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Direito Previdenciário: Serviço Social

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9
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
 
SUMÁRIO
1	SERVIÇO SOCIAL (ART. 88, LEI 8.213/91)	3
2	HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E SOCIAL (ARTS. 89 A 93, DA LEI 8.213/91)	4
3	DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO	9
4	BIBLIOGRAFIA UTILIZADA	9
ATUALIZADO EM 31/05/2022[footnoteRef:1] [1: As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos eventos anteriormente citados. ] 
HABILITAÇÃO, REABILITAÇÃO E SERVIÇO SOCIAL.
Serviços são prestações previdenciárias de natureza imaterial postas à disposição dos segurados e dos dependentes do Regime Geral de Previdência Social – RGPS. Os serviços devidos aos dependentes e aos segurados se subdividem em:
Serviço social
Habilitação e reabilitação profissional e social
#ATENÇÃO!!! Nenhum serviço exige carência!
	SERVIÇO SOCIAL (ART. 88, LEI 8.213/91)
O Serviço integrante da Previdência Social (não se confunde com assistência social) e tem por objetivo esclarecer, junto aos beneficiários, seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer, conjuntamente com eles, o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição, como na dinâmica da sociedade. Em última análise, serve para promover a intermediação do relacionamento entre os beneficiários e a Previdência Social, notadamente, considerando-se que é preciso tornar a legislação previdenciária compreensível para pessoas leigas.
De acordo com Frederico Amado, o serviço social constitui-se como uma atividade auxiliar do seguro social, razão pela qual não se exige o gozo de um eventual período de carência para a concessão.
O serviço social consiste em um direito público subjetivo dos segurados e dependentes cuja finalidade básica é a orientação dos beneficiários (direito à informação), materializando-se em alguns atos, como por exemplo:
- Apoio do momento do requerimento administrativo dos benefícios.
- Atendimento individual e coletivo, com vistas a esclarecer os direitos dos beneficiários, informando, por exemplo, os documentos necessários para subsidiar requerimentos.
A ideia é, não apenas informar os beneficiários, mas também, através da informação, modificar a mentalidade dos empresários, servidores, trabalhadores e aposentados. As regras gerais estão previstas no art. 88 da Lei nº 8.213/1991.
#DEOLHONALEI - Lei nº 8.213/1991:
Art. 88. Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.
§ 1º Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
§ 2º Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica, assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos.
§ 3º O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as associações e entidades de classe.
§ 4º O Serviço Social, considerando a universalização da Previdência Social, prestará assessoramento técnico aos Estados e Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho.
O Decreto nº 3.048/1999 estabelece que será dada prioridade de atendimento a segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial a aposentados e pensionistas e que para assegurar o efetivo atendimento aos beneficiários, poderão ser utilizados mecanismos de intervenção técnica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com empresas, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou contratos, ou pesquisa social.
Os recursos técnicos utilizados pelo Assistente Social são, entre outros:
I) O parecer social (consiste no pronunciamento profissional do Assistente Social, com base no estudo de determinada situação, podendo ser emitido na fase de concessão, manutenção, recurso de benefícios ou para embasar decisão médico-pericial, por solicitação do setor respectivo ou por iniciativa do próprio Assistente Social);
II) A pesquisa social (constitui-se recurso técnico fundamental para a realimentação do saber e do fazer profissional, voltado para a busca do conhecimento crítico e interpretativo da realidade, favorecendo a identificação e a melhor caracterização das demandas dirigidas ao INSS e do perfil socioeconômico cultural dos beneficiários como recursos para a qualificação dos serviços prestados);
III) O cadastro das organizações da sociedade;
IV) A avaliação social da pessoa com deficiência (é realizada em conjunto com a avaliação médica da pessoa com deficiência, e consiste num instrumento destinado à caracterização da deficiência e do grau de incapacidade, e considerará os fatores ambientais, sociais, pessoais, a limitação do desempenho de atividades e a restrição da participação social dos requerentes do Benefício de Prestação Continuada da pessoa portadora de deficiência.
O tratamento inadequado ou desrespeitoso pode dar ensejo à indenização por danos morais, assim como a demora excessiva na apreciação do pedido (art. 5º, LXXVIII, CF).
#TABELALOVERS:
	QUADRO SINTÉTICO – SERVIÇO SOCIAL[footnoteRef:2]: [2: Tabela retirada do livro “Curso de Direito e Processo Previdenciário – Frederico Amadado, 2020, p. 884”.] 
	Objetivo
	Esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno da instituição como na dinâmica da sociedade.
	Beneficiários
	Todos os segurados e dependentes.
	Carência
	Inexiste.
	Outras informações
	Será dada prioridade aos segurados em benefício por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
	HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL E SOCIAL (ARTS. 89 A 93, DA LEI 8.213/91)
É um serviço previdenciário devido aos segurados e seus dependentes de maneira obrigatória, independentemente de carência, desde que incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho.
#SELIGA: Ante a compulsoriedade deste serviço previdenciário, um segurado em gozo do auxílio-doença que se recuse a se submeter aos processos de habilitação ou reabilitação profissional, terá o pagamento do benefício suspenso.
A habilitação e a reabilitação profissional e social deverão proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas com deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vive. Observe-se que estes serviços não visam apenas facilitar a empregabilidade, mas também garantir a inclusão na vida social.
Fundamentos constitucionais: princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade material.
#NÃOCONFUNDIR #TABELALOVERS:
	HABILITAÇÃO X REABILITAÇÃO:
	
HABILITAÇÃO:
	Consiste na preparação do inapto para exercer atividades, em decorrência de incapacidade física adquirida ou deficiência hereditária. Ou seja, é a inserção de pessoa que nunca trabalhou no mercado de trabalho. 
	
REABILITAÇÃO:
	Pressupõe a pessoa ter tido aptidão e tê-la perdido por motivo de enfermidade ou acidente. Ou seja, consiste na inserçãode pessoa que já trabalhou no mercado de trabalho
#SELIGA: A pessoa com deficiência, como regra, é habilitada, e não, reabilitada.
O Programa de Habilitação e Reabilitação Profissional é destinado ao (ordem de prioridade):
I) Segurado, em gozo de auxílio-doença, acidentário ou previdenciário (atendimento obrigatório pela Reabilitação Profissional);
II) Segurado sem carência para a concessão de auxílio-doença previdenciário, incapaz para o trabalho (atendimento obrigatório pela Reabilitação Profissional);
III) Segurado em gozo de aposentadoria por invalidez (atendimento obrigatório pela Reabilitação Profissional);
IV) Segurado em gozo de aposentadoria especial, por tempo de contribuição ou idade que, em atividade laborativa, tenha reduzida sua capacidade funcional em decorrência de doença ou acidente de qualquer natureza ou causa (atendimento obrigatório pela Reabilitação Profissional);
V) Dependente do segurado (atendimento condicionado às possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e às características locais);
VI) Pessoas com Deficiência (atendimento condicionado às possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e às características locais);
A reabilitação profissional compreende o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso e o dos equipamentos necessários à habilitação e à reabilitação social e profissional, e, quando necessário, o transporte do acidentado do trabalho.
#DEOLHONAJURIS: O INSS é parte legítima para figurar no polo passivo de demanda cujo escopo seja o fornecimento de órteses e próteses a segurado incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, não apenas quando esses aparelhos médicos sejam necessários à sua habilitação ou reabilitação profissional, mas, também, quando sejam essenciais à habilitação social. STJ. 2ª Turma. REsp 1.528.410-PR, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 2/6/2015 (Info 566). (Segundo o STJ, em conformidade com o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana e com os valores sociais buscados pela República Federativa do Brasil, a norma jurídica que exsurge do texto legal (art. 89, parágrafo único, "a", da Lei 8.213/1991) exige que a habilitação e a reabilitação não se resumam ao mercado de trabalho, mas que também abarquem a vida em sociedade com dignidade. Desse modo, mesmo que o segurado não tenha perspectiva de retorno ao trabalho, deverá ser garantido a ele os meios para a (re)educação e de (re)adaptação social indicados para participar do contexto em que vive, ainda que por meio dos equipamentos necessários à referida habilitação e reabilitação social).
Gestão: cabe ao INSS a administração da prestação. Nos termos legais, toda gerência executiva deveria possuir uma unidade de habilitação e reabilitação. Contudo, infelizmente, o INSS não se estruturou para efetivar a previsão da lei (existem pouco mais de 30 centros em todo o território nacional).
A reabilitação é realizada por meio do atendimento individual e/ou em grupo, por profissionais das áreas de medicina, serviço social, psicologia, sociologia, fisioterapia, terapia ocupacional e outras afins, objetivando a definição da capacidade laborativa e da supervisão por parte de alguns desses profissionais para acompanhamento e reavaliação do programa profissional.
O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será desenvolvido por meio das funções básicas de:
I - Avaliação do potencial laborativo;
II - Orientação e acompanhamento da programação profissional;
III - Articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para reabilitação física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao programa de reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; e
IV - Acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho;
V - Certificar ou homologar o processo de Habilitação e Reabilitação Profissional.
Procedimento de avaliação do potencial laborativo: será realizado um treinamento com equipe multiprofissional, com preferência para atendimento dentro da cidade do beneficiário. A reabilitação deverá ser descentralizada e funcionar com equipes compostas de médicos e servidores com nível superior. O INSS poderá disponibilizar órteses, próteses, auxílio-transporte para deslocamento para avaliações ou cursos, auxílio-alimentação, material necessário para os cursos etc.
O INSS pode firmar convênios com entidades públicas ou privadas de reconhecida idoneidade nas seguintes áreas: fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, alfabetização e cursos em geral (profissionalizantes, estágios etc.). 
#ATENÇÃO: O treinamento, quando realizado no âmbito da empresa, não estabelece vínculo entre esta e o beneficiário.
Concluído o processo de habilitação ou reabilitação social e profissional, a Previdência Social emitirá certificado individual, indicando as atividades que poderão ser exercidas pelo beneficiário, nada impedindo que este exerça outra atividade para a qual se capacitar (art. 92).
#SELIGA: Nos casos de solicitação de novo benefício por segurado que já tenha se submetido ao Programa de Reabilitação Profissional, o perito médico deverá rever o processo anteriormente desenvolvido, antes de indicar novo encaminhamento à Reabilitação Profissional.
Cotas (art. 93): a empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência habilitadas (perceba-se que as cotas previstas em lei não se restringem aos deficientes), na seguinte proporção:
	De 100 a 200 empregados
	2%
	De 201 a 500 empregados
	3%
	De 501 a 1.000 empregados
	4%
	De 1.001 empregados em diante
	5%
Algumas observações pertinentes sobre as cotas:
A terceirização de mão-de-obra com trabalhadores habilitados ou reabilitados NÃO é computada para fins de cumprimento dos percentuais exigidos por lei.
Entende-se que o estabelecimento das cotas por lei é constitucional (princípio da igualdade material).
Caso a empresa não consiga encontrar mão-de-obra qualificada para o seu ramo de atividade, deverá ela própria treinar os acidentados ou pessoas com deficiência, com vistas a habilita-los. 
Entende-se que, em caso de cessão de mão-de-obra, caso não sejam cedidos profissionais habilitados ou reabilitados, a tomadora do serviço não poderá ser responsabilizada, pois não tem ingerência na escolha dos profissionais a serem cedidos pela cessionária.
A dispensa do empregado reabilitado ou deficiente habilitado (art. 93, §1º): em se tratando de contrato por prazo determinado superior a 90 dias ou dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado, somente será possível após a contratação de substituto de condição semelhante.
#OBS: em que pese a existência de controvérsia, tem prevalecido que a norma inserta no art. 93 da Lei nº 8.213/91 não estabelece nenhuma forma de estabilidade no emprego, todavia impõe restrições ao direito potestativo da empregadora de despedir empregados reabilitados.
Entende-se que deverá o segurado submeter-se ao processo de reabilitação profissional antes da cessação de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez).
Deverão prioritariamente ser encaminhados à reabilitação: segurados em gozo de auxílio-doença; aposentados que permaneceram trabalhando; aposentados por invalidez; segurado temporariamente incapaz, mas sem a carência mínima para obtenção do auxílio-doença; pensionista inválido; dependente maior de 16 anos deficiente e qualquer pessoa com deficiência (independente da espécie de vínculo com a Previdência Social).
Procedimentos de fiscalização: compete ao auditor fiscal do trabalho a fiscalização, mediante análise das fichas de registros dos empregados e dos laudos médicos apresentados pelos trabalhadores. Em caso de descumprimento dos comandos legais, será imputada multa (art. 133, Lei 8.213/91), cujo valor variará de acordo com a gravidade da infração.É a Justiça do Trabalho o órgão competente para julgar eventual execução fiscal.
Pode o Poder Judiciário reduzir multas administrativas, que estejam de acordo com a legislação ou seria desrespeitar o princípio da separação de poderes? Sim, desde que seja a feita análise de legalidade, e não, do mérito do ato (STJ).
Observações finais importantes sobre o tema:
De forma pacífica, os Tribunais entendem que é devido o auxílio-doença ao segurado considerado parcialmente incapaz para o trabalho, mas suscetível de reabilitação profissional para o exercício de outras atividades laborais. Assim, a reabilitação profissional surge como pressuposto para o auxílio-doença. Da mesma forma, a impossibilidade de reabilitação surge como pressuposto para a aposentadoria por invalidez;
A jurisprudência tem se posicionado no sentido de que o benefício do auxílio-doença deverá ser mantido até que o segurado seja submetido à nova perícia médica que conclua pela cessação da incapacidade, no caso de restabelecimento de capacidade laborativa, ou até que seja submetido a procedimento de reabilitação profissional.
	QUADRO SINTÉTICO – HABILITAÇÃO E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL[footnoteRef:3] [3: Tabela retirada do livro “Curso de Direito e Processo Previdenciário – Frederico Amadado, 2020, p. 888”.] 
	Objetivo
	Proporcionar ao beneficiário incapacitado parcial ou totalmente para o trabalho, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios para a (re)educação e de (re)adaptação profissional e social indicados para participar do mercado de trabalho e do contexto em que vivem.
	Beneficiários
	Todos os segurados e dependentes, assim como as pessoas portadoras de deficiência.
	Carência
	Inexiste.
	Outras informações
	A) A reabilitação profissional compreende: 
I) o fornecimento de aparelho de prótese, órtese e instrumentos de auxílio para locomoção quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada por seu uso, e dos equipamentos necessários à habilitação e reabilitação social e profissional; 
II) a reparação ou a substituição dos aparelhos mencionados no inciso anterior, desgastados pelo uso normal ou por ocorrência estranha à vontade do beneficiário; 
III) transporte do acidente do trabalho, quando necessários;
B) A prestação de que trata o artigo anterior é devida em caráter obrigatório aos segurados, inclusive aposentados e, na medida das possibilidades do órgão da Previdência Social, aos seus dependentes;
C) Concluído o processo de habilitação ou reabilitação social e profissional, a Previdência Social emitirá certificado individual, indicando as atividades que poderão ser exercidas pelo beneficiário, nada impedindo que esta exerça outra atividade para a qual se capacitar;
D) Na forma do artigo 140, §1º, do RPS, não constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no mesmo emprego ou a sua colocação em outro para o qual foi reabilitado, cessando o processo de reabilitação profissional com a emissão do certificado.
	DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO
	DIPLOMA
	DISPOSITIVOS
	Lei 8.213/1991
	Art. 88 a 93
	RPS (Decreto 3.048/99)
	Art. 136; 140/161
	
	
	BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
- Sinopse de Frederico Amado
- Resumo TRF5 
- Informativos STF/STJ (Dizer o Direito)
- Manual de Direito Previdenciário - Carlos Alberto Pereira de Castro, João Batista Lazzari, 2020.
- Curso de Direito e Processo Previdenciário – Frederico Amadado, 2020.
- Direito Previdenciário Esquematizado – Marisa Ferreira dos Santos, 2020.
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