que Satanás trabalha a dúvida, o engano, a sutileza?
Seu propósito com essas artimanhas é que batamos em retirada. Ele
sabe que está derrotado, como inimigo que já perdeu a batalha, que ficou
num determinado reduto, aonde não pode chegar o suprimento, não tem
como se articular. Continua, porém, guardando-se, defendendo-se, até o
último homem. Nós estamos nesse confronto; ele já está derrotado, mas se
batermos em retirada é vitória para ele. Então, cria situações para que a
gente se amedronte e diga: “Vou chamar alguém que me ajude”. Cuidado
com essa situação! Quem tem poder é Jesus, que está sobre a nossa vida e,
na autoridade do nome de Jesus, vamos resistir porque a vitória é do
Senhor. O que significa resistir a Satanás? Como isso pode ser feito?Na
prática, a lição principal é Efésios 6. Precisamos colocar os valores da graça
de Deus como prioritários em nossa vida:
Verdade
O diabo é o pai da mentira. Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Se
você diz ser crente, comprometido com Jesus, mas não está comprometido
em ser autêntico, verdadeiro, há algo de errado nisso. Você está permitindo
que o reduto do inimigo entre na sua história, está abrindo brechas
espirituais que criarão dificuldades na sua vida e, consequentemente, a
perda da batalha. A mentira, o descompromisso com a verdade é a porta da
nossa derrota e da vitória de Satanás. Mas, para sermos verdadeiros,
precisamos pagar o preço. No mundo de hoje, esse preço não é tão simples.
Exige caráter, firmeza, transparência. Uma só palavra: sim, sim; não, não. E
isso em toda e qualquer situação da nossa vida, desde o dia–a–dia em casa
até o pagamento correto do imposto de renda. Essa é uma maneira de
resistir a Satanás. A Bíblia diz: “Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará” (BÍBLIA, N. T. João 8:32).Trabalhando em processos de
libertação, é comum ouvir-se do drogado ou do homossexual uma fuga, a
mentira, nestes termos: “Eu não sou viciado; quando eu quiser, eu paro”.“Eu não sou um homem, eu não sou uma mulher; eu tenho uma terceira
natureza, consequência de um erro genético”. Quando virá a libertação para
essas pessoas? O primeiro passo é aceitar a verdade, reconhecer que é
mesmo um dependente e que precisa de ajuda; reconhecer que tem um
desvio moral-sexual que precisa ser corrigido. Esse reconhecimento à luz da
verdade é o começo do processo de libertação.Com relação a pessoas
envolvidas com umbanda, entra a questão do medo. Ao apresentar o plano
de libertação e de salvação, é preciso propor a renúncia a todos os acordos
feitos com Satanás e suas entidades. Satanás tenta incutir na mente das
pessoas que ele é mais poderoso que Deus. Precisamos, então, permanecer
firmes na verdade: nada nem ninguém é maior, nem mais poderoso que
nosso Deus.
2. Justiça
Se você professa sua fé no Senhor Jesus e não pratica a justiça, parece
que não está entendendo bem o caráter de Deus, que é o perfeito amor e a
perfeita justiça. A nossa justiça se evidencia no trato com as pessoas, em
nossos relacionamentos, em nossos negócios, em nossos compromissos
com o reino de Deus, em nossos dízimos... “Se a vossa justiça não exceder
a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus”.
(BÍBLIA, N. T. Mateus 5:20).Praticar a justiça, tanto no seu sentido mais
abrangente, como nas pequenas coisas, é uma forma de resistir ao diabo e
suas sutilezas.
3. Fé
Temos visto que praticar a verdade e a justiça são atitudes
imprescindíveis para que possamos resistir ao inimigo das nossas almas.
Efésios 6, descrevendo a armadura de Deus, fala do capacete da salvação.
Capacete, é claro, usa–se na cabeça. É com a cabeça, com a mente que
entendemos o plano da salvação. Se esse plano estiver bem ajustado e
aceito na cabeça e no coração, nada vai nos derrubar; não há ideias ou
planos que possam substituir o plano eterno de Deus. Temos o escudo da fé
e o evangelho da paz. Deus nos capacita com todas essas armas para
invadirmos o reino das trevas e enfrentarmos o inimigo. Veremos, então, a
graça de Deus, o poder de Deus libertando e salvando.A batalha espiritual é
vencida pelas armas da fé. Mas essa fé precisa estar pautada no ensino
bíblico. Não é simplesmente uma crença no poder do pensamento positivo.
Fé bíblica é aquela que provém da palavra de Deus; não está em nós
mesmos, nem no poder da nossa mente, mas na pessoa maravilhosa do
Senhor Jesus, que enfrenta as batalhas por nós. A batalha espiritual é
vencida por essa fé atuante no nome de Jesus, que está acima de todo nome.
4. Enfrentamento
Em determinados momentos, estamos vivendo a verdade, a justiça, e
entendendo a estratégia de Satanás que é criar uma zona de pressão para
que nos retiremos. Mas é preciso continuar firmes e reafirmar nossa
posição, entender o que está acontecendo e usar as armas que o Espírito
Santo nos deu. Isso é resistir. Há determinadas situações em que
entendemos o que o inimigo está fazendo e percebemos que ele pode ser
agressivo nessa batalha. Deus nos dá uma autoridade específica para
repreender Satanás; nesse momento, resistir ao diabo é, literalmente,
expulsar o diabo. Um dos exemplos mais claros dessa situação está na
tentação de Jesus, em Lucas 4, onde se percebem claramente esses
processos: fé, verdade, justiça, palavra de Deus. Mas chega a hora da
confrontação e após enfrentar todas as sutilezas de Satanás, Jesus usa sua
autoridade, expulsando o diabo: “Vai-te, Satanás!” (BÍBLIA, N. T. Mateus
4:10).Observe outra situação semelhante: “21 Desde aquele momento Jesus
começou a explicar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse
para Jerusalém e sofresse muitas coisas nas mãos dos líderes religiosos, dos
chefes dos sacerdotes e dos mestres da lei, e fosse morto e ressuscitasse no
terceiro dia. 22Então Pedro, chamando-o à parte, começou a repreendê-lo,
dizendo: “Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá!” 23Jesus virou-se e
disse a Pedro: “Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço
para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens”. (BÍBLIA,
N. T. Mateus 16:21-23).O que está nas entrelinhas da resposta de Jesus é
que Pedro não estava pensando no plano de Deus, mas desviando os seus
propósitos, segundo a mente humana. Aprendemos aí que os ataques de
Satanás são setas de pensamentos que, às vezes, acolhemos em nossa mente
e que precisamos repreendê-las.Jesus estava na popa, dormindo com a
cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram:
“Mestre, não te importas que morramos?” (BÍBLIA, N. T. Marcos 4:38).
Esta situação pode também servir de exemplo. Jesus está dormindo e os
discípulos a perecer na tempestade, o barco prestes a afundar. Jesus se
levanta e repreende o mar, prova seu poder sobre a natureza e identifica a
pequena fé dos discípulos. Semelhantemente, muitas pessoas reclamam que
Deus está lá longe nos céus e não se importa com o sofrimento humano
aqui na terra, não faz nada. É preciso, então, repreender para que ideias
distorcidas não venham a se instalar na mente e trazer o prejuízo.Há
momentos em que resistir a Satanás é atacar, com a autoridade que o Senhor
nos deu, aquilo que está afetando, que está se colocando contra a nossa
vida, quer seja através de uma situação, quer seja através da influência de
pessoas. Nossa atitude será de repreensão, de batalha, de enfrentamento.
Podemos dizer com todas as letras que, em nome de Jesus e na autoridade
espiritual que ele nos deu, Satanás está proibido de agir. A autoridade
espiritual dada por Deus para repreender demônios é a mesma para
expulsar. E os demônios obedecem. Não porque a palavra é bonita ou
eloquente, mas por causa da autoridade emanada do Pai, do Filho, do
Espírito Santo sobre a nossa vida e usada com discernimento espiritual para
reconhecer quando é obra satânica.
5. Cuidado com os extremos
Algumas pessoas, por ficarem tão amedrontadas ou por não
compreenderem bem o tema, tomam atitudes neuróticas e começam a ver
demônios em tudo: choveu bem na hora de ir para a igreja; queima lâmpada
a toda hora; a luz não acendeu; o carro pifou; amanheci com dor de cabeça;
não sei se abro o presente, pode ter mandinga aqui... Precisamos ter cuidado
com essas interpretações, sob pena de transformar a vida num constante
suplício. Em vez disso, o bom seria ficarmos focados na graça de Deus, no
seu poder e misericórdia, na iluminação do Senhor, na sua proteção, naquilo
que Ele está fazendo em nosso favor. A moderação, o equilíbrio, a
temperança são atitudes melhores para qualquer situação; como disse um
sábio pastor, não podemos ser nem congelados nem torrados pelas sutilezas
de Satanás.
6. Adoração e louvor
Esta é uma tremenda arma contra Satanás. O Salmo 149 é um hino de
louvor e diz que enquanto adoramos a Deus, é como se uma espada de Deus
estivesse passando e promovendo a vitória porque Ele é Senhor e Rei. A
palavra de Deus fala de alguns momentos na história de Israel em que a
única arma era o louvor. No meio dos louvores Deus habita e onde Deus
habita não há lugar para medo; não há lugar para o inimigo onde reina a
graça de Deus.Há pessoas que só usam a arma da expulsão. Deveriam
mudar de tática e experimentar a arma do louvor. Há batalha espiritual, sim;
há opressão, sim, mas glorificar o nome de Deus, adorá-lo é uma arma cujo
poder deveríamos conhecer mais, para perceber a graça de Deus agindo a
nosso favor. Não se deve ficar nos extremos, porém, há momentos em que é
preciso expulsar; outros em que adoração e louvor trazem maior libertação.
Para se colocar vitoriosamente na batalha contra o inimigo, certos requisitos
espirituais precisam ser encontrados na vida do crente: Obediência, e um
relacionamento certo com Deus.
6. Ministério de libertação
O ministério de libertação é parte do processo de evangelização, mas
não é o centro, a essência. Se alguém passou pelo processo de libertação,
mas não recebeu Jesus como Salvador e Senhor, a Bíblia diz que voltam os
espíritos malignos e a pessoa se torna pior que antes. (BÍBLIA, N.T. Mateus
12:43-45; Lucas 11:24-26). Só Jesus liberta.Quando a luz entra, as trevas
vão embora.
O que realmente significa um ministério de libertação?É a selagem na
nossa vida de um compromisso com Jesus, uma conversão genuína, um
pacto definitivo e total com Jesus, o Senhor da nossa vida. A única pessoa
que liberta é Jesus. Foi Ele quem conferiu autoridade aos seus discípulos
para repreender os demônios. Entretanto, se a obra não for completa, será
um desserviço à pessoa ministrada. É necessário fazê-la compreender que
precisa estabelecer um pacto com Jesus. É responsabilidade de quem
repreende os demônios discipular, acompanhar espiritualmente, completar a
evangelização, sob o risco de que a pessoa se torne, como diz a Bíblia, sete
vezes pior. Então, ministério de libertação não é simplesmente expulsar
demônios, mas ajudar as pessoas a terem seus nomes escritos no livro da
vida. Foi o que Jesus disse aos discípulos: “Contudo, alegrem-se, não
porque os espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão
escritos nos céus “. (BÍBLIA, N. T. Lucas 10:20)”.
• Por que os demônios se submetem?
• O que faz estas coisas acontecerem?
• Expulsar demônios é um dom?
É preciso entender a posição que tem o cristão em Jesus. Expulsar
demônios é uma autoridade delegada pelo nosso Senhor e ninguém pode
fazê-lo se não for por meio da autoridade que vem dEle, como resultado de
nossa inclusão no reino de Deus. A Bíblia ensina que Deus outorgou a Jesus
toda a autoridade, no céu e na terra, colocando-o acima de todo principado e
potestade, até que todos os inimigos do Senhor sejam derrotados. (BÍBLIA,
N. T. Mateus 28:19-20; Efésios 1:20-23).
Não podemos esquecer que o nome de Jesus está acima de todo nome
e de toda autoridade no céu e na terra. Se temos autoridade e a exercemos
em nome de Jesus, ela não é nossa, é de Jesus, e foi delegada a todos
quantos têm o selo e estão cheios do Espírito Santo. Estes são os que podem
usar essa autoridade, dada por Deus, através de seu filho Jesus, para
expulsar demônios. Portanto, é a autoridade de Jesus que se manifesta
quando alguém é liberto do poder das trevas . O livro de Judas evidencia
bem esse fato:
Contudo, nem mesmo o arcanjo Miguel, quando estava disputando
com o Diabo acerca do corpo de Moisés, ousou fazer acusação injuriosa
contra ele, mas disse: “O Senhor o repreenda!” (BÍBLIA, N. T. Judas 1:9).
Todo crente genuíno tem autoridade delegada pelo Espírito de Deus
para promover a verdadeira libertação, que é plantar a semente do
evangelho. Esse não é um dom dado a alguns apenas, é missão de todo
cristão. Se evangelizar é libertar cativos, essa autoridade inclui a libertação
de demônios.
Quando no processo de evangelização, acontece um enfrentamento
satânico, o mesmo Senhor que deu autoridade para falarmos da graça, nos
dá também para repreender os demônios. A autoridade é dele, o poder é
dele, e a graça é dele. Precisamos entender isso de maneira muito clara. Se
imaginarmos que é um dom especial, que precisa de um “raio de luz”
especial para poder exercê-la, nunca vamos entrar nesse enfrentamento,
vamos ficar com medo. Mas se entendermos que é uma autoridade delegada
pelo Senhor, iremos em nome de Jesus e, nessa autoridade, haverá
libertação.
O livro de 1 Samuel, capítulo 17 esclarece essa situação: Davi olha o
gigante Golias, o valente do inimigo. O exército de Deus está acuado,
olhando o tamanho do gigante, de sua lança, de sua couraça, ouvindo as
vozes, as acusações; ninguém se mexe. A cena é metáfora da nossa batalha
espiritual. Mas Davi vem em nome do Senhor, dispensa a armadura de
proteção e, com apenas uma funda e cinco pedras, enfrenta o opositor. O
inimigo zomba daquele jovenzinho e menospreza sua coragem. O final da
história todos sabem: derrota total e completa do inimigo, para a glória de
Deus. Davi enfrentou o gigante sem medo algum porque sabia em nome de
quem estava lutando. Medo é a antítese da fé. Se cremos que estamos
selados no nome de Jesus e fazendo a obra na autoridade dele, sob
delegação e instrução dele, não há lugar para medo. O nome de Jesus tira de
nós todo medo e a vitória é certa.
Acusação e Mentira
Outra situação que acontece é Satanás nos acusar. Ele é acusador e
mentiroso. Muitas vezes quer criar confusão no meio do povo de Deus e
fala mentiras. Nessa situação, não se deve dar- lhe crédito, não se deve
dialogar com ele. Sua palavra é de intimidação e tem o propósito de
desestabilizar, de promover a perturbação. Então, quem está ministrando a
libertação precisa estar consciente dessas artimanhas e ficar muito firme no
propósito de falar da libertação que Jesus quer fazer. É a hora de chamar a
pessoa à consciência, levá-la a fazer renúncias, quebrar pactos, tomar
posição firme na fé em Jesus. Lembrar sempre que a verdadeira libertação é
Jesus dentro de nós, não é uma manifestação escandalosa nem um show
pictórico, mas um momento de mais profundo significado na vida de
alguém, momento decisivo de seu destino eterno, por isso requer o mais
profundo respeito. Tampouco devemos ter a pretensão de conquistar
convertidos a nós – a um proselitismo religioso, porque é o Espírito Santo
que convence a pessoa do pecado, da justiça e do juízo. “Quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. (BÍBLIA, N.T. João
16:8).
É preciso cair no chão?
As libertações acontecem não apenas nas pessoas que caem no chão.
Existem fortalezas do entendimento. Satanás pode tomar posse de uma área
do entendimento de uma pessoa e fazê-la crer em mentiras sobre si mesma,
sobre a vida, sobre os conceitos da fé. Então a libertação terá que atuar
nessa área, contra as fortalezas do entendimento. Lembremos: quem liberta
é Jesus e Ele não estabeleceu fórmulas exteriores, como cair no chão, rolar,
contorcer-se ou algo semelhante. Isso pode acontecer, mas não é condição
“sine qua non”. A autoridade vem de Jesus e a verdadeira libertação só
acontece quando Cristo toma posse da pessoa. “Se o Filho vos libertar,
verdadeiramente sereis livres”. (BÍBLIA, N. T. João 8:36)
Expulsão de Demônios - Com o advento do liberalismo teológico, as
igrejas começaram a questionar se deviam ou não expulsar demônios.
Porém, até o final do século XIX e começo do século XX, expulsar
demônios era prática comum da igreja. Os evangelhos sinóticos registram
que essa prática foi não apenas efetuada por Jesus em inúmeros casos, mas
foi também orientada aos discípulos. Jesus deu-lhes autoridade para
repreender e expulsar demônios. Eles vão, dois a dois, e mediante a
autoridade espiritual dada por Jesus a eles, os demônios se submetem e são
expulsos. Os discípulos voltam alegres por causa disso. Mas Jesus mostra-
lhes algo mais precioso pelo que deveriam se alegrar: “alegrai-vos antes por
terem seus nomes escritos nos céus”. O alerta que nos dá essa palavra de
Jesus é que precisamos de cuidado para não desviar o foco do verdadeiro
propósito de Deus, que é a salvação da alma. (Lucas 10).
Exorcismo
Todos os evangelhos sinóticos dão testemunhos da prática exorcística
de Jesus. “Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então
chegou a vocês o Reino de Deus.” (BÍBLIA, N.T. Mateus 12:28) Ele
respondeu: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago.” (BÍBLIA, N.T.
Lucas 10:18)
A autoridade dada por Jesus aos seus servos
Cristo é o cabeça dos principados e potestades. “E, por estarem nele,
que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude.”
(BÍBLIA, N.T. Colossenses 2:10).
É dada por Jesus aos seus servos autoridade sobre os demônios para
repreendê-los e expulsá-los.17 Os setenta e dois voltaram alegres e
disseram: “Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome”.
18Ele respondeu: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago. 19Eu lhes
dei autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder
do inimigo; nada lhes fará dano. 20Contudo, alegrem-se, não porque os
espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos
céus”. 21Naquela hora Jesus, exultando no Espírito Santo, disse: “Eu te
louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondesteestas coisas dos
sábios e cultos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, pois assim foi do teu
agrado. 22Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém sabe
quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém sabe quem é o Pai, a não ser o
Filho e aqueles a quem o Filho o quiser revelar”. 23Então ele se voltou para
os seus discípulos e lhes disse em particular: “Felizes são os olhos que
veem o que vocês veem. 24Pois eu lhes digo que muitos profetas e reis
desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram; e ouvir o que vocês
estão ouvindo, mas não ouviram”. (BÍBLIA, N.T. Lucas 10:17-24)
15E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas
as pessoas. 16Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será
condenado. 17Estes sinais acompanharão os que crerem: em meu nome
expulsarão demônios; falarão novas línguas; 18pegarão em serpentes; e, se
beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal nenhum; imporão as mãos
sobre os doentes, e estes ficarão curados”. (BÍBLIA, N.T. Marcos 16:15-
17).
Exorcismos praticados por Jesus
7. Manifestações satânicas no culto
Oobjetivo do culto público é adorar a Deus, proclamar o nome de
Jesus e seu Evangelho e isto deve ser respeitado e preservado. Mas é
possível que algum demônio tente se manifestar para trazer confusão. A
arma a ser usada é a oração. Orar não só para que a pessoa seja liberta, mas
pedindo a Deus que tal situação não aconteça no culto, que haja ordem,
reverência e decência enquanto a palavra é pregada, que haja louvor e
salvação.
Em primeiro lugar deve-se entender o jogo do inimigo e não entrar
nele. A primeira coisa que se deve fazer é, com a maior cautela e discrição
possíveis e com o mínimo de movimentação, retirar do ambiente de culto a
pessoa atacada, chamar pastores ou líderes, preparados para tal, para
atendimento em local restrito para que eles cuidem do caso, com
discernimento e autoridade espiritual. Essa atitude evita que o culto seja
interrompido, que o foco da pregação seja desvirtuado, pois é isso mesmo
que o inimigo quer. Então, não se deve deixar que o “show” aconteça.
Provocaria escândalo, medo, algumas pessoas jamais voltariam à igreja.
Um fato inusitado aconteceu certa vez, quando um grupo de
adolescentes se preparava para sair para um retiro. Em meio à
movimentação normal de ônibus, bagagem, cumprimentos, de repente,
entra uma pessoa, vinda da rua e, sem que ninguém esperasse, cai
endemoninhada na recepção. Qual seria o objetivo de Satanás com isso?
Com certeza, gerar medo, criar confusão. Assim, aqueles que estão
começando sua vida cristã ficam com medo, apavorados, sem compreender
a questão e, até, acabam por afastar-se. Isso seria a vitória do inimigo.
• Mas, como exercer libertação, como atuar na hora da necessidade?
Usar da autoridade, em nome de Jesus e, literalmente, ordenar que o
demônio deixe aquela pessoa. Porém, importa saber que a verdadeira
libertação somente ocorre quando o reino do Senhor Jesus é implantado no
coração.Precisamos saber que nem toda pessoa que manifesta alteração de
comportamento ou que cai está endemoninhada. Há situações que são
doenças, enfermidades do sistema nervoso, distúrbios neurológicos,
depressão, descontrole emocional, conflitos, raivas. Se você estiver lidando
com uma enfermidade é preciso procurar o profissional adequado que
tomará as medidas necessárias. Existem muitas enfermidades, temos que ter
isso em mente e tomar cuidado com as avaliações precipitadas. Entretanto,
se é caso de possessão demoníaca nenhum remédio dará conta a não ser o
poder libertador de Jesus. Só a maturidade espiritual nos fará aptos para
discernir essas coisas. Reconhecemos que, muitas vezes, é difícil discernir o
que está acontecendo. Principalmente, no caso de um surto psicótico: a
pessoa vê coisas, ouve vozes, tem alucinações e outras manifestações
estranhas. Corremos o perigo de espiritualizar muito rápido e agir
imprudentemente. Algumas denominações adeptas da teologia da
prosperidade agem insensatamente. Se há uma pessoa enferma, mandam
logo parar com todos os remédios. Isso é um grande perigo, que pode levar
ao agravamento da doença.Durante vários anos tenho tomado remédios para
controle da diabete e posso afirmar com certeza de que nunca tive nenhum
demônio me possuindo. Bom senso, discernimento, prudência, sabedoria do
alto; sem estas condições não podemos tratar de assunto tão delicado.
Outra arma nessa batalha: Oração
Não podemos imaginar o que acontece quando oramos! Esta é a arma
mais poderosa na vida do cristão. Por isso mesmo, a batalha mais difícil que
enfrentamos em nossa vida cristã é manter uma vida de oração. Requer luta
e compromisso. Não porque seja algo desagradável, pelo contrário, temos
prazer de estar na presença de Deus. Mas, as nossas tarefas, agenda,
telefone, cansaço... e tantas outras coisas nos roubam o tempo da oração.
Ainda que tudo isso seja necessário e importante precisamos perceber que
muitas vezes se tornam em ferramentas do inimigo para entulhar a nossa
vida de modo que não estejamos buscando o poder de Deus através da
oração, pois ele sabe o que acontece quando oramos.
A Bíblia diz que a porta da sala do trono de Deus está aberta, quando
oramos Ele nos convida para entrar com ousadia no glorioso local da sua
presença porque temos um sumo sacerdote que intercede por nós.
João, no livro de Apocalipse registra uma bela visão acerca da oração:
os anjos recolhem as orações dos crentes e as apresentam a Deus em uma
salva de prata. Nesse momento, ouvem–se trovões e raios, como se o poder
de Deus estivesse entrando na terra por causa das intercessões. É um
símbolo, mas sugere que nossas orações, mesmo que não respondidas no
modo e no tempo que esperamos, estão diante do Senhor e coisas
grandiosas de Deus começam a acontecer.
Um recurso que temos experimentado na vida de nossa igreja é o
programa de sentinelas de oração: enquanto o culto transcorre, pessoas
chamadas por Deus para esse ministério, posicionam-se pelo santuário e
ficam intercedendo pelo pastor, pelo público, pelo ambiente, pelo culto
todo. Que recurso magnífico é esse! É como se o pastor sentisse de maneira
muito concreta o poder da oração intercessória; ele se sente apoiado,
protegido, encorajado pelo seu rebanho. E Deus atua; as vendas de Satanás
caem dos olhos, pessoas se convertem e a igreja toda é edificada.
Essa é uma batalha na qual todos precisamos entrar. Alguém comparou
a batalha da oração com as guerras modernas. Como funcionam elas? Não é
o exército que vai primeiro. Antes de tudo, faz-se o trabalho de minar o
campo do adversário: vão os aviões, os mísseis atingem as torres de
comunicação, os sistemas de transportes, de alimentação, de combustíveis,
enfim vão destruindo tudo para que o exército inimigo não tenha mais
mobilidade alguma. Quando toda essa estrutura logística está minada, entra
o exército e, em pouco tempo, toma o lugar. É isso que a oração faz: mina
o território inimigo e deixa-o sem ação.
Essa visão tem atingido a obra missionária. Sentimos cada vez mais
que ela precisa de intercessão. O missionário, no seu campo de atuação,
precisa de uma retaguarda intercedendo para desmobilizar o inimigo e para
a graça de Deus atuar na salvação dos perdidos.
Precisamos também diferenciar uma guerra de uma escaramuça: a
guerra se prolonga e vai até o seu final quando o inimigo é totalmente
derrotado; a escaramuça é um ato isolado, rápido, sem grandes
consequências. Não pensemos que as coisas acontecem como um passe de
mágica: uma simples e rápida oração e tudo está resolvido. A oração não
pode ser uma escaramuça, mas uma verdadeira guerra, até que o inimigo
seja derrotado cabalmente.Um testemunho: visitei uma igreja de 1600
membros, numa cidade de 26000 habitantes. Perguntei ao pastor o segredo.
Contou-me ele que pastoreara aquela igreja por oito anos e ela não crescia:
tinha uma média de 20 a 30 membros e não saía disso. Desanimado, ele
voltou a exercer sua antiga profissão e, com o dinheiro que ganhava, pagava
um missionário para ficar em seu lugar.Nada mudou; porém, um dia, Deus
lhe mostrou que o queria de volta na sua obra, mas do jeito dEle. Ele
entendeu que não faria nada se não se dispusesse a buscar o poder da
oração. Começou a dobrar os joelhos intensamente. Convocou a liderança e
começou a gastar tempo em oração com os líderes da igreja. Trocaram a
televisão nas tardes de domingo pelo orar no templo antes de sair para
evangelizar. E Deus fez os milagres: a igreja cresceu naquela proporção,
graças ao poder da oração. Queremos vitória contra o inimigo? Tomemos a
mais poderosa arma que Deus coloca em nossas mãos: oração.
Obediência
Esta é outra arma imprescindível. Você quer ser vitorioso na batalha
contra o mal? Submeta-se a Jesus, o General. Submeta-se à autoridade de
seus líderes espirituais. Rebeldia é o pecado que está dentro do coração
humano. O pecado de Adão e Eva não foi outro senão o pecado da rebeldia
e essa semente passou para nós, somos rebeldes por natureza. Por isso,
Deus coloca algumas regras que governam o mundo espiritual:
1. Submeter-se a Deus incondicionalmente
2. Submeter-se às pessoas que Deus colocou com autoridade sobre a
sua vida
A Bíblia ensina que devemos nos submeter aos nossos pastores porque
eles zelam por nossas almas. “Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à
autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas.”
(BÍBLIA, N. T. Hebreus 13:17). Satanás tenta incitar a rebeldia no meio do
povo de Deus. Quando não consegue promover rebeldia contra Deus, ele
tenta nos sujeitar uns aos outros em amor a Deus. É aí que surgem as igrejas
divididas, os partidos, as críticas; não há avanço do Evangelho, não há
crescimento, não há testemunho porque um princípio bíblico está sendo
quebrado. 1Como prisioneiro no Senhor, rogo-lhes que vivam de maneira
digna da vocação que receberam. 2 Sejam completamente humildes e
dóceis, e sejam pacientes, suportando uns aos outros com amor. 3Façam
todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.
(BÍBLIA, N. T. Efésios 4:1-3). Suportem-se uns aos outros e perdoem as
queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes
perdoou. (BÍBLIA, N. T. Colossenses 3:13)
• Os líderes espirituais são infalíveis?
Não. Eles são falíveis; são pecadores lavados pelo sangue de Jesus,
transformados pela graça de Deus. Mas foram investidos de autoridade pelo
Espírito Santo de Deus. Essa era uma consciência muito forte em Davi: ele
tinha sido ungido rei, Saul o perseguia, mas ele dizia: “Não posso tocar no
ungido do Senhor”. A posição de Davi era que Deus havia investido Saul de
autoridade e enquanto assim fosse, ele nada faria contra. Quando esse
espírito de rebeldia é quebrado, podemos ser usados por Deus no exercício
de maior autoridade espiritual.
Quando um líder espiritual erra, é nosso dever confrontá-lo com a
palavra de Deus. A Bíblia ensina como se faz isso: com testemunhas, para
evitar divisão e para que as bênçãos de Deus não fiquem impedidas. Na
história de Israel, em seus 40 anos de deserto, vê-se claramente um espírito
de rebeldia latente. Uma geração inteira morreu para que a outra pudesse
crescer. Infelizmente isso acontece com algumas igrejas onde o espírito de
rebeldia é tão grande que Deus não tem como abençoá-la.
Obediência a Deus sempre, em primeiro lugar. Mas entender que Deus
colocou pessoas investidas espiritualmente de autoridade. Entender que
podemos confrontá-las, mas que isso deve ser feito em amor, em respeito a
essa autoridade delegada por Deus. Quem não puder entender isso, torna-se
um rebelde no meio da comunidade, sofrerá as consequências e ainda pode
prejudicar o rebanho de Deus. A Bíblia nos adverte que ao rebelde devemos
resistir para evitar danos maiores. (BÍBLIA, N. T. Hebreus 13:17 e
1Tessalonicenses 5:14). Muita batalha espiritual nas comunidades cristãs
têm acontecido por causa da rebeldia, fato que tem se tornado mau
testemunho para o mundo. Esse mesmo tipo de batalha espiritual tem
acontecido também no seio das famílias. Há casas onde ninguém se
considera, ninguém se respeita. Mas se assumirmos os critérios de Deus
para essa batalha, com certeza, haverá vitória.
Comunhão com Deus
Não há como ser vitorioso sem um relacionamento adequado com
Deus. Certa vez, uma mulher me procurou, pedindo que eu lhe ensinasse
uma oração poderosa. Pedi que ela me explicasse melhor, eu não havia
entendido bem de que se tratava. Ela explicou: uma oração poderosa, por
exemplo, para os endividados ou outras necessidades, como aparece nos
jornais.Muita gente está indo por esse caminho perigoso, pensando que
“uma oração poderosa” é suficiente para resolver todos os problemas.
Enganam-se e se decepcionam, pois o que importa mesmo é uma vida de
comunhão espiritual verdadeira com Deus, em obediência a sua Palavra,
viver, no dia-a-dia, os ensinos de Jesus, andar com Ele. Mas se quer
continuar vivendo no pecado, em adultério, em fraudes, fazendo aquilo que
o Senhor não aprova, Deus não pode abençoar. Jesus é a nossa bênção e é
preciso que o deixemos atuar em todas as áreas da vida, sem restrições.
Então, podemos orar, em nome de Jesus, e Ele, segundo a sua vontade
soberana, nos responderá e fará o melhor por nós.
Rejeição total e absoluta à atuação de Satanás
Nenhuma área de nossa vida pode ficar entregue a Satanás. Efésios 4,
a partir do v. 26 nos exorta a não dar lugar ao diabo, detalhando
comportamentos maus, típicos do estilo de vida que levávamos antes de
conhecer a Cristo. Se não deixarmos Jesus ser o senhor absoluto de nossas
vidas, se o impedirmos de atuar em um cantinho quem vai atuar aí?
Estaremos abrindo esse espaço para o inimigo de nossas almas. Não
significa que ele vai nos possuir, que vamos ser possessos de demônios,
mas teríamos um dedo dele nos perturbando e tirando de nós a alegria de
viver a vida abundante que Jesus nos promete.
A Bíblia nos exorta a olharmos para nossas vidas com inteireza de
coração e tirarmos dela tudo o que Deus não aprova. Isso está muito claro
no capítulo 8 de Ezequiel. Um grupo de líderes de Jerusalém vai à casa do
profeta pedir-lhe que ore pelo povo, os inimigos estão chegando, tudo estará
perdido se Deus não fizer um milagre. O profeta anima-se, pensando que
agora o povo se converteu de seus maus caminhos. Deus, então, arrebata
Ezequiel em espírito e lhe dá uma visão: abre um buraco numa parede do
templo, através da qual ele pôde ver o que estava aí escondido, dentro do
próprio templo do Senhor: abominações inomináveis, desrespeito, culto
promíscuo a deuses pagãos, altares a Baal. E o povo pedindo que Deus os
abençoe!
O pensamento era que em Jerusalém o inimigo não entraria, pois ali
estava o templo do Senhor e a arca da aliança; se alguém tocasse na arca,
seria morto. Mas Deus diz a Ezequiel que já retirou seu espírito do templo e
a arca perdeu seu sentido, é agora apenas madeira, a aliança foi
quebrada.Da mesma forma, como vamos querer a bênção de Deus, se
reservamos um pedaço de nossa vida a práticas reprováveis, a pornografias,
a vícios, a coisas aviltantes, coisas que Deus não pode abençoar?Quer uma
dica para vencer essa batalha? Zele por sua vida espiritual, na presença de
Deus. Se surgirem tentações, use a autoridade, em nome de Jesus. Se o
inimigo quer levar você a enxergar demônios, adore e glorifique o nome de
Deus: resista ao diabo e ele fugirá é o que a Bíblia nos ensina.
8. Nossa energia: jejum e oração
Jejum
Qual o sentimento de Jesus quando nos ensinou a jejuar e orar? Ele
respondeu: “Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum”. (BÍBLIA, N. T.
Marcos 9:29)
• Que devemos ter compaixão por aquele que está vivendo uma
possessão demoníaca.
• Que devemos perceber a tristeza de Deus ao ver alguém sofrendo.
• Que movidos de compaixão, possamos suplicar a misericórdia de
Deus.
• Que Ele nos use como instrumentos de bênção para que a libertação
aconteça.
Oração e jejum não é um procedimento mágico para resolver um
problema, mas um processo de identificação com Deus e com aquele a
quem estamos ministrando. É para isso que Deus nos está enviando aesse
ministério: ser veículo da Sua graça.
Um cuidado se faz necessário: termos plena consciência de que no
reino de Deus não existem atos mágicos; as coisas, os atos em si mesmos
não detêm nenhum poder miraculoso. São referenciais, são símbolos da
graça de Deus.
Por isso, é bom saber que, na cultura oriental, o jejum era um ato de
luto. Quando alguém morria, os parentes e amigos não comiam, cobriam a
cabeça com cinzas e pó, rasgavam as vestes, como sinal de tristeza e de dor.
Também era comum, no funeral israelita, o rabino chamar o membro mais
próximo da família e, com uma navalha, rasgar a camisa dele, como
lembrança do luto e do sofrimento do povo.
Assim, pois, o jejum não detém nenhum poder em si mesmo; ele é um
referencial, um símbolo da nossa dependência de Deus, de nossa contrição e
de nossa absoluta submissão ao poderio do Senhor.
O preparo do jejum
Jejum é passar algum tempo sem ingerir alimento ou água. Há o jejum
parcial, normalmente exercitado durante tempo maior do que o tempo dos
intervalos convencionais entre uma refeição e outra, ou a supressão de
alguns alimentos. Uma alteração tanto em quantidade como em qualidade.
O jejum pode ser a abstenção de alimentos saborosos e o uso exclusivo de
alimentação bem simples, como o pão e água.
Jesus praticou o jejum como elemento profundamente necessário à sua
vida, ministério e devoção. Jesus disse que o jejum deveria ser uma das
mais sigilosas práticas, pelo menos durante a sua realização. 1Então Jesus
foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. 2Depois de
jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. (BÍBLIA, N.T. Mateus
4:1-2). 16“Quando jejuarem, não mostrem uma aparência triste como os
hipócritas, pois eles mudam a aparência do rosto a fim de que os outros
vejam que eles estão jejuando. Eu lhes digo verdadeiramente que eles já
receberam sua plena recompensa. 17Ao jejuar, arrume o cabelo e lave o
rosto, 18para que não pareça aos outros que você está jejuando, mas apenas
a seu Pai, que vê em secreto. E seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.
(BÍBLIA, N.T. Mateus 6:16-18).
Jesus cobrou o jejum rigoroso e sério. Em razão do quebrantamento da
carne e mortificação dos seus apetites há uma maior manifestação do poder
de Deus. “Mas esta espécie só sai pela oração e pelo jejum”. (BÍBLIA, N.T.
Mateus 17:21). Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos
insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando
sou fraco é que sou forte.” (BÍBLIA, N.T. 2 Coríntios 12:10).
O jejum expressa
A tristeza pelo pecado e busca de restauração. 3Por isso me voltei
para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e
coberto de cinza. 4Orei ao SENHOR, o meu Deus, e confessei: Ó Senhor,
Deus grande e temível, que manténs a tua aliança de amor com todos
aqueles que te amam e obedecem aos teus mandamentos, 5nós temos
cometido pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos
afastamos dos teus mandamentos e das tuas leis. (BÍBLIA, V.T. Daniel 9:3-
5).
Busca de orientação. 21Ali, junto ao canal de Aava, proclamei jejum
para que nos humilhássemos diante do nosso Deus e lhe pedíssemos uma
viagem segura para nós e nossos filhos, com todos os nossos bens. 22Tive
vergonha de pedir soldados e cavaleiros ao rei para nos protegerem dos
inimigos na estrada, pois lhe tínhamos dito: “A mão bondosa de nosso Deus
está sobre todos os que o buscam, mas o seu poder e a sua ira são contra
todos os que o abandonam”. 23Por isso jejuamos e suplicamos essa bênção
ao nosso Deus, e ele nos atendeu. (BÍBLIA, V.T. Esdras 8:21-23). 28Moisés
ficou ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão e
sem beber água. E escreveu nas tábuas as palavras da aliança: os Dez
Mandamentos. (BÍBLIA, V.T. Êxodo 34:28).
Consagração de vidas para o ministério. 2 Estava sendo levado para
a porta do templo chamada Formosa um aleijado de nascença, que ali era
colocado todos os dias para pedir esmolas aos que entravam no templo.
3Vendo que Pedro e João iam entrar no pátio do templo, pediu-lhes esmola.
(At 13:2-3); 23Paulo e Barnabé designaram-lhes a presbíteros em cada
igreja; tendo orado e jejuado, eles os encomendaram ao Senhor, em quem
haviam confiado. (BÍBLIA, N.T. Atos 14:23).
O jejum tem efeitos espirituais maravilhosos. Quando um homem
jejua, ele está, entre outras coisas, dizendo que a comunhão com Deus tem
mais sabor do que os outros alimentos. Ele está, dessa forma espiritual,
alimentando-se da presença de Deus. O jejum era uma realidade na vida de
Paulo e de todos os apóstolos. 27Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei
sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei
frio e nudez. (BÍBLIA, N.T. 2 Coríntios 11:27).
No jejum específico para a confrontação com castas malignas,
precisamos ter em mente o fato de que o poder não está no jejum, mas na
motivação espiritual que nos leva ao quebrantamento diante de Deus que é
a fonte doadora de todo poder e virtude. 21Mas esta espécie só sai pela
oração e pelo jejum”. (BÍBLIA, N.T. Mateus 17:21).
Há, porém, algumas situações nas quais o jejum não conta com a
aprovação de Deus. Quando isso acontece, o jejum é apenas passar fome.
Vejamos algumas destas situações:
1. Jejum feito com o coração irado. 3Por que jejuamos’, dizem, ‘e não
o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste?’ Contudo, no dia do seu
jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês, e exploram os seus
empregados. 4Seu jejum termina em discussão e rixa, e em brigas de socos
brutais. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz
seja ouvida no alto. (BÍBLIA, V. T. Isaías 58:3-4).
2. A vida do praticante do jejum está envolta pelo pecado. 10 Assim diz
o Senhor acerca deste povo: “Eles gostam muito de vaguear; não controlam
os pés. Por isso o Senhor não os aceita; agora ele se lembrará da iniquidade
deles e os castigará por causa dos seus pecados”. 11Então o Senhor me
disse: “Não ore pelo bem-estar deste povo. 12Ainda que jejuem, não
escutarei o clamor deles; ainda que ofereçam holocaustos e ofertas de
cereal, não os aceitarei. Mas eu os destruirei pela guerra, pela fome e pela
peste”. (BÍBLIA, V.T. Jeremias 14:10-12).
3. O praticante não possui o coração quebrantado. 3perguntando aos
sacerdotes do templo do SENHOR dos Exércitos e aos profetas: “Devemos
lamentar e jejuar no quinto mês, como já estamos fazendo há tantos anos?”
4Então o SENHOR dos Exércitos me falou: 5“Pergunte a todo o povo e aos
sacerdotes: Quando vocês jejuaram no quinto e no sétimo meses durante os
últimos setenta anos, foi de fato para mim que jejuaram? 6E quando
comiam e bebiam, não era para vocês mesmos que o faziam? (BÍBLIA, V.T.
Zacarias 7:3-6).
4. O coração do praticante é soberbo e hipócrita, Deus não aceita a
“oferta religiosa” do jejum. 9A alguns que confiavam em sua própria justiça
e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: 10 “Dois homens
subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro, publicano. 11O
fariseu, em pé, orava no íntimo: ‘Deus, eu te agradeço porque não sou como
os outros homens: ladrões, corruptos, adúlteros; nem mesmo como este
publicano. 12Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto
ganho.. 13 “Mas o publicano ficou à distância. Ele nem ousava olhar para o
céu, mas batendo no peito, dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, que sou
pecador. 14 “Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa
justificado diante de Deus. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se
humilha será exaltado”. (BÍBLIA, N.T. Lucas 18: 9-14).
5. Pessoas que, por motivos de saúde, não podem praticar o jejum e
mesmo assim o fazem. Neste caso, a motivação e o sentido do jejum não foi
bem entendido.
Oração
18Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica;
tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os
santos. 19Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a
mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do
evangelho, 20pelo qual souembaixador preso em correntes. Orem para que,
permanecendo nele, eu fale com coragem, como me cumpre fazer.
(BÍBLIA, N.T. Efésios 6:18-20).
Paulo faz questão de mostrar que há uma energia capacitadora que vai
além das peças da armadura de Deus de que podemos nos revestir.
Na sua visão, a oração não é mais uma peça da armadura, mas uma
energia sobrenatural que envolve toda a armadura. As coisas acontecem
quando a oração envolve toda a vida, o ministério e relacionamentos do
servo do Senhor.
Nesses três versículos Paulo apresenta alguns princípios de como
podemos usar a bênção da oração como recurso do céu, em meio aos
enfrentamentos da vida.
1. Todo tempo é tempo de oração
Através dela mantemos o nosso contato vital com aquele que é
poderoso para “fazer tudo, muito mais abundantemente além daquilo que
pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera.”
Outra maneira de ver esta expressão é entendê-la como em toda
ocasião, ou seja, não somente quando as coisas vão mal. Aqueles que só
oram em meio às desgraças da vida, Deus terá de permitir mais desgraças
para chamar a sua atenção.
Todo o tempo é tempo de oração, por isso, a Bíblia nos ensina a orar
sem cessar.
2. A oração precisa ser feita no Espírito
A Bíblia é muito clara quando nos ensina sobre a ajuda do Espírito
Santo em nossas orações. Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa
fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por
nós com gemidos inexprimíveis. (BÍBLIA, N.T. Romanos 8:26). Ele não
somente nos guia quanto ao que devemos orar, como também intercede por
nós ao Pai, quando nós não sabemos pedir.
Ele nos dá:
• a convicção de pecado e propicia a confissão em nossas orações;
• a convicção de vitória sobre Satanás; caso contrário, estaríamos
tomados de medo;
• nos ajuda a compreender as verdades de Deus e as aplica em nossa
vida, nesses momentos de oração;
• nos revela o que Deus está por fazer;
• nos ensina a glorificar o Pai e o Filho.
Por isso, a oração é diferente da reza que é uma repetição automática
de uma ladainha.
3. Precisa ser feita em unidade
Dois são os entendimentos deste ensino:
1. a oração não pode ser uma batalha contra a vontade de Deus, mas
sim um movimento de submissão a Ele. Submissão à vontade de Deus é
maturidade e não falta de fé.
2. a oração deve ser de unidade com a igreja de Deus e com os nossos
líderes espirituais. É muito fácil o diabo fazer-nos imaginar que somos os
únicos que conhecemos a verdade transformando-nos em pessoas que, por
causa do orgulho espiritual nos posicionamos contra a unidade espiritual da
Igreja, como se isso fosse uma guerra santa. Quero, pois, que os homens
orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem discussões.
(BÍBLIA, N.T. 1 Timóteo 2:8)
4. Deve ser feita em vigilância
Todo soldado precisa ser vigilante! O que Paulo nos ensina é que
devemos usar as nossas orações como meio de discernir a vida, as
circunstâncias boas e más. É através da vigilância em oração que podemos
discernir todas as questões da vida.
O que nos impede de vigiar, de discernir a vida através da oração é
quando se está:
Entulhado: uma tática satânica é encher a nossa vida de tantos
afazeres de modo que não tenhamos tempo para orar.
Intoxicado - perdemos a capacidade de discernir porque algo controla
a nossa mente (pecados, vícios, desejos ardentes).
Adormecido: um dos maiores problemas da vida cristã é que muitos
crentes não têm a capacidade de discernir os perigos espirituais, pois não
vigiam, são como bebês espirituais. As tentações e as armadilhas de Satanás
podem causar-lhes dano, mas ele não percebe e, por isso, são levados para o
mal. A isto chamamos de adormecimento na fé, no compromisso e na busca
do poder de Deus
9. Dicas práticas para o enfrentamento
Libertação é uma autoridade do Espírito Santo, dada a todo crente, em
nome de Jesus. No entanto, assim como acontece com outras áreas do
Reino, Deus separa pessoas para ministrarem na área da libertação. Todo
cristão tem obrigação de evangelizar, cuidar uns dos outros, mas há pessoas
que recebem uma vocação específica para ajudar na libertação dos
oprimidos porque têm um chamado especial para esse tipo de pastoreio.
Ao anunciarmos a mensagem do Reino, certamente encontraremos
pessoas endemoninhadas e oprimidas por Satanás. As estatísticas dizem que
40% da população brasileira pratica algum tipo de ocultismo e invoca
demônios. Isso é trágico e deve levar-nos a uma tomada de posição no
caminho da libertação.
• Como lidar com pessoas oprimidas e endemoninhadas?
Primeira dica: Ministre em equipe
Existem vários tipos de ataques e ciladas que o inimigo lança sobre a
nossa vida, algumas vezes até fisicamente. Por uma questão de cuidado e
bom senso, é melhor ter mais alguém para ajudar. Jesus orientou os
discípulos a irem de dois em dois, conforme o texto: Depois disso o Senhor
designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois, adiante dele, a todas
as cidades e lugares para onde ele estava prestes a ir. 2E lhes disse: “A
colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao
Senhor da colheita que mande trabalhadores para a sua colheita. 3Vão! Eu
os estou enviando como cordeiros entre lobos. 4Não levem bolsa, nem saco
de viagem, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho. 5“Quando
entrarem numa casa, digam primeiro: Paz a esta casa. 6Se houver ali um
homem de paz, a paz de vocês repousará sobre ele; se não, ela voltará para
vocês. 7Fiquem naquela casa, e comam e bebam o que lhes derem, pois o
trabalhador merece o seu salário. Não fiquem mudando de casa em casa.
8“Quando entrarem numa cidade e forem bem recebidos, comam o que for
posto diante de vocês. 9Curem os doentes que ali houver e digam-lhes: O
Reino de Deus está próximo de vocês. 10Mas quando entrarem numa cidade
e não forem bem recebidos, saiam por suas ruas e digam: 11Até o pó da sua
cidade, que se apegou aos nossos pés, sacudimos contra vocês. Fiquem
certos disto: o Reino de Deus está próximo. 12Eu lhes digo: Naquele dia
haverá mais tolerância para Sodoma do que para aquela cidade. 13“Ai de
você, Corazim! Ai de você, Betsaida! Porque se os milagres que foram
realizados entre vocês o fossem em Tiro e Sidom, há muito tempo elas
teriam se arrependido, vestindo roupas de saco e cobrindo-se de cinzas.
14Mas no juízo haverá menor rigor para Tiro e Sidom do que para vocês.
15E você, Cafarnaum: será elevada até ao céu? Não; você descerá até o
Hades! 16“Aquele que lhes dá ouvidos, está me dando ouvidos; aquele que
os rejeita, está me rejeitando; mas aquele que me rejeita, está rejeitando
aquele que me enviou”. 17Os setenta e dois voltaram alegres e disseram:
“Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome”. 18Ele
respondeu: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago. 19Eu lhes dei
autoridade para pisarem sobre cobras e escorpiões, e sobre todo o poder do
inimigo; nada lhes fará dano. 20Contudo, alegrem-se, não porque os
espíritos se submetem a vocês, mas porque seus nomes estão escritos nos
céus”. (BÍBLIA, N. T. 10:1-20)
Portanto, não ministre sozinho. E há, pelo menos, duas boas razões
para trabalhar em equipe:
Há manifestação de graça e poder quando concordamos em
oração: 19 “Também lhes digo que se dois de vocês concordarem na terra
em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai
que está nos céus. 20 Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali
eu estou no meio deles”. (BÍBLIA, N. T. Mateus 18:19-20)
Em equipe, há mais discernimento. Satanás é muito ardiloso e mexe
com as coisas que têm a ver com a história de nossa vida. Então, é
importante ministrarmos em equipe para termos melhor discernimento, para
evitar cair nas ciladas e na conversa do inimigo, evitar entrar em diálogo
com ele, querer saber histórias. Alguns tipos de possessão manifestam
verdadeiras aberrações. Em equipe, fica um pouco mais fácil enfrentar tais
situações não permitindo que o diabo se torne senhor da situação.
Segunda dica: Ministre sempre com pessoas do
mesmo sexo
Mulheres navida de mulheres, homens na vida de homens. Esta
orientação vale para qualquer área de ministração. Acima de tudo, é uma
questão de prudência e se evitará qualquer conotação errônea. Se você
estiver ministrando como um casal, convide mais alguém para estar junto.
Esta terceira pessoa pode ter uma percepção melhor, mais objetiva, por estar
vendo o problema como alguém de fora, não tão vinculado aos laços
culturais e afetivos da vida conjugal.
Quando Billy Graham viajava pelo mundo inteiro, pregando, ele tinha
um pessoal de sua equipe que entrava nos quartos dos hotéis onde se
hospedava, para ver se não havia ninguém lá. Não por medo de ser
assassinado ou qualquer outra coisa. Sua precaução era que Satanás lhe
armasse uma cilada, colocando uma mulher no quarto e isso virasse um
escândalo para o evangelho. Se as pessoas procuram agir com bom senso
em tantos aspectos da vida, por que não teríamos nós também esse cuidado?
Principalmente, quando estamos em meio a uma batalha espiritual, com um
estrategista malévolo que quer matar, roubar e destruir. Precisamos de
muito bom senso.
Terceira dica: Busque a Deus, juntamente com
quem vai ministrar com você
Orem, preparem-se espiritualmente, vocês vão entrar numa guerra.
Peçam que Deus vá à frente, dando discernimento, aclarando as ideias, que
o Senhor tenha toda liberdade de os guiar e controlar. É muito importante
que a equipe esteja bem unida espiritualmente, como um time. Se vamos
jogar futebol, basquete ou qualquer modalidade esportiva, precisamos estar
afinados com a equipe. Também em termos de equipe espiritual, precisamos
dessa unidade: orar juntos, crescer juntos, afinar a visão, perceber o que
Deus quer ministrar, qual a sua vontade no consenso da equipe. Cuidado
com a presunção especialmente de quem diz: “Pode deixar comigo, eu sei”.
Antes de ministrar, busquem a Deus juntos.
Em nossa igreja, temos sentido o valor e a bênção do trabalho em
equipe. Cada ministro atua numa área específica, mas nos reunimos, oramos
juntos, compartilhamos, revemos o foco, buscamos a direção de Deus para
a igreja e somos abençoados.
Quarta dica: Tenha sempre em mente o alvo da
libertação - Salvação em Cristo
Você pode exercer a autoridade do Espírito, ela existe, é verdadeira, o
inimigo vai se render à autoridade do nome de Jesus. Porém, a Bíblia diz
que se o demônio expulso voltar e encontrar a casa vazia, limpa e adornada,
ele voltará com mais sete e o estado dessa pessoa será pior que o anterior.
Isso quer dizer que é necessário cuidar para que a libertação não seja
simplesmente um ato, um acontecimento isolado de expulsão de demônios.
É absolutamente necessário que a pessoa seja levada ao arrependimento, à
confissão de seus pecados, à renúncia aos pactos, aos vínculos que tenham
sido feitos consciente ou inconscientemente. Ao mesmo tempo, levá-la à
aceitação de Jesus como senhor de sua vida. Somente assim, com a
presença real de Cristo ocupando a mente, a alma e o espírito haverá
verdadeira libertação. Por isso, é muito importante não perder o foco, cuidar
para não se deixar desviar do princípio básico do processo libertador que é
Jesus e só Jesus.
Com frequência ocorrem situações em que a pessoa demonstra fortes
influências satânicas, sem demonstrar isso através de possessão. O
procedimento, nesse caso, não será propriamente de expulsão, mas de
ministrar a graça de Deus e levá-la à aceitação de Jesus, pelo
arrependimento e fé.
Por outro lado, é muito comum também ver pessoas que passam por
várias igrejas, pessoas muito influenciadas por Satanás, que passam por
situações de libertação, mas continuam tendo manifestações e vão de igreja
em igreja em busca de socorro. Isso acontece quando o foco da libertação
não foi considerado. A pessoa precisa aceitar a Jesus, fazer um discipulado,
firmar-se na palavra de Deus, entrar num processo de crescimento espiritual
e compromisso pessoal com Deus. Sem esse compromisso, a libertação não
acontece. E, à medida que esse compromisso vai se desenvolvendo, áreas
da vida que, às vezes, no primeiro encontro não foram entregues, começam
a ser confrontadas e vai se operando a limpeza espiritual e o senhorio de
Cristo. Há pessoas que apresentam, inclusive enfermidades do corpo como
consequências da atuação do inimigo. Mas, à medida que o Espírito de
Deus vai tendo liberdade para agir, entregas vão sendo feitas, vínculos vão
sendo cortados, compromissos desfeitos, marcas e mágoas vão sendo
reveladas e a cura vai se processando de maneira maravilhosa, verdadeira,
com os sinais da presença consoladora do Espírito Santo de Deus.
Então, se você está ministrando, não perca esse foco: Jesus dentro do
coração, arrependimento e fé, confissão de pecados; aí começa o processo
de libertação.
Outro dado importante a lembrar é que Deus não está limitado em sua
maneira de agir. Ele atua, segundo sua graça infinita, de acordo com seus
propósitos, de acordo com o que está sendo necessário quebrar, mudar,
transformar na vida das pessoas. Assim, algumas são libertas de maneira
imediata, completa. Outras entram em processo lento, mais ou menos
demorado. Deus trabalha em áreas diferentes da vida; cada pessoa é
diferente, é única. Deus respeita a individualidade e usa as ferramentas
libertadoras, segundo a necessidade de cada um. Quem move o coração e
promove o arrependimento é o Espírito Santo. Então, não estipule fórmulas,
não faça juízos segundo padrões humanos. Você pode usar da autoridade
que o Senhor lhe conferiu para expulsar demônios, mas ministre Jesus, o
libertador na vida das pessoas, ministre a graça de Deus que cura e
transforma. Coisas maravilhosas acontecerão.
Quinta dica: Tenha consciência de que está numa
guerra: prepare-se!
Para exercer o ministério de libertação, requer-se perfeito
entendimento de que estamos em batalha espiritual. Orar com o
companheiro de ministério é imprescindível, mas cuidar da própria vida
espiritual está em primeiro lugar. Nenhum ministério pode ser exercido no
reino de Deus sem que haja um derramar da graça do Espírito Santo sobre a
nossa vida. Podemos ter a competência humana, mas não vamos ter a unção
divina se não buscarmos em Deus essa graça. Jesus ensina que o preparo
para essa batalha vem através da oração, do jejum, da vigilância e do
discernimento. Em resumo, precisamos do poder do alto, que nos habilita,
capacita e revela o poder e a graça de Deus enquanto ministramos. Praticar
a oração e o jejum nada mais é que reconhecer a nossa limitação, buscar a
graça de Deus e o poder do Espírito Santo.
O tempo para libertação
Algumas pessoas levam horas, ou até dias no processo de libertação.
Para outras, acontece de maneira rápida. O que determina essa diferença?
Em primeiro lugar, a realidade de cada pessoa é única, a problemática
de cada um é exclusivamente sua. É preciso também entender que existem
castas diferentes de demônios. Estes seres eram anjos criados por Deus, mas
que, por causa de sua rebelião contra o Criador, juntamente com Satanás,
caíram de seu estado original de anjos de luz. Na hierarquia angelical que
antes possuíam, Deus lhes conferiu certos poderes, com os quais continuam
atuando, agora, para o mal. Dependendo, então, do tipo de casta demoníaca
com que se está lidando num processo de libertação, haverá mais ou menos
resistência. Pode-se comparar essa situação com os diferentes níveis de
autoridade na hierarquia militar: um soldado tem menos autoridade que um
sargento e assim sucessivamente.
Este relato esclarece bem essa situação:
14Quando chegaram onde estava a multidão, um homem aproximou-se
de Jesus, ajoelhou-se diante dele e disse: 15“Senhor, tem misericórdia do
meu filho. Ele tem ataques e está sofrendo muito. Muitas vezes cai no fogo
ou na água. 16Eu o trouxe aos teus discípulos, mas eles não puderam curá-
lo”. 17Respondeu Jesus: “Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei
com vocês? Até quando terei que suportá-los? Tragam-me o menino”.
18Jesus repreendeu o demônio; este saiu do menino que, daquele momento
em diante, ficou curado. 19Então os discípulosaproximaram-se de Jesus em
particular e perguntaram: “Por que não conseguimos expulsá-lo?” 20Ele
respondeu: “Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se
vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este
monte: ‘Vá daqui para lá’, e ele irá. Nada lhes será impossível. 21Mas esta
espécie só sai pela oração e pelo jejum” (BÍBLIA, N. T. Mateus 17:14-21).
Quando nos deparamos com determinadas castas, há mais ou menos
resistência. Precisamos identificar que tipo de batalha estaremos
enfrentando. Por isso, é preciso preparo e é bom nunca estar só.
10. Dúvidas e outras questões de interesse
Amarrar demônios
Na verdade, este é o único texto que nos daria a possibilidade de
entender algo parecido com amarrar demônios: 21“Quando um homem
forte, bem armado, guarda sua casa, seus bens estão seguros. 22Mas quando
alguém mais forte o ataca e o vence, tira-lhe a armadura em que confiava e
divide os despojos. (BÍBLIA, N. T. Lucas 11:21-22)”.
Essa é uma linguagem figurada para dizer que há um opressor fazendo
o mal e que há um libertador que desarma o inimigo, no exercício de sua
autoridade. A autoridade dada por Deus aos seus servos é algo tão
extraordinário que os discípulos voltaram admirados ao ver como os
demônios se submetiam a eles.
Esse exercício de autoridade de fato acontece quando o crente
repreende Satanás, dando- lhe comandos de ordem em nome de Jesus, que
representam o impedimento de ações satânicas. Por exemplo: se o possesso
está muito agressivo, pode acontecer de o ministrante ou o próprio possesso
agredir-se. É preciso então exercer a autoridade: “Eu te proíbo, em nome de
Jesus de fazer mal a esta pessoa...” Na linguagem da batalha espiritual,
chama-se a isso de “amarrar demônios”. Porém, é uma expressão figurada,
significando o impedimento da ação satânica naquela determinada situação.
Não significa que, mediante essa ordem, Satanás está impedido de
continuar agindo no universo.
Já esclarecemos que a libertação acontece de fato quando temos uma
experiência pessoal com Jesus. Se a casa ficar vazia, limpa e adornada, os
inimigos voltarão com mais sete e o segundo estado será pior que o
primeiro.
Os cristãos são pecadores?
Todos somos pecadores e, se não fosse a graça de Deus, estaríamos
perdidos. Zacarias fala do papel do sumo sacerdote e diz que Josué estava
com as vestes sujas, e era como um tição tirado do fogo, mas a graça de
Deus o cobria.
“Veja, eu tirei de você o seu pecado, e coloquei vestes nobres sobre
você”. Esta é a figura de um pecador que está constantemente sendo
trabalhado pela graça. Porém, importa entender que há uma diferença de
natureza. Um pecador restaurado é aquele que recebeu uma nova natureza
espiritual, pelo que não tem mais prazer no pecado, apesar de estar sujeito a
pecar. Quando se recebe o Espírito Santo de Deus, o pecado passa a ser um
acidente que pode acontecer, mas vai incomodar profundamente; não será
mais algo corriqueiro, porém produzirá tristeza que nos levará ao
arrependimento e à restauração. À medida que se cresce espiritualmente, o
padrão moral se aperfeiçoa e se procura evitar o pecado com todas as suas
forças. Veja como o texto esclarece: “Meus filhinhos, estas coisas vos
escrevo para que não pequeis. Se, porém alguém pecar, temos um
Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. (BÍBLIA, N. T. 1 João
2:1).
Maldições hereditárias
Existem processos de ação e de influência demoníaca que se repetem
em determinadas famílias. Sob o ponto de vista da Psicologia, a explicação
é que existe nessas famílias um padrão de desvio de comportamento. Sob o
ponto de vista espiritual, entende-se que existem entidades espirituais que
se manifestam, provocando situações repetitivas na história dessas famílias.
O Velho Testamento faz referência a espíritos familiares que
acompanham determinadas histórias de família, sempre por invocação, por
pacto, por situações que a própria família propicia. Não te prostrarás diante
deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o SENHOR, o teu Deus, sou
Deus zeloso, que castigo os filhos pelo pecado de seus pais até a terceira e
quarta geração daqueles que me desprezam, (BÍBLIA, V. T. Deuteronômio
5:9)
Entretanto, a Palavra de Deus ensina que toda maldição foi cravada na
cruz do Calvário. Então, quando recebemos Jesus como Senhor e Salvador,
não importa a maldição anterior. A promessa de Deus é que essa maldição
foi cravada na cruz (BÍBLIA, N.T. Gálatas 3).
Existem opressões, sim. Às vezes, pessoas mais suscetíveis podem
sofrer pressões, opressões ou cair em armadilhas espirituais nas áreas em
que a família vivia esses ataques. Um exemplo é o alcoolismo; filho de pai
alcoólatra pode vir a ser um alcoólatra também, se não for sabiamente
orientado. Pode sofrer a influência, mas as armas da graça de Deus estão ao
seu dispor porque toda maldição já foi vencida na cruz. Não há liturgia
religiosa maior que Jesus Cristo. O que precisamos fazer é tomar posse
dessa verdade e aprender o que Jesus ensinou no Getsêmani: vigiai e orai
para não cair em tentação. Vigiar e orar porque a carne é fraca. Vigiar e orar
para discernir determinadas armadilhas que fazem parte da família, da
história, da cultura, do jeito de ser de cada pessoa; uns são mais suscetíveis
que outros e sem esse discernimento, pode ocorrer a queda. Mas não há
uma sina determinante que vai se abater sobre a pessoa para o resto da vida,
ou que necessite dessa ou daquela liturgia para ser liberta. “Conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará” (BÍBLIA, N. T. João 8:32) Jesus morreu
para nos libertar e só ele nos liberta.
Maldade dos pais
A maldade dos pais se transmite aos filhos? É uma pergunta que se faz
com frequência.
Segundo o Velho Testamento, a iniquidade tem uma saga.
Mas que é a iniquidade? Quem é o ímpio? Quem é o iníquo?
Iniquidade é tudo aquilo que é pecado e ímpio ou iníquo é todo aquele que
deliberadamente, determinadamente é rebelde à vontade de Deus.
As consequências dessa rebeldia aparecem de várias maneiras. Umas
atingem de maneira mais específica o emocional; outras, o espiritual;
outras, o físico. E, como o ser humano é um todo indivisível, uma área atua
sobre a outra. É necessário o discernimento para compreender a situação,
antes de qualquer interpretação precipitada. Mas, o bom e verdadeiro é que
tudo isso cessa, Deus não computa a maldade dos pais no filho que se
converte. É isto o que Ezequiel nos ensina: Se uma pessoa boa tornar-se
obstinada e endurecida em seu coração para com o Senhor, apesar do bem
que fez será julgado por sua iniquidade. Ezequiel ainda afirma que se o
filho deste homem que se tornou iníquo for um servo de Deus, ele não
precisa se preocupar pois a iniquidade de seu pai não poderá afetar as
bênçãos provenientes de seu pacto com Deus. O profeta afirmou esta
verdade duas vezes no seu livro. O povo dizia: Os pais comem uvas verdes,
e os dentes dos filhos se embotam? (BÍBLIA, V.T. Ezequiel 18:2). Ele
contradiz este ditado popular afirmando: Se e o seu dente está cariado é
porque quem comeu o doce foi você. Mas quando não temos Jesus podemos
ser afetados pelas nossas heranças espirituais.
Existe influência demoníaca nas propagandas?
Cuidado com os extremos. É preciso ter bom senso e equilíbrio em
todas as coisas. Que existe mensagem e poder subliminar na mídia em
geral, está claro, é verdade, tanto é que algumas são proibidas e retiradas
dos meios de comunicação. Mas dizer que tudo isso é do demônio, é
exagero.
Por outro lado, se percebemos que determinada propaganda ou
programa é apelativo e influi negativamente ou passa mensagem contrária
aos preceitos cristãos, qual será nossa atitude? Proibir que a família veja
televisão? O mais inteligente será conversar com os filhos, com os
familiares a respeito do assunto; discutir, trocar ideias e analisar, à luz da
palavra de Deus, quais os verdadeiros objetivos que estão atrás desses
programas, o que pretendem comunicar e, então, tomar a atitude mais sábia.
Se for o caso, desligar o aparelho ou procurar algo melhor.
Essa questãolembra o que o apóstolo Paulo ensinou a respeito de
comer ou não carnes sacrificadas aos ídolos.
1Com respeito aos alimentos sacrificados aos ídolos, sabemos que
todos temos conhecimento. O conhecimento traz orgulho, mas o amor
edifica. 2Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como
deveria. 3Mas quem ama a Deus, este é conhecido por Deus. 4Portanto, em
relação ao alimento sacrificado aos ídolos, sabemos que o ídolo não
significa nada no mundo e que só existe um Deus. 5Pois, mesmo que haja
os chamados deuses, quer no céu, quer na terra (como de fato há muitos
“deuses” e muitos “senhores”), 6para nós, porém, há um único Deus, o Pai,
de quem vêm todas as coisas e para quem vivemos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, por meio de quem vieram todas as coisas e por meio de quem
vivemos. 7Contudo, nem todos têm esse conhecimento. Alguns, ainda
habituados com os ídolos, comem esse alimento como se fosse um
sacrifício idólatra; e como a consciência deles é fraca, fica contaminada. 8A
comida, porém, não nos torna aceitáveis diante de Deus; não seremos piores
se não comermos, nem melhores se comermos. 9Contudo, tenham cuidado
para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de
tropeço para os fracos. 10Pois, se alguém que tem a consciência fraca vir
você que tem este conhecimento comer num templo de ídolos, não será
induzido a comer do que foi sacrificado a ídolos? 11Assim, esse irmão
fraco, por quem Cristo morreu, é destruído por causa do conhecimento que
você tem. 12Quando você peca contra seus irmãos dessa maneira, ferindo a
consciência fraca deles, peca contra Cristo. 13Portanto, se aquilo que eu
como leva o meu irmão a pecar, nunca mais comerei carne, para não fazer
meu irmão tropeçar. (BÍBLIA, N. T. 1 Coríntios 8).
Fique com a sua consciência (v. 8), mas não seja pedra de tropeço para
o irmão, por quem Cristo morreu. (vs. 9 e 13).
Drogas
Dentre as drogas permitidas, a que mais causa dano à família é o
álcool. Talvez mais que a heroína, mais que a cocaína, pois o álcool tem
grande alcance, está à disposição de quem quiser. No Brasil, dificilmente
vamos encontrar uma família que não tenha um componente, próximo ou
distante, que não tenha algum envolvimento com o alcoolismo, seja por
dependência química ou emocional.
O processo de libertação, nesse caso, é bastante complicado, difícil e
doloroso na vida da família. Dificilmente se conseguirá desenvolver um
processo de libertação sem ajuda de um profissional. É necessário orar
muito, pedindo que Deus trabalhe o sentimento de necessidade no coração
da pessoa, para que ela queira buscar ajuda e aceite a ministração. Sabemos
de muitos casos de alcoólatras que se dispuseram a deixar que Deus atuasse
em suas vidas e houve verdadeiros milagres. O fato de ser difícil não
devemos desanimar, mas enfrentar a batalha, por amor.
Yoga
Ao ouvir que no Brasil muitos cristãos estão praticando Yoga, um
indiano cristão se escandalizou e pediu que, por favor, sejam eles
esclarecidos a respeito do que está por trás dessa prática, porque não sabem
o que estão fazendo.
A técnica do Yoga foi desenvolvida por monges budistas, com a
finalidade de anular a consciência, para se perder no universo. A ideia
básica é ir diminuindo a capacidade de reflexão, de pensamento e ir-se
esvaziando até se misturar à força cósmica. É uma espécie de fusão com as
forças espirituais, exercitada com muita técnica, com aparência de ginástica
e de relaxamento.
Ginástica e relaxamento são práticas saudáveis e necessárias. Mas,
vincular essas práticas a ideias que contrariam a verdade bíblica é muito
perigoso.
Acupuntura
Sabe-se, hoje, que toda descoberta científica, teve em algum tempo,
substratos religiosos. A acupuntura é uma prática de origem oriental, muito
antiga, milenar, talvez e que tem, naturalmente, essa relação com a postura
religiosa dominante no Oriente.
Mas, sabe-se também que nosso corpo funciona através de terminais
nervosos carregados de energia elétrica, que é levada para todo o corpo. O
que a acupuntura faz é estimular a transmissão dessa corrente,
proporcionando assim melhoria da atividade e o consequente bem-estar. Se
o cristão utilizar a acupuntura apenas nessa linha científica, isolando-a de
concepções religiosas, poderá obter algum proveito.
Por outro lado, não deixa de existir o perigo da influência de conceitos
contrários à fé cristã. Diante disso, o que se pode dizer é que precisa haver
muito cuidado, muita firmeza doutrinária, muito discernimento espiritual
para não incorrer em desvios doutrinários que poderão trazer um mal
espiritual maior que o mal físico. E, como é uma questão que ainda está em
processo, muita coisa há de surgir; portanto é bom ficar atento.
Desvios sexuais
Com frequência, quem está ministrando libertação depara–se com
situações que envolvem a vida sexual da pessoa. Área delicada e difícil que
precisa ser investigada e trabalhada com absoluto sigilo e sabedoria.
Desvios sexuais, abusos de menores, práticas ilícitas que aviltam o ser
humano são marcas diabólicas que necessitam de libertação espiritual e até
de acompanhamento de um profissional cristão.
Raiz de Amargura
Há pessoas que não conseguem fazer entregas, ficam presas a seus
problemas, às mágoas e estão emocionalmente doentes. Repetindo, a
libertação se dá quando Jesus passa a assumir o controle de nossa vida. E se
Jesus se torna a raiz de nossa vida, o que ele produz é o fruto do Espírito:
amor, bondade, mansidão, temperança, alegria, perdão...
Mas, se na raiz, na base de nossa vida estão sentimentos amargos,
mágoa, rancor, ira, ódio, ressentimentos, que tipo de fruto isso vai produzir?
Feridas e desgraças, com certeza, pois tais sentimentos são insuflados pelo
inimigo de nossas almas. Aí, o trabalho não se limita a expulsar o demônio
da amargura, mas é preciso ajudar a pessoa a deixar-se transformar pela
graça libertadora de Jesus. Isso requer tempo e paciência.
Mexer com as feridas da alma é um processo doloroso e pode provocar
reações as mais diversas e estranhas, como as que evocam atitudes de um
passado distante. Isso se explica porque uma dor, uma mágoa pode ficar
congelada no âmago do ser humano; então, quando suscitada no processo
de libertação, ela vem à tona na forma como se originou. Há, por exemplo,
o caso de uma pessoa adulta que, ao ser ministrada nessa área, começou a
falar como um bebezinho. Apesar de estar trabalhando e produzindo
profissionalmente, na vida emocional estava presa às amarguras da infância
que a impediam de viver plenamente.
É muito comum também encontrarmos pessoas que frequentam
normalmente a igreja, convivem com os irmãos, mas carregam dentro de si
profundas raízes de amargura. Como consequência, os relacionamentos
familiares, com amigos, companheiros de trabalho são sempre prejudicados
por atritos e desencontros.
Ainda que a amargura seja um processo emocional e humano, o fruto
por ela produzido pode se tornar uma brecha onde o inimigo pode atuar. Às
vezes a amargura e o ódio são tão intensos que a pessoa começa a maquinar
planos de vingança para livrar-se dessa situação. Aí existe o perigo dos
suicídios, dos homicídios e a desgraça está instalada.
A Bíblia fala da multiforme graça de Deus que opera segundo a
necessidade de cada um. Só essa graça é capaz de ir ao fundo da alma e
arrancar de lá toda raiz de amargura, preenchendo o vazio com o fruto do
Espírito. Então, o que podemos e devemos fazer não será a crítica a esse ou
àquele comportamento, mas ministrar a graça e o poder do Senhor Jesus. E,
assim como a raiz da amargura brota e causa danos, a raiz da fé e do amor
também brota abundantemente e cresce dando os frutos da alegria, da paz,
da libertação.
31Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem
como de toda maldade. 32Sejam bondosos e compassivos uns para com os
outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.
(BÍBLIA, N. T. Efésios 4:31-32).
A orientação clara desses versículos é que a libertação vai acontecer
mediante uma condição: o perdão.
Esse éum assunto também bastante delicado e até complexo. Nem
sempre é fácil perdoar. Podemos perdoar com mais espontaneidade aquilo
que não nos custou nem nos prejudicou muito. Mas quando o prejuízo é
maior, fica mais difícil. É como se tomássemos a nota promissória e a
pregássemos na parede para lembrar sempre que alguém está nos devendo
algo. Vamos nos corroendo com essa lembrança e, no entanto, a pessoa que
nos deve nem sabe e nem lembra dessa dívida. Perdoar é assumir o prejuízo
por completo. Somente quando caminhamos na graça de Deus somos
capazes de perdoar, porque entendemos que foi isso que Jesus fez conosco.
Ele nos perdoou de coisas muito piores e o preço que pagou foi caríssimo:
Ele tomou nosso lugar na cruz do calvário, morreu em nosso lugar. Quando
não conseguimos perdoar, é porque há um mecanismo acontecendo no
nosso mundo espiritual que está nos impedindo e que precisa ser
identificado. Na oração do Pai Nosso, Jesus ensinou a orar: “Pai, perdoa as
nossas faltas assim como perdoamos aos nossos devedores”. Uma questão
fica em aberto: se Deus nos perdoar como nós perdoamos, que tipo de
perdão teremos?
Jesus também contou a parábola do credor incompassivo:
23“Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar
contas com seus servos. 24Quando começou o acerto, foi trazido à sua
presença um que lhe devia uma enorme quantidade de prata. 25Como não
tinha condições de pagar, o senhor ordenou que ele, sua mulher, seus filhos
e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar a dívida. 26“O servo
prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te
pagarei tudo’. 27O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a
dívida e o deixou ir. 28“Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de
seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-
lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ 29“Então o seu conservo caiu de
joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. 30“Mas
ele não quis. Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a
dívida. 31Quando os outros servos, companheiros dele, viram o que havia
acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que
havia acontecido. 32“Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau,
cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. 33Você não devia ter
tido misericórdia do seu conservo como eu tive de você?’ 34Irado, seu
senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse tudo o que devia.
35“Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês não
perdoar de coração a seu irmão”. (BÍBLIA, N. T. Mateus 18:23-35)
Essa historieta revela bem a nossa natureza malévola: queremos ser
perdoados, mas não sabemos perdoar. A lição que fica é que se não
podemos perdoar, então seremos visitados todos os dias pelo verdugo,
aquele que virá nos cobrar e nos castigar, até que paguemos tudo o que
devemos. Ou seja: a nossa consciência vai nos acusar e nos tirar a paz.
Como cristãos que se colocam nas mãos de Deus para ministrar
libertação a alguém, estamos numa batalha espiritual. Estamos falando da
graça de Deus, somos emissários do perdão. Se nós mesmos não formos
capazes de perdoar, então estaremos dando autoridade para o inimigo não
nos ouvir ou não atender o comando de Jesus; não estamos autorizados pela
graça de Deus porque estamos carregando o fel da amargura em nossos
corações.
Essa verdade está bem clara: “As vossas iniquidades fazem divisão
entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós,
para que não vos ouça”. (BÍBLIA, V. T. Isaías 59:2).
Precisamos descansar na graça, no poder e na sabedoria de Deus,
entregar nossa causa a Ele e entender que, muitas vezes, quando a
entregamos não significa necessariamente que quem me feriu vai voltar e
pedir perdão. Significa antes que Deus, que nos ama com amor infinito, vai
nos abençoar muito mais do que aquilo que a pessoa poderia nos restituir.
Quando perdoamos, estamos dizendo: “Deus, queremos ficar com a tua
graça; o que vai acontecer com aquele outro teu filho, a quem tu amas, tanto
quanto a nós, é problema teu. Queremos ficar com a tua paz”.
No processo de educação de um filho, é muito difícil guardar raiz de
amargura; o perdão flui mais facilmente, o coração não fica pesado nem
ressentido pelas travessuras de uma criança. Também não significa que ele
nunca mais vai praticar aquela travessura, mas o pai ou a mãe ficam mais
espertos para controlar o comportamento do filho. Isto não significa
carregar peso ou amargura.
Depressão
Além da depressão de origem emocional, sabe-se hoje que existe um
tipo de depressão de origem química, causada pela falta de uma substância
– a serotonina, responsável pelo equilíbrio emocional. A falta dessa
substância impede a pessoa de ter esperança, alegria ou motivação pela
vida, causando uma alteração de comportamento. O psicólogo que trata de
alguém com esse tipo de depressão deve encaminhar para um tratamento
psiquiátrico, com medicamentos específicos, sob pena de ter todo o trabalho
comprometido, pois a depressão profunda pode levar ao suicídio.
Outro tipo de depressão acontece num distúrbio psiquiátrico chamado
transtorno bipolar, caracterizado pela mudança de comportamento: ora uma
euforia artificial, ora uma profunda tristeza. Também é uma situação que
requer tratamento profissional e medicamentoso porque também há o risco
de suicídio, pela perda do discernimento.
A respeito do suicídio, entendemos que muitas vezes pode acontecer
como consequência de enfermidade, outras de perdas, ou de origem
demoníaca. Devemos sempre pedir ajuda de um profissional competente e
cristão. É muito difícil fazer um juízo único; precisamos de muito
discernimento e sabedoria de Deus para poder ministrar debaixo da graça
divina em situações tão delicadas.
Laços de alma
É muito fácil criarmos vínculos com pessoas ou coisas que
representam ou representavam algo de valor para nós. Por exemplo, se antes
de se converter, a pessoa adorava ídolos, aquelas imagens tinham um
vínculo com a alma, eram muito importantes. Porém, elas representavam
um tipo de culto que desagrada a Deus, e isto é pecado. Por isso, esse
vínculo deve ser rompido; não que as imagens detenham algum poder em si
mesmas, mas porque representam um passado que precisa de libertação.
Um ex-karatista entrou para o seminário e vindo trabalhar na igreja, foi
orientado a que utilizasse o karatê como ferramenta de trabalho para trazer
jovens a Jesus. Sua reação foi um seguro “Não posso”. E explicou: “Por
causa do karatê, eu retardei minha chamada e minha vida. Um dia fiz um
pacto com Deus: prometi que entregaria o karatê para o Senhor e que Ele
seria o dono da minha vida e nunca mais iria praticar o karatê “. Isso não
significa que haja algum mal no karatê em si, mas, para esse jovem,
representava um vínculo que precisava ser quebrado.
Já tratamos muitos casos de pessoas que se converteram, aceitaram a
Cristo e gostariam de se tornar membros da igreja. Entretanto, sentem muita
dificuldade em relação ao batismo porque esse ato tem para elas uma
conotação de rompimento com o passado tradicional da família, o que
causaria mágoas aos pais, principalmente. Cria-se assim uma batalha
espiritual que exige bastante cuidado no trato, levando a pessoa a
compreender que a graça de Jesus liberta, sem traumas, nem inimizades.
Outra situação delicada é em relação a pessoas que foram alcoólatras e
se converteram. Havia uma prisão espiritual, uma dependência com a qual
não se pode brincar mais. Evitar qualquer apelo, qualquer convite perigoso,
rompimento total e radical é a atitude mais sábia para não abrir espaço
àquilo que aprisionava corpo e alma. Esse é o preço da liberdade. E Jesus
concede a graça para vencer. O que a Bíblia ensina é vigiar e orar para não
entrar em tentação e não dar lugar ao diabo. Quem está em pé, cuide para
não cair.
Laços de amizade, namoros, companhias que representavam um estilo
de vida longe dos caminhos de Deus também são vínculos que precisam ser
evitados ou rompidos quandooferecem o risco de um retorno ao caminho
mau. Este texto traz um ensinamento muito claro a esse respeito: 11Por isso
dediquem-se com zelo a amar o SENHOR, o seu Deus. 12“Se, todavia,
vocês se afastarem e se aliarem aos sobreviventes dessas nações que restam
no meio de vocês, e se casarem com eles e se associarem com eles,
13estejam certos de que o SENHOR, o seu Deus, já não expulsará essas
nações de diante de vocês. Ao contrário, elas se tornarão armadilhas e laços
para vocês, chicote em suas costas e espinhos em seus olhos, até que vocês
desapareçam desta boa terra que o SENHOR, o seu Deus, deu a vocês.
(BÍBLIA, V. T. Josué 23:11-13).
Cabe aqui um alerta aos jovens: cuidado com quem você está
pensando em se casar. Não existe vínculo mais forte entre duas pessoas que
o vínculo matrimonial e ele precisa ser fundamentado sobre as bases sólidas
da Palavra de Deus.
Quando uma família é alcançada pela graça de Deus, um dos cônjuges
se converte, outro não, aquele que se converteu foi colocado por Deus como
portal nessa casa para que toda a família seja alcançada. As mudanças
interiores podem ser motivo de incompreensão, de batalhas, mas será
preciso pagar o preço e levar a graça e a paz do Senhor para toda a família.
Finalmente, lembrar que libertação é processo e pode haver áreas da
vida que ainda precisam ser libertas. Por isso, vale sempre se perguntar:
“De que eu tenho que me arrepender?”.
Precisamos todos deixar Cristo trabalhar em nossas mentes, dar-nos o
discernimento, o sentimento de confissão e arrependimento para que as
fortalezas do entendimento sejam levadas cativas aos pés do Senhor. O
libertador é Jesus. Libertação é a graça de Deus operando na vida, é o
processo em que o Espírito Santo vai transformando e reconstruindo. Há
atos pontuais da intervenção divina, mas o processo continua à medida que
vamos vivendo e novas experiências vão acontecendo. E é maravilhoso
pensar que estamos debaixo da graça de um Deus que zela por nós, opera
em nós e através de nós.
Ocultismo
É uma prática muito difundida. A umbanda tem rituais chocantes e
agressivos, com sacrifícios de animais, banhos de sangue, rituais macabros
que causam repulsa e nojo, cerimônias verdadeiramente diabólicas, que
nada têm a ver com a vida cristã. Uma pessoa que teve tais envolvimentos
não poderá caminhar livremente pela vida sem um processo de limpeza, de
transformação, um quebrar desses vínculos, uma libertação espiritual. Nesse
processo de orientação, de evangelização, precisamos saber quais as
crenças, quais os envolvimentos que existem e, então, ministrar Jesus, o
único que liberta.
Espiritismo kardecista
Muito cuidado também com a aparente inocência, que diz tratar
somente com espíritos evoluídos. É a chamada mesa branca, cujos adeptos
não fazem o mal, somente o bem, praticam ação social, leem o Evangelho,
até falam de Jesus. São fortalezas do entendimento, obras satânicas que
confundem muita gente porque se apresentam com sutilezas enganadoras.
Há ainda que considerar os antecedentes familiares. Nem sempre a
pessoa com quem tratamos tem envolvimento direto com tais práticas, mas
alguém da família pode ter e é possível haver influência que precisa de
libertação.
Maçonaria e Rosacruz
Algumas pessoas veem esses grupos como sociedades civis de
finalidade filantrópica. Na realidade, há aí um substrato de filosofias
religiosas, um misto de crenças, na prática, um sincretismo religioso, apesar
de afirmarem que não se trata de religião. Ambos são fundamentados numa
ritualística simbólica, muito próxima do esoterismo e, portanto, estranha à
pratica do cristianismo.
Barreiras mentais
Outra situação muito comum é a respeito de falsas crenças. Algumas
pessoas têm dificuldade em crer que Jesus é o Salvador, único e suficiente.
Não se trata de bloqueio emocional, mas de um bloqueio espiritual, que a
Bíblia chama de “fortalezas do entendimento”: 4As armas com as quais
lutamos não são humanas; ao contrário, são poderosas em Deus para
destruir fortalezas. 5Destruímos argumentos e toda pretensão que se levanta
contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento, para
torná-lo obediente a Cristo. (BÍBLIA, N. T. 2 Coríntios 10:4-5).
As fortalezas do entendimento, do pensamento, do orgulho, de outras
situações que aprisionam a alma são bloqueios que precisam ser libertos.
Certos comportamentos são também fortalezas da mente: a pessoa que
acredita ser homossexual, prostituta ou travesti porque esse é seu destino;
nada pode mudar; não consegue entender o processo de regeneração e o
poder transformador do Evangelho. São falsas crenças sobre si mesmos,
fortalezas que precisam ser quebradas, também fazem parte do processo de
libertação.
Conclusão
Por que o mundo de hoje que apregoa ideias liberais, com tanto avanço
científico e tecnológico está cada vez mais mergulhado na depressão, na
opressão, nos conflitos emocionais e sociais?
Por que os avanços da pós-modernidade não dão conta de restaurar no
homem a dignidade de ser humano, criado à imagem e semelhança de
Deus?
A resposta a esses questionamentos não é simples. Mas uma verdade
não pode ser ignorada: o homem moderno precisa de libertação, no seu
sentido mais amplo e abrangente. A começar pela libertação do pecado.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (BÍBLIA, N. T. João
8:32).
Aqui está o princípio de tudo, o início de um processo que há de se
desenvolver ao longo da existência, pois sempre haverá coisas de que
precisamos nos libertar para que a vida abundante flua em nós, num viver
vitorioso em Cristo.
O verdadeiro cristão precisa tomar, cada vez, mais consciência de que
ele é um instrumento que Deus quer e há de usar na evangelização e
libertação dos cativos.
Que o Espírito Santo use, pois, cada filho de Deus para ajudar a
transformar esse mundo de trevas em um mundo de paz. E que este guia de
estudo, apesar de não esgotar o assunto, seja útil no preparo daqueles que
desejam entrar nessa batalha como veículo de libertação dos cansados e
oprimidos.
[1] Teólogo, fundador do Centro Latino-Americano de Parapsicologia
(CLAP)
	Página de créditos
	Sumário
	Apresentação
	Possessão demoníaca e libertação
	1. Conheça o inimigo
	2. Possessão demoníaca
	3. Opressão
	4. Tentação
	5. Armas do inimigo
	6. Ministério de libertação
	7. Manifestações satânicas no culto
	8. Nossa energia: jejum e oração
	9. Dicas práticas para o enfrentamento
	10. Dúvidas e outras questões de interesse
	Conclusão

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