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Gêneros Textuais em Libras

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GÊNEROS TEXTUAIS 
EM LIBRAS 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Joana Bonato Melegari Andrade 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Gêneros textuais em videolibras: aspectos e análises 
Nesta etapa de nossos estudos, rumaremos para uma aplicação prática 
dos conhecimentos adquiridos ao longo de nossa jornada pelos Gêneros 
Textuais em Libras. É importante que você tenha assimilado os conceitos 
apresentados anteriormente, especialmente aqueles relacionados ao Texto e à 
Textualidade, bem como aos diferentes aspectos dos próprios Gêneros Textuais, 
estudados quando abordamos Estrutura, Temática, Estilo e Finalidade. Vamos 
nos dedicar ao aprofundamento desses aspectos, tendo em vista identificar as 
características fundamentais dos Gêneros que serão abordados, conforme 
representado a seguir: 
Quadro 1 – Verbovisualidade 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
Ao fim desta etapa de nossos estudos, você será capaz de não apenas 
observar e analisar os Gêneros Textuais fornecidos, como também será capaz 
de produzir seus textos com base em nossas análises. É importante seguir um 
passo a passo para atender de forma eficaz às necessidades específicas da 
Libras e da Comunidade Surda, garantindo a criação de um corpus de alta 
qualidade que traga contribuições ao desenvolvimento da Língua (tema que será 
estudado na sequência de nossos estudos). 
 
 
3 
Por fim, iremos nos dedicar à análise de um modelo de roteiro que pode 
servir de guia em suas produções. Logo após, exploraremos os Gêneros 
Textuais1 selecionados (Cartilha Educacional, Documento Legal e Prova), com 
o objetivo de compreender plenamente a relevância dessas produções tanto 
para as pessoas Surdas quanto Ouvintes, destacando o papel primordial da 
Língua (e Linguagem, em todos os sentidos), nesse processo. 
TEMA 1 – PRODUÇÃO DE GÊNEROS TEXTUAIS EM VIDEOLIBRAS 
Quando abordamos os Gêneros Textuais, é fundamental, conforme 
apontado por Rojo (2005), que comecemos a observar os termos/as 
nomenclaturadas resultantes do conceito de Gênero. A Autora destaca que, 
independentemente das abordagens adotadas, ou seja, das trajetórias 
percorridas para determinar esses termos, todas elas se fundamentam nas 
ideias de Mikhail Mikhailovich Bakhtin (1895-1975), renomado pensador e 
filósofo russo, conhecido por sua profunda análise da Linguagem Humana. A 
Análise Dialógica do Discurso (ADD) surge como resultado das obras produzidas 
por Bakhtin e seus colegas do Círculo de Bakhtin, um grupo de intelectuais 
multidisciplinares dedicados ao estudo de Linguagem, Literatura e Arte. Dentro 
desse contexto, destacam-se estudos voltados para a Sociolinguística (a 
Linguística Aplicada) e a Análise do Discurso, áreas nas quais a ADD busca 
compreender, interpretar e contextualizar essas obras. A Análise Bakhtiniana 
parte do conjunto de obras produzidas pelo Círculo, apontando uma forma 
alternativa de se abordar os discursos, por exemplo. 
Quanto aos Gêneros Textuais, sob uma perspectiva Bakhtiniana, 
podemos nos deparar com duas categorias distintas. 
 
 
1 Optou-se, ao longo de nossos estudos, pelo uso maiúsculo da primeira letra de Gêneros 
Textuais/Gêneros Textuais em Videolibras, por exemplo, de forma arbitrária, no sentido de 
colocar este e demais conceitos como objetos de estudo. O mesmo ocorrerá com outras 
palavras, observadas ao longo do texto. 
 
 
4 
Figura 1 – Categorias de Gêneros Textuais 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
Observa-se que as Análises do Discurso e Textual, ambas pertencentes 
ao campo das Ciências da Linguagem, apresentam distintas concepções que 
redundam em métodos distintos. Conforme Rojo (2005), os pesquisadores que 
optam pela Análise do Discurso se atentarão à interpretação da significação dos 
enunciados e temas, enquanto os que adotam a Análise Textual estudarão os 
temas, abstendo-se da significação dos enunciados. Mas por que essa 
diferença? Exploremos brevemente. 
Antes de tudo, é importante compreender que o Discurso é o sentido, 
significado que surge na interação entre dois interlocutores, ou, em nosso 
contexto, dois sinalizantes. A Análise do Discurso se dedica ao estudo desses 
discursos em si, explorando suas mensagens, intenções e ideologias intrínsecas 
ao contexto de comunicação. É essencial apontar que o Discurso se distingue 
do Texto, o que explica a diferença primordial entre a Análise do Discurso e a 
Análise Textual. 
Figura 2 – Discurso e texto 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
 
 
5 
Entendamos que o termo Texto se refere à expressão tanto por meio da 
escrita, como no caso da Língua Portuguesa, quanto por meio da sinalização 
(por isso nosso estudo dos Gêneros Textuais em Libras se torna viável por 
definição). O Texto é composto por marcas linguísticas, enquanto o Discurso traz 
consigo as significações que o Texto está comunicando, originando-se do que 
está “por trás”. O Discurso, portanto, é uma das maneiras de se compreender o 
sentido de um Texto. Podemos afirmar que o Discurso se concentra no processo 
de atribuição de sentido, enquanto o Texto se preocupa com o produto final da 
expressão apresentada. 
Vamos praticar a aplicação dos elementos dos Gêneros Textuais, como a 
Estrutura, Temática, Estilo e Finalidade. Em seguida, faremos uma breve análise 
comparativa entre as Análises do Discurso e Textual, com exemplos reais. 
Assista ao vídeo do exemplo prático para visualizar a divulgação realizada 
para o retorno do Culto dos Surdos de 2024 (passadas as festividades de fim de 
ano). 
Figura 3 – Divulgação 1 
 
Crédito: Adoniran Melo. 
Esse vídeo corresponde a um convite compartilhado em um grupo de 
WhatsApp®, enviado pelo Pr. Adoniran Melo, da Primeira Igreja Batista de 
Curitiba (PIB Curitiba), destinado aos membros e frequentadores do Culto dos 
Surdos, realizado aos sábados. O Pr. Adoniran, sendo Ouvinte e usuário da 
Libras, comunica-se com seu público por meio da Língua de Sinais. 
 
 
6 
Iniciemos nossas análises. 
• Estrutura: convite em formato de vídeo sinalizado, no qual são 
intercalados trechos escritos em Língua Portuguesa. Esses trechos 
fornecem informações sobre o conteúdo do convite, que se refere ao Culto 
dos Surdos, e detalhes sobre o local onde ocorrem os encontros, 
facilitando a orientação dos interessados, sejam eles visitantes ou não 
(levando em consideração que o vídeo pode ter sido compartilhado com 
outros grupos e pessoas). É fundamental destacar que, nesse contexto, 
não encontramos o endereço específico, mas apenas o nome da Igreja. 
Isso sugere que o convite se destina principalmente aos membros que 
conhecem o local, os quais poderiam, então, convidar outras pessoas. 
Vale ressaltar que uma pesquisa rápida na internet nos forneceria 
facilmente o endereço do espaço. 
• Temática: convite para o Culto dos Surdos, incluindo informações 
essenciais, como data, horário e localização no espaço (por se tratar de 
um local amplo), além de se propor comes e bebes ao fim do evento, 
proporcionado momentos de descontração e convivência. 
• Estilo: vídeo sinalizado que otimiza a visualização em dispositivos 
móveis, com menos da metade do corpo do sinalizante ocupando quase 
toda a tela, que está orientada na vertical, ideal para redes sociais. O 
cenário é mantido simples para direcionar a atenção para a sinalização, 
enquanto as informações essenciais são apresentadas em legendas 
brancas na parte inferior do vídeo desde o início, com a inserção de um 
título – Culto dos Surdos – para orientar o espectador sobre o conteúdo. 
É claro que identificar um estilo específico nesse vídeo é desafiador, pois 
requer comparações com outros. No entanto, com base em nossa 
experiência e contato com o sinalizante, é possível afirmar que os vídeos 
com esse teor de convite são realizados quase que da mesma forma. 
• Finalidade: o convite em formato de vídeo possui a finalidade de convidar 
pessoas, sejam elas Surdas ou Ouvintes, sinalizantes ounão (informação 
aqui acrescentada por nós, considerando que o Culto, ministrado em 
Libras, possui interpretação para a Língua Portuguesa falada), a 
participarem do Culto dos Surdos e, posteriormente, desfrutarem de um 
momento de socialização. 
 
 
7 
Observe que esses são aspectos que permeiam os Gêneros Textuais, 
especialmente os Sinalizados em Libras, os quais são o foco de nosso estudo. 
Começamos abordando as Análises do Discurso e Textual, e continuaremos a 
explorar essas abordagens nas divulgações apresentadas a seguir, seguindo a 
mesma linha apresentada na Divulgação 1, para garantir que nos concentremos 
em todos os detalhes pertinentes. 
Figura 3 – Divulgação 2; Divulgação 3 
 
Crédito: Adoniran Melo. 
Observe que, além do vídeo sinalizado, agora temos mais dois materiais 
de divulgação no formato de imagem. Na Divulgação 2, encontramos as 
mesmas informações apresentadas no vídeo (inclusive com o retrato do mesmo 
sinalizante), porém, com adição do endereço – uma informação que se encontra 
ausente no vídeo. Isso permite que a imagem seja compartilhada mais 
amplamente, pois não requer que o receptor saiba Libras, ao contrário da 
Divulgação 1, embora ainda forneça uma ideia do conteúdo para aqueles que 
não estão familiarizados com a Língua. 
Na Divulgação 3, encontramos um conteúdo distinto, porém, ainda 
relacionado às duas primeiras divulgações anteriores, uma vez que envolve 
pessoas Surdas. Se você observou atentamente, o convite foi feito para o Culto 
de 20 de janeiro de 2024 (sábado), enquanto na Divulgação 3 podemos ver a 
 
 
8 
data de 24 de janeiro de 2024 (quarta-feira), que também inclui, semanalmente, 
uma programação direcionada às pessoas Surdas. Nesse momento, o convite 
se estendeu especificamente às famílias dos Surdos. 
Vamos agora analisar as questões de Discurso e Texto. 
Nas Divulgações 1, 2 e 3, encontramos, basicamente, a mesma 
proposta: o convite para o Culto dos Surdos e para a Família dos Surdos. Essa 
é a Análise Textual, ou seja, o que os textos (sinalizados e escritos) estão 
comunicando. O texto é o resultado final de todo um processo de elaboração e 
comunicação. Ao examinarmos as três divulgações sob a perspectiva da Análise 
do Discurso, percebemos intenções quanto aos convites. Primeiramente, por 
conta da natureza religiosa do contexto, o objeto inicial é reunir pessoas Surdas 
em um ambiente onde sua Língua está sendo utilizada. Além disso, há uma 
segunda intenção de conhecer essas pessoas Surdas e seus familiares, 
reconhecendo a importância das conexões familiares com membros Surdos, o 
que historicamente tem sido desafiador devido a questões linguísticas, de 
aceitação e outros aspectos. Por fim, o objetivo principal é apresentar o 
Evangelho de Cristo, principal propósito dos pregadores em suas comunidades 
religiosas. O Discurso, especialmente no vídeo da Divulgação 1, visa interagir 
diretamente com a pessoa Surda, uma vez que o conteúdo é 
predominantemente em Libras, convidando-os para uma reunião espiritual e 
social, quando lembramos da oferta de comes e bebes para um momento de 
confraternização, onde novos laços podem ser construídos. 
 
 
 
9 
Figura 4 – Recorte 1; Recorte 2; Recorte 3 
 
Crédito: Adoniran Melo. 
Na Figura 4, apresentamos os trechos que ilustram como as divulgações 
foram realizadas por meio do WhatsApp®, incluindo enquetes de participação 
que estão diretamente relacionadas aos convites. 
Figura 5 – Análise dos Gêneros Textuais 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
Concluímos nossa breve análise de uma espécie de produção que 
constitui os Gêneros Textuais, especificamente examinando Estrutura, 
Temática, Estilo e Finalidade de um convite, um exemplo do Gênero Textual 
tanto em sua forma sinalizada quanto escrita. Vamos agora explorar além desses 
aspectos! 
 
 
10 
Os Gêneros Textuais podem se apresentar como formais ou informais, 
cada um apresentando características distintas. Embora não nos aprofundemos 
detalhadamente nesse aspecto, é relevante entendermos como a formalidade e 
a informalidade se manifestam durante uma sinalização. Silva (2013), em sua 
dissertação de mestrado intitulada Indicadores de formalidade no gênero 
monológico em Libras, oferece uma análise abrangente e precisa sobre os 
aspectos de formalidade na Língua de Sinais. Para fins comparativos, 
consideraremos que a informalidade é caracterizada por elementos que estão 
ausentes, ou que se mostram de forma oposta, na formalidade. 
Silva (2013) nos traz aspectos da formalidade por meio de um estudo 
sobre edital sinalizado. Com base em suas conclusões, podemos extrair pontos 
para discernir se uma produção é formal ou informal. É importante ressaltar que 
a pesquisa de Silva se concentrou especificamente no Gênero Edital, enquanto 
nós expandiremos esses conceitos para abranger os Gêneros como um todo, 
visando facilitar a compreensão. 
Figura 6 – Siglas 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
O Autor discute aspectos cruciais que contribuem para uma sinalização 
formal e eficaz. 
• O ES é cuidadosamente respeitado para garantir que a sinalização seja 
claramente visível, evitando distrações desnecessárias. A adequação do 
ES pode variar dependendo do ambiente de produção, sendo crucial 
 
 
11 
especialmente em espaços onde o espaço para sinalização é limitado. 
• Em conjunto com o ES, destaca-se a importância do MDFE. Quem nunca 
teve seus “dedos cortados pela câmera”? O aproveitamento correto do 
espaço permite que se melhor entenda o que está sendo sinalizado, sem 
prejuízos causados pelos cortes. 
• A VS também desempenha um papel importante influenciando em um 
entendimento claro e inteligível dos sinais. 
• A presença da SM varia de acordo com o contexto, podendo ser utilizada 
em maior ou menor quantidade, sendo mais comum em situações que 
envolvem terminologia técnica e/ou científica. 
• A VSM é essencial para garantir que o conteúdo seja visualmente 
acessível e compreensível para o(s) público(s)-alvo. 
• A aparição dos SOMND pode otimizar o uso do ES, sendo importante 
ressaltar que a depender do uso, o discurso se torna ambíguo e pode 
gerar confusão. Em situações formais, o uso de ambas as mãos 
proporciona estabilidade e firmeza. 
• As EF são recursos linguísticos intrínsecos que contribuem para uma 
comunicação equilibrada e adequada, especialmente em ambientes 
formais onde sua utilização é mais sutil. 
• A presença de CL pode ser menos frequente em discursos formais, mas 
ainda é perceptível, apesar de enriquecer os Gêneros Textuais, quando 
utilizados. 
• Por fim, a presença dos PTA é fundamental em sinalizações formais, 
sendo considerados essenciais para uma comunicação clara, precisa e 
linguisticamente adequada. 
Dessa forma, compreendemos, dentro do nosso contexto de estudo, que 
a apresentação contrária desses aspectos pode conduzir a uma sinalização com 
características mais informais. 
Na produção de conteúdo, independentemente do Gênero Textual, é 
fundamental, antes de iniciar a escrita, estabelecer a estrutura, a temática, o 
estilo e a Finalidade. Isso implica em analisar cuidadosamente o que se deseja 
apresentar, por meio da Análise Textual, e o que se pretende comunicar, por 
meio da Análise do Discurso. A escolha entre uma abordagem formal ou informal 
deve ser feita considerando o contexto específico em que o conteúdo será 
utilizado. 
 
 
12 
A partir deste ponto, vamos nos dedicar ao estudo de três Gêneros 
Textuais em Libras/Sinalizados: a tradução de uma Cartilha Educacional, de uma 
Lei (Documento Legal) e de uma Prova. É importante notar que, neste momento, 
não estaremos mais focados na produção de conteúdo, mas sim na atividade de 
tradução. 
Para nosso entendimento, esses arquivos-objetos de nosso estudo, são 
parte do trabalho desenvolvido pelo Centro de Apoio ao Surdo e aos 
Profissionais da Educação de Surdos do Paraná (CAS Paraná – Regional Leste: 
Curitiba),disponíveis na plataforma do YouTube®. 
• Análise prática 1 – Gênero textual: cartilha educacional 
o Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=jl4j5yuPB4s&t=29s>. Acesso em: 
6 maio 2024. 
O vídeo indicado refere-se a uma Cartilha Educacional destinada aos 
Profissionais da Educação de Surdos, fornecendo orientações acerca de suas 
funções e atividades e legislações para consulta quando necessário. 
• Análise prática 2 – gênero textual: documento legal (A - em Libras) 
O Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=EeEz_p6ZSg0&t=33s>. Acesso 
em: 6 maio 2024. 
• Análise prática 2 – gênero textual: documento legal (B – em Libras 
com acessibilidade para surdocegos 
O Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=GGXC8UtsrGE&t=14s>. Acesso 
em: 6 maio 2024. 
A Lei n. 14.605/23 trata da instituição do Dia Nacional da Pessoa com 
Surdocegueira, logo, com tradução em Libras e edição adequada para 
atendimento dos públicos a quem ela se destina. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=jl4j5yuPB4s&t=29s
 
 
13 
Figura 7 – Análise Prática 3 – gênero textual: prova 
 
Fonte: CAS Curitiba, 20232. 
Por fim, temos recortes relacionados à Prova Paraná em Libras, do ano 
de 2023, compreendendo os componentes curriculares de Língua Portuguesa e 
Matemática. 
Iniciemos nossas análises. 
É sabido que, quando falamos em Libras, falamos de Língua, de 
Gramática. Mas você sabia que podemos dizer que a Libras está atrelada a uma 
Gramática Visual? Sim, isso pela sua modalidade, visual-espacial. 
Partindo do campo da produção e nos dirigindo para o campo da tradução, 
devemos ser lembrados de que trabalhamos com modalidades de registro que 
requerem, naturalmente, que certas especificidades sejam atendidas tendo em 
vista o público-alvo para o qual estão sendo dirigidas. Os Gêneros Textuais em 
Libras em muito se assemelham aos Gêneros Textuais escritos, por exemplo. A 
distinção entre ambas as modalidades (visual-auditiva <> oral-auditiva/escrita) 
nos conduz para a observação quanto à organização, à sistematização e ao 
produto final, ou seja, a materialização, conforme nos aponta Medeiros (2018). 
Isso ocorre por conta da Corporalidade, da Verbovisualidade na produção de 
materiais, e em nosso caso, na tradução de conteúdo. 
O processo de tradução nos instiga a refletir sobre os aspectos estéticos 
do conteúdo e da mídia a ser elaborada, desenvolvida e finalizada, visando 
 
2 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ggxc8utsrge&t=14s>. Acesso em: 6 maio 
2024. 
 
 
14 
aprimorar o material em questão. Dado o caráter visual do trabalho com nossa 
Língua, o suporte vídeo desempenha um papel crucial. Ao ser combinado com 
outros elementos visuais, como ilustrações e legendas, o vídeo amplia a 
compreensão do que está sendo transmitido. Além disso, o suporte vídeo está 
intrinsecamente ligado ao uso de recursos tecnológicos que facilitam a 
composição de diversos Gêneros Textuais, como é o caso da Libras, 
aproveitando ao máximo as possibilidades oferecidas pela mídia. 
Figura 8 – Tradução 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
Ao abordarmos o par linguístico Libras <> Língua Portuguesa, não nos 
limitamos à Tradução Interlingual, mas também nos envolvemos na prática da 
Tradução Intermodal. Isso se deve ao fato de estarmos lidando com Línguas que 
são expressas e compreendidas de modos distintos (visual-espacial/oral-
auditiva). 
Durante nossas análises, começaremos por examinar tanto o conteúdo 
quanto à forma, explorando a relação entre o contexto linguístico e visual. 
Realizaremos nossas análises, iniciando pelo fundo e pela imagem. 
TEMA 2 – ASPECTOS DA VERBOVISUALIDADE: FUNDO E IMAGEM 
Ao nos engajarmos na elaboração de uma tradução de um Gênero 
Textual, devemos nos atentar a elementos que contribuirão com a estética do 
 
 
15 
vídeo, em especial, com vistas a enriquecer a Língua que está sendo sinalizada. 
Um aspecto inicial a ser cuidadosamente considerado é o fundo, também 
conhecido como background ou cenário. Para simplificar nossa análise, faremos 
referência ao nosso material da seguinte maneira: 
• Material 1: cartilha educacional; 
• Material 2 - A/B: documento legal; 
• Material 3: prova. 
Todo Gênero Textual em Libras apresenta um cenário específico, 
dependendo de sua objetividade e público-alvo. Em nenhum dos nossos quatro 
materiais (sendo que o Material 2 consiste em duas partes), encontramos a 
presença de um cenário construído, isto é, um cenário em que materiais 
concretos estejam visíveis em cena. No entanto, é importante notar que, 
dependendo do Gênero, o cenário pode não apenas ser necessário, mas 
também apropriado para transmitir o mesmo propósito que é apresentado em 
sua forma escrita na Língua Portuguesa. Todos os materiais possuem certo nível 
de formalidade requerida, como é o caso do Documento Legal (formal por 
natureza) e a Prova, que segue a norma culta da Língua Portuguesa, e por estar 
em busca de atestar conhecimentos daqueles que estão passando pelo teste, é 
compreensível que a formalidade seja uma exigência. Quanto à Cartilha 
(Material 1), esta nem sempre assume um tom formal. Ela pode abordar 
diferentes temas e propósitos. Ao analisarmos seu conteúdo inicial, percebemos 
que possui um caráter didático, direcionado aos Profissionais da Educação de 
Surdos do Paraná. Por ter essa natureza educacional, a Cartilha não precisa 
necessariamente ser formal em todos os aspectos, especialmente devido à 
presença de cores e ilustrações, elementos geralmente ausentes em 
Documentos Legais, por exemplo. 
 
 
 
16 
Figura 9 – Recorte 4: cartilha educacional 
 
Fonte: CAS Curitiba, 20233. 
Repare que, à esquerda, temos uma das páginas da Cartilha, redigida em 
Língua Portuguesa, enquanto, à direita, apresentamos um recorte de sua 
tradução em Libras, em formato de vídeo. Note uma inclusão de elementos que 
 
3 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jl4j5yuPB4s&t=29s>. Acesso em: 6 maio 
2024. 
https://www.youtube.com/watch?v=jl4j5yuPB4s&t=29s
 
 
17 
estão presentes na página agora transpostos para o formato de vídeo. Observe 
os detalhes destacados em amarelo: a parte que está sendo traduzida pela 
sinalizante, o título Equipe Pedagógica, visível na parte inferior do vídeo, 
servindo como referência à seção que está sendo sinalizada. Perceba que o 
cenário utilizado é o chamado ‘artificial’, conforme Rosado e Taveira (2022), 
criado por meio de chroma key (fundo de cores RGB que permite manipulação), 
e neste caso, recebeu um fundo cinzento degradê, considerado pela Equipe 
como mais confortável aos olhos; embora seja verdade que o cenário poderia 
ser branco (para imitar a cor da folha de papel), o tom cinzento mostrou-se mais 
agradável aos olhos. Não há presença de cenário natural, portanto. 
Os autores Rosado e Silveira (2022) elaboraram um material intitulado 
Gramática visual para os vídeos digitais em línguas de sinais, que também 
utilizaremos como base para enriquecer nossas análises. Esse material 
apresenta uma proposta de gramática visual voltado para vídeos didáticos, 
acadêmicos e culturais. Nele, há representações icônicas em formato de vídeo 
e a apresentação de um catálogo com soluções visuais de produções em Libras 
para orientação aos demais criadores de conteúdo, sendo fundamentado em 
sete elementos basilares para composição de material em Libras. Nossa 
organização segue o esquema que você viu no início desta etapa. 
Figura 10 – Recorte 05 – A e B: documento legal 
 
Fonte: Katherine Fischer; CAS Curitiba, 20234. 
No que diz respeito ao Material 2, há um ponto de destaque a ser 
considerado. O Documento Legal mencionado refere-se à Lei n. 14.605/23, que 
 
4 Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=EeEz_p6ZSg0&t=33s>. Acesso em: 6 
maio 2024. 
https://www.youtube.com/watch?v=EeEz_p6ZSg0&t=33s
 
 
18 
institui o Dia Nacional da Pessoa com Surdocegueira. Ao examinarmos o canal 
doCAS Curitiba no YouTube®, podemos observar um crescente cuidado na 
elaboração de materiais acessíveis às pessoas Surdocegas. Nesse caso 
específico, a Lei aborda diretamente o público-alvo, o que sugere a necessidade 
de uma adaptação estética para fins de acessibilidade. Note que o cenário 
cinzento é mantido nos recortes superiores, enquanto há um sutil escurecimento 
nos recortes inferiores. Uma pessoa Surdocega é aquela que apresenta 
comprometimentos auditivos e visuais; se antes o foco estava na utilização da 
Libras, agora, também há uma atenção voltada à questão das cores, dada a 
limitação visual. Notamos um aumento significativo no contraste das cores, 
especialmente no uso do amarelo em contraposição ao preto. É importante 
observar que até mesmo o recorte da Lei foi adaptado pela própria Equipe, 
substituindo o papel branco pelo papel preto, a fim de realçar o contraste entre 
as cores. 
Figura 11 – Recorte 6: prova 
 
Credito: Katherine Fischer. 
O Estado do Paraná, onde a Prova Paraná (2023, 2ª Edição) foi aplicada, 
possui, em sua Rede de Ensino, estudantes Surdos e Surdocegos. Para isso, 
visando garantir uma abordagem inclusiva, o fundo da Prova foi ajustado para 
apresentar uma tonalidade mais escura, a mesma adotada no Documento Legal 
adaptado (Material 2 - B). É notável o uso do amarelo em contraste com o preto, 
tanto no recorte à esquerda, referente à folha, quanto nos indicadores das 
questões, alternativas e legendas, destacados em amarelo (no recorte central), 
assim como na legenda amarela com o logo da Prova Paraná (no recorte à 
direita). Além disso, é importante registrar as adaptações realizadas na prova 
impressa para os estudantes surdocegos, reconhecendo que a Libras não é o 
único meio de comunicação deste público. 
 
 
 
19 
Uma curiosidade é encontrada no seguinte recorte: 
Figura 12 – Recorte 7: prova 
 
Crédito: Luiz Gustavo. 
Você observou que o recorte se encontra em preto e branco? Além disso, 
percebeu que o sinalizante é um homem, não uma mulher, como indicado no 
Recorte 6, onde há uma questão? Este formato é utilizado porque o recorte 
refere-se a um trecho de texto anterior à atual questão. A cor foi escolhida para 
diferenciar este momento: não é mais apenas um texto, mas sim a aplicação de 
uma das questões. 
Observe que nos três materiais aqui apresentados, independentemente 
do seu Gênero Textual, encontramos recortes em formato de imagem. Esses 
recortes podem ser meros elementos visuais que fazem referência ao material 
em Língua Portuguesa, ou podem ser recortes reais do material em sua forma 
escrita. Todos os materiais, ao serem visualizados em vídeo, exibem transições 
entre seções, mas durante a sinalização, os recortes permanecem estáticos. 
Esses são os elementos icônicos presentes nas representações. 
Estamos gradualmente aprimorando nossa compreensão dos elementos 
presentes em produções e traduções sinalizadas. 
TEMA 3 – ASPECTOS DA VERBOVISUALIDADE: VESTUÁRIO 
O vestuário é frequentemente discutido quando abordamos aspectos da 
tradução em Libras. Por que mencionamos tradução? Porque normalmente, ao 
lidarmos com produção, entendemos que há certa “liberdade” na escolha do 
vestuário, já que sempre há uma organização predefinida. Lembra-se da 
Estrutura, Temática, Estilo e Finalidade? Esses aspectos nem sempre são 
 
 
20 
considerados de forma consciente, mas estão sempre presentes em produções 
e traduções, como você pode observar em qualquer material. No entanto, 
quando abordamos o tema da tradução, torna-se mais crucial analisar esses 
aspectos e determinar se é justificável, essencial e até mesmo apropriado 
conduzir uma espécie de “ajuste fino” no tom e estilo, em especial quanto à 
vestimenta. 
Figura 13 – Recorte 8: vídeo de orientações preventivas escolares 
 
Crédito: Jéssica Bonato Melegari Barbosa. Crédito imagem de fundo: SEED PR5. 
Na Figura 13, apresentamos uma breve ilustração de um vídeo produzido 
pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR). O vídeo é 
conciso, instrutivo e direcionado a um público específico: todos os envolvidos na 
Comunidade Escolar do Paraná, incluindo estudantes, profissionais e membros 
da Comunidade. Observe que o vídeo é curto, didático e possui um público-alvo 
definido: todos os sujeitos envolvidos na Educação do Paraná, sejam 
estudantes, profissionais e comunidade escolar. Destaca-se a presença da 
tradicional “janela do intérprete”, embora em uma escala reduzida em relação ao 
plano principal (esse aspecto será abordado de formas mais abrangentes ainda 
nesta etapa). A profissional, Tradutora e Intérprete de Libras – Língua 
Portuguesa (TILS), veste uma camisa com as logomarcas do Estado do Paraná 
e do CAS Curitiba, evidenciando a natureza institucional do vídeo. 
• Recorte 9: playlists de canal do youtube® 
o Disponível em: 
<https://www.youtube.com/@sinalariopr1410/playlists>. Acesso em: 6 
 
5 Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=w-5YHwzz6mQ>. Acesso 
em: 6 maio 2024. 
https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=w-5YHwzz6mQ
 
 
21 
maio 2024. 
No Recorte 9, apresentamos um caso mais específico. Trata-se do canal 
Sinalário PR, também desenvolvido pelo CAS, mas por outra equipe e 
inaugurado no final de 2015. Esse canal oferece playlists contendo sinais-termo 
dos Componentes Curriculares da Educação Básica da Rede Estadual de 
Ensino do Paraná, destinados a auxiliar estudantes Surdos, profissionais da 
Educação de Surdos e a Comunidade em relação à consulta ao léxico específico. 
Ao observar brevemente, nota-se que cada Componente Curricular (Disciplina) 
é identificado por uma cor distinta. Embora não esteja explicitado, as cores são 
recorrentes, indicando que cada playlist corresponde a um conjunto único de 
sinais. Além disso, os sinalizantes usam camisas com a logomarca do CAS, que 
difere da versão atual, pois na época da criação havia apenas um CAS no 
Paraná, enquanto hoje, 2024, existem sete. 
Observe que nos nossos materiais-base (Cartilha, Documento e Prova), 
é feito o uso da camisa com a logo do Estado e a logo do CAS nos dois primeiros 
casos. Isso ocorre porque se trata, respectivamente, de um arquivo criado e 
divulgado pela Secretaria de Estado da Educação, e de um Documento Federal. 
No caso da Prova, houve discussão e decisão de adotar um padrão que 
transmitisse neutralidade (além de se considerar o uso comum da cor preta no 
vestuário), optando assim pelo uso da camiseta preta. 
Para seu conhecimento, a Comunidade Surda tem à disposição as 
Normas de Publicação da Revista Brasileira de Vídeo-Registros em Libras, 
desenvolvidas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Embora a 
Revista seja direcionada para produções acadêmicas em formato de artigo, suas 
normas podem ser aplicadas por nós, pois oferecem orientações sobre as cores 
a serem usadas na sinalização. 
 
 
 
22 
Figura 14 – Recorte 10: orientações quanto ao uso de cores no vestuário 
 
Fonte: Joana Andrade, 2024. 
Veja que a Revista oferece diretrizes sobre as cores a serem usadas na 
sinalização, levando em consideração o tom de pele do sinalizante; a 
flexibilidade no uso das cores é destacada, contanto que haja um contraste 
adequado entre o tom de pele e a cor da camiseta, o que aprimora a estética da 
visualização do vídeo. Além disso, a Revista apresenta outras cores designadas 
para diferentes seções de um artigo acadêmico, embora essa não seja a ênfase 
do nosso trabalho aqui. É relevante observar que o vestuário pode incluir 
estampas, texturas e acessórios, desde que estejam alinhados com a proposta 
do vídeo; caso contrário, é recomendado evitar o uso desses elementos, uma 
vez que podem desviar a atenção de quem está tendo acesso ao material. 
Caso deseje aprofundar seu conhecimento sobre as normas para a 
produção de vídeos acadêmicos, recomendamos visitar o site da UFSC, onde 
encontrará orientaçõesdetalhadas. 
TEMA 4 – ASPECTOS DA VERBOVISUALIDADE: TEXTO E LEGENDA 
Os elementos Texto e Legenda estão largamente presentes em vídeos 
em que traduções estão sendo realizadas, porque partem, muitas vezes, de 
produção escritas, exceto os casos em que a tradução em Libras está sendo 
resultado de uma produção em outra Língua Sinalizada. Rosado e Taveira 
(2022) chamam isso de Massa Textual. Essa Massa é a presença de Texto que 
pode assumir diferentes formatos. 
 
 
 
23 
Figura 15 – Massa Textual 
 
Fonte: elaborado por Andrade, 2024, com base em Rosado; Taveira, 2022. 
Daremos forma ao nosso entendimento, seguindo a Figura 15. 
Em nosso Material 1, temos a presença de Massa Textual dentro do 
elemento da imagem que se destaca à esquerda, e o mesmo ocorre com o 
Documento Legal. Na verdade, ambos os materiais foram trabalhados quase que 
da mesma forma, se distinguindo em seus conteúdos e na presença de demais 
elementos (como no Material 1 – elementos de cor). Ambas as traduções 
apresentam os recortes de suas produções escritas, diretamente em tela, sendo 
destacada com uma opacidade integral, a parte escrita que está sendo 
sinalizada; a(s) parte(s) que não está(ão) sendo sinalizada(s) perde(m) 
opacidade. Já no Material 3, temos a Legenda. Basicamente, temos a 
representação da Língua Oral, em seu formato escrito. É o caso da Prova? Não. 
Essa é apenas a definição de Legenda. No caso da Prova, consultou-se a 
modalidade escrita, para sua inserção em vídeo, de modo a possibilitar que o 
estudante Surdo possa acompanhar a sinalização, e o seu equivalente, na forma 
escrita. 
 
 
 
24 
Figura 16 – Recorte 11: massa textual do tipo “imagem com palavras” 
 
Crédito: Luiz Gustavo. 
Nesse exemplo, demonstramos a aplicação prática da composição de 
vídeos ao utilizar uma imagem acompanhada de texto, de palavras. A imagem 
consiste em um recorte da Prova, enquanto o texto correspondente é 
reproduzido na legenda, destacando o trecho que está sendo sinalizado, com 
um quadrado vermelho. Geralmente, a legenda é posicionada na parte inferior 
do vídeo. Como mencionado anteriormente, a cor amarela é escolhida para 
garantir a acessibilidade aos Surdocegos. Observa-se que a reprodução do texto 
no quadrado facilita a compreensão, uma vez que a visualização direta do texto 
é desafiadora devido ao tamanho, justificando assim a sua inclusão na legenda. 
É importante ressaltar que a legenda pode variar em posição, cor, formato e 
visibilidade, podendo ser apresentada com ou sem fundo, com contorno ou não 
entre as letras, em tamanhos diferentes, ou até mesmo oculta, exigindo ativação 
para visualização. No caso do Material 3, a ativação da legenda não é 
necessária, pois foi concebido considerando a inclusão dos estudantes Surdos 
e Surdocegos. 
É interessante notar que todos podem se beneficiar dessa promoção de 
acessibilidade. A presença da sinalização em conjunto com a legenda e outros 
elementos que enriquecem os aspectos visuais, não apendas atende ao 
fundamento do Bilinguismo6 – em que a Libras é apresentada como Primeira 
Língua (L1) e a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita como Segunda 
 
6 Caso queira se aprofundar, acesse: MELEGARI, J. B. Introdução aos Estudos Linguísticos 
da Libras: Rota de Aprendizagem 5 – Tema 5: Métodos de Ensino para Surdos: Bilinguismo. 
Editora Intersaberes: Curitiba, 2023, 27p. 
 
 
25 
Língua (L2) –, mas também permite que o estudante Ouvinte acompanhe uma 
prova sinalizada, se for o caso, graças à inclusão de legendas que facilitam sua 
compreensão. Isso contribui para a familiarização inicial com a Libras, se não já 
ocorre com a presença de um colega Surdo em sala de aula. 
TEMA 5 – ASPECTOS DA VERBOVISUALIDADE: SINALIZAÇÃO 
Estudemos agora a questão da Verbovisualidade. 
Por último, é fundamental considerar a sinalização em si, um aspecto 
essencial em nossos estudos e análises sobre produção e tradução em Libras, 
nossa Língua-Alvo, com base na Língua Portuguesa como Língua-Fonte. De 
acordo com Rosado e Taveira (2022), é importante definirmos o(a) sinalizante 
como o(a) ator/atriz na composição do vídeo (sinalizante, quando a Libras se 
apresenta como a Língua principal pela qual está havendo comunicação, e 
oralizante, quando a Língua Portuguesa está se apresentando como a principal). 
Esse(a) sinalizante pode ser Surdo(a), Ouvinte, e pode ou não ser TILS. Essa 
distinção é fundamental para nossa compreensão, pois duas assertivas se 
tornam necessárias: 
Figura 16 – Asserções 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
Veja que, em relação à Asserção 1, é importante reconhecer que nem 
todos os Ouvintes são TILS, ou seja, proficientes em Libras, uma vez que há 
distinção entre ter conhecimento de uma Língua e fazer uso dela, e trabalhar 
com ela de forma instrumental, ou seja, para o âmbito profissional, onde há 
necessidade do domínio tanto da Língua(s)-Fonte quanto da Língua(s)-Alvo, 
com profundo estudo dos aspectos gramaticais e dos fundamentos da 
tradução/interpretação. Produzir conteúdo não é o mesmo que 
traduzir/interpretar. Já a Asserção 2 destaca que os Surdos também podem ser 
proficientes em Línguas de Sinais. A questão crucial aqui é que, enquanto 
tendemos a associar a competência de TILS apenas aos Ouvintes, 
erroneamente negligenciamos a possibilidade de um Surdo estar 
 
 
26 
traduzindo/interpretando7 de uma Língua de Sinais, para outra. Embora haja 
outras considerações a serem feitas, estas, inicialmente, são pertinentes e 
relevantes. 
Ao abordarmos a sinalização, é imprescindível destacar o enquadramento 
como um elemento basilar, talvez até o mais significativo após a própria Língua, 
para garantir a melhor visualização dos elementos no espaço. 
Figura 17 – Recorte 12: tipos de enquadramento 
 
Fonte: Joana Andrade, 2024. 
Vamos explorar brevemente os diferentes tipos de enquadramento: 
 
7 Caso queira se aprofundar, aqui está um link de acesso para videoaulas acerca de Tradução e 
Interpretação da Libras <> Língua Portuguesa. Essas videoaulas foram desenvolvidas em 2023, 
no Centro de Apoio ao Surdo e aos Profissionais da Educação de Surdos do Estado do Paraná 
(CAS Paraná – Regional Leste: Curitiba), para o Curso de Formação para TILS, indicada para 
os profissionais TILS (Tradutores e Intérpretes de Libras <> Língua Portuguesa) atuantes e 
pertencentes ao quadro de profissionais do PSS (Processo Seletivo Simplificado) e QPM 
(Quadro Próprio do Magistério), do Estado do Paraná. As videoaulas estão à disposição de forma 
não listada no canal no YouTube® de Joana Bonato Melegari Andrade. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/@joanabonato1141>. Acesso em: 6 maio 2024. 
 
 
27 
• Plano Geral: enquadramento do cenário, comum em ambientes externos 
e internos, estes, com maiores proporções. 
• Plano de Conjunto: enquadramento mais amplo, em que o sinalizante 
ocupa espaço maior na tela, podendo ser visível e reconhecível. 
• Plano Médio: o enquadramento captura o corpo do sinalizante, com 
espaço no chão e acima da cabeça. 
• Plano Americano: enquadramento da altura do joelho para cima. 
• Meio Primeiro Plano: enquadramento da altura da cintura para cima. 
• Primeiro Plano (ou Close-Up): enquadramento da altura do peito para 
cima. 
• Primeiríssimo Plano (ou Big Close-Up): enquadramento da altura dos 
ombros para cima. 
• Plano Detalhe: enquadramento de alguma parte do corpo do sinalizante. 
• Vídeo Menor sobre Vídeo Principal (ou Picture-in-Picture): inserção 
de um segundo vídeo (menor) ao primeiro vídeo (maior e principal). 
Para nossa prática, é importante ressaltar que as ilustrações E, F e I, do 
Recorte 12 (apresentados em roxo), representam os enquadramentos mais 
frequentemente empregados na produção e tradução, respectivamente. É 
preciso lembrar que os três Materiais que analisamos (Cartilha, Documento 
Legal, Prova) foram desenvolvidos especificamente para atender aos estudantes 
Surdos e Surdocegos,e, portanto, não adotam o formato Picture-in-Picture. 
Quanto à produção, é comum que o sinalizante seja capturado em tela, 
ocupando geralmente um Meio Primeiro Plano (se estiver em pé) ou um Primeiro 
Plano (se estiver sentado). Contudo, é importante ressaltar que o 
enquadramento do material pode variar de acordo com o tipo de produção, sua 
intencionalidade e o público-alvo almejado. 
E, por fim, de forma breve e para seu conhecimento e reflexão, é 
importante que se reflita sobre um tema discutido na tradução: a criação ou 
adaptação de sinais para referenciar vocabulários específicos. Acompanhe a 
seguir. 
 
 
 
28 
Figura 18 – Recorte 13: prova 
 
Crédito: Luiz Gustavo. 
Figura 19 – Pterossauro 
 
 Crédito: inna72/Adobe Stock. 
Observe que o sinalizante está se referindo a um pterossauro. Essa foi a 
escolha lexical definida para a sinalização deste animal. Além disso, observe a 
semelhança entre o sinal e parte da cabeça do pterossauro, conforme ilustrado 
na imagem. Aqui, preconizou-se pelos aspectos icônicos do animal, baseados 
em uma pesquisa. É importante ressaltar que, para cada texto sinalizado dessa 
Prova, havia um vocabulário pré-estabelecido pata garantir a compreensão dos 
estudantes Surdos e Surdocegos que utilizam a Libras. a escolha do léxico 
também é uma parte crucial dos processos de tradução. 
NA PRÁTICA 
Ao realizar a produção ou tradução de um material em Libras, é essencial 
considerar diversos aspectos relacionados a cada etapa do processo. Na fase 
de edição do material, que geralmente envolve um tratamento pós-gravação, é 
fundamental estar atento a algumas características específicas. 
Elementos visuais são frequentemente inseridos para complementar o 
https://stock.adobe.com/br/contributor/204272264/inna72?load_type=author&prev_url=detail
 
 
29 
vídeo. A escolha da fonte estética de escrita é de grande importância, e é 
recomendável que a mesma fonte seja utilizada em outros momentos do vídeo, 
como em títulos ou legendas. Também é importante prestar atenção às cores, 
que podem sinalizar transições, mudanças de conteúdo ou destacar aspectos 
relevantes. O mesmo princípio se aplica às roupas dos participantes, em que as 
cores podem desempenhar um papel semelhante. 
Assim como mencionado anteriormente, cada vídeo tem uma finalidade 
específica, mas é fundamental garantir a simetria e a distribuição equilibrada dos 
elementos no espaço, visando proporcional uma experiência visual harmoniosa 
para o espectador. Caso contrário, a composição pode parecer desiquilibrada e 
causar uma sensação de estranheza, resultando na possível perda de atenção 
por parte do espectador. A sobreposição excessiva de elementos também pode 
gerar desconforto e prejudicar a comunicação. É importante manter o sinalizante 
em uma escala consistente ao longo do vídeo, a menos que haja uma intenção 
específica em contrário. A questão da escala e da distribuição do espaço 
contribui para preencher a tela de forma adequada, sem criar uma poluição visual 
excessiva. Vale ressaltar que os espaços vazios também podem estar 
comunicando algo. 
Para nossa fixação quanto à produção e tradução de conteúdos, 
acompanhemos o Quadro 2. 
Quadro 2 – Produção e tradução 
 
Fonte: Andrade, 2024. 
 
 
 
30 
Note que os processos de produção e tradução compartilham 
semelhanças, mas cada um demanda ações específicas. Na produção, a etapa 
inicial envolve a elaboração dos tópicos e a preparação de outros elementos 
para compor o vídeo. Por outro lado, na tradução, a primeira ação é analisar o 
material a ser traduzido, seguida pela adaptação do conteúdo da Língua 
Portuguesa para a Libras, com equivalência quanto aos graus de formalidade, 
conteúdo e demais aspectos, considerando a inserção de elementos e a forma 
de sinalização. Destaca-se que todos esses aspectos são abordados ao 
preparar materiais em Libras. 
Independentemente da atividade realizada, é fundamental valorizar a 
Libras, uma Língua de modalidade visual-espacial que oferece uma variedade 
de recursos para a comunicação. 
FINALIZANDO 
Concluímos mais uma jornada de aprendizado. Exploramos os processos 
de produção e tradução de e para Libras, destacando os elementos envolvidos 
em cada etapa e aprofundando nossos conhecimentos para fortalecer nossa 
base teórica e prática nesse campo. Anteriormente, também examinamos as 
teorias que fundamentam nossa prática, enriquecendo ainda mais nossa 
compreensão dos temas propostos. 
Na sequência de nossos estudos, daremos início (ou continuidade, a 
depender de seus conhecimentos prévios) aos estudos sobre a Educação 
Bilíngue, a Pedagogia Bilíngue, a Pedagogia Surda, a Produção de Material 
Didático (com enfoque em Roteiro e Pesquisa) e Políticas da Tradução e 
Interpretação. 
 
 
 
31 
REFERÊNCIAS 
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<https://vivalivro.com.br/livros/as-luvas-magicas-do-papai-noel-2194/p>. Acesso 
em: 6 maio 2024.

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