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Descrição da imagem:
Capa da revista Seara Nova.
Fonte [1]
A revista A Águia teve três séries, existindo até 1930. Como é previsível, nem todos os intelectuais 
se mantiveram alinhados a Teixeira de Pascoaes. Em 1921, por exemplo, os dissidentes Jaime 
Cortesão, Antônio Sérgio e Raul Proença iniciaram uma nova revista, a Seara Nova. Por outro lado, as 
ideias de Pascoaes atraíram aqueles que deflagrariam o Modernismo em Portugal: Fernando Pessoa e 
Mário de Sá-Carneiro foram colaboradores de A Águia, cuja influência se estende à revista Orpheu.
Teixeira de Pascoaes tem obra poética, ensaística e biográfica bastante vasta. Seu mais 
importante livro do campo da poesia foi Marânus (1911), epopeia simbolista com que o autor buscou 
criar uma mitologia das raízes culturais lusitanas. Assim como na poesia épica tradicional, aparecem 
seres sobrenaturais. No entanto, tais seres personificam valores culturais apresentados em cenas 
alegóricas. Um desses seres, por exemplo, é a Saudade. Não se pode negar a habilidade de Pascoaes 
com os versos, mas sua contribuição como líder intelectual teve mais alcance, situando-se no 
despertar do Modernismo português.
LEITURA COMPLEMENTAR
SÁ, Maria das Graças Moreira de. Estética da saudade em Teixeira de Pascoaes (Visite a aula online 
para realizar download deste arquivo.). Lisboa: Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1992. 
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